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História e Geografia de Portugal (5.º ano)

No documento Relatório de estágio profissional (páginas 67-73)

Quadro 12 – Planificação de HGP (5.º ano)

Plano de aula HGP

Turma: 5.º ano Data: 13 de maio de 2019 Nome: C. Gaivão Conteúdos Tempo Estratégias Recursos

Domínio C Portugal do século XIII ao século XVII Subdomínio 3 Portugal: da União Ibérica à Restauração da Independência 3.3. A Restauração da Independência O 1.º de Dezembro de 1640 A aclamação de D. João 50 min. Dispor as mesas em U;

Partindo do calendário, perguntar por que motivo é feriado no dia 1 de dezembro; Projetar um vídeo sobre as garantias concedidas por Filipe I de Portugal nas cortes de Tomar em 1581;

Dialogar com os alunos sobre: o aumento dos ataques (holandeses, ingleses e franceses) ao Império Português durante o domínio Filipino; o incumprimento das promessas por parte dos sucessores de Filipe I; o consequente descontentamento dos vários grupos sociais;

Explicar os acontecimentos do 1.º de dezembro de 1640;

Referir o início da dinastia de Bragança com D. João IV;

Distribuir o material necessário e propor a construção de um friso cronológico;

Fazer a correção do friso, mostrando, em suporte digital, a ordenação correta dos acontecimentos;

Entregar uma proposta de trabalho para consolidar os Conteúdos abordados.

Vídeo; Powerpoint; Frisos; Cartões plastificados com imagens e texto.

Esta aula começará com a projeção de um calendário do mês de dezembro, no qual estará destacado o primeiro dia desse mês. Com isto, pretendo que os alunos me expliquem o motivo pelo qual é feriado neste dia. Este desafio servirá para contextualizar o tema a trabalhar.

Depois de clarificar a razão pela qual celebrarmos este dia (a Restauração da Independência), direi que iremos recuar um pouco no tempo, de forma a percebermos o que terá acontecido para que atualmente seja feriado.

Em primeiro lugar, projetarei um vídeo sobre as garantias concedidas por Filipe II de Espanha nas cortes de Tomar de 1581, como forma de agradar aos vários grupos sociais. Depois, com um diapositivo (com imagem dos reis da terceira Dinastia e respetivos anos de governação), relembrarei que foi nestas cortes que D. Filipe II foi aclamado rei de Portugal, iniciando-se assim a Dinastia Filipina. Seguidamente, em diálogo com os alunos e com o auxílio de um conjunto de diapositivos, faremos um levantamento dos motivos que levaram ao descontentamento dos portugueses relativamente ao domínio filipino (por exemplo, os nobres não assumirem cargos relevantes, a perda de territórios coloniais, recrutamento de portugueses para combaterem em guerras espanholas, aumento constante de impostos). Explicarei que o descontentamento dos portugueses levou a que surgissem revoltas e motins populares e, entre estes, destacarei a “A Revolta do Manuelinho”, ocorrida em Évora em 1637. Por fim, narrarei sucintamente como se deu a Restauração da Independência até à assinatura do Tratado de Paz entre Portugal e Espanha em 1668. Como forma de ajudar os alunos a organizar no tempo e no espaço os principais acontecimentos que marcaram aquela época, proporei a construção de um friso cronológico. Para isso, distribuirei por cada aluno: um friso e cartões plastificados com imagens e informações sobre os principais acontecimentos. Os alunos terão de colocar primeiro, no tampo da mesa, os cartões com imagens dos acontecimentos por ordem cronológica; após, terão de identificar o ano em que estes ocorreram e colocar as imagens no friso. Terminarei esta aula distribuindo uma proposta de trabalho escrita, para consolidar os conteúdos abordados durante a aula.

A propósito do uso de tecnologia em sala de aula, J. L. Ramos (2007) afirma o seguinte:

Uma sociedade baseada na informação e no conhecimento, onde a tecnologia desempenha um papel cada vez mais relevante e decisivo exige aos cidadãos uma constante actualização e adaptação aos novos artefactos e tecnologias que inundam a vida quotidiana nos diferentes e complexos sectores da actividade humana (p. 143).

Botelho (2009) esclarece que as Tecnologias da Informação e Comunicação são recursos educativos de excelência, caso a sua utilização se proceda convenientemente (p. 114). A autora acrescenta ainda que “a tecnologia informática poderá proporcionar (...) oportunidades únicas de acesso a pessoas, imagens, sons e informações muito diversificadas e dificilmente acessíveis de outro modo, que podem (…) constituir-se como poderosos recursos educacionais” (p. 118). Dito isto, o desenvolvimento de competências tecnológicas é um facto do qual a escola não deve alhear-se.

CAPÍTULO 3

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DISPOSITIVOS DE AVALIAÇÃO

Leite e Fernandes (2003) dizem-nos que “avaliar é muito mais do que atribuir uma nota, uma quantificação, uma classificação. Avaliar é um processo complexo no qual intervêm factores de ordem endógena e exógena relativos quer aos sujeitos avaliados quer aos sujeitos avaliadores” (p. 21). Com efeito, a avaliação corresponde ao “processo de confronto entre as metas estabelecidas e os resultados obtidos” (Marques, 2000, p. 20). Perante este desafio, o professor poderá aferir sobre eventuais lacunas e imprecisões que ocorreram no processo de ensino e aprendizagem.

No artigo 23.º do Decreto-Lei n.º 17/2016 de 4 de abril, que estabelece os princípios orientadores da avaliação das aprendizagens nos ensinos Básico e Secundário, é-nos dito que a avaliação “constitui um processo regulador do ensino e da aprendizagem, que orienta o percurso escolar dos alunos e certifica as aprendizagens desenvolvidas”. Neste artigo, pode ler-se que a principal finalidade da avaliação se prende com “a melhoria do ensino e da aprendizagem baseada num processo contínuo de intervenção pedagógica”.

Contudo, a avaliação não se cinge exclusivamente a este ponto, servindo igualmente para “informar e sustentar intervenções pedagógicas, reajustando estratégias que conduzam à melhoria da qualidade das aprendizagens, com vista à promoção do sucesso escolar; aferir a prossecução dos objetivos definidos no currículo; certificar aprendizagens”.

Na verdade, como referem Ribeiro e Ribeiro (1989), “não basta definir objectivos e planificar o ensino de modo a facilitar a aprendizagem (…). Há que avaliar se os objectivos visados foram ou não atingidos, avaliação que tem lugar ao longo de todo o processo de ensino” (p. 333). Os mesmos autores afirmam que a finalidade da avaliação corresponde “a uma análise cuidada das aprendizagens conseguidas face às aprendizagens planeadas” (p. 337), análise essa que esclarecerá tanto professores como alunos sobre os objetivos alcançados e também sobre aqueles que suscitaram maiores dificuldades. Essa informação, clara e omissa de juízos de valor, sobre o trabalho realizado traz inúmeros benefícios aos alunos a nível motivacional, dado que os põe ao corrente “dos novos conhecimentos e aptidões que adquiriram, isto é, do sucesso que obtiveram relativamente a certas aprendizagens” (p. 337). Por outro lado, também lhes concede “informação que lhes permitirá orientar os seus esforços, com o

apoio do professor, no sentido de ultrapassar dificuldades relativas às aprendizagens não conseguidas” (p. 338).

É da competência dos professores titulares de turma, no caso do 1.º Ciclo, e dos professores que fazem parte do conselho de turma no 2.º Ciclo do Ensino Básico, procederem à avaliação das aprendizagens. Essa avaliação inclui três tipos de modalidades: diagnóstica, formativa e sumativa. As diferentes formas que assume dependem das funções que desempenha e os momentos em que é aplicada.

Como Ribeiro e Ribeiro (1989) esclarecem, o professor recorre a uma avaliação diagnóstica com o propósito de “proceder a uma análise de conhecimentos e aptidões que o aluno deve possuir num dado momento, para poder iniciar novas aprendizagens”; a análise que elabora permitir-lhe-á “’prescrever’ as medidas que se afiguram adequadas face aos objectivos em vista” (p. 342). Relativamente à avaliação formativa, os mesmos autores acrescentam que esta “acompanha todo o processo de ensino-aprendizagem, identificando aprendizagens bem sucedidas e as que levantaram dificuldades” (p. 348), com o intuito de remediar as que suscitaram dúvidas. Quanto à terceira modalidade de avaliação (a sumativa), ela caracteriza-se por fazer “um balanço de resultados ao final de um segmento de ensino- aprendizagem, acrescentando novos dados aos recolhidos pela avaliação formativa e contribuindo para uma apreciação mais equilibrada do trabalho realizado” (p. 359), apurando desta forma o nível de consecução dos objetivos traçados.

No que respeita à avaliação sumativa, o artigo 25.º do Decreto-Lei n.º 17/2016 de 4 de abril refere que esta modalidade se “no final de cada período letivo e dá origem, no final do ano letivo, a uma tomada de decisão sobre a progressão, retenção ou reorientação do percurso educativo dos alunos”. A informação que advém da avaliação sumativa concretiza-se de maneiras distintas no 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico, como definido no 26.º artigo deste Decreto-Lei:

1 - No 1.º ciclo do ensino básico, a informação resultante da avaliação sumativa materializa-se na atribuição de uma menção qualitativa acompanhada de uma apreciação descritiva em todas as áreas curriculares;

2 - No 2.º e 3.º ciclo, a informação resultante da avaliação sumativa materializa-se numa escala numérica de 1 a 5 em todas as disciplinas

Como tentei explicar, a avaliação tem como principais finalidades melhorar e regular o processo de ensino e aprendizagem. Ela fornece contributos valiosos a professores, alunos, encarregados de educação e a outras pessoas ou entidades que legalmente possam estar ao corrente das informações sobre o percurso escolar do

aluno, para que, em conjunto, melhorem a qualidade quer do ensino quer da aprendizagem, ajustando processos e estratégias, com o intuito de alcançar o tão almejado sucesso escolar dos alunos. Ainda assim, e como observado por Serpa (2010), é frequente

(…) utilizar-se a avaliação apenas como forma de diferenciar os alunos para identificar e seleccionar os mais capazes. Esta vertente da classificação e selecção dos alunos é mantida e acentuada por representações sociais e pedagógicas e por políticas educativas, em detrimento da exploração dos próprios processos de aprendizagem (p. 15).

Apresento nas páginas seguintes quatro dispositivos de avaliação, todos eles selecionados de entre os disponibilizados em www.escolavirtual.pt, e aplicados a diferentes anos de escolaridade e em disciplinas diferentes: dois deles, em turmas de 1.º CEB (3.º ano – Estudo do Meio; 4.º ano – Matemática); outros dois, em turmas de 2.º CEB (5.º ano – HGP; 6.º ano – Português).

Depois de contextualizar a atividade e de apresentar, em quadro, os parâmetros, critérios de avaliação e respetivas cotações, apresento os resultados em gráfico; remeto para Anexo as grelhas respetivas dos quatro dispositivos de avaliação aplicados, com as informações quantitativas e qualitativas. Por fim, farei uma análise dos resultados, apresentando, sempre que possível, sugestões para melhoria do desempenho dos alunos.

Para proceder à avaliação dos dispositivos de avaliação, recorri a uma escala de avaliação que se baseia na escala de Likert adaptada, que compreende os valores entre 0 a 10, seguindo os seguintes parâmetros:

 Fraco (de 0 a 2,9 valores)  Insuficiente (de 3 a 4,9 valores)  Suficiente (de 5 a 6,9 valores)  Bom (de 7 a 8,9 valores)  Muito Bom (de 9 a 10 valores)

No documento Relatório de estágio profissional (páginas 67-73)

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