• Nenhum resultado encontrado

7.6 MUDANÇAS PALEOCLIMATICAS NO LAGO AIRO

7.6.3 Holoceno Superior (1ª fase sedimentar)

O Holoceno Superior na Amazônia é caracterizado como um período mais úmido do que o Holoceno Inferior e Médio (CARDOZO et al, 2014; HERMANOWSKI; DA COSTA; BEHLING, 2012; FREITAS, 2001; MOREIRA et al., 2013; MAYLE et al., 2000). A diminuição de pólen de gramíneas após 4070 e 2080 anos cal AP evidenciaram o aumento no nível do lago Calado e um aumento da umidade ao partir do Holoceno Superior (BEHLING et al., 2001). O aumento do nível da água na lagoa da Pata entre 5180 e 3750 anos cal AP corroboram com o aumento da umidade durante o Holoceno Superior (PENIDO, 2009). Durante a fase atual do lago Airo ocorreram mudanças muito importantes na granulometria, que deixa explicita a transição que ocorreu no local. A partir do Holoceno Superior observa-se o aumento da umidade na Bacia Amazônica (FREITAS et al., 2001; SIFEDINE et al., 1994). O aumento da umidade proporcionou o desenvolvimento da vegetação no entorno do lago Airo, causando o isolamento do mesmo. No lago Santa Ninha uma ruptura na sedimentação entre 2300 e 600 anos cal AP, causado por um evento erosivo, mostrou que os períodos de cheia do rio Amazonas tornaram-se mais frequentes na região, (MOREIRA et al., 2012). No Lago Comprido o clima úmido foi caracterizado pelo aumento de COT, de pigmentos sedimentares e do aumento na concentração de

diatomáceas planctônicas do gênero Aulacoseira (MOREIRA et al., 2013). Esses dados coincidem com os dados observados no Lago Airo, como apresentado na figura 35, onde a partir de 3000 anos cal AP é observado um aumento no COT e nos pigmentos sedimentares, no mesmo período que é observado um aumento da insolação. O aumento da insolação eleva a evaporação, consequentemente aumenta o transporte de umidade dos oceanos para o continente (CARSLAW; HARRISON; KIRKBY, 2002). Assim como no lago Airo, o lago Tota, na Colômbia também apresentou granulometria com maior teor de silte e aumento no COT durante o Holoceno Superior (CARDOZO et al., 2014). No Peru, eventos de deposição abrupta entre 3000 e 3540 anos cal AP foram relacionadas enchentes causadas pelo aumento da precipitação nos Andes no mesmo período (QUINTANA-COBO et al., in press). No lago Junin também foi observado o aumento da precipitação a partir da analise de δ18

O (SELTZER et al., 2000 ). Maslin e Burns (2000) observaram o aumento da vazão do Rio Amazonas a partir do Holoceno Superior, como pode ser observado na figura 35. Moreira-Turcq e colaboradores (2014) também observou um evento de sedimentação abrupta durante o Holoceno superior nos lagos Salé, Poção, Maracá e Grande, todos pertencentes à Várzea Grande de Curuai. Eles relacionaram esse evento a fatores como menor insolação acompanhada do fortalecimento da Monção Sul Americana e mudanças na ZCIT, que causaram o aumento da precipitação na America do Sul. A partir de 3400 anos AP começa a ser observado o retorno da expansão florestal na Bacia Amazônica (HERMANOWSKI; DA COSTA; BEHLING, 2012; FREITAS, 2001; MAYLE et al., 2000). No Lago Airo, o aumento da concentração de micropartículas de carvão durante o Holoceno Superior está provavelmente relacionada a atividade antrópica. A ocorrência de paleoincêndios em Carajás nesse período também foi relacionada à atividade humana (CORDEIRO et al., 2014). No lago Calado a ação antrópica foi evidenciada pelo aumento de Cecropia nos últimos 150 anos (BEHLING et al., 2001).

Na tabela 14 é possível observar um resumo das mudanças paleoclimaticas registradas no sedimento lacustre do testemunho Airo 12/01.

Tabela 13: Resumo das variações climáticas observadas no lago Airo a partir de analises feitas no testemunho Airo 12/01

Fase de sedimentação

Período (anos

cal AP) Clima

Origem da matéria orgânica Produtividade lacustre Hidrodinâmica Conexão com o Rio Negro Fase I De 3000 até

os dias atuais Úmido Autóctone Elevada Reduzida Isolado

Fase II 11700 a 3000 Seco Alóctone Começa a

aumentar Forte Semi-isolado

Fase III 13300 a

11700 Úmido Alóctone Baixa Forte

Representando um canal do

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 1000011000120001300014000 760 800 840 880 920 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 -0,2 0 10 20 30 40 50 0 5 10 15 20 25 -48 -46 -44 -42 -40 -38 -36 In so la çم o (W /m ²) (Berger, Lout re. , 1991)

Idades (anos cal AP)

18 O F oz do R io Am az onas (M as lin, Burns ., 2000) Vazão Elevada Reduzida C O T (% ) Lago Airo C O T (% ) Lago C om prido (M oreira et al. , 2013)  18 O Lago Junin (Selt zer et al. , 2000) Precipitaçمo Maior Menor

Figura 35: Resposta dos diferentes Lagos face a condições mais úmidas: taxa de Carbono Orgânico Total

(COT) nos lagos : Airo; Comprido (MOREIRA et al., ., 2013), dados de δ18

O no lago Junin (SELTZER et al., ., 2000) e da Foz do Rio Amazonas (MASLIN; BURNS., 2000)

8 CONCLUSÃO

A partir das análises feitas nesse trabalho foi possível observar três diferentes fases de sedimentação no testemunho Airo12/01. Com base na análise granulométrica, nos altos valores de C/N, baixa concentração de COT e baixa produtividade lacustre foi possível observar que o Lago Airo sofria forte influência hidrológica do Rio Negro entre 13300 e 11700 anos cal AP, que corresponde à terceira fase de sedimentação. O ambiente lótico dificultava a produtividade lacustre gerando baixas concentrações de carbono orgânico total. O Holoceno Inferior e Médio está representado pela segunda fase de sedimentação. Esta fase ocorreu entre 11700 e 3000 anos cal AP e foi caracterizada pelo aumento nos valores de COT, sugerindo que o lago Airo já estava em processo de separação do Rio Negro. Apesar de a granulometria continuar arenosa durante esse período os dados estatísticos da distribuição granulométrica indicam a ocorrência de sedimentos mais finos apesar do predomínio de areia, o que pode sugerir a ocorrência de transporte eólico durante esta fase. Após 3000 anos cal AP é possível perceber, a partir da redução acentuada de grãos arenosos no material sedimentar e do aumento da concentração de pigmentos sedimentares e de COT, que a influência do Rio sobre o lago reduziu significativamente. A menor influência fluvial possibilita a sedimentação de grãos mais finos e o aumento da produtividade, que por sua vez influencia a concentração de COT. Essa mudança é em decorrência do aumento da umidade, que possibilita o desenvolvimento da vegetação no entorno no lago Airo, causando o isolamento do mesmo. Com o aumento da concentração de pigmentos sedimentares e dos valores de δ15

N é possível observar a elevação nas taxas de produção fitoplanctônica, típicos de climas mais úmidos.

A taxa de acumulo de carbono foi baixa durante todo o Holoceno, com exceção do evento ocorrido em 13300 anos cal AP, onde observou-se um valor máximo de 439 g cm-3 ano-1. Essa alta taxa de acumulação de carbono está relacionada ao pacote sedimentar observado no mesmo período. Os pacotes sedimentares ocorrem devido a episódios de sedimentação abrupta que, neste caso, podem estar relacionados ao aumento da vazão do rio ocasionado por chuvas intensas. A ocorrência de chuvas na região no período de 13000 a 10000 anos cal AP, na Amazônia foi observada por diversos autores (VAN DER HAMMEN; HOOGHIEMSTRA, 2000; CORDEIRO et al.,

A análise de micropartículas de carvão demonstrou que durante a terceira fase de sedimentação a ocorrência de incêndios na região onde está inserido o lago Airo era baixa. A ocorrência de paleoincêndios começa a aumentar durante o Holoceno Inferior, corroborando com os dados observados por Saldarriaga e West (1986). Durante o Holoceno Superior observou-se os maiores concentrações de micropartículas de carvão somado ao aumento do tamanho das partículas encontradas no mesmo período, indicando que a partir de 3000 anos cal AP a região do lago Airo começa a sofrer influência humana.

9 REFERÊNCIAS

AALTO, Rolf et al. Episodic sediment accumulation on Amazonian flood plains influenced by El Niño/Southern Oscillation. Nature, v. 425, p. 493-497, 2003.

ABSY, Maria Lucia et al. Mise en évidence de quatre phases d'ouverture de la forêt dense dans le sud-est de l'Amazonie au cours des 60 000 dernières années. Première comparaison avec d'autres régions tropicales. Comptes rendus de l'Académie des sciences. Paris, v. 312, p. 673-678, 1991

ALBARÈDE, Francis. Geoquímica uma introdução. São Paulo: Oficina de textos, 2011.

ANICETO, K. C. P. et al. Hydrological changes in west Amazonia over the past 6 ka inferred from geochemical proxies in the sediment record of a floodplain lake. Procedia Earth and Planetary Science, v. 10, p. 287-291, 2014.

ANICETO, K. C. P. et al. Holocene paleohydrology of Quistococha Lake (Peru) in the upper Amazon Basin: influence on carbon accumulation. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, Amsterdam, v. 415, p. 165-174, 2014.

ANICETO, K. C. P. Reconstrução paleohidrológica em sistemas de várzea na Amazônia Peruana. Tese (Doutorado em Geoquímica Ambiental) - Departamento de Geoquímica, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014.

BALDOTTO, Marihus Altoé; BALDOTTO, Lílian Estrela Borges. Humic acids. Revista Ceres, v. 61, p. 856-881, 2014.

BAKER, P. A.; FRITZ, S. C. Nature and causes of Quaternary climate variation of tropical South America. Quaternary Science Reviews, v.124. p. 31-47, 2015.

BEHLING, HERMAN. Carbon storage increases by major forest ecosystems in tropical South America since the Global and Planetary Change, v. 33, p. 107-116, 2002.

BEHLING Herman, Hooghiemstra H. Holocene Amazon rainforest-savanna dynamics and climatic implications: high resolution pollen Record from Laguna Loma Linda in eastern Colombia. J. Quat. Sci., v. 15, n. 7, p. 687-695, 2000.

BEHLING, Herman.; HOOGHIEMSTRA, H. Late Quaternary palaeoecology and palaeoclimatology from pollen records of the savannas of the Llanos Orientales in Colombia.Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 139, p. 251-267, 1998.

BEHLING, Herman et al. Holocene environmental changes in the Central Amazon Basin inferred from Lago Calado (Brazil). Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 173, p. 87-101, 2001.

BERGER, A.; LOUTRE, M. F. Paleoclimate sensivity to CO2 and insolation. Ambio, v. 26, p. 32-37, 1997.

BUSH, Mark et al. “Holocene Fire and Occupation in Amazonia: Records from Two Lake Districts.” Philosophical transactions of the Royal Society of London. Series B, Biological sciences v. 362, n. 1478, p. 209–218, 2007.

BUSH, Mark et al. Amazonian paleoecological histories: one hill, three watersheds. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 214, p. 359– 393, 2004. BUSH, MARK.; SILMAN, M. R. Observation on Late Pleistocene cooling and precipitation in the lowland Neotropics. Journal of Quaternary science, v. 19, n. 7, p. 677-684, 2004.

CARLSON, Anders E. What caused the Younger Dryas cold event?. Geology, v. 38, n. 4, p. 383-384, 2010.

CARNEIRO-FILHO, Arnaldo et al. Amazonian Paleodunes Provide Evidence for Drier Climate Phases during the Late Pleistocene–Holocene. Quaternary Research, v. 58, n.2, p. 205–209, 2002.

CERRI, C. E.P et al. Predicted soil organic carbon stocks and changes in the Brazilian Amazon between 2000 and 2030. Agriculture, Ecosystems and Environment, v. 122, p. 58–72, 2007.

CIAIS, Philip et al. Carbon and Other Biogeochemical Cycles. In: STOCKER, T. F. et al. (eds.). Climate Change 2013: The Physical Science Basis. Cambridge; United Kingdom; New York, USA: Cambridge University Press, 2013.

COLE, Jonathan. “The Carbon Cycle With a Brief Introduction to Global Biogeochemistry WHY STUDY THE CARBON CYCLE” Fundamentals of Ecosystem Science, p.109–136, 2012.

COLE, JONATHAN. et al. Plumbing the global carbon cycle: integrating inland waters into the terrestrial carbon budget. Ecosystems,v. 10, n.1, p. 172-185, 2007.

COLINVAUX, P. A., P. E. De OLIVEIRA, M. B. BUSH. “Amazonian and Neotropical Plant Communities on Glacial Time-Scales: The Failure of the Aridity and Refuge Hypotheses.” Quaternary Science Reviews. v. 19, p. 141–169, 2000.

COLINVAUX, P. A. et al. A Long Pollen Record from Lowland Amazonia Forest and Cooling in Glacial Times. Science, v. 274, p. 85-88, 1996

CORDEIRO, Renato.Campelo. et al. “Holocene Fires in East Amazonia (Carajas), New Evidences, Chronology and Relation with Paleoclimate.” Global and Planetary Change. Global and Planetary Change, v. 61, n.1–2, p. 49–62, 2008.

CORDEIRO, Renato.Campelo. Mudanças paleoambientais e ocorrência de incedios nos ultimos 74.000 anos, na região de Carajás, Para. Dissertação (Mestrado em Geoquímica Ambiental) - Departamento de Geoquímica, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 1995.

CORDEIRO, Renato Campelo et al. Acumulação de carbono em lagos amazônicos como indicador de eventos paleoclimáticos e antrópicos. Oecologia Brasiliensis, v.12, n. 1, p. 130-154, 2008.

CORDEIRO, Renato.Campelo, et al. Palaeofires in Amazon: Interplay between land use change and palaeoclimatic events. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v.415, p. 137–151, 2014.

D’APOLITO, C., ABSY, M. L., & LATRUBESSE, E. M. The movement of pre- adapted cool taxa in north-central Amazonia during the last glacial. Quaternary Science Reviews, v.169, p. 1–12, 2017.

DARVILL, Christopher M. Cosmogenic nuclide analysis. Geomorphological Techniques, Inglaterra, p. 1-25, 2013.

COSTA, Renata Lima. Paleohidrologia do Lago Acarabixi, médio Rio Negro, AM, durante o Holoceno. Dissertação (Mestrado em Geoquímica Ambiental) – Departamento de Geoquímica, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2006.

DE FREITAS, H. A. et al ; Late Quaternary Vegetation Dynamics in the Southern Amazon Basin Inferred from Carbon Isotopes in Soil Organic Matter. Quaternary Research, v. 55, p. 39-46, 2001.

DE TOLEDO, M.B., BUSH, MARK., 2007. A mid-Holocene environmental change in Amazonian savannas. Journal of Biogeography, v. 34, p. 1313-1326, 2007.

DEANS WE, GORHAM E. Magnitude and significance of carbon burial in lakes, reservoirs, and peatlands. Geology, v. 26, p.5–8, 1998.

DESJARDINS, T.; Carneiro Filho, A.; Mariotti, A. Changes of the forest-savanna boundary in Brazilian Amazonia during the Holocene revealed by stable isotope ratios of soil organic carbon. Oecologia, v. 108, p. 749-756, 1996.

DUNNE, T.et al. Exchanges of sediment between the flood plain and the channel of the Amazon River in Brazil. GSA Bulletin, v. 110, p. 450-467, 1998.

EINSELE, Gerhard, Jianping Yan, and Matthias Hinderer. “Atmospheric Carbon Burial in Modern Lake Basins and Its Significance for the Global Carbon Budget.” Global and Planetary Change, v. 30, n.3–4, p. 167–195, 2001.

FELDPAUSCH, T. R. et al. “Tree Height Integrated into Pantropical Forest Biomass Estimates.” Biogeosciences, v.9, n.8, p. 3381–3403, 2012.

FIRESTONE, Richard B. et al. Evidence for an extraterrestrial impact 12,900 years ago that contributed to the megafaunal extinctions and the Younger Dryas cooling. Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 104, n. 41, p. 16016- 16021, 2007.

FISCH, G.; MARENGO, J. A.; NOBRE, C. A. Uma Revisão Geral sobre o Clima da Amazônia. Acta Amazônica, v. 28, n.2, p. 101-126, 1998.

FOLEY, S.F.et al. The Palaeoanthropocene - The beginnings of anthropogenic environmental change. Anthropocene, v. 3, p. 83–88, 2013.

FRANZINELLI, Elena; IGREJA, Hailton. Modern sedimentation in the Lower Negro River, Amazonas State, Brazil. Geomorphology, v. 44, n. 3–4, p. 259–271, 2002.

GUYOT, J. L. et al. Clay mineral composition of river sediments in the Amazon Basin. Catena, v. 71, n. 2, p. 340–356, 2007.

HADJAS, I. Radiocarbon: Calibration to Absolute Time Scale. In: AUTOR. Treatise on Geochemistry. 2nd ed.Elsevier Inc., 2013. p. 37-43.

HERMANOWSKI, B.; LIMA DA COSTA, M.; BEHLING, H. Environmental changes in southeastern amazonia during the last 25,000 yr revealed From a paleoecological record. Quaternary Research, v. 77, p. 138–148, 2012.

HILLYER, R.et al 24,700-yr paleolimnological history from the Peruvian Andes. Quaternary Research, v. 71, p. 71-82, 2009.

HUA, Quan et al. “Atmospheric 14C Variations Derived from Tree Rings during the Early Younger Dryas.” Quaternary Science Reviews, v. 28, n. 25–26, p. 2982–2990, 2009.

IBGE. Geografia do Brasil. Grande Região Norte. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Geografia, 1977.

_____. Manuais Técnicos em Geociências. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Rio de Janeiro: Diretoria de Geociências, 2012.

IHSS. What are humic substances. Disponível em: <http://humic-substances.org/>. Acesso em: 22 maio 2017.

INMET. Precipitação Total Anual, 2016. Disponivel em: <

http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/page&page=desvioChuvaAnual>.

Acesso em: 15 fev. 2017.

IPCC, Intergovernmental Panel on Climate Change. Climate change 2007: The Physical Science Basis. Cambridge, United Kingdom; New York, USA. IPCC, 2007.

IRION, G. Quaternary geological history of the Amazon lowlands. In: HOLM- NIELSEN, L. B.; NIELSEN, I. C.; BALSEN, H. (Eds.). In: Tropical forests: botanical, dynamics, speciation and diversity. London: Academic Press, p. 23-34, 1989.

JUNK, Wolfgang J. et al. “A Classification of Major Natural Habitats of Amazonian White-Water River Floodplains (Várzeas).” Wetlands Ecology and Management, v. 20, n.6, p. 461–475, 2012.

KILLOPS, S., KILLOPS, V. Introduction to Organic Geochemistry. 2nd ed v. 5, p. 236-237, 2005.

KOPPEN. World Maps of Koppen-Geiger climate Classification. Disponivel em: <http://koeppen-geiger.vu-wien.ac.at/present.htm> . Acesso em: 31 mai0 2016.

LAL, R. Carbon sequestration. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 363, n. 1492, p. 815–830, 2008.

LAL, R. Residue management, conservation tillage and soil restoration for mitigating greenhouse effect by CO2-enrichment. Soil and Tillage Research, v. 43, p. 81–107, 1997.

LATRUBESSE, Edgardo. M., FRANZINELLI, Elena. The late Quaternary evolution of the Negro River, Amazon, Brazil: Implications for island and floodplain formation in large anabranching tropical systems. Geomorphology, v. 70, n. 3–4, p. 372–397, 2005.

LE QUÉRÉ, C.et al . Global carbon budget 2014. Earth System Science Data, v. 7, p. 47-85, 2015.

LE QUÉRÉ, C. et al. Global Carbon Budget 2016. Earth System Science Data, v.8, p.605–649, 2016.

MARTIN, L.et al; Astronomical Forcing of Contrasting Rainfall Changes in Tropical South America between 12,400 and 8800 cal yr B.P. Quaternary Research, v. 47, p. 117–122, 1997.

MAYLE FE, BURBRIDGE R, KILLEEN TJ. Millenial-scale dynamics of southern Amazon rain forests. Science, v. 290, p. 2291–2294, 2000.

MAYLE, F. E., POWER, M. J. Impact of a drier Early–Mid-Holocene climate upon Amazonian forests. Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 363, n. 1498, p. 1829–1838, 2008.

MAYLE, F. E et al Responses of Amazonian ecosystems to climatic and atmosheric carbon dioxide changes since the Last Glacial Maximum. Philosophical Transaction of the Royal Society B: Biological Sciences, v. 359, p. 499–514, 2004.

MEYERS, P. A.; ISHIWATARI, R. Lacustrine organic geochemistry-an overview of indicators of organic matter sources and diagenesis in lake sediments. Organic Geochemistry, v. 20, n. 7, p. 867–900, 1993.

MEYERS, P. A. Applications of organic geochemistry to paleolimnological reconstructions: a summary of examples from the Laurentian Great Lakes. Organic geochemistry, v. 34, p. 261-289, 2003.

MEYERS, P. A. Preservation of elemental and isotopic source identification of sedimentary organic matter. Chemical Geology, v. 114, p. 289-302, 1994

MEADE, R.H et al. Back water effects in the Amazon River Basin. Environ. Geol. Water Sci. v.18, n. 2, p. 105– 114, 1991.

MONTOYA, Encarni, and Valentí Rull. “Gran Sabana Fires (SE Venezuela): A Paleoecological Perspective.” Quaternary Science Reviews v. 30, n. 23–24, p. 3430– 3444, 2011.

MOREIRA-TURCQ, Patricia.et al. Carbon sedimentation at Lago Grande de Curuai, a floodplain lake in the low Amazon region: Insights into sedimentation rates. In Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 214, p. 27–40, 2004.

MOREIRA-TURCQ, Patricia et al. A 2700 cal yr BP extreme flood event revealed by sediment accumulation in Amazon floodplains. Palaeogeography Palaeoclimatol Palaeoecol, v.415, p. 175-182, 2014.

MOREIRA, Luciane. Silva et al. Paleohydrological changes in an Amazonian floodplain lake: Santa Ninha Lake. Journal of Paleolimnology, v. 48, n. 2, p. 339–350, 2012b.

MOREIRA, Luciane. Silva, et al. Holocene paleoenvironmental reconstruction in the Eastern Amazonian Basin: Comprido Lake. Journal of South American Earth Sciences, v. 44, p. 55–62, 2013..

MOREIRA, Luciane. Silva. et al. A mineralogical and organic geochemical overview of the effects of Holocene changes in Amazon River flow on three floodplain lakes. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 415, p. 152–164, 2014.

MOREIRA, Luciane Silva et al. Factors controlling Late Holocene organic matter sedimentation in an Amazon floodplain lake, Maracá Lake, Brazil. Global and Planetary change, Amsterdam, 2012a.

MOREIRA, Luciane Silva. Reconstrução paleohidrológica do Lago Santa Ninha,

Várzea do Lago Grande do Curuai, Pará, Brasil. Niterói, 2008. 135 f. Dissertação

(Mestrado) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.

MOREIRA, Luciane Silva. Mudanças paleohidrológicas em lagos de várzea do Rio Amazonas. Niterói, 2012. 204 f. Tese (Doutorado) Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012.

MOY, C. M. et al;. Variability of El Niño/Southern Oscillation activity at millennial timescales during the Holocene Epoch. Science, v. 420, p. 162-165, 2002.

NOBRE, C. A Amazônia e o carbono atmosférico. Scientific American Brasil, n. 6, p. 36-39, 2002.

NOBRE, C.; NOBRE, A. O balanço de carbono da Amazônia brasileira. Estudos Avançados, v. 16, p. 81-87, 2002.

PESSENDA, Luiz. Carlos.et al; Quaternário do Brasil, p. 75-93, 2002.

PEREIRA, Alexandre L.; BENEDITO, Evanilde. Isótopos estáveis em estudos ecológicos: métodos, aplicações e perspectivas. Revista Biociência, v. 13, n. 1-2. p. 16- 27, 2007.

PETIT, J. R.et al Climate and atmospheric history of the past 420,000 years from the Vostok ice core, Antarctica. Nature, v. 399, p. 429-436, 1999.

POWER, M. J. et al. “Fire History and the Global Charcoal Database: A New Tool for Hypothesis Testing and Data Exploration.” Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology v.291, n. 1–2, p. 52–59, 2010.

QUINTANA-COBO, I et al. Dynamics of floodplain lakes in the Upper Amazon Basin during the Late Holocene. Geoscience. In press.

RADAMBRASIL, folha SA.21 Santarém. Levantamento de Recursos naturais. Rio de Janeiro: Departamento Nacional da Produção Mineral, v. 10, 1974.

RUDDIMAN, Willian. The early anthropogenic hypothesis-challenges and responses. Reviews of Geophysics, v.8, p 1-37, 2006.

SANT’ANNA, Lucy Gomes et al. “Age of Depositional and Weathering Events in Central Amazonia.” Quaternary Science Reviews, v.170, p. 82–97, 2017.

SANTOS, G M et al. “14C AMS Dating of Fires in the Central Amazon Rain Forest.” Nuclear Instr Meth Physics Res Sec B: Beam Inter Mat Atoms, v. 172, n.1– 4, p. 761–766, 2000.

SALATI, E.; MARQUES, J. Climatology of the Amazon region. In: SIOLI, H. (Ed.). The Amazon - Limnology and landscape ecology of a mighty tropical river and its basin. Berlin: W. Junk Publishers, v. 56, p.85-126, 1984.

SALDARRIAGA, Juan G.; WEST, Darrell C. Holocene fires in the Northen Amazon basin. Quaternary Research, v. 26, p. 358-366, 1986

SANDERS, Luciana et al. Carbon accumulation in Amazonian floodplain lakes: A significant component of Amazon budgets. Limnology and Oceanography Letters, v. 2, n. 1, p. 29–35, 2017

SIFEDDINE, Abdel.et al. La sedimentation organique lacustre en milieu tropical humide (Carajas, Amazonie orientale, Bresil): Relation avec les changements climatiques au cours des 60.000 dernieres annees. Bulletin de la Societe Geologique de France v. 165, p. 613–621, 1994.

SIFEDDINE, Abdel et al Variations of the Amazonian rainforest environment: a sedimentological record covering 30,000 years. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, v. 168, p. 221-235, 2001

SIOLI, H. Studies in Amazonian waters. In: LENT, Herman (Ed.). Atas do Simpósio sobre a Biota Amazônica. Rio de Janeiro: Conselho Nacional de Pesquisas, 1967. v. 3, p. 9-50

SOUBIÈS, F. Existence d’une phase sèche en Amazonie Brésilienne datée par la présence de charbons dans les sols (6.000-8.000 ans B.P.). Cahiers du ORSTOM, Série Géologie, v. 9, n. 1, p. 133 – 146, 1979.

STOIFFER, RJ J. et al. “Investigating the Causes of the Response of the Thermohaline Circulation to Past and Future Climate Changes.” Journal of Climate v. 19, n.8, p. 1365–1387, 2006.

STRÍKIS, Nicolás Misailidis; NOVELLO, Valdir Felipe. Evolução hidrológica do Brasil durante o pleistoceno superior e holoceno. In: CARVALHO, I. de S.; GARCIA, M. J.; LANA, C. C.; STROHSCHOEN JR, O. (Ed.). Paleontologia: cenários de vida - paleoclimas. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2014. p. 343-351.

SUGUIO, Kenitiro. Geologia do Quaternário e Mudanças Ambientais. São Paulo: Oficina de Textos, 408 p, 2010.

TARASOV, Lev; PELTIER, W. R. Arctic freshwater forcing of the Younger Dryas cold reversal. Nature, v. 435, n. 7042, p. 662-665, 2005.

TIAN, H.et al. Effect of interannual climate variability on carbon storage in Amazonian ecosystems. Nature, v. 396, n. 6712, p. 664–667, 1998.

TURCQ, Bruno Jean.et al. Mudanças paleoclimáticas da Amazônia no Holoceno. Ciência e Ambiente, v. 34, p. 69-96, 2008.

TURCQ, Bruno Jean et al. Accumulation of organic carbon in Five Brazilian lakes during the Holocene. Sediment Geol, v. 148, n.1–2, p. 319–342, 2002.

VALLENTYNE, J. R. Sedimentary chlorophyll determination as a paleobotanical method. Canadian Journal of Botany, v. 33, p. 304-313, 1955.

WETZEL, R. Limnology – Lake and River ecosystems. 3rd ed. San Diego; Califórnia;

Documentos relacionados