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Honra dobrada

No documento Debaixo de Suas Asas - John Bevere (páginas 151-153)

Paulo instruiu, "Devem ser considerados merecedores de honra dobrada os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino." (1 Tm. 5:17) Paulo diz 'honra dobrada', em outras palavras, devemos dar em dobro a honra que daríamos a uma autoridade secular.

Se lermos esta escritura no seu contexto, na verdade inclui a maneira que honramos o ministério financeiramente. Ele continuou, "O trabalhador é digno do seu salário." (v. 18) A versão Amplificada deixa isto claro: "Devem ser considerados dignos de honra dobrada [e de adequada provisão financeira] os presbíteros que presidem fiel­ mente, tanto na pregação, quanto no ensino. Pois as Escrituras di­ zem... O trabalhador é digno do seu salário." (1 Tm. 5:17-18)

Este princípio não falha. Se os membros da igreja cuidam dos seus pastores e líderes que os servem, homens de negócios e outros membros prosperam e são abençoados. Eles recebem da economia celestial. Mas se eles não fazem isto, eu vejo pessoas reclamando de terem sido roubadas, de estarem em falta ou em más condições com relação à economia atual deste mundo.

Entendo que esta verdade tem sido abusada, especialmente pelos ministros na América. Eu me sinto mal por causa de ministros que falam sobre dinheiro e sobre coisas materiais constantemente. Eles conhecem a verdade, mas perderam a motivação correta do ministé­ rio, indo ao extremo do caminho. E assim que os fariseus viviam. Eles faziam com que muitos se desviassem do princípio de honra, o cami­ nho no qual Deus queria que andassem, porque viam o abuso. Isto acaba ferindo as pessoas sob seus cuidados que precisam da verdade apresentada numa maneira saudável.

Eu vi isto no primeiro ano que viajava. Estava numa pequena igreja de não mais de cem membros. Os cultos iam bem, e o povo era muito precioso. Permanecemos com o pastor e sua esposa e percebemos que as coisas estavam apertadas. Ela trabalhava em

DEBAIXO DAS SUAS ASAS

tempo integral como aeromoça e não podia ministrar às pessoas como desejava. Ela não queria sair do emprego para ter um salário pela igreja porque sentia que seria muito da igreja. Eu entendi seu pensa­ mento. Eu e este pastor viemos da igreja onde eu comecei como mi­ nistro. Nosso pastor de lá era exorbitante com relação ao ensinamento sobre finanças e ofertas. Nós dois éramos cuidadosos, não querendo fazer o mesmo, e sem perceber, paramos no outro extremo. Contudo, Deus estava me ensinando que nenhum dos dois extremos era bom. Ele queria um equilíbrio verdadeiro.

Os cultos começaram no domingo pela manhã e foram até a quarta-feira à noite. Os três primeiros encontros foram bons, mas algo parecia estar prendendo a igreja. Durante toda a terça-feira o Senhor trabalhou no meu coração com relação a este homem e à maneira da qual as finanças estavam sendo tratadas. Eu não podia evitar, mas não sabia o que possivelmente poderia ser feito.

Exatamente antes do culto o pastor me disse que queria que eu recebesse a oferta daquele ministério naquela noite. Suas exatas pala­ vras foram, 'Sinta-se em liberdade com relação às ofertas.

Fiquei maravilhado. Percebi que Deus havia aberto esta porta para que eu pudesse fazer aquilo sobre o que Ele havia tratado com meu coração. Naquela noite, eu ministrei algo sobre isto que tenho falado. Lemos as escrituras em! Timóteo, e eu lhes disse que o pastor e sua esposa não estavam sendo cuidados apropriadamente financei­ ramente. Eu deixei claro para a igreja que era incorreto que ela tivesse que voar três ou quatro vezes por semana para prover para sua família. Compartilhei com eles como o pastor me havia concedido liberdade durante a oferta, mas que eu não estaria recebendo-a para meu ministério. O povo ficou muito animado com esta oportunidade de abençoar o pastor deles, e responderam de uma maneira assustadora! A oferta foi três vezes maior do que qualquer oferta já recebida! A esposa do pastor chorava e ele estava maravilhado.

Você ficaria impressionado com todas as mudanças que acon­ teceram nas vinte e quatro horas seguintes. Um casal recebeu um che­

que de vinte e cinco mil dólares no dia seguinte; outro encontrou um envelope em sua porta com um cheque de mil e quinhentos dólares. Isto foi somente o começo. Até o domingo seguinte, os testemunhos eram tantos que o pastor não pôde sequer pregar. O culto todo con­ sistiu em pessoas testificando o que Deus havia feito na sua vida pes­ soal e em seus negócios durante aquela semana. O pastor, mais tarde, mandou-me a fita deste culto.

A igreja explodiu em crescimento nos dois anos seguintes. Eles compraram um prédio novo e alcançaram quinhentos mem­ bros. Eles estavam oscilando na marca de cem membros por vários anos. Este e outros inúmeros exemplos têm me ensinado que Deus quer que honremos aqueles que trabalham por nós para o nosso próprio bem.

Eu estive em países subdesenvolvidos e quase sempre choro quando vejo a maneira que as igrejas me tratam. Monetariamente, pode ser algo pequeno com relação ao padrão americano, porque eu rece­ bia muito mais em igrej as onde todos eram indiferentes na América. O que me tocava mais era o amor por trás daquela oferta dada por estas pessoas tão gratas. Não era diferente do que a viúva que Jesus disse que deu mais do que todos, embora sua quantia fosse a menor. Ela honrou a Deus com sua dádiva. Estes preciosos santos honram e apre­ ciam os servos que Deus os envia. Deixe esta apalavra entrar em seu coração. Procure honrar homens e mulheres que servem na Palavra de Deus.

No documento Debaixo de Suas Asas - John Bevere (páginas 151-153)