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Honrando os Líderes Domésticos

No documento A Recompensa Da Honra - John Bevere (páginas 130-154)

Agora, vamos voltar a nossa atenção para a família. E começaremos tratando dos filhos. As Escrituras nos dizem: "Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" (Efésios 6:2-3).

Honrar nossos pais não é uma sugestão, nem uma recomendação, mas um mandamento. Será que alguns se esqueceram que, como crentes do Novo Testamento, devemos guardar os mandamentos de Deus? E fato que o amor de Deus realmente habita em nós. Jesus disse: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama" (João 14:21). João, o apóstolo, confirma isso quando escreve: "E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos" (2 João 6).

Quando recebemos Jesus Cristo como Senhor, somos transformados; a pessoa que existia anteriormente já não vive mais. Somos literalmente novas criaturas. Nosso coração se torna novo com o

temor e o amor de Deus residindo em nós. Os nossos desejos agora são para Deus; ansiamos por agradar-lhe, pois essa é a nossa natureza. Viveremos de tal modo que "o que vale é guardar as ordenanças de Deus" (1 Coríntios 7:19).

De modo contrário, aqueles que habitualmente ignoram os mandamentos de Deus não tiveram um encontro genuíno com Jesus Cristo através do Es- pírito Santo. Eles até podem confessar o Cristianismo, mas, como Jesus nos instrui, conheceremos a natureza deles pelo seu estilo de vida (ver Mateus 7:20). Se eles desconsideram os mandamentos de Deus ou os encaram de forma superficial, é porque não têm o Seu coração. João escreveu: "Aquele que diz: 'Eu o conheço' [Jesus

Cristo] e não guarda os Seus mandamentos é

mentiroso [está enganado], e nele não está a verdade" (1 João 2:4; inserções do autor). João está nos dizendo claramente que o tal não é um filho de Deus; ele está enganado. Ele pode pensar que é salvo, mas na verdade não é.

Vamos recapitular o significado da honra: valorizar, estimar, respeitar, tratar favoravelmente, ter alta consideração por. Se olharmos para os nossos pais com os olhos da honra, nós nos comunicaremos com eles em respeito e amor. Lembre-se que a honra pode ser demonstrada em atos, palavras e até pensamentos, mas toda verdadeira honra tem origem no coração. Então, se os jovens falam regularmente com seus pais de forma irreverente, descuidada ou impertinente, eles estão externando a falta da verdadeira honra para com seus pais. Porque a boca fala do que está cheio o coração (ver

Mateus 12:34). A desonra dos filhos pode ser demonstrada pelo comportamento, tanto quanto pelo tom de voz, por um revirar de olhos, um olhar de reprovação, pés que se arrastam para atender a um pedido, reclamações, e daí por diante.

Desonrar nossos pais tornou-se um modo de vida normal em nossos dias. Está impregnado em nossa cultura. Há alguns filmes populares sobre família que eu não permitiria que meus filhos assistissem. Alguns são até classificados como "bons" e exibidos por companhias cinematográficas "de confiança". Normalmente nós os consideraríamos seguros. Os enredos das histórias geralmente são emocionantes. Entretanto, a maneira como os filhos conversam com seus pais é uma história inteiramente diferente. Tratam seus pais como pessoas estúpidas e ultrapassadas. Desconsideram suas instruções abertamente, e o filme termina com os filhos saindo como heróis, ou conquistando os desejos de seu coração, muito embora tenham tratado seus pais com desprezo. Você pode pensar que estou exagerando, mas ouça o que Deus diz: "Maldito aquele que desprezar a seu pai ou sua mãe. E todo o povo dirá: 'Amém'" (Deuteronômio 27:16; AMP).

Uau, será que você percebe o quanto é forte a palavra maldito? Ser amaldiçoado por Deus é algo muito sério. Talvez esperemos ouvir: "Maldito aquele que assassina, rouba, pratica imoralidade sexual ou feitiçaria". Mas Deus diz que aquele que desonra seu pai ou sua mãe é maldito. Vamos rever o significado da palavra desonrar, tratar como algo comum, ordinário ou inferior. Uma versão mais

forte disto seria tratar vergonhosamente ou humilhar.

Uma Maldição que Durou Gerações

Existem vários exemplos nas Escrituras de como os homens trouxeram maldição sobre suas vidas por desonrarem seus pais. Um deles é muito vivido: o do filho mais novo de Noé, Cam.

Depois do dilúvio, Noé dedicou-se à agricultura. Certa noite, ele bebeu demais e embriagou-se. Por que razão ele faria isso? Talvez estivesse lutando contra sentimentos de depressão, já que era o último pai na face da terra; ou talvez ele buscasse alívio das pressões relacionadas à reconstrução pós-dilúvio. Em qualquer dos casos, ele obviamente estava assoberbado pelas enormes responsabilidades e buscou um escape, porém usando meios errados. Quando já estava bêbado, ele tirou toda a roupa e provavelmente tropeçou em sua tenda ou desmaiou.

Cam entrou na tenda onde seu pai estava caído, viu o seu corpo nu, levou um susto, saiu e contou a todos (não havia muitos homens a quem contar naquela época, apenas Sem e Jafé). Posso até vê-lo dando risada e dizendo com voz de escárnio: "Ei, rapazes, vocês não vão acreditar nisso. Papai está bêbado como um gambá e pelado como um corvo! Vocês precisam ver isto, venham cá!"

Quando Sem e Jafé ouviram o relatório debochado de seu irmão, eles reagiram de forma diferente. Pegaram uma capa, colocaram-na sobre os ombros de ambos enquanto andavam de costas dentro da

tenda, e cobriram a nudez de Noé. Eles não quiseram ver a vergonha de seu pai.

Na manhã seguinte, Noé despertou e descobriu o que Cam havia feito. Então ele amaldiçoou os descendentes de Canaã, o filho de Cam:

"Malditos sejam os cananeus. Sejam escravos dos descendentes de Sem e Jafé". Então Noé disse: "Bendito seja o Senhor, Deus de Sem. Canaã seja escravo de Sem. Deus abençoe e fortaleça Jafé. Participe Jafé da prosperidade de Sem. E Canaã seja escravo de Jafé".

- Gênesis 9:25-27; NLT

Esta palavra profética proferida pelos lábios de Noé cumpriu-se por várias gerações. Os cananeus, que eram descendentes de Cam, foram amaldiçoados e finalmente vencidos pelos filhos de Israel por ordem de Deus.

Cam desonrou seu pai e trouxe maldição sobre sua vida e seus descendentes. E interessante notar que o comportamento de Cam lhe trouxe sérias conseqüências, ao passo que a embriaguez de Noé não trouxe nenhuma conseqüência que esteja registrada nas Escrituras. Na verdade, Hebreus 11 diz que Deus não se envergonha dos patriarcas. Um deles é Noé — isso mesmo, o homem que estava caído de tão bêbado. É óbvio que ele se arrependeu do seu pecado e foi perdoado. No entanto, não lemos nada a respeito de Cam nesse capítulo; na verdade, nunca mais ouvimos o seu nome ser mencionado na Bíblia com um enfoque positivo.

O fracasso moral de Noé tornou-se um teste de honra para seus três filhos, pois revelou o coração deles. Um era destituído de honra e rebelde. Os outros dois foram respeitosos e eximiram-se de julgar aquilo pelo qual não eram responsáveis. O comportamento de Noé não foi aprovado por Deus, mas cabia a Deus lidar com isso, e definitivamente não a seus filhos. Os dois filhos que entenderam isto continuaram honrando-o em seus corações; o filho que se achou no direito de julgar os atos de seu pai caiu em desonra e consequentemente foi amaldiçoado.

Outro fato muito interessante a ser notado é que Cam foi preciso em seu relatório. Seu pai estava mesmo embriagado e nu, porém, em princípio, Cam estava errado. A lógica justificaria seus atos: ele só repetiu o que viu; estava apenas sendo "verdadeiro". Porém, o princípio da honra e da autoridade do Reino diz o contrário.

A Desonra Aumenta com o Tempo

Outro homem que desonrou seu pai nas Escrituras foi Rúben. Ele era o filho primogênito de Jacó; sua mãe era Lia. Como Rúben desonrou o próprio pai? Dormindo com uma de suas concubinas, Bila.

Entretanto, creio que havia algo mais envolvido do que apenas fazer sexo com alguém que pertencia a seu pai. Jacó tinha duas esposas principais, Lia e Raquel, que também eram irmãs. Bila era escrava de Raquel. Raquel e Lia competiam entre si. A rivalidade se inflamou e aumentou pelo fato de que

Jacó favorecia Raquel. Ele fez isso desde o início de seu casamento e continuou até a morte de Raquel. Quando Deus viu que Lia não era amada por seu esposo e abriu o seu ventre, ela concebeu e deu à luz Rúben. Sua resposta ao nascimento de Rúben foi: "O Senhor atendeu à minha aflição. Por isso, agora me amará meu marido" (Gênesis 29:32).

Depois de algum tempo, ela deu à luz um segundo filho. No nascimento dele, ela disse: "'Soube o Senhor que era preterida e me deu mais este'; cha- mou-lhe, pois, Simeão" [que significa "ouviu'] (w. 33; inserção do autor).

Pela terceira vez ela deu à luz um filho. O seu desespero crescente é demonstrado pelo que disse no nascimento da criança: "Agora, desta vez, se unirá mais a mim meu marido, porque lhe dei à luz três filhos; por isso, lhe chamou Levi [que significa

"unido']" (v. 34; inserção do autor).

Quando Raquel viu a prosperidade de sua irmã e que não conseguia engravidar, concebeu um plano para frustrar qualquer terreno que Lia pudesse estar ganhando sobre ela: daria sua escrava a Jacó. Então disse: "Eis aqui Bila, minha serva; coabita com ela, para que dê à luz, e eu traga filhos ao meu colo, por meio dela" (30:3). Quando o bebê nasceu, Raquel disse: "Com grandes lutas tenho competido com minha irmã, e logrei prevalecer" (v. 8).

Rúben, sendo o primogênito, testemunhou toda a luta e contenda entre sua mãe e Raquel. Ele tinha idade suficiente para ver a dor de sua própria mãe sendo ignorada por seu pai. Então aconteceu que Rúben foi ao campo e encontrou mandrágoras — um tipo de flor - para sua mãe. Quando Lia as

recebeu de seu filho, Raquel teve inveja e desejou- as também. Então encerraram o impasse com uma barganha: Raquel daria a Lia uma noite com Jacó. Quando Jacó veio do campo naquela noite, Lia encontrou-o e disse: "Esta noite me possuirás, pois eu te aluguei pelas mandrágoras de meu filho" (v. 16). Fica evidente, a partir deste incidente, que Jacó passava a maioria das noites dormindo com Raquel, e a única forma pela qual Lia podia tê-lo era pagando por isso.

Rúben observava com tristeza todos esses "joguinhos" desagradáveis dentro de sua família. Tenho certeza de que o seu ressentimento contra o comportamento desfavorável e nada gentil de seu pai para com sua mãe crescia a cada dia.

A postura de Jacó em relação a Lia não se limitava apenas ao quarto de dormir. Era vista em todas as áreas. O tempo passou e, depois que nasceram dez filhos a Jacó, finalmente Raquel gerou José. O ressentimento de Rúben se multiplicou, observando como seu pai favorecia o único filho de Raquel. José recebia tratamento preferencial, era mais amado do que todos os outros irmãos, e recebeu uma túnica maravilhosa que demonstrava a preferência de seu pai.

Quando a família fugia de Labão, o pai de Lia e Raquel, eles ficaram sabendo que Esaú estava a caminho com quatrocentos homens para se encontrar com eles. O medo apoderou-se de Jacó, pois ele se lembrava muito bem do voto feito por seu irmão de que iria matá-lo por roubar o seu direito à primogenitura.

Jacó, tentando salvar sua vida e posteridade, dividiu sua família em grupos, enviando-os adiante dele para se encontrarem com Esaú. A idéia era: se Esaú matasse os primeiros grupos, Jacó poderia fugir de seu irmão a tempo de salvar a sua vida e a vida daqueles que lhe eram mais chegados. Vamos ver como ele fez a divisão: "Pôs as servas e seus filhos à frente, Lia e seus filhos atrás deles e Raquel e José por últimos" (33:2; AMP). Você pode imaginar a dor e a ira que Rúben sentiu? Ele e sua mãe foram colocados adiante de Raquel para morrer, enquanto seu pai Jacó favoreceu Raquel e seu filho e os colocou no último grupo com ele.

O tempo continuou passando; o ressentimento continuou crescendo. Raquel deu à luz um segundo filho e morreu no parto. Jacó chorou profundamente por Raquel e colocou uma coluna em seu túmulo, a qual permaneceria pelas futuras gerações. E interessante notar que nunca se ouviu falar da colu- na de Lia, somente da coluna de Raquel. É provável que àquela altura, Rúben estivesse espumando de raiva.

A Bíblia relata que logo após a morte de Raquel, "foi Rúben e se deitou com Bila" (35:22). Rúben vivera em agonia vendo aquela rivalidade crescer. Ele se ressentia pelo fato de que seu pai favorecia Raquel e não amava Lia, sua mãe. E bem possível, e na verdade provável, que ele tenha dormido com Bila não apenas para fazer sexo, mas para envergonhar a tenda de Raquel e sentir-se meio que vingado do sofrimento que lhe provocavam as atitudes do pai.

Agora veja o que Deus diz sobre Rúben, muito depois que todos os irmãos haviam morrido e desaparecido: "O filho mais velho de Israel era Rúben, mas já que ele havia feito uma ação muito feia contra [desonrado] o pai, deitando-se com uma de suas esposas, o direito que ele tinha por ser o filho mais velho foi dado a José, seu irmão por parte de pai. Por isso, o registro da família não traz o nome de Rúben como o filho mais velho" (1 Crônicas 5:1; NLT; inserção do autor).

E muito interessante notar que as atitudes de Jacó estavam erradas, por amar Raquel e negligenciar Lia. Na verdade, aquilo não era bom aos olhos de Deus, pois lemos: "Vendo o Senhor que Lia era desprezada, fê-la fecunda" (Gênesis 29:31). A versão bíblica New King James (NKJV) declara: "Quando o Senhor viu que Lia não era amada...". Deus a abençoou numa área de sofrimento criada pelo marido.

Rúben enxergava as coisas com precisão. A avaliação que fizera do comportamento de seu pai não foi invencionice. Entretanto, foi aquilo que ele permitiu que se desenvolvesse em seu coração que o envenenou. Ele abandonou a honra que Deus coloca no coração de cada filho e adotou uma atitude de ressentimento que estimulou a desonra. Permitiu que ela crescesse a ponto de justificar o seu comportamento desonroso e isso lhe custou muito caro. Ele perdeu o seu direito de primogenitura.

Lembre-se que em um capítulo anterior vimos que Ana foi insultada pelo sacerdote Eli, mas ela não permitiu que aquele comportamento desonroso a

demovesse de fazer o que Deus nos ordena: prestar honra aos que estão em posição de autoridade. Ela recebeu o galardão completo. Rúben, por outro lado, perdeu sua recompensa — sua herança. Ele estava totalmente correto em sua avaliação, mas totalmente errado em sua reação.

Não Permita que o Comportamento Errado de Outra Pessoa Afete Você

Nos últimos anos, tornou-se cada vez mais evidente para mim que não podemos permitir que o comportamento errado de outras pessoas afete o que sabemos ser o comportamento correto. Esta verdade é vista de forma clara na vida de Moisés. Os filhos de Israel, assim como Jacó, haviam persistentemente se comportado de uma forma que não agradava a Deus. No caso de Jacó, porque desprezava sua esposa; no caso deles, por causa das reclamações constantes. Como aconteceu com Rúben, Moisés sofreu devido ao comportamento errado deles. Durante quarenta anos, foi-lhe negado o acesso à Terra Prometida e ele ficou estacionado no deserto por causa do que estavam fazendo.

Agora eles estavam reclamando novamente porque não tinham água. Deus disse a Moisés que falasse com a rocha e, então, brotaria água dali. Mas, àquela altura, Moisés estava tão saturado com a conduta deles, que reuniu os israelitas e gritou: "'Ouvi agora, rebeldes: porventura, faremos sair água desta rocha, para vós outros?' Moisés

levantou a mão e feriu a rocha duas vezes com a sua vara" (Números 20:10-11).

Esse procedimento de Moisés resultou em que lhe fosse negado o privilégio de levar a nação para dentro da Terra Prometida. Ouça o que o salmista escreveu, anos mais tarde: "Depois, o indignaram nas águas de Meribá, e, por causa deles, sucedeu mal a Moisés, pois foram rebeldes ao Espírito de Deus, e Moisés falou irrefletidamente" (Salmos 106:32-33).

O mau comportamento deles atingiu Moisés. Então ele agiu em desarmonia com a Palavra de Deus e isso lhe custou muito caro! Escrevi em minha Bíblia, ao lado desse versículo: "Não podemos desculpar o nosso mau comportamento alegando o mau comportamento dos outros". Essa é uma dura lição que cada um de nós precisa aprender.

As atitudes do pai de Rúben não foram honrosas para com sua mãe, mas não justificam o comportamento desonroso que Rúben teve para com Jacó. Deus nos diz para honrarmos nossos pais, independente do quanto eles sejam bons ou maus aos nossos olhos, ou de quão honrosa ou desonrosa seja a conduta deles.

Mais uma vez, como importante lembrete, vamos recordar o princípio fundamental ensinado num dos capítulos anteriores. Devemos sempre honrar e nos submeter às autoridades; do mesmo modo, devemos obedecer às autoridades; no entanto, com relação à obediência, não devemos obedecer a uma autoridade se ela nos obrigar a fazer algo contrário à Palavra de Deus. Um exemplo disso seria se um dos pais dissesse ao filho para mentir

ao professor; nesse caso, o filho poderia dizer respeitosamente a seu pai ou à sua mãe: "Mamãe (papai), eu a (o) respeito e honro, mas não posso mentir, pois isso é pecado diante de Deus". Ou um caso mais grave seria se um pai estivesse as- sediando sexualmente seus filhos — aqui, o filho ou a filha deveriam procurar obter a ajuda das autoridades. Eles não estariam desonrando o próprio pai ao tentarem conseguir ajuda para ele e para si mesmos.

Recompensa Dobrada

Vamos dar mais uma olhada na passagem bíblica de abertura deste capítulo: "Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" (Efésios 6:2-3).

A recompensa da honra está dupla e claramente expressa neste versículo. Em primeiro lugar, tudo irá bem com você. Você terá sucesso na vida, junta- mente com paz, alegria, amor e saúde. Você experimentará uma vida gratificante. Em segundo lugar, você terá uma vida longa na terra. Terá a promessa de não morrer prematuramente de alguma doença fatal, acidente de carro, ou outro acidente imprevisto.

Você pode pensar: Mas conheço alguém que

honrava seus pais e morreu aindajovem. Isso pode

ser verdade. Talvez sua pergunta agora seja esta: "Então por que esta promessa não se aplicou a eles?" Trocando em miúdos, as promessas de Deus não são automáticas; elas precisam ser

conquistadas pela fé. Você deve estar chocado com esta afirmação, mas permita-me exemplificá-la com as Escrituras.

Deus fez uma aliança com Abraão, dizendo-lhe que através de seu filho Isaque viria a Semente prometida. A Palavra de Deus específica foi: "Esta- belecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência" (Gênesis 17:19). Outra passagem também diz: "Em Isaque será chamada a tua descendência" (Romanos 9:7; AMP). Assim sendo, Isaque definitivamente tinha de ter filhos, certo?

Quem escolheu a esposa de Isaque? A resposta é: o próprio Deus. Lembre- se que o servo de Abraão foi procurar uma esposa para Isaque entre os parentes de seu senhor. Ao chegar, ele orou:

"O Senhor, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu senhor Abraão! Eis que estou ao pé da fonte de água, e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água; dá-me, pois, que a moça a quem eu disser: Inclina o cântaro para que eu beba, e ela me responder: Bebe, e darei ainda de beber aos teus camelos, seja a que designaste para o teu servo Isaque".

— Gênesis 24:12-14 (ênfase do autor)

Com certeza, uma oração bastante específica; era improvável a possibilidade de qualquer coincidência. Os camelos bebem uma enorme quantidade de água, e poucos estranhos seriam tão generosos a ponto de tirar tanta água do poço, a

não ser que tivessem sido movidos por Deus a fazê- lo. O servo de Abraão tinha de ter certeza, por isso fez este pedido tão preciso e difícil. Observe também quando ele diz que a moça que realizasse a tarefa seria a que designaste; em outras palavras, ela seria a esposa eleita por Deus para Isaque.

No documento A Recompensa Da Honra - John Bevere (páginas 130-154)

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