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EMPRESA: SEDE: ATIVIDADE:

NOME DO EMPREGADO:

CARTEIRA DE TRABALHO N°: SÉRIE: CARGO/FUNÇÃO:

PERÍODO:

DIA 1° EXPEDIENTE 2° EXPEDIENTE ANOTAÇÕES PARA

USO DO DEPT. PESSOAL

ENTRADA SAÍDA ENTRADA SAÍDA

1 DOMINGO 2 SEGUNDA 3 TERÇA 4 QUARTA 5 QUINTA 6 SEXTA 7 SÁBADO 8 DOMINGO 9 SEGUNDA 10 TERÇA 11 QUARTA 12 QUINTA 13 SEXTA 14 SÁBADO 15 DOMINGO 16 SEGUNDA 17 TERÇA 18 QUARTA 19 QUINTA 20 SEXTA 21 SÁBADO 22 DOMINGO 23 SEGUNDA 24 TERÇA 25 QUARTA 26 QUINTA 27 SEXTA 28 SÁBADO 29 DOMINGO 30 SEGUNDA 31 TERÇA 5.2 - Hora Extra

O artigo 59 da CLT, determina que a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a 2 (duas) horas, respeitado o limite diário de 10 (dez) horas a serem realizadas pelo empregado, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. As funções que são exercidas fora do estabelecimento da empresa, segundo as decisões dos tribunais trabalhistas, o fator principal para se caracterizar o pagamento ou não das horas extras, relativo aos trabalhadores externos, é o controle que o empregador tem sobre a jornada de trabalho do empregado.

O trabalhador que exerce atividade externa não tem direito às horas extras, desde que sejam observados alguns critérios:

“Art. 62 - da CLT. Não são abrangidos pelo regime referente a jornada de trabalho:

I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados;

II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos e gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.

§ único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40%”.

Ressalta-se que alguns tribunais têm dado o direito às funções citadas acima de receberem as horas extras, conforme trata da obrigatoriedade do artigo 59 da CLT.

Observação: Verificar também nesta matéria, o item “6. DISPENSA DO REGISTRO DE PONTO”, e seus

subitens.

Extraído das jurisprudências abaixo: “... nos termos do artigo 62, I, da CLT, que os empregados que desenvolvem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho não fazem jus às horas extras. No caso dos autos, verifica-se, na realidade, que havia o controle indireto dos horários de trabalho do reclamante, pois a exigência de comparecimento à empresa no início e fim do expediente é suficiente por si só para concluir- se pela possibilidade de controle de horário...”.

Jurisprudências:

RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. REPRESENTANTE COMERCIAL. TRABALHO EXTERNO. CONTROLE DE HORÁRIO DE TRABALHO. Veja-se, nos termos do artigo 62, I, da CLT, que os empregados que desenvolvem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho não fazem jus às horas extras. Cumpre referir que o fato de o empregado prestar serviços de forma externa, por si só, não enseja o seu enquadramento na exceção contida no referido dispositivo consolidado. Relevante para o deslinde da controvérsia, neste caso, é que exista incompatibilidade entre a natureza da atividade exercida pelo empregado e a fixação do seu horário de trabalho. No caso dos autos, verifica-se, na realidade, que havia o controle indireto dos horários de trabalho do reclamante, pois a exigência de comparecimento à empresa no início e fim do expediente é suficiente por si só para concluir-se pela possibilidade de controle de horário, conforme jurisprudência pacífica deste c. Tribunal. Precedentes. Nesse sentido, diante da constatação de que havia o controle dos horários de trabalho do reclamante, não é possível incluí-lo na exceção do art. 62, I, da CLT. Recurso de revista conhecido e provido, no tema. Prejudicada a análise dos demais temas do recurso de revista. (Processo: RR 18095320105120054 – Relator(a): Hugo Carlos Scheuermann – Julgamento: 27.05.2015)

RECURSO DE REVISTA 1 - HORA EXTRA. TRABALHO EXTERNO. CONTROLE DE HORÁRIO. ÔNUS DA PROVA. A jurisprudência uniforme do TST é no sentido de que, além de admissível o controle indireto da jornada de trabalho, basta a mera possibilidade de que tal controle seja exercido, para que se exclua a hipótese do art. 62, I, da CLT. No caso dos autos, o Tribunal Regional, soberano na análise dos fatos e provas dos autos, assentou que, não obstante o reclamante desempenhasse suas atividades externamente, havia efetivo controle de sua jornada de trabalho. Ademais, quanto ao ônus da prova, a decisão encontra-se em perfeita consonância com a Súmula 338, I, do TST. Assim sendo, faz jus o autor a perceber a remuneração adicional pelo serviço excedente prestado. Recurso de revista não conhecido. ... (Processo: RR 199002620115130024 19900-26.2011.5.13.0024 – Relator(a): Delaíde Miranda Arantes – Julgamento: 28.08.2013)

HORAS EXTRAS. VENDEDOR EXTERNO. JORNADA DE TRABALHO CONTROLADA PELO EMPREGADOR. INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 62, I, DA CLT. O artigo 62 inciso I, da CLT aplica-se aos empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho. Não se enquadra na regra aquele que, embora trabalhe externamente, se encontra sujeito a controle de horários. Ademais, constitui obrigação do empregador manter registro de frequência idôneo dos seus empregados, na forma do artigo 74, § 2°, da CLT. Provado o efetivo controle de horários, a ausência dos respectivos registros implica inversão do ônus probatório quanto à jornada de trabalho, nos termos da Súmula 338 do colendo TST. Mantém-se a sentença que condenou o Réu ao pagamento de horas extras e reflexos à Autora. Recurso ao qual se nega provimento. Labor Em Feriados. Pagamento Em Dobro. Provada a existência de controle de jornada, competia ao Réu apresentar os registros de frequência do empregado, na forma do artigo 74, § 2°, da CLT, sob pena de considerar-se verídicas as alegações da inicial. A presunção de veracidade das alegações da inicial, não elidida por prova apta a desconstituí-la, impõe a manutenção da condenação ao pagamento da dobra da remuneração dos feriados laborados. Recurso não provido nesse aspecto. (Processo: RORs 951201100423000 MT 00951.2011.004.23.00-0 - Relator(a): Desembargadora Maria Berenice - Julgamento: 11.07.2012)

6. DISPENSA DO REGISTRO DE PONTO

Existem algumas situações, onde o registro de ponto dos empregados fica dispensado, conforme será visto nos subitens abaixo.

Qualquer função desempenhada e das exceções tratadas no art. 62 da CLT, o controle de horário (papeleta, telefone, visto do cliente, memorando, etc.) fundamenta o pagamento das horas extras, ou seja, o trabalho externo subordinado ao controle da jornada terá direito ao recebimento de horas extraordinárias laboradas.

As categorias citadas nos subitens a seguir, não estão sujeitas ao controle de jornada de trabalho e, ou seja, não têm direito ao pagamento de horas extraordinárias, isso pela característica do trabalho (externo) e pelas condições pessoais de quem o presta, no caso em se tratando do cargo de confiança.

A dispensa dos empregados que exercem atividade externa, incompatível com a fixação de horário de trabalho, deve-se, tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados (Artigo 62 da CLT).

Importante: Conforme a decisão judicial. “Para que o empregado se enquadre na exceção do art. 62, I, da CLT, não basta o exercício de atividade externa, devendo haver impossibilidade do controle de jornada por parte da reclamada. Restando provado a possibilidade e o efetivo controle da jornada, faz jus o empregado ao recebimento das horas extras laboradas. Recurso a que se nega provimento, neste particular. (Processo: 1371201100618000 GO 01371-2011-006-18-00-0)”.

6.1 – Cargo De Confiança E Atividade Externa

A pessoa que exerce o cargo de confiança é um empregado da empresa, porém não é um subordinado comum como os demais empregados, devido a caráter hierarquicamente superior, pois o exercício do poder diretivo na empresa é depositado pelo empregador, ou seja, ele é um gestor.

O cargo de confiança deverá demonstrar a importância da função, pois o gestor precisa ter autonomia, com representação de poder de mando mais elevado do que a simples execução de rotina empregatícia e a sua remuneração deverá ser equivalente a sua responsabilidade.

A Legislação Trabalhista dispõe que os empregados em cargo de confiança é dada a liberdade outorgada a este empregado pelo empregador, seja em relação à tomada de decisões em seu nome, seja pela gestão em relação a sua jornada de trabalho e ao direcionamento dos trabalhos estabelecidos pela empresa.

Conforme dispõe o artigo 62 da CLT, o empregado que exerce o cargo de confiança não está sujeito às normas de duração do trabalho, ou seja, não há a marcação de ponto, não tem pagamento de horas extras e nem intervalos de descansos.

O artigo 62 da CLT trata, que a dispensa dos empregados, referente à marcação do ponto, será:

a) que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados. Exemplo: vendedores viajantes/pracistas;

b) os gerentes, os que exercem cargos de gestão, aos quais se equiparam os diretores e chefes de departamento ou filial, quando o salário do cargo de confiança, que compreendendo a gratificação de função, se houver, não for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento) (Artigo 62 da CLT).

Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados deverá ser anotado em ficha ou papeleta em seu poder, conforme determina o artigo 74 da CLT, § 3º, e artigo 13, parágrafo único, da Portaria MTE nº 3.626/1991. (Informações obtidas no site do MTE - Perguntas e Respostas, a respeito do Sistema de Ponto Eletrônico).

Não há modelo oficial para registro, pois a empresa pode adotar modelos próprios ou adquiri-los no comércio. A Legislação não regulamenta de que forma se deve apresentar o serviço externo, para que justifique o uso da papeleta ou ficha de serviço externo, porém, entende-se que esse tipo de controle de jornada deva ser utilizado quando o empregado desempenha sua atividade na maior parte do tempo fora do estabelecimento do empregador e que no final do expediente não retorna ao estabelecimento.

Observação: Matéria a respeito de cargo de confiança, verificar o Boletim INFORMARE n° 16/2015, em assuntos

trabalhistas.

Jurisprudências:

HORAS EXTRAS. CARGO DE CONFIANÇA NÃO CONFIGURADO. NÃO APLICAÇÃO DO ART. 62, II, DA CLT. AUSÊNCIA DE PODERES DE MANDO E GESTÃO. 2. DESCONTOS INDEVIDOS. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CULPA DO EMPREGADO. MATÉRIAS FÁTICAS. SÚMULA 126/TST. Recurso de natureza extraordinária, como o recurso de revista, não se presta a reexaminar o conjunto fático-probatório produzido nos autos, porquanto, nesse aspecto, os Tribunais Regionais do Trabalho revelam-se soberanos. Inadmissível, assim,

recurso de revista em que, para se chegar a conclusão diversa, seria imprescindível o revolvimento de fatos e provas, nos termos da Súmula 126 desta Corte. Recurso de revista não conhecido nos temas. (Processo: RR 11309320145090669 – Relator(a): Mauricio Godinho Delgado – Julgamento: 14.10.2015)

HORAS EXTRAS INDEVIDAS. CARGO DE GERÊNCIA. APLICAÇÃO DO ART. 62, II, DA CLT - Se o próprio empregado reconhece que no exercício da função de gerente, ele era a autoridade máxima na empresa e, ainda, que não estava sujeito a qualquer controle de horário, resta patente que o seu cargo de chefia lhe assegurava amplos poderes de mando e autonomia gerencial, de modo que não há como afastá-lo da exceção prevista no art. 62, inciso II, da Consolidação das Leis do Trabalho. Recorrentes: Alan Lirio Barroso Inter Discount Ltda. Recorridos: Alan Lirio Barroso Inter Discount Ltda. Relatora: Giselle Bondim Lopes Ribeiro (Processo: RO 00007915520125010014 RJ – Relator(a): Giselle Bondim Lopes Ribeiro – Julgamento: 12.05.2014)

6.1.1 – Motoristas

No caso de trabalho externo e com controle de jornada pelo empregador, o artigo 74 da CLT dispõe que poderá ser usado a ficha ou papeleta para o controle das jornadas de trabalho externo.

O artigo 62 da CLT trata, que a dispensa dos empregados, referente à marcação do ponto, será:

a) que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e

Não há como definir se a atividade de motorista enquadra-se ou não na exceção do art. 62, inciso I, da CLT, mas em algumas circunstâncias, por exemplo, como as dos motoristas de transporte coletivo urbano, o empregador tem a possibilidade de controlar a jornada de trabalho.

O empregado é responsável pela guarda, preservação e exatidão das informações contidas nas anotações em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, ou no registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo, ou nos rastreadores ou sistemas e meios eletrônicos, instalados nos veículos, normatizados pelo Contran, até que o veículo seja entregue à empresa (§ 14, do artigo 235-C da Lei nº 13.103/2015).

Os dados referidos no parágrafo acima, poderão ser enviados a distância, a critério do empregador, facultando-se a anexação do documento original posteriormente (§ 15, do artigo 235-C da Lei nº 13.103/2015).

Será considerado como trabalho efetivo o tempo em que o motorista empregado estiver à disposição do empregador, excluídos os intervalos para refeição, repouso e descanso e o tempo de espera (§ 1º, do artigo 235-C da Lei nº 13.103/2015).

A jornada diária de trabalho do motorista profissional será a estabelecida na Constituição Federal, ou seja, 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, ou mediante instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho (artigo 235-C da Lei n°12.619/2012).

A jornada diária de trabalho do motorista profissional será de 8 (oito) horas, admitindo-se a sua prorrogação por até 2 (duas) horas extraordinárias ou, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo, por até 4 (quatro) horas extraordinárias (Artigo 235-C da Lei nº 13.103/2015).

Convenção e acordo coletivo poderão prever jornada especial de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso para o trabalho do motorista profissional empregado em regime de compensação (Artigo 235-F da Lei nº 13.103/2015).

Admite-se a prorrogação da jornada de trabalho por até 2 (duas) horas extraordinárias, que serão pagas com acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento), conforme estabelece o artigo 59 da CLT, mas podendo ser estabelecido um percentual maior por meio de instrumentos de acordos ou convenção coletiva de trabalho (Artigo 235-C da Lei nº 13.103/2015).

“§ 5o do Art. 235-C da Lei nº 13.103/2015. As horas consideradas extraordinárias serão pagas com o acréscimo estabelecido na Constituição Federal ou compensadas na forma do § 2o do art. 59 desta Consolidação”.

A Lei estabelece o banco de horas, o qual coloca que o excesso de horas de trabalho realizado em um dia poderá ser compensado, pela correspondente diminuição em outro dia, se houver previsão em instrumentos de natureza coletiva, observadas as disposições previstas nesta Consolidação.

Observação: Matéria completa sobre “MOTORISTA PROFISSIONAL EMPREGADO Jornada De Trabalho”, vide

6.1.2 – Vendedores

A dispensa dos empregados, tais como vendedores, viajantes/pracistas, referente à marcação do ponto, que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, deve-se tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados (Artigo 62 da CLT).

Ressaltamos, que se o empregador exigir um relatório que conste horários de visitas ou que se inicie e finalize o horário de trabalho dentro da empresa e ele provando dessa forma o controle do horário, o empregado terá direito à remuneração extraordinária quando realmente acontecer horas extras.

“O vendedor que exerce atividade externa tem direito a hora-extra, desde que sua jornada seja fiscalizada pelo empregador. Assim entenderam os juízes da 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região no julgamento de um recurso da Pepsico do Brasil. A empresa recorreu ao TRT-SP da sentença da 68ª Vara do Trabalho de São Paulo, que a condenou ao pagamento de verbas trabalhistas a um ex-vendedor, incluindo horas- extras”.

Jurisprudências:

VENDEDOR EXTERNO. CONTROLE DE JORNADA. Para que o empregado se enquadre na exceção do art. 62, I, da CLT, não basta o exercício de atividade externa, devendo haver impossibilidade do controle de jornada por parte da reclamada. Restando provado a possibilidade e o efetivo controle da jornada, faz jus o empregado ao recebimento das horas extras laboradas. Recurso a que se nega provimento, neste particular. (Processo: 1371201100618000 GO 01371-2011-006-18-00-0 – Relator(a): Paulo Pimenta – Publicação: DEJT Nº 1014/2012, de 05.07.2012)

VENDEDOR EXTERNO. CONTROLE DE JORNADA. POSSIBILIDADE. HORAS EXTRAS DEVIDAS. O exercício da função de vendedor, com jornada de trabalho externa, por si só, não retira o direito às horas extras eventualmente prestadas. Restando demonstrada a possibilidade e a efetivação do controle, e havendo a extrapolação da jornada de trabalho, são devidas as horas extras. (TRT18, RO - 0001473-10.2011.5.18.0131, Relator(a): Daniel Viana Júnior, 2ª Turma, Julgamento: 14.06.2012)

7. DOCUMENTAÇÕES QUE COMPROVAM A IRREGULARIDADE DA JORNADA DE TRABALHO

Registro de Ponto de Jornada de Trabalho:

a) excesso de jornada de trabalho, artigo 58 da CLT;

b) intervalo mínimo de repouso entre jornadas de trabalho, artigo 71 da CLT; c) trabalho em dias destinados ao descanso semanal, artigo 67 da CLT;

d) intervalo de 15 (quinze) minutos em jornadas de 6 (seis) horas, § 1º, artigo 71 da CLT;

e) jornada de trabalho marcada com antecedência, ou da tolerância na entrada e saída do empregado, § 1°, artigo 58 da CLT “Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de 5 (cinco) minutos, observado o limite máximo de 10 (dez) minutos diários”; f) autorização para realização de horas extras, artigo 61 da CLT. Exceção é a necessidade imperiosa. Nenhum empregado é obrigado a exercer horas extras, sendo nulo o contrato que estipular tal obrigação;

g) cartões-ponto sem pré-assinalação, § 2º, artigo 74 da CLT l, ou mesmo a marcação do ponto não corresponde jornada pré-assinalada;

h) funcionários prorrogando jornada em atividades insalubres, artigo 50 da CLT; i) funcionários externos não anotam ponto, inciso I do artigo 62 da CLT;

j) funcionários de cargo de gerência dispensados do ponto sem função gratificada, artigo 62 da CLT;

k) cartão-ponto com rasuras, em reclamatória trabalhista, o registro de ponto poderá ser desclassificado como prova a favor da empresa, sob alegação de ter sido rasurado ou não corresponder com a realidade;

m) horário ininterrupto de revezamento determina o artigo 7º da CF “jornada de seis horas para trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva”;

n) compensação de faltas e atrasos com horas extras, artigos 57 a 75 da CLT, e Lei nº 605/1949;

o) supressão de horas extras habituais - Enunciado TST nº 291, aprovado pela Resolução Administrativa nº 01, de 15 de março de 1989;

p) jornada de telefonista - Por força do disposto no art. 227 da CLT, a jornada de trabalho deve ser de no máximo 6 (seis) horas (contínuas) diárias e de 36 (trinta e seis) horas semanais;

q) horas extras não pagas e banco de horas, § 2 do artigo 59 da CLT. Previsão em Convenção ou Acordo Coletivo de trabalho.

Observações importantes:

a) O registro da jornada de trabalho, em desacordo com a pré-assinalada no cartão-ponto do empregado, deverá ser descontada quando houver faltas e atrasos, e paga como horas extras quando ultrapassar a jornada normal de trabalho, ou seja, no caso de horas excedentes.

b) Quando ocorrer uma reclamatória trabalhista, o empregado poderá reivindicar as horas extras que não foram pagas devidamente, já que é direito do empregador efetuar os descontos das faltas e atrasos cometidos pelo empregado.

c) As faltas e atrasos não poderão ser compensados, com referência às horas extras, ou seja, compensa um com o outro.

Conforme o artigo 8° da CLT as autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.

8. PENALIDADES/MULTAS TRABALHISTAS

“As infrações à legislação trabalhista são punidas com multas pecuniárias, fixas ou variáveis, cujos valores são previstos em lei de acordo com cada infração cometida pelo empregador”.

Os infratores dos dispositivos, referente à jornada de trabalho, incorrerão multa, conforme Portaria MTE nº 290/97 que aprovou as normas para imposição de multas administrativas previstas na legislação trabalhista. e de acordo com a natureza da infração sua extensão e a intenção de quem a praticou e será aplicada em dobro no caso de reincidência e oposição à fiscalização ou desacato à autoridade (Artigo 75 da CLT).

De acordo com o artigo 59 da CLT, a jornada extraordinária de trabalho do empregado não pode passar mais de 2 (duas) horas diárias, pois durante um longo período de trabalho ocasiona fadiga, estresse e envelhecimento precoce ao trabalhador. E caso o empregado trabalhe mais de 2 (duas) horas extras por dia, a empresa pode ser multada e dobrando em caso de reincidência. E se o empregador não pagar as horas extras trabalhadas também será multado por empregado.

Também se o banco de horas, proposto por Acordo ou Convenção Coletiva, é descumprido, a empresa também sofrerá a penalidade, sendo o valor da multa variável.

Tabela de Multas, referente à Jornada de Trabalho, em condições de serviços prestados em ambientes internos ou mesmo na empresa.

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