• Nenhum resultado encontrado

Identificação das plataformas offshore

No documento Universidade do Estado do Rio de Janeiro (páginas 75-81)

2 CARCARTERIZAÇÃO DAS PLATAFORMAS E ANÁLISES VOLUMÉTRICAS

2.3 Resultados e Discussão

2.3.1 Identificação das plataformas offshore

Considerando as principais atividades desenvolvidas pelas plataformas

offshore ligadas à produção de petróleo e gás natural, verificou-se que das 66

plataformas atuantes na Bacia de Campos no período considerado, dezoito estavam

dedicadas exclusivamente à produção de petróleo (PP), promovendo a elevação do

petróleo e gás natural do poço à plataforma; 42 das plataformas além de produzirem petróleo também realizaram o tratamento do petróleo e tratamento de água

produzida (PP/Trat. O&G/Trat. AP); quatro delas não produziram petróleo, mas

receberam óleo tratado ou pré-tratados para tratamento de óleo e/ou da água

produzida (Trat. O&G e/ou Trat. AP); e por fim, duas unidades foram responsáveis

exclusivamente pela transferência de óleo, seja por meio de transferência para navios aliviadores, seja por meio de transferência para terra através de oleoduto

(Transf. O).

Cabe destacar que todas as plataformas realizaram transferência de óleo, seja considerando a produção bruta do poço, seja com um mínimo de processamento como no caso das plataformas assinaladas com PP, que transferem óleo já tratado de acordo como as especificações da ANP de conteúdo de água e sedimentos. O gráfico de setores contendo os percentuais de plataformas da Bacia de Campos de acordo com suas principais atividades desenvolvidas são apresentados na Figura 2.1.

Figura 2.1 - Gráfico de distribuiçã

acordo com suas principais atividades desenvolvidas no período de 2012 a 2016

A Figura 2.2 apresenta

principais atividades desenvolvidas na p

importante notar que de forma geral, as plataformas localizadas em lâmina d’água mais profundas são as que apresentam a maior quantidade de atividades realizadas, incluindo o tratamento e descarte de água de produç

plataformas que apresentam apenas uma atividade, seja a Produção de Petróleo, seja a Transferência de óleo de forma exclusiva, estão localizadas em regiões mais rasas da Bacia de Campos.

Gráfico de distribuição percentual de plataformas de produção da Bacia de Campos de acordo com suas principais atividades desenvolvidas no período de 2012 a 2016

apresenta mapa de localização das plataformas

principais atividades desenvolvidas na produção de petróleo na Bacia de Campos. É importante notar que de forma geral, as plataformas localizadas em lâmina d’água mais profundas são as que apresentam a maior quantidade de atividades realizadas, incluindo o tratamento e descarte de água de produção. Opostamente, a maioria das plataformas que apresentam apenas uma atividade, seja a Produção de Petróleo, seja a Transferência de óleo de forma exclusiva, estão localizadas em regiões mais rasas da Bacia de Campos.

o percentual de plataformas de produção da Bacia de Campos de acordo com suas principais atividades desenvolvidas no período de 2012 a 2016.

das plataformas e indica suas rodução de petróleo na Bacia de Campos. É importante notar que de forma geral, as plataformas localizadas em lâmina d’água mais profundas são as que apresentam a maior quantidade de atividades realizadas, ão. Opostamente, a maioria das plataformas que apresentam apenas uma atividade, seja a Produção de Petróleo, seja a Transferência de óleo de forma exclusiva, estão localizadas em regiões mais

Figura 2.2 - Mapa de localização das

Em referência aos tipos de efluentes de processo descartados no mar e reportados anualmente ao IBAMA, foi possível constatar que das 66 plataformas atuantes no período, dezessete não

período de 2012 a 2016. A maioria, 46 plataformas, re produção. Destas 46 plataformas, 21 re

efluente de processo; nove

oleosa; três relataram o descarte de água

treze relataram o descarte de todos os três efluentes de processo considerados. Apenas duas plataformas declararam o descarte apenas de águas oleosas

declarou apenas o descarte de efluentes de URS percentuais de plataformas

apresentados na Figura

efluentes descartados é apresentado na Figura

Mapa de localização das plataformas na Bacia de Campos e suas principais atividades

Em referência aos tipos de efluentes de processo descartados no mar e reportados anualmente ao IBAMA, foi possível constatar que das 66 plataformas atuantes no não relataram o descarte de nenhum efluente de processo no período de 2012 a 2016. A maioria, 46 plataformas, relatou o descarte de água de Destas 46 plataformas, 21 relataram a água de produção como único nove declararam o descarte de água de produção e de água o descarte de água de produção e de efluentes de URS; e o descarte de todos os três efluentes de processo considerados. plataformas declararam o descarte apenas de águas oleosas

declarou apenas o descarte de efluentes de URS. O gráfico de setores contendo os percentuais de plataformas de acordo com efluentes de processo descartados são na Figura 2.3 e o mapa de distribuição destas plataformas e seus escartados é apresentado na Figura 2.4.

e suas principais atividades.

Em referência aos tipos de efluentes de processo descartados no mar e reportados anualmente ao IBAMA, foi possível constatar que das 66 plataformas atuantes no o descarte de nenhum efluente de processo no o descarte de água de a água de produção como único água de produção e de água e de efluentes de URS; e o descarte de todos os três efluentes de processo considerados. plataformas declararam o descarte apenas de águas oleosas e uma setores contendo os efluentes de processo descartados são e o mapa de distribuição destas plataformas e seus

Figura 2.3 - Gráfico de distribuição percentual de plataformas de produção da Bacia de Campos de acordo com seus efluentes de processo descartados no período de 2012 a 2016.

Nas Figuras 2.3 e

identificação dos tipos de efluentes descartados e declarados ao IBAMA:

• AP: plataformas que declararam apenas o descarte de água de produção

• AO: plataformas que declararam apenas o descarte de águas oleosas (qualquer

efluente oleoso exceto água de produção, podendo ser água de drenagem, água de lavagem de área contaminada etc.

• AP/AO: plataformas que declararam o descarte de água de produção e de águas

oleosas

• AP/AO/URS: plataformas que declararam o descarte simultâneo de água

produção, água oleosa e efluentes de sistema de injeção com URS

• AP/URS: plataformas que declararam o descarte de água de produção e de

efluentes de sistema de injeção com URS

• URS: plataformas que declararam apenas o descarte de efluentes de sistema de

injeção com URS.

Gráfico de distribuição percentual de plataformas de produção da Bacia de Campos de acordo com seus efluentes de processo descartados no período de 2012 a 2016.

s 2.3 e 2.4 os seguintes códigos foram utilizados para a identificação dos tipos de efluentes descartados e declarados ao IBAMA:

AP: plataformas que declararam apenas o descarte de água de produção

AO: plataformas que declararam apenas o descarte de águas oleosas (qualquer oleoso exceto água de produção, podendo ser água de drenagem, água de lavagem de área contaminada etc.

AP/AO: plataformas que declararam o descarte de água de produção e de águas AP/AO/URS: plataformas que declararam o descarte simultâneo de água produção, água oleosa e efluentes de sistema de injeção com URS

AP/URS: plataformas que declararam o descarte de água de produção e de efluentes de sistema de injeção com URS

URS: plataformas que declararam apenas o descarte de efluentes de sistema de Gráfico de distribuição percentual de plataformas de produção da Bacia de Campos de acordo com seus efluentes de processo descartados no período de 2012 a 2016.

ódigos foram utilizados para a identificação dos tipos de efluentes descartados e declarados ao IBAMA:

AP: plataformas que declararam apenas o descarte de água de produção

AO: plataformas que declararam apenas o descarte de águas oleosas (qualquer oleoso exceto água de produção, podendo ser água de drenagem, água AP/AO: plataformas que declararam o descarte de água de produção e de águas AP/AO/URS: plataformas que declararam o descarte simultâneo de água de produção, água oleosa e efluentes de sistema de injeção com URS

AP/URS: plataformas que declararam o descarte de água de produção e de URS: plataformas que declararam apenas o descarte de efluentes de sistema de

Figura 2.4 - Mapa de localização das plataformas e seus efluentes de processo descartados

Conforme o esperado devido à distribuição das plataformas por atividade realizada, as plataformas de regiões mais profundas são aquelas qu

mais tipos de efluentes descartados por plataforma e que são relatados ao IBAMA. Destaque é dado às plataformas localizadas na região norte da Bacia, região onde cinco plataformas de produção descartam os três tipos de efluentes considerados. Esta distribuição geográfica das atividades e dos descartes de efluentes na Bacia pode gerar regiões sujeitas a receber volumes maiores de efluentes. Consequentemente, podem ser formadas regiões que apresentam maior potencial de impacto ambiental associado

volume de descarte, das características físico efluentes.

Na Bacia de Campos uma única plataforma pode explorar reservas de petróleo de diferentes reservatórios e assim, a compo

uma mesma plataforma pode ter origem em petróleos de diferentes composições Mapa de localização das plataformas e seus efluentes de processo descartados

Conforme o esperado devido à distribuição das plataformas por atividade realizada, as plataformas de regiões mais profundas são aquelas qu

mais tipos de efluentes descartados por plataforma e que são relatados ao IBAMA. Destaque é dado às plataformas localizadas na região norte da Bacia, região onde plataformas de produção descartam os três tipos de efluentes considerados. Esta distribuição geográfica das atividades e dos descartes de efluentes na Bacia pode gerar regiões sujeitas a receber volumes maiores de efluentes. Consequentemente, podem ser formadas regiões que apresentam maior potencial de impacto ambiental associado ao descarte do efluente, a depender, além do volume de descarte, das características físico-químicas e de ecotoxicidade

Na Bacia de Campos uma única plataforma pode explorar reservas de petróleo de diferentes reservatórios e assim, a composição da água de produção de uma mesma plataforma pode ter origem em petróleos de diferentes composições

Mapa de localização das plataformas e seus efluentes de processo descartados.

Conforme o esperado devido à distribuição das plataformas por atividade realizada, as plataformas de regiões mais profundas são aquelas que apresentam mais tipos de efluentes descartados por plataforma e que são relatados ao IBAMA. Destaque é dado às plataformas localizadas na região norte da Bacia, região onde plataformas de produção descartam os três tipos de efluentes considerados. Esta distribuição geográfica das atividades e dos descartes de efluentes na Bacia pode gerar regiões sujeitas a receber volumes maiores de efluentes. Consequentemente, podem ser formadas regiões que apresentam maior potencial ao descarte do efluente, a depender, além do de ecotoxicidade dos

Na Bacia de Campos uma única plataforma pode explorar reservas de sição da água de produção de uma mesma plataforma pode ter origem em petróleos de diferentes composições

químicas e de distintas proporções em relação ao óleo e ao gás produzido. Além disto, como nem todas as plataformas que produzem petróleo estão equipadas para tratar água de produção, tal efluente pode ser separado, tratado e descartado por plataforma distinta daquela responsável pela produção dos poços. Este fator se apresenta então como um complicador para a correlação direta entre as produções de petróleo e descartes de água de produção, considerando-se cada plataforma individualmente. Portanto, as correlações diretas entre água de produção e produção de petróleo são mais apropriadas de serem realizadas em termos de volumes e cargas lançadas na Bacia como um todo.

Para água oleosa é importante destacar que apesar de todas as plataformas gerarem tal efluente e declararem existir sistema de tratamento para o mesmo em seus estudos ambientais de licenciamento, nem todas as plataformas informaram o descarte de águas oleosas no período analisado. Em diversas plataformas, a água oleosa proveniente de drenagem fechada é direcionada (i) ao tratamento de água produzida ou (ii) à corrente de óleo não tratado que será enviado a outra plataforma para posterior tratamento e transferência. Nestes casos, os quantitativos de águas oleosas gerados, tratados e descartados são contabilizados juntamente à água de produção. No entanto, as plataformas também podem gerar águas oleosas provenientes de drenagem aberta e, como os relatórios de monitoramento dos efluentes não apresentam detalhes sobre os sistemas de tratamento instalados nas plataformas, não é possível afirmar se estas águas oleosas são também direcionadas para os tratamentos de águas produzidas e/ou transferidas com óleo, ou se estão sendo descartadas no mar sem o devido registro exigido na legislação ambiental.

Uma plataforma de petróleo é uma unidade produtiva que apresenta diversas áreas com potencial de contaminação por óleo inclusive áreas atendidas pelos sistemas de drenagem aberta, portanto, a aparente ausência de registro do descarte destes efluentes é um ponto de atenção relevante que deve ser considerado nos acompanhamentos das questões ambientais das atividades de produção de petróleo.

Para os efluentes das URS é importante destacar que os relatórios de PCP não solicitam informações sobre a qualidade destes efluentes e as empresas não informam as concentrações efetivas dos produtos químicos presentes no efluente a ser descartado. Sabe-se apenas, pelos estudos ambientais, faixas de concentrações

esperadas para uso de produtos químicos. Para os efluentes de URS sem biocida, sabe-se que estes são tipicamente compostos por água do mar concentrada e inibidor de incrustação; já para os efluentes com biocida, a concentração do biocida e a periodicidade de aplicação deste produto no tratamento da água do mar para injeção variam entre as plataformas e podem variar de acordo com as operações dos sistemas de injeção. É importante destacar que os sistemas de injeção com URS necessitam de operações de limpezas periódicas e que os efluentes destas operações de limpeza não são contabilizados nos relatórios de PCP. Ainda para os efluentes dos sistemas de injeção de água do mar com URS, não foram apresentados nos relatórios de carga poluidora qualquer referência a estes efluentes. Cabe ainda destacar que as plataformas podem possuir sistemas de injeção não equipados com URS e os possíveis efluentes de processo destes sistemas também não são reportados nos relatórios de monitoramento dos efluentes.

No documento Universidade do Estado do Rio de Janeiro (páginas 75-81)