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Foram encontradas 85 amostras de Staphylococcus. Os estafilococos encontrados pertenciam todos ao grupo dos ECN e nenhuma amostra de Staphylococcus aureus foi encontrada neste estudo. A identificação através das provas bioquímicas (KLOSS & BANNERMAN, 1999) revelou a presença das seguintes espécies de ECN: 17 amostras de Staphylococcus saprophyticus, 15 amostras de Staphylococcus epidermidis, 13 amostras de Staphylococcus xylosus, 10 amostras de Staphylococcus hominis hominis, 10 amostras de Staphylococcus lugdunensis, 6 amostras de Staphylococcus warneri, 5 amostras de Staphylococcus cohnii urealyticum, 3 amostras de Staphylococcus haemolyticus, 3 amostras de Staphylococcus simulans, 2 amostras de Staphylococcus cohnii cohnii e uma amostra de Staphylococcus capitis.

Essas amostras também já foram analisadas quanto ao perfil de susceptibilidade às duas principais drogas de triagem para resistência aos antibióticos em estafilococos, segundo recomendado pelo CLSI (2008). As drogas testadas foram a cefoxitina (30µg) e a oxacilina (1µg), onde duas amostras apresentaram resistência. Além desses antibióticos, também foram testados 10 antimicrobianos, no qual as duas amostras que apresentaram resistência à oxaxilina (1µg) e a cefoxitina (30µg), também apresentaram perfil de multirresistência aos seguintes antimicrobianos: ciprofloxacina (5µg), clindamicina (2µg), eritromicina (15µg), gentamicina (10µg), penicilina G (10U), sulfametoxazol-trimetoprin (23,75µg-1,25µg), oxalicina (1µg) e cefoxitina (30µg). A primeira amostra foi detectada na coleta diurna do mês de agosto de 2007 e foi identificada como S. hominis hominis (código da amostra: 3ES4D), apresentando halos de inibição de 5 mm para oxacilina e 16 mm para cefoxitina e a segunda amostra de estafilococos resistente foi encontrada na coleta diurna

do mês de abril de 2008 e foi identificada como S. lugdunensis (código da amostra: 11ES2D) não apresentando halo de inibição para oxacilina e apresentando halo de inibição de 11mm para cefoxitina (Figura 5). As duas amostras resistentes estavam sendo carreadas por formigas da espécie Tapinoma melanocephalum (Fabricius).

Figura 5: Amostras de Staphylococcus coagulase negativos resistentes aos antibióticos,

oxacilina (1µg) e cefoxitina (30µg). A) Amostra 3ES4D apresentando halo de inibição de 5mm para oxacilina e 16mm para cefoxitina. B) Amostra 11ES2D apresentando halo de inibição de 11mm para cefoxitina e nenhuma formação de halo de inibição para oxacilina.

A análise da produção da proteína PBP2a, que é o produto da expressão do gene

mecA, conferindo a bactéria a capacidade de sobreviver em presença de antibióticos β-

lactâmicos, foi analisada nas duas amostras com perfil de multirresistência: S. hominis hominis e S. lugdunensis (amostras: 3ES4D e 11ES2D) e nelas houve reação, sendo as amostras produtoras dessa proteína (Figura 6).

Figura 6: Produção da proteína PBP2a nas amostras de S. hominis hominis (3ES4D) e S.

lugdunensis (11ES2D).

Nas amostras de S. hominis hominis e S. lugdunensis com perfil de multirresistência ainda foram realizadas análises do perfil de susceptibilidade à meticilina (25 mg/L), com este antibiótico diluído em TSA. Houve crescimento das amostras, mostrando uma resistência ao antibiótico e indicando a presença do gene mecA, que foi confirmada através de uma Reação em Cadeia da Polimerase-PCR (Figura 7).

As duas amostras multirresistentes, S. hominis hominis (3ES4D) e S. lugdunensis (11ES2D), foram testadas quanto à produção de biofilme e apenas a amostra da espécie S. hominis hominis apresentou-se como forte produtora de biofilme (Figura 8).

O total das amostras de ECN ainda apresentou um percentual de 30.58% de

resistência à eritromicina (15µg) e todas as amostras foram susceptíveis à vancomicina

Figura 7: Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) para as amostras de ECN

multirresistentes. Coluna 1: Marcador de peso molecular; Coluna 2: Controle + (S. aureus 9393); Coluna 3: S. hominis hominis (3ES4D); S. lugdunensis (11ES2D); Coluna 5: Controle negativo (S. epidermidis ATCC12228).

Figura 8: Produção de Biofilme. 1A,B,C - ausência de amostras; 1D,E,F - Staphylococcus

pyogenes 75194 (amostra controle não produtora de biofilme); 2A,B - S.

epidermidis 70d (amostra controle produtora de biofilme); 2C,D -

Staphylococcus hominis hominis (amostra 3ES4D); 2E,F - Staphylococcus lugdunensis (amostra 11ES2D).

Para testar se houve diferença significativa nas espécies de bactérias ao longo dos

meses pesquisados (Figura 9), com o p-valor ≤ 0,05, utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis.

Mas, o p-valor foi de 0,0697, assim, podemos dizer que não houve diferença da presença das bactérias ao longo dos meses.

Figura 9: Distribuição dos tipos de bactérias segundo os meses pesquisados.

Através de cruzamento de variáveis podemos observar que algumas espécies de bactérias predominaram em determinados setores do hospital: nas enfermarias masculina e feminina predominou a S. epidermidis; na cozinha a S. lugdunensis; na lavanderia a S. xylosus; e no banco de sangue as espícies S. epidermidis e S. saprophyticus (ver Figura 10). Foi observado que a lavanderia tem mais chance de apresentar a bactéria S. xylosus, bem como, na enfermaria feminina é mais provável se encontrar as bactérias S. epidermidis e S. hominis.

5. DISCUSSÃO

Em nosso estudo foram encontradas espécies distintas de formigas nidificando e, por conseguinte, infestando o hospital pesquisado. Entre as espécies de formigas urbanas encontradas, duas são consideradas exóticas, Tapinoma melanocephalum (Fabricius) e Paratrechina longicornis (Latreille), originárias da região tropical da África. Em outros estudos conduzidos na região sudeste do Brasil, a presença dos gêneros de formigas Tapinoma, Paratrechina, Camponotus e Solenopsis são sempre citados (FOWLER et al., 1993; MOREIRA et al., 2005; RODOVALHO et al., 2007). O número de espécies de P. longicornis esteve presente de forma distribuída dentre os locais coletados. Tal fato confirma outro estudo que cita a espécie como bem adaptada à construção de ninhos sob as mais diversas condições, além de apresentar uma preferência alimentar variada (SOLIS et al., 2008).

Apesar da espécie Crematogaster victima Smith ter sido encontrada em maior número no turno noturno e a espécie Tapinoma melanocephalum (Fabricius) no turno diurno, todas as espécies de formiga coletas puderam ser capturadas nos dois turnos, o que demonstra uma plasticidade comportamental por parte de todas as espécies encontradas.

O presente estudo não encontrou relações significativas entre fatores abióticos e a quantidade de formigas coletadas, o que sugere uma adaptação desses insetos ao ambiente independentemente das variações de temperatura, pluviosidade e umidade. Nosso resultado corrobora com HÖLLDOBLER & WILSON (1990) que identificam, entre outras, as espécies de formigas encontradas em nosso trabalho como integrantes de um grupo de formigas chamadas “andarilhas” (“tramp ants”), as quais possuem uma série de características adaptativas que favorecem a colonização do ambiente urbano. Tapinoma

melanocephalum (Fabricius) e Paratrechina longicornis (Latreille) são apontadas como importantes exemplos de sucesso nessa adaptação (ULLOA-CHACÓN & JARAMILLO, 2003). Outros trabalhos encontraram plasticidade de comportamento em formigas (MORI e LE MOLI, 1988; KELLER e KENNETH, 1993; SEID e TRANIELLO, 2006). Segundo SEID e TRANIELLO (2006), a variação individual e a plasticidade comportamental de formigas são uma forma de expansão do seu repertório comportamental, ecológico e fisiológico.

Nosso trabalho concluiu que a presença de T. melanocephalum no ambiente hospitalar eleva o risco de veiculação dos ECN e de contaminação do ambiente hospitalar. Na ausência de trabalhos relacionando formigas com ECN, podemos supor que o fato de T. melanocephalum ser uma das menores em tamanho dentre as espécies de formigas adaptadas ao ambiente urbano propicie sua capacidade de carrear ECN. O tamanho reduzido facilita o acesso das formigas a locais estreitos que as demais não alcançam. Em nossa pesquisa, essa mesma espécie de formiga, T. melanocephalum, foi encontrada em maior número nas enfermarias, o que representa um risco devido ao potencial de veiculação de bactérias com perfil de resistência aos antibióticos demostrado nesse trabalho. O seu pequeno tamanho pode ter sido mais uma vez a causa dessa infestação, já que pode dificultar a detecção dessa espécie pela equipe de limpeza, fazendo com que ela colonizasse facilmente o hospital. Assim como em nossos resultados, outros autores (FOWLER et al., 1993; MOREIRA et al., 2005; CHACÓN DE ULLOA, 2003) encontraram em pesquisas realizadas no Brasil e na América do Sul a espécie T. melanocephalum como a mais presente no ambiente hospitalar. Um fato novo do nosso estudo foi encontrar T. melanocephalum carreando amostras de ECN resistentes a meticilina, sendo uma delas

produtora de biofilme. Isso aponta para o risco de transmissão de patógenos importantes por essa espécie no ambiente hospitalar.

O fato de formigas terem sido encontradas veiculando ECN em um hospital é algo preocupante, pois ECN são uma importante causa de bacteremias nosocomiais e septicemia (KOKSAL et al., 2007). Além disso, todas as espécies de ECN que encontramos sendo carreadas por formigas no hospital são descritas como presentes em isolados clínicos (CUEVAS et al., 2004). Duas de nossas amostras, S. hominis hominis e S. lugdunensis, eram multirresistentes e estavam albergando o gene mec A, sendo a primeira vez que ECN com essas características foram isoladas de formigas presentes no ambiente hospitalar, o que representa um risco de contaminação dos pacientes, que por imunocomprometimento, podem adquirir uma infecção causada por esses patógenos.

Nossos resultados indicam que a presença de espécies de ECN com multirresistência aos antibióticos na enfermaria feminina de pós-operatório pode significar a formação de um reservatório de genes de resistência nesse setor. A literatura relata a transmissão de genes de resistência de uma espécie de ECN, S. epidermidis, para S. aureus (WIELDERS et al., 2001), reforçando o fato de, em nosso estudo, duas espécies diferentes de ECN, terem sido coletadas em um mesmo setor, a enfermaria feminina pós-cirúrgica, albergando o gene de resistência a meticilina e possuindo perfis de multiresistência a drogas similares.

S. hominis hominis é citada na literatura como causa de endocardites e bacteremias (PIETTE & VERSCHRAEGEN, 2009). S. lugdunensis, ao contrário das demais espécies de ECN, exibem um alto grau de virulência, pois expressam fatores de virulência também presentes em S. aureus (FRANK et al.,2008). São freqüentemente encontrados em infecções no trato urinário e relacionada a dispositivos implantáveis, e ainda, infecções na pele e corrente sanguínea, peritonites e endocardites (FRANK et al.,2008).

ECN tem se tornado um motivo de preocupação pela comunidade médica devido ao fato dessas bactérias apresentarem a habilidade de rápida adaptação ao stress causado por

antibióticos (LIVERMORE, 2000). A maioria dos ECN isolados de infecções nosocomiais são resistentes à meticilina e à outras drogas (PIETTE & VERSCHRAEGEN, 2009). Em nosso estudo, 30.58% dos ECN foram resistentes à eritromicina, o que corrobora com outro estudo com isolados clínicos (CUEVAS et al., 2004).

A produção do biofilme pode propiciar a permanência de cepas multirresistentes, atuando como um determinante nas infecções por ECN. Alguns autores relatam que a produção do biofilme é mais comumente encontrada em isolados associados à sepse, incluindo bacteremias associadas à cateteres intravenosos e outros dispositivos implantáveis (GOTZ, 2002; DE SILVA et al., 2002). Nosso estudo relata pela primeira vez uma espécie de ECN, S. hominis hominis, produtora de biofilme sendo veiculada por formigas presentes no ambiente hospitalar. Em estudos feitos com ECN isolados de culturas de sangue, respectivamente 26% e 44% dos S. hominis hominis isolados, eram produtores de biofilme (KOKSAL et al., 2007; DE SILVA et al., 2002). Em nossos isolados de S. hominis hominis (n=10), apenas 1 (10%) apresentou produção de biofilme.

Após quatro décadas do primeiro relato de bactérias patogênicas sendo veiculadas por formigas em instituições de saúde, nosso estudo demonstra que mesmo com o avanço das medidas de higiene do ambiente hospitalar, esse fato ainda acontece e é agravado pela aquisição de fatores de virulência por essas bactérias, tais como aumento da resistência aos antimicrobianos e a produção de biofilme. Há uma necessidade de um periódico monitoramento das infestações por insetos no ambiente hospitalar, para que se evite a disseminação de bactérias importantes em infecções nosocomiais.

6. CONCLUSÃO

 Espécies distintas de formigas estavam nidificando e, por conseguinte, infestando o

hospital pesquisado;

 Formigas podem veicular Staphylococcus coagulase-negativos com perfil de multi-

resistência aos antimicrobianos em ambiente hospitalar;

 Formigas podem veicular ECN com potencial de produção de biofilme;

 A presença de espécies de ECN com multirresistência aos antibióticos na

enfermaria feminina de pós-operatório pode significar a formação de um reservatório de genes de resistência nesse setor;

 A presença de T. melanocephalum no ambiente hospitalar eleva o risco de

veiculação dos ECN e de contaminação do ambiente hospitalar.

 A espécie de formiga T. melanocephalum foi encontrada em maior número nas

enfermarias, o que representa um risco devido ao potencial de veiculação de bactérias com perfil de resistência aos antibióticos demostrado nesse trabalho.

 Não há evidencias no presente estudo de relações significativas entre fatores

abióticos e a quantidade de formigas coletadas, o que sugere uma adaptação desses insetos ao ambiente independentemente das variações de temperatura, pluviosidade e umidade.

 Apesar da espécie Crematogaster victima Smith ter sido encontrada em maior número no turno noturno e a espécie Tapinoma melanocephalum (Fabricius) no turno diurno, todas as espécies de formiga coletas puderam ser capturadas nos dois turnos, o que demonstra uma plasticidade comportamental por parte de todas as espécies encontradas.

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