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3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.4 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS OBJETOS DE ESTUDO

A presente seção apresenta a identificação e a caracterização das Universidades Federais escolhidas, conforme justificado no item 3.2, que representam os objetos de estudo da pesquisa, a saber: Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

3.4.1 Universidade Federal do Paraná

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) está localizada em Curitiba, capital do Estado do Paraná. A necessidade de mais intelectuais e a perda da Região do Contestado para Santa Catarina foram alguns dos motivos que deram início ao chamado movimento pró- Universidade no Paraná. Diante disso, em 19 de dezembro de 1912, Victor Ferreira do Amaral e Silva liderou a criação efetiva da Universidade do Paraná, ofertando os cursos de Ciências Jurídicas e Sociais, Engenharia, Medicina e Cirurgia, Comércio, Odontologia, Farmácia e Obstetrícia. Hoje, sua missão é fomentar, construir e disseminar o conhecimento, contribuindo para a formação do cidadão e desenvolvimento humano sustentável. Segundo o ‘Relatório UFPR em números’ de 2010, a Universidade possui 329 cursos, que incluem graduação presencial, graduação a distância, doutorado, mestrado, especialização, residência médica, residência multiprofissional, ensino técnico presencial e educação a distância, totalizando 32.969 alunos. Para tanto, conta com 2.296 docentes, entre efetivos, substitutos e visitantes, e com 3.489 técnico-administrativos. Sua administração superior é composta pelo Conselho Universitário, Conselho de Curadores, Conselho de Planejamento e Administração, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e Reitoria (UFPR, 2010; UFPR, 2011).

3.4.2 Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Localizada em Porto Alegre, capital do Estado do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul inicia sua história em 1895 com a fundação da Escola de Farmácia e Química, seguida da

Escola de Engenharia. A partir da integração da Escola de Engenharia com os Institutos de Astronomia, Eletrotécnica e Química Industrial; Faculdade de Medicina, com as Escolas de Odontologia e Farmácia; Faculdade de Direito, com sua Escola de Comércio; Faculdade de Agronomia e Veterinária; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e pelo Instituto de Belas Artes, surge, em 28 de novembro de 1934, a Universidade de Porto Alegre, que, em 1947, se transforma em universidade e passa a ser denominada Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tendo como missão a educação superior e a produção de conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico integradas no ensino, na pesquisa e na extensão, a UFRGS conta com 246 cursos, 46.259 alunos, 2.541 docentes e 2.553 técnico- administrativos. Sua administração superior é composta pelo Conselho Universitário, Conselho de Curadores, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e Reitoria (UFPR, 2010; UFRGS, 2011).

3.4.3 Universidade Federal de Santa Catarina

Localizada em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, a Universidade Federal de Santa Catarina foi criada em dezembro de 1960 com o nome de Universidade de Santa Catarina. Sua missão é produzir, sistematizar e socializar o saber filosófico, científico, artístico e tecnológico, ampliando e aprofundando a formação do ser humano para o exercício profissional, a reflexão crítica, solidariedade nacional e internacional, na perspectiva da construção de uma sociedade justa e democrática e na defesa da qualidade de vida. De acordo com o ‘Relatório UFSC em números’ de 2010, a Universidade possui 258 cursos entre graduação a distância, graduação presencial, especialização, mestrado e doutorado, somando 42.790 alunos, 2.154 docentes e 3.172 técnico-administrativos. Sua administração superior é composta pelo Conselho Universitário, Conselho de Curadores, Câmara de Ensino de Graduação, de Pós-Graduação, de Pesquisa e de Extensão e Reitoria (UFSC, 2010; UFSC, 2011).

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

A seção que trata da análise e da discussão dos resultados está dividida em quatro subseções, que representam os objetivos específicos e o objetivo geral da pesquisa. As subseções são: recomendações de governança aplicáveis às IES; definição dos temas-chave; classificação das recomendações com base nos princípios; análise e interpretação dos dados.

4.1 RECOMENDAÇÕES DE GOVERNANÇA APLICÁVEIS ÀS IES

Dentre as entidades que tratam de governança balizadoras da pesquisa, o Relatório Cadbury (1992), as normas da OECD (2004), bem como a cartilha da CVM (2002) e os segmentos diferenciados da BM&FBOVESPA (2012) tratam de aspectos relacionados ao nível de confiança e à capacidade de fornecer garantias nos relatórios financeiros e, ainda, da regulação do mercado de ações e afins, logo, referem-se à governança corporativa. O Código das Melhores Práticas de Governança do IBGC (2009) segue a mesma linha, apesar de deixar claro ser um documento abrangente e adaptável a todos os tipos de organização.

O ANAO (2002) e o Study 13 do IFAC (2001) tratam das questões que envolvem as melhores práticas de governança para o setor público, mas não específicas às IES.

O CUC (2009), com a responsabilidade de promover as melhores práticas de governança no ensino superior, tem, em seu guia, recomendações claras de boas práticas de governança para este setor. Já o estudo da EURYDICE (2008) recolheu dados sobre a governança no ensino superior na Europa, sem a intenção de recomendar práticas ou políticas, e sim destacar situações e aspectos já existentes sobre o tema.

Conforme Apêndice B, tem-se como resultado uma lista de verificação (checklist) com 101 recomendações de políticas de governança aplicáveis às IES, proposta no primeiro objetivo específico e criada a partir das recomendações estabelecidas pelo Guide for Members

of Higher Education Governing Bodies in the UK, elaborado pelo CUC,

e, algumas delas, corroboradas pelo estudo da EURYDICE.

4.1.1 Composição do órgão de governo das IFES

Para responder ao segundo objetivo específico, que trata de definir a composição do ‘órgão de governo’ (termo utilizado nas recomendações do checklist), a partir do conjunto das estruturas da