• Nenhum resultado encontrado

2. Objetivo geral

4.10 Impacto das mudanças pós-traducionais na interação TbEIF4E3/ TbEIF4G4

A identificação da interação de proteínas em complexos estáveis em um sistema celular pode ser alcançada através do procedimento de imunoprecipitação, no qual a proteína alvo e seus parceiros podem ser isolados através da ligação dessas moléculas a ligantes específicos imobilizados em suportes insolúveis. Para isso, lisados celulares foram incubados com uma suspensão de anticorpos específicos para a proteína de interesse, ligados na proteína A sefarose e para controle negativo do experimento esses lisados também foram incubados com soro pré-imune na presença da proteína A sefarose. Esse procedimento foi realizado para imunoprecipitar o TbEIF4E3. Como pode ser observado na figura 14, a imunoprecipitação dessa proteína foi bem sucedida, e adicionalmente foi possível verificar que o TbEIF4G4 co- imunoprecipitou com o TbEIF4E3. Como ambas as isoformas do TbEIF4G4 foram encontradas no imunoprecipitado é possível sugerir que a sua fosforilação não impede a sua associação com o TbEIF4E3.

54

Figura 16. Imunoprecipitação do TbEIF4E3. O TbEIF4E3 foi completamente depletado do lisado, demonstrando que toda a proteína foi imunoprecipitada. Ademais, na imunoprecipitação do TbEIF4E3, também foi detectada a presença do TbEIF4G4, sendo também possível visualizar na imunoprecipitação dessas proteínas suas isoformas fosforiladas. IP C-= imunoprecipitação do controle negativo; IP TbEIF4E3= imunoprecipitação do fator TbEIF4E3; LIS APÓS IP C-= lisado após imunoprecipitação do controle negativo; LIS APÓS IP

55

5

5..DDiissccuussssãão o

O controle da expressão gênica em T. brucei e em outros kinetoplastídeos baseia-se amplamente em alterações nos níveis dos transcritos, cujos níveis são regulados através da estabilidade e degradação dos mRNAs, e possivelmente também em alterações no seu padrão de tradução (Clayton, 2002). Estudos prévios em Leishmania e Trypanosoma sugerem que, enquanto diferenças na abundância de transcritos possam ser quantificadas ao longo da diferenciação celular, essas mudanças não são tão pronunciadas quanto em organismos que regulem a sua expressão gênica através da iniciação da transcrição, e a porcentagem de genes cujos níveis de mRNAs variam ao logo do ciclo de vida é bem menor que a de proteínas (10%) (McNicoll et al., 2006). Por outro lado, , até o momento poucas informações foram obtidas no âmbito da regulação em nível pós-traducional, apesar de ser um dos mecanismos de maior relevância dentre os aspectos da biologia desses parasitas. É possível que o grande número de homólogos dos fatores de iniciação eIF4E e eIF4G e as modificações pós-traducionais presentes nestes fatores possam acrescentar outras vias pelas quais a expressão gênica pode ser regulada nesses organismos.

Através da análise da expressão dos fatores TbEIF4E1, TbEIF4E3 e 4 e TbEIF4G4 e 5, nas fases procíclica e sanguínea, foi possível observar que o padrão de expressão deles diferiram ao longo das curvas de crescimento. Dentre as proteínas em estudo algumas se apresentaram sob a forma de no mínimo duas bandas (TbEIF4E3, TbEIF4E4 e TbEIF4G4), nas duas fases do ciclo de vida de T. brucei. Em Leishmania, se observou que a banda de maior peso molecular do EIF4E3 diminui de intensidade ao longo de uma curva de crescimento mas se intensifica novamente na fase estacionária, enquanto que a banda de maior peso molecular do EIF4E4 aumenta ao longo da curva e depois desaparece no final (Pereira, 2008). Este comportamento, entretanto, não foi observado para nenhum dos fatores analisados de T. brucei. Nossos resultados contudo mostraram, de forma mais proeminente, uma segunda banda de maior peso molecular do fator TbEIF4E4 apenas para a forma sanguínea, e somente no ponto de 6 horas da sua curva de crescimento. Já o TbEIF4G4 apresentou-se como duas isoformas ao longo de todas as curvas da forma procíclica e sanguínea, ambas fosforiladas, diferentemente também do que acontece em Leishmania

amazonensis, uma vez que neste organismo foi observado que seu ortólogo é expresso de

maneira estágio específica, sendo sua expressão drasticamente reduzida em células da fase amastigota (Reis,C.R., dados não publicados).

Os fatores TbEIF4E1 e TbEIF4G5 se apresentaram sob a forma de bandas únicas, indicando que aparentemente não são fosforilados, e o perfil de expressão também não variou

56 ao longo das curvas de crescimento realizadas. Dentre todos os homólogos estudados, a proteína menos abundante em células de T. brucei foi o TbEIF4E1 e a mais abundante foi o

TbEIF4E3, tanto na forma procíclica quanto na sanguínea. A quantificação do TbEIF4E1 e do TbEIF4E3 realizada em ambas as formas do T. brucei, é consistente com os níveis de

expressão dessas proteínas visualizados nos experimentos de Western-blot, sendo detectado cerca de 1,5-5x103 e 2-4x104 moléculas/célula na forma sanguínea e 3-8x103 e 5-10x104 moléculas/célula na forma procíclica para o TbEIF4E1 e para o TbEIF4E3, respectivamente (Freire, 2010).

A permanência da expressão de todos os fatores analisados (TbEIF4E1, TbEIF4E3-4,

TbEIF4G4-5 e a TbPABP1) durante as duas fases do ciclo de vida do T. brucei, leva a crer

que essas proteínas são essenciais para a manutenção da homeostasia celular. De acordo com essa afirmação, ensaios de interferência de RNA para avaliar a viabilidade celular após a depleção dos níveis das proteínas TbEIF4G4 e TbEIF4E3 em T. brucei, resultaram em morte rápida da cultura (Moura, 2007; Freire, 2010). A depleção do TbEIF4G4 também induziu mudanças na morfologia celular, resultando em parasitas com formas arredondadas (Moura, 2007).

Através da purificação de fosfoproteínas realizada nesse trabalho foi possível determinar que a presença de mais de uma isoforma nas proteínas alvo (TbEIF4E3, TbEIF4E4 e TbEIF4EG4) na forma procíclica é devido a modificações pós-traducionais do tipo fosforilação. A análise do TbEIF4AI nesse mesmo experimento confirmou que esse fator não é fosforilado. Um recente trabalho também identificou, na forma saguínea do T. brucei, formas fosforiladas do TbEIF4E3 (Nett et al., 2009). A confirmação da fosforilação dessas proteínas em ambas as formas do ciclo de vida do organsimo torna possível pressupor que esta modificação está associada a mecanismos que atuem constantemente na regulação da sua atividade.

Os experimentos de imunoprecipitação aqui realizados demonstraram que ambas as formas fosforiladas do TbEIF4G4 co-imunoprecipitaram com o TbEIF4E3. Em animais após a alimentação, foi observado um aumento na formação do complexo eIF4F, e esse evento foi associado com uma elevação de dez vezes no nível de fosforilação da Ser-1148 do eIF4GI (Vary e Lynch, 2006). È possível que as modificações pós-traducionais observadas no

TbEIF4G4 e em outros fatores possam estar atuando regulando a especificidade de interação

entre parceiros na iniciação da tradução, como já foi visto para a PABP (Le et al., 2000), mas até o momento não está claro como isso ocorre.

Dados na literatura já haviam relatado que uma das isoformas da PABP1 em

57 visualização da TbPABP1 sob a forma de dois spots, dá indícios de que essa proteína também é fosforilada no T. brucei, evidenciando uma conservação nos mecanismos de regulação entre esses parasitas. Estudos com gérmen de trigo têm demonstrado que a PABP no seu estado hiperfosforilado interage mais eficientemente com o eIF4G do que a sua forma hipofosforilada (Gallie et al., 1997; Le et al., 2000; Ma et al., 2009), e aumenta sua ligação cooperativa à cauda poli(A), sugerindo que sua capacidade de homodimerizar é aumentada (Le et al., 2000). Outro estudo demonstrou em células HeLa que durante o período de recuperação após choque de calor houve um aumento na associação da PABP1 com o eIF4G, e um concomitante aumento no nível de fosforilação. Assim o aumento no status de fosforilação da PABP após choques de calor pode ser um passo importante para restaurar os níveis normais de tradução.

Em formas procíclicas do T. brucei, um estudo demonstrou que cerca de 80% das proteínas analisadas através de gel 2-D foram identificadas sob a forma de quatro ou menos spots (ex.: β-tubulina, HSP70), os quais apresentaram mudanças no pI, apesar de a massa molecular apresentar discreta ou nenhuma alteração, o que demonstra que a modificação de proteínas é bastante comum nesse parasita (Jones et al., 2006). De acordo com essas informações, no presente trabalho foi possível visualizar claramente diversas isoformas para os fatores TbEIF4E3 e 4, com pequenas diferenças de massa molecular e pI. Os efeitos da fosforilação do eIF4E de vertebrados na tradução cap-depentente in vitro são insignificantes. Entretanto, a hiperfosforilação forçada do eIF4E através da superexpressão de Mnks em células de mamíferos levou a uma redução nos níveis de tradução (Knauf et al., 2001). A fosforilação também parece produzir uma modesta diminuição na afinidade do eIF4E por mRNA capeados ou análogos de nucleotídeos capeados (Scheper e Proud, 2002) e análises mutacionais indicam que a fosforilação também é necessária para que ocorra transformação celular (Topisirovic et al., 2004).

Em eucariotos superiores, um dos papéis da fosforilação de proteínas é regular vias necessárias para a proliferação e diferenciação celular (Parsons et al., 1993). Uma comparação entre o estágio sanguíneo e o procíclico de T. brucei demonstrou que a atividade e a abundância de muitas proteínas quinases, são reguladas durante o desenvolvimento do parasita (Parsons et al., 1993; Hua e Wang., 1994). Trabalhos adicionais necessitam ser realizados para identificar o real papel da fosforilação dos fatores estudados durante o evento da iniciação da tradução. Ensaios de eletroforese bidimensional comparando as diversas fases da curva de crescimento de cada forma do parasita, a análise da associação dos homólogos com polissomos, e a possível identificação das quinases e fosfatases que atuam regulando o nível de fosforilação podem ajudar a esclarecer as vias de regulação que controlam a

58 expressão gênica desses parasitas. Essas modificações pós-traducionais podem desempenhar papel central na regulação da síntese protéica desses parasitas. Os dados obtidos, juntamente com dados futuros, serão úteis para a identificação de mecanismos conservados na iniciação da tradução entre os tripanossomatídeos e eucariotos superiores.

59

6

6..CCoonncclluussõõeess

As proteínas TbEIF4E1, TbEIF4E3, TbEIF4E4, TbEIF4G4, TbEIF4G5 e a TbPABP1 são expressas nas duas principais formas do ciclo de vida do T. brucei em níveis relativamente constantes.

TbEIF4E3, TbEIF4E4 e TbEIF4G4 são proteínas modificadas pós-traducionalmente

através da fosforilação e o TbEIF4AI não é fosforilado.

TbPABP1, TbEIF4E3 e TbEIF4E4 são representados por 2, 5 e 4 isoformas,

respectivamente, enquanto o TbEIF4AI é representado por apenas uma.

Diferentes fosforilações do TbEIF4G4 não parecem alterar sua interação com o

60

7

7..RReeffeerrêênncciiaassbbiibblliiooggrrááffiiccaass

Aboagye-Kwarteng,T., ole-MoiYoi,O.K., and Lonsdale-Eccles,J.D. (1991). Phosphorylation differences among proteins of bloodstream developmental stages of Trypanosoma brucei brucei. Biochem. J. 275, 7-14.

Acker,M.G., and Lorsch,J.R. (2008). Mechanism of ribosomal subunit joining during eukaryotic translation initiation. Biochem Soc Trans. 36, 653-657.

Aguirre-Garcia,M.M., Escalona-Montano,A.R., Bakalara,N., Perez-Torres,A., Gutierrez- Kobeh,L., and Becker,I. (2006). Leishmania major: detection of membrane-bound protein tyrosine phosphatase. Parasitology. 132, 641-649.

Bangs,J.D., Crain,P.F., Hashizume,T., McCloskey,J.A., and Boothroyd,J.C. (1992). Mass spectrometry of mRNA cap 4 from trypanosomatids reveals two novel nucleosides. J Biol Chem. 267, 9805-9815.

Barreau,C., Paillard,L., and Osborne,H.B. (2005). AU-rich elements and associated factors: are there unifying principles? Nucleic Acids Res. 33, 7138-7150.

Barrett,M.P., Burchmore,R.J., Stich,A., Lazzari,J.O., Frasch,A.C., Cazzulo,J.J., and Krishna,S. (2003). The trypanosomiases. Lancet. 362, 1469-1480.

Bates,E.J., Knuepfer,E., and Smith,D.F. (2000). Poly(A)-binding protein I of Leishmania: functional analysis and localisation in trypanosomatid parasites. Nucleic Acids Res. 28, 1211-1220.

Batista,J.A., Teixeira,S.M., Donelson,J.E., Kirchhoff,L.V., and de Sa,C.M. (1994). Characterization of a Trypanosoma cruzi poly(A)-binding protein and its genes. Mol. Biochem. Parasitol. 67, 301-312.

Bayele,H.K. (2009). Trypanosoma brucei: a putative RNA polymerase II promoter. Exp Parasitol. 123, 313-318.

Beausoleil,S.A., Jedrychowski,M., Schwartz,D., Elias,J.E., Villén,J., Li,J., Cohn, M.A., Cantley,L.C., and Gygi,S.P. (2004). Large-scale characterization of HeLa cell nuclear phosphoproteins. Proc Natl Acad Sci U S A. 101, 12130-12135.

Ben Amar,M.F., Jefferies,D., Pays,A., Bakalara,N., Kendall,G., and Pays,E. (1991). The actin gene promoter of Trypanosoma brucei. Nucleic Acids Res. 11, 5857–5862.

61 Bengs,F., Scholz,A., Kuhn,D., and Wiese,M. (2005). LmxMPK9, a mitogen-activated protein kinase homologue affects flagellar length in Leishmania mexicana. Mol. Microbiol. 55, 1606-1615.

Benz,C., Nilsson,D., Andersson,B., Clayton,C., and Guilbride,D.L. (2005). Messenger RNA processing sites in Trypanosoma brucei. Mol. Biochem. Parasitol. 143, 125-134. Berriman,M., Ghedin.E, Hertz-Fowler,C., Blandin,G., Renauld,H., Bartholomeu,D.C., Lennard,N.J., Caler,E., Hamlin,N.E., Haas,B., Böhme,U., Hannick,L., Aslett,M.A., Shallom,J., Marcello,L., Hou,L., Wickstead,B., Alsmark,U.C., Arrowsmith,C., Atkin,R.J., Barron,A.J., Bringaud,F., Brooks,K., Carrington,M., Cherevach,I., hillingworth,T.J., Churcher,C., Clark,L.N., Corton,C.H., Cronin,A., Davies,R.M., Doggett, J., Djikeng,A., Feldblyum,T., Field,M.C., Fraser,A., Goodhead,I., Hance,Z., Harper,D., Harris,B.R., Hauser,H., Hostetler,J., Ivens,A., Jagels,K., Johnson,D., Johnson,J., Jones,K., Kerhornou,A.X., Koo,H., Larke,N., Landfear,S., Larkin,C., Leech,V., Line,A., Lord,A., Macleod,A., Mooney,P.J., Moule,S., Martin,D.M., Morgan,G.W., Mungall,K., Norbertczak,H., Ormond,D., Pai,G., Peacock,C.S., Peterson,J., Quail,M.A., Rabbinowitsch,E., Rajandream,M.A., Reitter,C., Salzberg,S.L., Sanders,M., Schobel,S., Sharp,S., Simmonds,M., Simpson,A.J., Tallon,L., Turner,C.M., Tait,A., Tivey,A.R., Van Aken,S., Walker,D., Wanless,D., Wang,S., White,B., White,O., Whitehead,S., Woodward,J., Wortman,J., Adams,M.D., Embley,T.M., Gull,K., Ullu,E., Barry,J.D., Fairlamb,A.H., Opperdoes,F., Barrell,B.G., Donelson,J.E., Hall,N., Fraser,C.M., Melville,S.E., El-Sayed,N.M. (2005). The genome of the African trypanosome Trypanosoma brucei. Science. 309, 416-22.

Besse,F., and Ephrussi,A. (2008). Translational control of localized mRNAs: restricting protein synthesis in space and time. Nat Rev Mol Cell Biol. 9, 971-980.

Bi,X., and Goss,D.J. (2000). Wheat germ poly(A)-binding protein increases the ATPase and the RNA helicase activity of translation initiation factors eIF4A, eIF4B, and eIF- iso4F. J Biol Chem. 275, 17740-17746.

Borman, A.M., Michel, Y.M., and Kean, K.M. (2000). Biochemical characterization of cap-poly(A) synergy in rabbit reticulocyte lysates: the eIF4G-PABP interaction increases the functional affinity of eIF4E for the capped mRNA 5’-end. Nucleic Acids Res. 28, 4068-4075.

62 Brenchley, R., Tariq, H., McElhinney, H., Szöor, B., Huxley-Jones, J., Stevens, R., Matthews, K., and Tabernero, L. (2007). The TriTryp phosphatome: analysis of the protein phosphatase catalytic domains. BMC Genomics. 8, 434.

Brook,M., Smith,J.W., and Gray,N.K. (2009). The DAZL and PABP families: RNA- binding proteins with interrelated roles in translational control in oocytes. Reproduction.

137, 595-617.

Brown,S.D., Huang,J., and van der Ploeg,L.H. (1992). The promoter for the procyclic acidic repetitive protein (PARP) genes of Trypanosoma brucei shares features with RNA polymerase I promoters. Molecular and Cellular Biology. 12, 2644–2652.

Clayton,C.E., Fueri,J.P., Itzhaki,J.E., Bellofatto,V., Sherman,D.R., Wisdom,G.S., Vijayasarathy,S., and Mowatt,M.R. (1990). Transcription of the procyclic acidic repetitive protein genes of Trypanosoma brucei. Molecular and Cellular Biology. 10, 3036–3047. Clayton,C. and Shapira,M. (2007). Post-transcriptional regulation of gene expression in trypanosomes and leishmanias. Mol. Biochem. Parasitol. 156, 93-101.

Clayton,C.E. (2002). Life without transcriptional control? From fly to man and back again. EMBO J. 21, 1881-1888.

Cohen,P. (2000). The regulation of protein function by multisite phosphorylation-a 25 year update. Trends Biochem Sci. 25, 596-601.

Cohen,P. (2001). The role of protein phosphorylation in human health and disease. The Sir Hans Krebs Medal Lecture. Eur J Biochem. 268, 5001–5010.

Cordin,O., Banroques,J., Tanner,N.K., and Linder,P. (2006). The DEAD-box protein family of RNA helicases. Gene. 367,17-37.

Cully,M., and Downward,J. (2009). Translational responses to growth factors and stress. Biochem Soc Trans. 37, 284-288.

Czichos,J., Nonnengaesser,C. and Overath,P. (1986). Trypanosoma brucei cis-aconitate and temperature reduction as triggers of synchronous transformation of bloodstream to procyclic trypomastigotes in vitro. Exp parasitol. 62, 283-291.

De Gaudenzi,J., Frasch,A.C., and Clayton,C. (2005). RNA-binding domain proteins in Kinetoplastids: a comparative analysis. Eukaryot Cell. 4, 2106-2114.

Dell,K.R. and Engel,J.N. (1994). Stage-specific regulation of protein phosphorylation in Leishmania major. Mol. Biochem. Parasitol. 64, 283-292.

63 Dhalia,R., Marinsek,N., Reis,C.R., Katz,R., Muniz,J.R., Standart,N., Carrington,M., and de Melo Neto,O.P. (2006). The two eIF4A helicases in Trypanosoma brucei are functionally distinct. Nucleic Acids Res. 34, 2495-2507.

Dhalia,R., Reis,C.R., Freire,E.R., Rocha,P.O., Katz,R., Muniz,J.R., Standart,N., and de Melo Neto,O.P. (2005). Translation initiation in Leishmania major: characterisation of multiple eIF4F subunit homologues. Mol. Biochem. Parasitol. 140, 23-41.

D'Orso,I., and Frasch,A.C. (2001). TcUBP-1, a developmentally regulated U-rich RNA- binding protein involved in selective mRNA destabilization in trypanosomes. J Biol Chem. 276, 34801-34809.

Drawbridge,J., Grainger,J.L., and Winkler,M.M. (1990). Identification and characterization of the poly(A)-binding proteins from the sea urchin: a quantitative analysis. Molecular and cellular biology. 10, 3994-4006.

Fenn,K. and Matthews,K.R. The cell biology of Trypanosoma brucei differentiation. (2007). Curr Opin Microbiol. 10, 539-546.

Freire,E.R. (2010). Avaliação funcional de membros da família protéica eIF4E de

Trypanosoma brucei. Tese de doutorado, Universidade Federal de Pernambuco, Recife-

PE.

Fukunaga,R., and Hunter,T. (1997) . MNK1, a new MAP kinase-activated protein kinase, isolated by a novel expression screening method for identifying protein kinase substrates. EMBO J. 16, 1921-1933.

Gallie,D.R., Le,H., Caldwell,C., Tanguay,R.L., Hoang,N.X., and Browning,K.S. (1997). The phosphorylation state of translation initiation factors is regulated developmentally and following heat shock in wheat. The Journal of biological chemistry. 272, 1046-1053. Gebauer,F. and Hentze,M.W. (2004). Molecular mechanisms of translational control. Nat.Rev.Mol.Cell Biol. 5, 827-835.

Gilinger,G., and Bellofatto,V. (2001). Trypanosome spliced leader RNA genes contain the first identified RNA polymerase II gene promoter in these organisms. Nucleic Acids Research. 29, 1556–1564.

Gingras,A.C., Raught,B., and Sonenberg,N. (1999). eIF4 initiation factors: effectors of mRNA recruitment to ribosomes and regulators of translation. Annu. Rev. Biochem. 68, 913-963.

64 Gradi,A., Imataka,H., Svitkin,Y.V., Rom,E., Raught,B., Morino,S., and Sonenberg,N. (1998). A novel functional human eukaryotic translation initiation factor 4G. Mol Cell Biol. 18, 334-342.

Haghighat,A., and Sonenberg,N. (1997). eIF4G dramatically enhances the binding of eIF4E to the mRNA 5’-cap structure. J Biol Chem. 272, 21677-21680.

Haile,S. and Papadopoulou,B. (2007). Developmental regulation of gene expression in trypanosomatid parasitic protozoa. Curr. Opin. Microbiol. 10, 569-577.

Haile,S., Estevez,A.M., and Clayton,C. (2003). A role for the exosome in the in vivo degradation of unstable mRNAs. RNA. 9, 1491-1501.

Hellemond,J.J.V., Opperdoes,F.R. and Tielens,A.G.M. (2005). The extraordinary mitochondrion and unusual citric acid cycle in Trypanosoma brucei. Biochem Soc Trans.

33, 967-971.

Hernández,G., and Vazquez-Pianzola,P. (2005). Functional diversity of the eukaryotic translation initiation factors belonging to eIF4 families. Mech Dev. 122, 865-876.

Hirumi,H. and Hirumi,K. (1989). Continuous cultivation of Trypanosoma brucei blood stream forms in a medium containing a low concentration of serum protein without feeder cell layers. J. Parasitol. 75, 985-989.

Holmberg,C.I., Tran,S.E., Eriksson,J.E., and Sistonen,L. (2002). Multisite phosphorylation provides sophisticated regulation of transcription factors. Trends Biochem Sci. 7, 619-627.

Holz,M.K., Ballif,B.A., Gygi,S.P., Blenis,J. (2005). mTOR and S6K1 mediate assembly of the translation preinitiation complex through dynamic protein interchange and ordered phosphorylation events. Cell. 123, 569-580.

Hua,S., and Wang,C.C. (1994). Differential accumulation of a protein kinase homolog in Trypanosoma brucei. Journal of cellular biochemistry. 54, 20-31.

Hundsdoerfer,P., and Thoma,C. and Hentze,M.W. (2005). Eukaryotic translation initiation factor 4GI and p97 promote cellular internal ribosome entry sequence-driven translation. Proc. Natl Acad. Sci. USA. 102, 13421–13426

Jäger,A.V., De Gaudenzi,J.G., Cassola,A., D'Orso,I. and Frasch,A.C. (2007). mRNA maturation by two-step trans-splicing/polyadenylation processing in trypanosomes. Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 104, 2035-2042.

65 Johnson,G.L., and Lapadat,R. (2002). Mitogen-activated protein kinase pathways mediated by ERK, JNK, and p38 protein kinases. Science. 298, 1911-1912.

Jones,A., Faldas,A., Foucher,A., Hunt,E., Tait, A., Wastling, J.M., and Turner, C.M. (2006). Visualisation and analysis of proteomic data from the procyclic form of Trypanosoma brucei. Proteomics. 6, 259-267.

Joshi,B., Cai,A.L., Keiper,B.D., Minich,W.B., Mendez,R., Beach,C.M., Stepinski,J., Stolarski,R., Darzynkiewicz,E., and Rhoads,R.E. (1995). Phosphorylation of eukaryotic protein synthesis initiation factor 4E at Ser-209. J Biol Chem. 270, 14597-14603.

Kapp,L.D., and Lorsch,J.R. (2004). The molecular mechanics of eukaryotic translation. Annu.Rev.Biochem. 73, 657-704.

Kennedy,P.G. (2008). The continuing problem of human African trypanosomiasis (sleeping sickness). Ann. Neurol. 64, 116-126.

Kim,D.H., Sarbassov,D.D., Ali,S.M., King,J.E., Latek,R.R., Erdjument- Bromage,H., Tempst,P., and Sabatini,D.M. (2002). mTOR interacts with raptor to form a nutrient- sensitive complex that signals to the cell growth machinery. Cell 110, 163–175.

Kim,J.E., Tannenbaum,S.R., and White,F.M. (2005). Global phosphoproteome of HT-29 human colon adenocarcinoma cells. J Proteome Res. 4, 1339-1346.

Knauf,U., Tschopp,C., and Gram,H. (2001). Negative regulation of protein translation by mitogen-activated protein kinase-interacting kinases 1 and 2. Mol Cell Biol, 21,.5500- 5511.

Knebel,A., Haydon,C.E., Morrice,N., and Cohen,P. (2002). Stress-induced regulation of eukaryotic elongation factor 2 kinase by SB 203580-sensitive and –insensitive pathways. Biochem J. 367, 525-532.

Le,H., Browning,K.S., and Gallie,D.R. (2000). The phosphorylation state of poly(A)- binding protein specifies its binding to poly(A) RNA and its interaction with eukaryotic initiation factor (eIF) 4F, eIFiso4F, and eIF4B. J Biol Chem. 275,17452-17462.

Le,H., Tanguay,R.L., Balasta,M.L., Wei,C.C., Browning,K.S., Metz,A.M., Goss,D.J., and Gallie,D.R. (1997). Translation initiation factors eIF-iso4G and eIF-4B interact with the poly(A)-binding protein and increase its RNA binding activity. J Biol Chem. 272, 16247- 16255.

Lee,M.G.-S. (1996). An RNA polymerase II promoter in the hsp70 locus of Trypanosoma brucei. Molecular and Cellular Biology. 16, 1220–1230.

66 Lee,M.G.-S., and Van der Ploeg,L.H. (1997). Transcription of protein-coding genes in trypanosomes by RNA polymerase I. Annual Review of Microbiology. 51, 463–489. Li,C.H., Irmer,H., Gudjonsdottir-Planck,D., Freese,S., Salm,H., Haile,S., Estevez,A.M., and Clayton,C. (2006). Roles of a Trypanosoma brucei 5'->3' exoribonuclease homolog in mRNA degradation. RNA. 12, 2171-2186.

Li,Q., Imataka,H., Morino,S., Rogers,G.W., Richter,N.J., Merrick,W.C., and Sonenberg,N. (1999). Eukaryotic translation initiation factor eIF4AIII is functionally distinct from eIF4AI and eIF4AII. Mol. Cell. Biol. 19, 7336–7346.

Liang,X.H., Haritan,A., Uliel,S., and Michaeli,S. (2003). Trans and cis splicing in trypanosomatids: mechanism, factors, and regulation. Eukaryot Cell. 2, 830-840.

Ling,J., Morley,S.J., and Traugh,J.A. (2005). Inhibition of cap-dependent translation via phosphorylation of eIF4G by protein kinase Pak2. EMBO J. 24, 4094-4105.

Liu,G., Zhang,Y., Bode,A.M., Ma,W.Y., and Dong,Z. (2002). Phosphorylation of 4E-BP1 is mediated by the p38/MSK1 pathway in response to UVB irradiation. J Biol Chem. 277, 8810-8816.

Lorberg,A., and Hall,M.N. (2004). TOR: the first 10 years. Curr Top Microbiol Immunol.

279, 1-18.

Ma,S., Bhattacharjee,R.B., and Bag,J. (2009). Expression of poly(A)-binding protein is upregulated during recovery from heat shock in HeLa cells. FEBS J. 276, 552-570.

Mangus,D.A., Evans,M.C., and Jacobson,A. (2003). Poly(A)-binding proteins: multifunctional scaffolds for the post-transcriptional control of gene expression. Genome Biol. 4, 223.

Manning,G., Whyte,D.B., Martinez,R., Hunter,T., and Sudarsanam,S. (2002). The protein kinase complement of the human genome. Science. 298, 1912–1934.

Documentos relacionados