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Implementação de Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos (Ii)

3. Avaliação dos comitês de bacias hidrográficas interestaduais – Desenvolvimento do Indicador de Complexidade (IC) e do

3.3 Metodologia de avaliação da maturidade da gestão dos Comitês de Bacias Hidrográficas

3.3.3 Implementação de Instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos (Ii)

Além da aprovação do Plano de Recursos Hídricos da bacia, compete aos comitês: a proposição de classificação de usos de pouca expressão para efeito de isenção de obrigatoriedade de outorga de direitos de uso de recursos hídricos (Lei nº 9.433/97, Art. 38,V) e estabelecer os mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugerir os valores a serem cobrados (Art. 38, VI). Às Agências de Agua ou entidades delegatárias que exercem as funções de secretaria executiva dos comitês de bacias, cabe a proposição ao respectivo comitê, do enquadramento dos corpos d’água nas classes de uso, para encaminhamento ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos, no caso dos comitês de bacias interestaduais (Lei nº 9.433/97, Art. 44, XI, a).

De modo a avaliar a participação dos comitês de bacias avaliados na implementação de instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, foi desenvolvido o critério “Ii”. A pontuação associada a este critério aumenta conforme o comitê tenha evidenciado a implementação de um maior número de instrumentos da PNRH relacionados no Quadro 17. Varia entre 0 (não implementou cobrança, enquadramento e classificação de usos de pouca expressão para efeitos de outorga) a 100 (implementou os 3 instrumentos).

Quadro 17: Atribuições dos comitês de bacias hidrográficas interestaduais em relação à implementação de instrumentos da PNRH.

Instrumento Atuação dos comitês de bacias interestaduais, segundo a lei nº 9.433/97

Outorga de Direitos de Uso de Recursos

Hídricos Proposição de definição de usos de pouca expressão para efeitos de outorga. Enquadramento dos corpos d’água em

classes de uso

Processo de aprovação de enquadramento, em articulação com a agência de bacia e o CNRH.

Cobrança pelo uso dos recursos hídricos Estabelecimento dos mecanismos de cobrança pelo uso de recursos hídricos e sugestão dos valores a serem cobrados. Fonte: Lei nº 9.477, de 8 de janeiro de 1997.

O quadro 18, a seguir, apresenta o resultado da avaliação do critério Ii.

Quadro 18: Avaliação do critério Implementação de Instrumentos da PNRH (Ii).

Bacia Hidrográfica Situação Ii

Rio São Francisco A ANA e os comitês declararam que não houve a aprovação do enquadramento dos recursos hídricos destas bacias hidrográficas.

60

Rio Paranaíba 60

Rio Grande Os comitês declararam que: não elaboraram a proposição de classificação de usos de usos de pouca expressão para efeitos de outorga nos rios de domínio da União; não aprovaram o enquadramento dos recursos hídricos das respectivas bacias e; não implementaram a cobrança pelo uso de recursos hídricos.

0

Rio Paranapanema 0

Rio Doce O comitê declarou que não aprovou o enquadramento

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Bacia Hidrográfica Situação Ii

Rio Paraíba do Sul

O comitê declarou elaborou a proposição de classificação de usos de usos de pouca expressão para efeitos de outorga nos rios de domínio da União, porém o enquadramento não foi aprovado, segundo a ANA.

60

Rio Piancó-Piranhas-Açu O comitê declarou que não aprovou o enquadramento dos recursos hídricos de domínio federal da bacia e; não

implementou a cobrança pelo uso de recursos hídricos. 30 Rio Verde-Grande A ANA e o comitê declararam que não aprovou o

enquadramento dos recursos hídricos da bacia. 60 Rios Piracicaba, Capivari e

Jundiaí A ANA declarou que nenhum comitê aprovou o enquadramento. 60 Fonte: Elaborado pela equipe de auditoria a partir de informações obtidas a partir de solicitação de auditoria.

É importante ressaltar que em relação ao enquadramento houve divergências quanto às respostas encaminhadas pelos Comitês de Bacias e o entendimento da Agência Nacional de Águas. Dessa forma, em relação a esse critério, foi considerado o posicionamento da ANA. 3.3.4 Sustentabilidade financeira (Sf).

De modo a avaliar a maturidade da gestão dos comitês com relação ao custeio de suas atividades finalísticas, foi desenvolvido o critério “Sustentabilidade Financeira (SF)”. O critério Varia de 0 a 100, de acordo o Quadro 19.

Quadro 19: Faixa de valores do critério Sustentabilidade Financeira (Sf).

Situação Pontuação (Sf)

Não há agência de água ou delegatária instituída. O comitê depende de transferência de

recursos para o custeio de suas atividades. 0

Há agência de água ou delegatária instituída. Os recursos arrecadados com a cobrança

não são suficientes para o custeio das atividades do comitê. 50

Há agência de água ou delegatária instituída. O comitê não depende de transferência de

recursos para custeio. Apresenta sustentabilidade financeira. 100 Fonte: Elaborado pela equipe de auditoria.

A pontuação do critério foi atribuída aos comitês a partir de resposta à solicitação de auditoria encaminhada pela CGU. Os resultados estão expressos no Quadro 20, a seguir.

Quadro 20: Avaliação do critério Sustentabilidade Financeira (Sf).

Bacia Hidrográfica Situação Sf

Rio São Francisco Os comitês possuem agências de água ou delegatárias instituídas, mas dependem de transferência de recursos de outras fontes para o custeio de suas atividades.

50

Rio Paranaíba 50

Rio Grande Os comitês não possuem agências de água ou delegatárias instituídas. Dependem de transferência de recursos para o custeio de suas atividades.

0

Rio Paranapanema 0

Rio Doce O comitê obteve nota máxima neste critério. Declarou possuir

autossuficiência financeira para o custeio de suas atividades. 100 Rio Paraíba do Sul O comitê possui agência de água ou delegatárias instituída, mas depende de transferência de recursos de outras fontes para o

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Bacia Hidrográfica Situação Sf

Rio Piancó-Piranhas-Açu O comitê não possui agência de água ou delegatária instituída. Depende de transferência de recursos para o custeio de suas

atividades. 0

Rio Verde-Grande O comitê possui agências de água ou delegatária instituída, mas depende de transferência de recursos de outras fontes para o

custeio de suas atividades. 50

Rios Piracicaba, Capivari e

Jundiaí O comitê obteve nota máxima neste critério. Declarou possuir autossuficiência financeira para o custeio de suas atividades. 100 Fonte: Elaborado pela equipe de auditoria a partir de informações obtidas a partir de solicitação de auditoria.

Apenas o comitê do rio Doce e dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí declararam ter sustentabilidade financeira nos termos desta avaliação.

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