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Parte II – Projetos desenvolvidos no estágio

Tema 3 – Outros trabalhos desenvolvidos

2. Reorganização de alguns aspetos funcionais da Farmácia Cristo Rei

2.1. Implementação de um novo sistema de reservas

No momento em que iniciei o meu estágio na FCR, as reservas eram efetuadas através do registo dos produtos numa pequena capa com folhas criadas para o efeito. Este método revelou-se muitas vezes falível, quer por esquecimento da escrita no momento da reserva, quer pelas dificuldades

40 no momento do armazenamento e dispensa ao cliente (devido a situações como a falta de registo da data no momento da reserva, nome errado, produto não pedido, entre outras).

Como tal, decidi criar um sistema de reservas, o qual apelidei de “Sistema de Caixa”. Para o efeito, criei um cartão modelo que nos permite registar se o produto encomendado está pago ou reservado (Figura 6). Neste pequeno cartão deverá ser igualmente indicado o nome do(s) produto(s), o nome e contacto telefónico do cliente e a data da reserva.

O cartão, após preenchimento, é colocado numa caixa com três divisões (Figura 7):

 Divisão 1 (Reservas): destinada à colocação do cartão preenchido com o produto reservado;

 Divisão 2 (Pagos): destinada à colocação do cartão preenchido com o produto pago;  Divisão 3 (Entregues): divisão destinada à colocação dos cartões após entrega do

produto ao cliente.

Após a receção da encomenda, o cartão é colocado no(s) produto(s) correspondente que por sua vez é guardado na gaveta “Pagos” ou “Reservados”, mediante o caso.

Com a implementação deste novo sistema de reservas reduziram-se substancialmente os erros associados às reservas. Para além disso, permitiu que a gestão dos produtos reservados ou pagos já pedidos ou em falta fosse realizada por toda a equipa.

Figura 7 - Caixa de três divisões utilizada

no “Sistema de Caixa”.

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Considerações finais

A minha opinião sobre o trabalho do farmacêutico na farmácia comunitária alterou-se muito desde que iniciei o estágio na FCR. Ao participar no quotidiano da farmácia, apercebi-me da responsabilidade, exigência de conhecimentos e capacidades de gestão e organização implícitas no papel do farmacêutico. No decorrer do estágio tive a oportunidade de contactar com realidades muito diferentes. Independentemente da classe socioeconómica, apercebi-me que os utentes procuram a farmácia não só para obter um conselho, mas também porque precisam de um local para serem ouvidos, facto que realça a importância e confiança depositada em nós, farmacêuticos.

A escolha dos temas de trabalho resultou da experiência adquirida ao longo dos dois primeiros meses de estágio. Numa farmácia em que muitos dos utentes têm familiares médicos, é vulgar durante o atendimento ao público assistir a pedidos de medicamentos para automedicação, muitas vezes realizada de forma irresponsável. A FCR possui um grande número de utentes a tomar antidiabéticos orais. É no decorrer de breves conversas que nos apercebemos que ainda prevalecem muitas dúvidas sobre esta patologia. Com a realização destes trabalhos espero ter contribuído para a formação dos utentes, esclarecido questões e incentivado à prática de um estilo de vida saudável, consciente e autónomo. Pessoalmente, contribuíram para o meu processo de aprendizagem ao mesmo tempo que estimularam o meu sentido de proatividade.

Este estágio foi sem dúvida uma experiência deveras enriquecedora, em termos profissionais e pessoais. Adquiri competências de comunicação, tomei contacto com a legislação em vigor, aprendi a lidar com as mais variadas situações, coloquei em prática conhecimentos científicos e houve situações em que de nada me valeram esses conhecimentos, e aí senti a falta de experiência.

Quatro meses depois, só tenho a agradecer às farmacêuticas da FCR, pelos ensinamentos e valores que me incutiram e que com certeza farão de mim uma boa profissional de saúde.

42

Referências

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[10] INFARMED: Decreto-Lei n.o 106-A/2010, de 1 de outubro. Acessível em: https://www.infarmed.pt. [acedido em 13 de outubro de 2016]

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[12] INFARMED: Dispensa exclusiva em Farmácia de Oficina. Acessível em: http://www.infarmed.pt. [acesso em 23 de outubro de 2016]

[13] INFARMED: Decreto-Lei n.o 189/2008, de 24 de setembro. Acessível em: http://www.infarmed.pt. [acesso em 18 de outubro de 2016]

[14] Ministério da Saúde: Decreto-Lei n.o 314/2009, de 28 de outubro. Diário da República, 1.a série - n.o 209, 8106–8215. Acessível em: https://dre.pt. [acedido em 18 de outubro de 2016] [15] INFARMED: Decreto Regulamentar n.o 11/2007, de 27 de Fevereiro. Acessível em:

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[17] INFARMED: Decreto-Lei n.o 171/2012, de 1 de agosto. Acessível em: http://www.infarmed.pt. [acesso em 22 de outubro de 2016]

43 [18] INFARMED: Portaria n.o 1429/2007, de 2 de novembro. Acessível em:

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14

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[63] Duarte R, Nunes JS, Dores J, Rodrigues E, Raposo JF, Carvalho D, et al (2013). Recomendações Nacionais da SPD para o Tratamento da Hiperglicemia na Diabetes Tipo 2 – Versão Resumida. Revista Portuguesa Diabetes; 8(1): 30–41

[64] Direcção Geral de Saúde: Norma nº 025/2011 de 29/09/2011. Insulinoterapia na Diabetes Mellitus tipo 2. Acessível em: http://www.dgs.pt. [acedido em 29 de setembro de 2016] [65] Direcção-Geral da Saúde: Norma nº 14/DGCG de 12/12/00. Educação terapêutica na Diabetes

Mellitus. Acessível em: http://www.dgs.pt. [acedido em 29 de setembro de 2016]

[66] Ordem dos Farmacêuticos: O Farmacêutico clínico - A evidência da sua intervenção. Acessível em: http://www.ordemfarmaceuticos.pt. [acedido em 29 de setembro de 2016]

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[68] Público: O justo valor dos farmacêuticos. Acessível em: https://www.publico.pt. [acedido em 6 de agosto de 2016]

[69] Manual de Apoio à Farmácia: Programa de Adesão à Terapêutica "Dia-a-Diabetes" (2016), Alliance HealthCare®

47

ANEXOS

48 ANEXO II – Inquérito realizado aos utentes da FCR

49 ANEXO III – Folheto “Gripe ou Constipação?” distribuído aos utentes da FCR

50 ANEXO IV – Brochura “Autovigilância na Diabetes tipo 2 – Guia de Orientação”

54 ANEXO V – Mecanismos de ação, vantagens e desvantagens das várias classes de antidiabéticos orais. Adaptado de [63].

55 ANEXO VI – Caraterísticas farmacocinéticas das diversas formulações de insulina. Adaptado de [64].

56 ANEXO VII – Sessão de esclarecimento na FCR no âmbito do programa de adesão à terapêutica “Dia-a-Diabetes”

62 ANEXO VIII - Cartão de registo da tensão arterial, glicemia e colesterol total 1

1 Fundação Portuguesa de Cardiologia: Factores de Risco. Acessível em: http://www.fpcardiologia.pt.

63 ANEXO IX – Folha de divulgação dos serviços farmacêuticos existentes na Farmácia

64 ANEXO X – Tabela personalizada com valores médios recomendados de glicemia, colesterol total e tensão arterial 2, 3

2 Direção Geral de Saúde: Norma nº 020/2011 de 28/09/2011. Acessível em https://www.dgs.pt.

[acedido em 5 de outubro de 2016]

3 Direção Geral de Saúde: Norma nº 002/2011 de 14/01/2011. Acessível em https://www.dgs.pt.

I Carolina Maria Cardoso Pires

I

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas

Relatório de Estágio Profissionalizante

Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E. P. E.

Hospital Pedro Hispano

Maio de 2016 a junho de 2016

Carolina Maria Cardoso Pires

Orientadora: Dra. Ana Maria Santos

_____________________________________

II

Declaração de Integridade

Eu, Carolina Maria Cardoso Pires, abaixo assinado, nº 201302060, aluno do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste documento.

Nesse sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão, assume a autoria de um determinado trabalho intelectual ou partes dele). Mais declaro que todas as frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores foram referenciadas ou redigidas com novas palavras, tendo neste caso colocado a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, ____ de __________________ de ______ Assinatura: __________________________________________

III

Agradecimentos

Com a conclusão da última etapa do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, não poderia deixar de dirigir um agradecimento especial a todas as pessoas que contribuíram para o sucesso desta fase.

Em primeiro lugar gostaria de deixar o meu “obrigada” a todos os Professores e Funcionários da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto. É graças à excelente formação que me proporcionaram e às oportunidades que me concederam que acredito vir a ser uma profissional competente. Um agradecimento especial à Ordem dos Farmacêuticos e à Comissão Orientadora de Estágios de Faculdade de Farmácia do Porto pela oportunidade que me foi dada de estagiar junto de uma equipa de farmacêuticos como a que existe no Hospital Pedro Hispano.

Também com grande importância nesta última etapa da minha formação, agradeço à Dra. Cristina Paiva, Diretora dos Serviços Farmacêuticos da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, à sua equipa e às minhas colegas estagiárias, por todos os ensinamentos, boa disposição, espírito de equipa e valores que me incutiram durante o decorrer deste estágio hospitalar. Um agradecimento especial à Dra. Ana Maria Santos que, para além de ter recebido tão bem, me integrou na equipa e transmitiu os seus conhecimentos. Foi graças à sua orientação e amizade que este estágio se tornou numa experiência fantástica.

Agradeço aos meus pais e ao meu irmão, por todos os valores que me transmitiram e pela motivação constante. Ao meu namorado e aos meus amigos, por estarem presentes no decorrer desta etapa da minha vida, transmitindo força e presença nos momentos bons e menos bons.

IV

Resumo

A estrutura curricular do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas pressupõe a realização de um estágio curricular em diferentes áreas de exercício profissional com o objetivo de fornecer ao aluno um primeiro contacto com a realidade da profissão farmacêutica.

O farmacêutico hospitalar assume cada vez mais uma maior importância no núcleo hospitalar uma vez que é da sua responsabilidade servir o doente da melhor forma, tanto através da procura de tratamentos mais eficazes e com menores custos associados, como na preparação de medicação, validação de prescrições e distribuição adequada. Assim, de modo a satisfazer a minha necessidade pessoal de conhecer a realidade de trabalho de um farmacêutico hospitalar, decidi incluir no meu estágio curricular a vertente hospitalar.

Através deste relatório pretendo descrever as atividades em que participei no decorrer do estágio realizado nos Serviços Farmacêuticos da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, no período de 2 de maio a 30 de junho de 2016, sob a orientação da Dra. Ana Maria Santos.

V

Índice geral

Lista de abreviaturas ... VII Índice de Figuras ... VIII Índice de Anexos ... IX 1. Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E. P. E. ... 1 2. Serviços Farmacêuticos da ULSM ... 1 2.1. Localização e horário de funcionamento ... 2 2.2. Recursos humanos... 2 2.3. Organização do espaço físico ... 2 2.4. Sistema informático ... 3 3. Gestão dos medicamentos, produtos farmacêuticos e dispositivos médicos ... 3 3.1. Sistema Kaizen ... 4 3.2. Seleção e aquisição ... 4 3.3. Receção e armazenamento dos produtos adquiridos ... 5 3.4. Controlo de prazos de validade ... 6 4. Sistemas de distribuição de medicamentos ... 6 4.1. Distribuição clássica... 7 4.2. Distribuição aos Centros de Saúde ... 8 4.3. Distribuição semiautomática através do sistema Omnicell®

... 9 4.4. Distribuição Individualizada Diária em Dose Unitária ... 9 4.5. Medicamentos sujeitos a controlo especial... 11 4.6. Distribuição de medicamentos a doentes em ambulatório... 13 5. Farmacotecnia ... 14 5.1. Preparações esteréis ... 14 5.1.1. Nutrição parentérica ... 15 5.1.2. Preparação de citotóxicos e antimetabolitos para cirurgia do glaucoma ... 16 5.2. Preparações não estéreis ... 17 5.2.1. Manipulados ... 17 5.2.2. Reembalamento em doses unitárias ... 18

VI 6. Comissões Técnicas Hospitalares ... 18 7. Farmácia Clínica ... 19 8. Ensaios clínicos ... 20 9. Formação contínua... 20 Conclusão ... 21 Referências ... 22 ANEXOS ... 22

VII

Lista de abreviaturas

ACES Agrupamento dos Centros de Saúde

AO Assistentes Operacionais

CCIRA Comissão de Controlo de Infeção e de Resistência a Antimicrobianos

CFT Comissão de Farmácia e Terapêutica

CTX Citotóxico

DCI Denominação Comum Internacional

DIDDU Distribuição Individualizada Diária em Dose Unitária

EC Ensaio Clínico

E.P.E. Entidade Pública Empresarial

FAP Farmacêutico de Apoio

FH Farmacêutico Hospitalar

FHNM Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos

h Horas

HPH Hospital Pedro Hispano

INFARMED Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P.

MFH Manual da Farmácia Hospitalar

NP Nutrição Parentérica

PV Prazos de Validade

SCL Serviço de Compras e Logística

SF Serviços Farmacêuticos

SGICM Sistema de Gestão Integrado do Circuito do Medicamento

TDT Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica

ULSM Unidade Local de Saúde de Matosinhos

UPC Unidade de Preparação de Citotóxicos

UPE Unidade de Preparações Estéreis

VIII

Índice de Figuras

Figura 1– Fluxograma do pedido de compra de medicamentos e produtos de saúde nos SF da ULSM. ... 5

Figura 2 – Diferentes métodos de distribuição de medicamentos instituídos na ULSM. ... 7

Figura 3 - Circuito de dispensa do medicamento associado à DIDDU... 11 Figura 4 – Diferentes setores de farmacotecnia existentes nos SF do HPH. ... 14

IX

Índice de Anexos

ANEXO I – Organização do espaço físico dos SF da ULSM. ... 24 ANEXO II – Exemplo de Kanban utilizado nos SF da ULSM... 25 ANEXO III – Exemplo de prescrição médica informática. ... 26 ANEXO IV – Modelo nº 1509 do Instituto Nacional da Casa da Moeda a preencher pelo enfermeiro ou AO do serviço que requisita medicamentos psicotrópicos ou estupefacientes. ... 27 ANEXO V – Modelo nº 1804 do Instituto Nacional da Casa da Moeda a preencher pelo médico prescritor, enfermeiro do serviço e FH para a dispensa de hemoderivados. ... 28 ANEXO VI – Cartão de identificação do doente com VIH. ... 29 ANEXO VII – “Ficha de Preparação de Nutrição Parentérica” utilizada nos SF. ... 30 ANEXO VIII - “Ficha Técnica de Preparações Não Estéreis” utilizada nos SF. ... 31

1 1.

Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E. P. E.

A Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), criada formalmente a 9 de junho de 1999, uniu o Hospital Distrital de Matosinhos aos Centros de Saúde (CS) do concelho sob o mesmo Conselho de Administração, tornando-se na primeira Unidade Local de Saúde do país [1]. Em 2005 foi transformada em Entidade Pública Empresarial (E. P. E.) pelo Decreto-Lei n.º 233/2005, de 29 de dezembro [2].

Atualmente, a ULSM é constituída pelo Hospital Pedro Hispano (HPH) e pelo Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Matosinhos. Fazem parte do ACES os CS de Matosinhos, Leça da Palmeira, S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora, o Centro de Diagnóstico Pneumológico, a Unidade de Saúde Pública e o Serviço de Atendimento a Situações Urgentes (SASU) [3]. O HPH funciona como sede administrativa da ULSM, estando localizado na Rua Dr. Eduardo Torres, freguesia de Senhora da Hora, concelho de Matosinhos.

A ULSM é uma unidade certificada pela Norma ISO 9001:2008. O Sistema de Gestão da Qualidade implementado na unidade tem como base os princípios instituídos por esta norma, tendo sido criado com o objetivo de transmitir confiança aos utentes no que toca à capacidade de prestação de cuidados da ULSM [3].

2. Serviços Farmacêuticos da ULSM

De acordo com o Decreto-Lei n.º 44/204, de 2 de fevereiro de 1962, os Serviços Farmacêuticos (SF) hospitalares representam uma estrutura com autonomia técnica e científica responsável por assegurar, não só a terapia medicamentosa do doente, como também a qualidade, a eficácia e a segurança do medicamento [4, 5]. Tal como disposto no artigo 5º do mesmo documento, compete aos serviços farmacêuticos hospitalares:

a) preparar, verificar analiticamente, armazenar e distribuir drogas e medicamentos;

b) dar apoio técnico aos serviços de análises, de esterilização, de sangue ou outros que dele

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