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5. Descrição a avaliação do plano de ação

5.2 Implementação do Plano de Ação

Quadro 5: Planificação global do projeto.

O primeiro projeto desenvolvido pela estagiária surgiu da atividade principal do projeto desencadeado pelo JI: recolha de elementos que causam poluição visual e ambiental. Os elementos recolhidos foram pedras, das quais a estagiária selecionou uma para ser observada em grande grupo.

No presente projeto foram exploradas duas áreas de conteúdo tais como a área de expressão e comunicação da qual foram explorados os domínios da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita e o domínio da Matemática. A área do Conhecimento do Mundo também foi trabalhada, aprofundando a exploração no domínio do conhecimento do ambiente natural e social. Sendo este o primeiro projeto, tal como referido acima, o grupo não demonstrou expectativas/ previsão do que iria ser explorado.

A primeira atividade desenvolvida foi a observação do material/ elemento recolhido pela educadora. Durante a observação foram colocadas diversas questões como: que material era, qual a sua origem, como era e onde o poderíamos encontrar e quem pode/trabalha com o mesmo. As respostas dadas pelo grupo revelaram algum conhecimento sobre o material/elemento observado e explorado, tal como se pode confirmar no Quadro 6.

Pedreiro

Obsevação do material- Pedra Ficheiro - Pedreiro Ficheiro de imagens Calçada Portuguesa Apresentação

Quadro 6 : Diálogo durante a observação do elemento recolhido – pedra.

Estagiária: “ Que material podemos observar em cima da mesa?” RB: “ É uma pedra, pertence a um muro do farol.”

Estagiária: “Qual será a origem da Pedra? Será de origem animal, mineral ou vegetal?” L: “Mineral, porque é muto dura, vem das minas.”

Estagiária: “Como é a pedra que estamos a observar?” (passando a pedra pelas crianças) RB: “ É dura.”

T: “ É pesada mas parece que vem de um porão (igreja)” S: “Tem esmeraldas.”

PM: “ Macia por fora e rugosa por dentro.” AL: “ É feita de pedrinhas pequeninas.”

Extraído das notas de campo Estagiária: Onde podemos encontrar, observar pedras?

L: “ No fundo do mar” B.A: “ Na areia.”

L: “Passeios das ruas.” (resposta desencandadora da última atividade e do projeto seguinte) M.B: “ Prédios.”

Todos: “Muros.” L: “Bancos do jardim.”

Estagiária: “ Muito bem! E sabem quem trabalha com as pedras?” L: “Predristas.”

T: “Eu sei, é o pedreiro.”

A última questão desencadeou a elaboração de um ficheiro sobre o pedreiro. Em pequeno grupo, a estagiária questionou as crianças sobre onde poderíamos pesquisar informações sobre a profissão e o que pesquisar e o que gostavam de saber sobre a profissão de pedreiro. As respostas das crianças coincidiram com as que a estagiária tinha previsto: o que é um pedreiro, o que faz, que materiais utilizam e onde pode trabalhar. A pesquisa sobre a profissão foi realizada previamente pela estagiária, contudo o pequeno grupo sugeriu realizar a pesquisa nos livros da biblioteca da sala, não tendo muito sucesso na pesquisa, pois as histórias eram na sua maioria sobre animais (não existindo a história “ Os três porquinhos”, a qual também seria um bom ponto de partida para a exploração do tema).

Na elaboração do ficheiro, houve um momento de partilha de opiniões sobre o tema, as quais foram discutidas e registadas as consideradas pelo grupo, mais ideias sobre o que seria um pedreiro, com que material trabalhava, onde trabalhava e o que fazia, e foi pedido para que escrevessem/ imitassem o mesmo registo, tendo como intencionalidade permitir às crianças o domínio da comunicação como emissor e recetor, como também familiarizar o grupo com o código escrito, criando um ambiente facilitador do mesmo. Tal como referido nas OCEPE p. 69, tendo em conta que as tentativas de escrita mesmo que não bem-sucedidas devem ser de valorizar pois, estas imitações vão de forma progressiva aproximando-se do modelo (Figura 19).

Figura 19: Elaboração do primeiro ficheiro.

Depois de concluídos os ficheiros, primeiramente sobre a profissão e em seguida o ficheiro de palavras com a inicial igual à profissão explorada [P], as quais deram origem ao ficheiro de imagens, para que, de forma facilitada, o grupo tivesse acesso às mesmas

S: “ Ah! Formam padrões e sequências de cores! Olha, uma onda preta, uma onda branca, uma onda preta, outra branca!”

para explorar (copiar). Desta forma, a criança começa a associar o código escrito (palavra) ao objeto (desenho) autonomamente. Este ficheiro foi elaborado pelo pequeno grupo de trabalho, previamente, a estagiária elaborou uma tabela com duas linhas, uma linha para o código escrito (palavra) e outra para a imagem/ desenho realizado pelas crianças, por fim foi plastificado para garantir a durabilidade do seu manuseamento (Figura 20).

Figura 20: Exploração autónoma do ficheiro de imagens.

Por fim, através da apresentação do ficheiro (divulgação do projeto) pelo pequeno grupo ao grande grupo, a estagiária pretendia criar um ambiente de comunicação para que o grupo fosse dominando a linguagem oral, tendo este que pensar no que iria dizer, ou seja, construir a frase de forma coerente para que a informação transmitida fosse compreendida, tal como referido nas OCEPE. É de salientar que a apresentação foi realizada com o auxílio da estagiária pois no grupo há crianças que têm dificuldades em se exprimir, desta forma sentem mais segurança em falar em grande grupo.

A última atividade do projeto surgiu de uma das observações de uma criança na primeira atividade, a qual está salientada no Quadro 2 (L: “Passeios das ruas.”). A atividade realizada seguidamente foi a exploração da calçada portuguesa. Esta foi iniciada pela observação de diversas fotografias de Calçada Portuguesa e de todas as fotografias (imagem da Calçada Portuguesa), as quais foram logo notadas pelas crianças, pois o grupo está bastante desperto para o conteúdo, tal como se pode verificar no Quadro 6 que iria ser explorado de seguida.

Em seguida, na área de trabalho, a estagiária pediu aos ajudantes da semana para que distribuíssem duas folhas brancas por colega, ao mesmo tempo em que a estagiária distribuía duas imagens diferentes de calçada portuguesa para que, cada criança, colasse uma imagem numa folha de forma a continuar o padrão, como se fosse um espelho. Depois de concluído, noutra folha branca, cada criança colou a outra imagem no canto superior esquerdo para que pavimentasse/ preenchesse a folha com o mesmo padrão. Desta forma, o grupo desenvolveu o raciocínio lógico, tal como é afirmado nas OCEPE,

“ O desenvolvimento do raciocínio lógico supõe (…) a oportunidade de encontrar e estabelecer padrões, ou seja, formar padrões que têm regras subjacentes. (…) Apresentar padrões para que as crianças descubram a lógica subjacente ou propor que imaginem padrões, são formas de desenvolver o raciocínio lógico neste domínio.” (OCEPE, p. 74).

Ou seja, o grupo de crianças desenvolveu o raciocínio lógico- matemático por meio da exploração de padrões da calçada portuguesa, a qual tem uma lógica subjacente entendida pelas crianças durante o desenvolvimento da atividade.

Projeto: Calceteiro (Apêndice E)

Quadro 8: Planificação global do projeto.

O segundo projeto desenvolvido na sala de atividades pela estagiária surgiu da última atividade do projeto Pedreiro, atividade essa intitulada como “Calçada Portuguesa”, na qual o grupo de crianças explorou os padrões da calçada portuguesa, sendo elas os “calceteiros que tinham uma rua para calcetar” (folha A4).

Neste projeto foi explorada apenas uma área de conteúdo, a Área de Expressão e Comunicação, da qual foi explorado o domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita e o domínio da Matemática. Para este projeto, a previsão realizada pelo grupo foi bem conseguida, pois durante a atividade desencadeadora, referida acima, a estagiária mencionou que iriam ser os calceteiros e o que teriam de fazer durante a mesma atividade. Depois desta, uma criança perguntou se o grupo dela também iria elaborar um ficheiro sobre o calceteiro, tal como os colegas tinhas elaborado sobre o pedreiro.

Após o termo da atividade desencadeadora, a estagiária juntou-se com um pequeno grupo a fim de elaborar o ficheiro sobre a profissão já mencionada. Primeiramente foi realizada a previsão do que seria um calceteiro, as respostas demonstraram que as crianças estavam distanciadas do que fazia um calceteiro pois a associação feita pelas mesmas, entre o nome calceteiro e o que faz, a ação, foi de “calçar”, tal como se pode verificar no Quadro 9. Calceteiro Ficheiro - Calceteiro Fcheiro de imagens Apresentação Calçada Portuguesa- Padrões

Quadro 9: Previsão antes da elaboração do projeto: Calceteiro.

Seguidamente, a estagiária questionou o pequeno grupo sobre o que gostariam de saber sobre a profissão de calceteiro e onde se poderia pesquisar informações para dar resposta as questões colocadas. Relativamente as questões, o grupo gostaria de saber o que era um calceteiro, e o que fazia, contudo a estagiária sugeriu que pesquisasse também que materiais o calceteiro utiliza e onde trabalha.

De acordo com o grupo, a pesquisa sobre as questões para as quais o pequeno grupo queria resposta poderia ser realizada nas revistas pertencentes à biblioteca da sala. É de salientar que, tal como no projeto anterior, a estagiária terá realizado previamente uma pesquisa de acordo com as questões pré-estabelecidas pela mesma (o que é um calceteiro, o que faz, que materiais utiliza e onde trabalha). Após esta pequena negociação, a estagiária foi com as crianças atá a biblioteca realizar a pesquisa nas revistas tal como referido e idealizado pelo pequeno grupo. Da mesma pesquisa, os resultados obtidos não foram os esperados pelas crianças, pois as revistas presentes na biblioteca eram na sua maioria sobre animais e novas tecnologias. Posto isto, a estagiária perguntou ao grupo onde se poderia pesquisar informações sem ser em revistas. As crianças sugeriram que se pesquisasse na internet, contudo não seria possível, pois na sala de atividades o computador não tem acesso. No entanto, e tal como referido acima, a estagiária tinha uma pesquisa previamente realizada, a qual respondia às questões acima mencionadas. Seguidamente, a estagiária explicou que tinha realizado uma pesquisa em casa e o que tinha pesquisado com o intuito de, em seguida realizar a compreensão oral do que tinha sido lido, ou seja, colocar as perguntas formuladas pelas crianças às mesmas após a leitura, salientando que à resposta a questão “ que materiais utiliza?” foi respondida pela observação da Figura 21. A compreensão oral realizada pelas crianças foi bem-sucedida, pelo que de pode verificar no Quadro

Estagiária: O que será que é um calceteiro?

S: “ é um senhor que faz sapatos.”

MP: “Vende sapatos.”

10, é de ressalvar que as respostas dadas pelas crianças foram registadas pela estagiária

para que em seguida fossem registadas pelas mesmas.

Quadro 10:Compreensão Oral realizada pelas crianças sobre a profissão – Calceteiro.

Figura 21: Figura observada de modo a responder à questão “ que material utiliza?”.

Após o termo da compreensão oral, foi elaborado o ficheiro sobre a profissão de calceteiro, no qual foram registadas as questões e as respostas das crianças. E tal como no projeto anterior, todas as respostas foram escritas pela estagiária e copiadas pelas Estagiária: “ Um calceteiro é um trabalhador que calça as ruas e outros caminhos com pedras ou que reveste calçadas com as chamadas pedras portuguesas.” “O que será um calceteiro?”

MP:” É um senhor que calça as ruas.” Estagiária: “ Boa, boa! E o que faz?” S: “ O calceteiro constrói os passeios.”

(após a observação da figura 21)

Estagiária: Muito bem! Que materiais utiliza?

Todos: Um martelo, um desenho da calçada, areia, pedras portuguesas.

Estagiária: Muito bem, observaram com muita atenção! E onde trabalham os calceteiros? AL: Nas ruas.

crianças, de modo a familiarizar o grupo com o código escrito, mesmo que a escrita não seja bem conseguida, como se pode observar na Figura 22.

Figura 22: Elaboração do segundo ficheiro.

Posteriormente, foi elaborado o ficheiro das palavras com a inicial igual à profissão [C] (Figura 23), o qual deu origem ao ficheiro de imagens para exploração autónoma elaborado da mesma forma que o ficheiro de imagens do projeto anterior, numa tabela de duas linhas, uma para o código escrito e outra para o desenho/imagem realizada pela criança, por fim plastificado para um melhor e duradouro manuseamento.

Figura 23: Elaboração do ficheiro das palavras começadas com a inicial [C].

De forma a divulgar o projeto, o pequeno grupo apresentou o ficheiro sobre o calceteiro ao grande grupo. A apresentação promoveu um ambiente de comunicação o qual tem como finalidade o domínio da linguagem oral por parte do grupo de crianças que a estava a realizar. O grupo teve que construir a frase primeiramente de forma coerente

para transmitir de forma a ser compreendida, ou seja, o grupo teve que estruturar o pensamento para transmitir a informação corretamente e de forma simples e clara. Do ponto de vista da estagiária, as finalidades idealizadas para o presente projeto foram atingidas, pois o grupo demonstrou compreender a informação transmitida oralmente, tal como questionar para obter informações sobre o tema de interesse. O grupo demonstrou, também, saber observar uma imagem e tirar conclusões para responder a uma das questões e partilhar tudo o que foi trabalhado oralmente e com frases coerentes, mesmo que esta partilha tenha sido realizada com auxílio da estagiária.

Projeto: Escultor (Apêndice F)

Quadro 11: Planificação global do projeto.

O terceiro projeto desenvolvido pela estagiária foi desencadeado pelo pela abordagem realizada pela educadora cooperante sobre Kandinsky. Partindo dessa mesma abordagem, em conversa com a educadora surgiu a ideia de construir as obras de arte bidimensionais em tridimensionais, sendo esta a atividade, também, desencadeadora do projeto.

No presente projeto, foi explorada a Área de Expressão e Comunicação, mais especificamente o domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita e o domínio da Expressão Plástica. Após terminarmos a atividade desencadeadora, a estagiária perguntou em grande grupo, que profissão iria ser explorada de seguida. A resposta foi unânime entre o grupo. Todas as crianças responderam que a profissão que ia ser explorada era de artista plástico, a qual já tinha sido mencionada pela educadora na abordagem ao artista plástico Kandinsky. Contudo, a estagiária não descartou a ideia inicial do grupo, explicando que um artista plástico não pinta apenas, mas também, constrói esculturas e por essa mesma razão, visto que já tinham abordado a profissão acima mencionada, desta vez iria ser explorada a profissão de escultor.

Para a atividade desencadeadora, a estagiária cortou previamente os círculos de uma tampa de uma caixa. Em seguida, a estagiária chamou três crianças de cada vez para que, desta forma desse mais apoio na construção da escultura de Kandinsky e distribuiu três círculos a cada criança e explicou que teriam que encaixar e colar os círculos uns nos outros para formar a escultura (Figura 24). Depois de todas a crianças terem

Escultor

Abordagem a Kandinsky (atividade da educadora cooperante) Kadinsky 3D - escultura Escultura coletiva Escultura de areia Ficheiro de imagens Ficheiro- Escultor

terminado, as pequenas esculturas foram coladas na base da escultura coletiva (atividade seguinte).

Figura 24: Escultura de Kandinsky.

A escultura coletiva foi elaborada com as mãos das crianças, ou seja, as mãos foram desenhadas em cartão, cortadas pela estagiária e pintadas pelas criança. Por fim, cada criança encaixou e colou a mão no lugar que achou mais adequado, em jeito de construir uma escultura com as mãos de todas as crianças do grupo (Figura 25). Após a realização das atividades anteriores, é legitimo afirmar que “ Os contactos com a pintura, a escultura, etc. constituem momentos privilegiados de acesso à arte e à cultura que se traduzem por um enriquecimento da criança, ampliando o seu conhecimento do mundo e desenvolvendo o sentido estético.” (OCEPE, 1997, p. 63).

Depois de concluída a escultura, o grupo decidiu que teria de dar um nome à mesma. O registo dos nomes foi realizado por uma das crianças mais velhas do grupo, a qual ia escrevendo o nome que os colegas estavam a indicar com a ajuda da estagiária que estava a soletrar a sugestão dada (Figura 26).

Figura 26: Registo das sugestões de nomes para a escultura coletiva.

Seguidamente, foi elaborado o ficheiro sobre a profissão de escultor. Nesta atividade, quando a estagiária perguntou ao pequeno grupo o que achava que iria ser realizado, a resposta foi de acordo com a previsão da estagiária, tendo em conta as apresentações dos dois últimos projetos, as questões foram idênticas: o que é um escultor, o que faz, que material utiliza e onde pode trabalhar. A pesquisa realizada pelo pequeno grupo foi feita nos livros da biblioteca da sala tal como a os projetos já apresentados, tendo também em comum a falta de fontes de pesquisa. No entanto, a estagiária tinha realizado uma pesquisa previamente o que permitiu elaborar o ficheiro sobre a profissão de escultor (Figura 27). Em seguida, foi realizado o ficheiro das palavras começadas com a letra [E], correspondendo à inicial da profissão explorada. O mesmo ficheiro deu origem ao ficheiro de imagens, para que o grupo conseguisse explorar autonomamente. Este ficheiro, tal como os ficheiros de imagens elaborados nos restantes projetos, surgiu em diálogo entre a estagiária e a educadora cooperante. A construção de um ficheiro de imagens, o qual contém uma imagem/desenho do objeto e o nome (código escrito) torna mais interessante e de fácil e autónoma exploração o ficheiro inicial (palavras com a inicial igual a profissão explorada).

Figura 27: Elaboração do ficheiro do escultor.

Com o propósito de divulgar o projeto do escultor, em grande grupo, foi realizada a apresentação do mesmo, mas de uma forma diferente. Na área da manta, em roda, a estagiária foi colocando as questões respondidas durante a elaboração do ficheiro, às crianças que o elaboraram em forma de apresentação, tal como se verifica no Quadro

12.

Quadro 12: Apresentação do ficheiro do Escultor. Estagiária: “M o que é um escultor?”

M: “É um senhor que faz esculturas.”

Estagiária: “ Muito bem M! BA, sabes dizer o que faz um escultor?” BA: “Esculturas.”

M: “ É um artista.”

Estagiária: “ Boa, muito bem! V, onde pode trabalhar o escultor?” V: “ Na praia, na rua e atelier.”

Estagiária: “ Muito bem! M, que materiais utiliza o escultor?” M: “Madeira, gelo, areia.”

A atividade seguinte foi desencadeada pela apresentação do ficheiro sobre a profissão de escultor. Uma das crianças referiu que o escultor também pode utilizar areia para construir as suas esculturas, visto que o grupo já tinha construído duas esculturas com cartão. A estagiária questionou o grupo de modo a saber se o mesmo gostaria de construir uma outra escultura com um material diferente, visto que um escultor utiliza diversos materiais. O grupo demonstrou bastante interesse pela atividade e discutiu o modo como poderia ser realizada. Duas crianças questionaram a estagiária relativamente ao tipo de areia que iriam utilizar, ou seja, se a areia que iria ser utilizada era areia da praia ou areia que a instituição tem no espaço exterior, mostrando preocupação sobre a durabilidade da escultura, pois, quando as mesmas construíam castelos na areia com areia molhada, os mesmos acabavam sempre por se desmanchar e cair. Contudo, a estagiária referiu que, de modo a não acontecer o mesmo às esculturas teríamos que misturar outros materiais, mas o grupo deveria ter em atenção as quantidades utilizadas, pois se a quantidade fosse menor ou maior do que o recomentado, as esculturas não iriam aguentar e acabavam por se desmanchar. Para melhor controlo dos materiais, quantidades e processo de mistura dos mesmos, a estagiária selecionou apenas três crianças para elaborar a massa de moldar de areia, as mesmas que, tal como acima mencionado, levantaram a questão: “ Como é que as esculturas não se vão desmanchar como os castelos de areia?”, de modo a perceberem quais os materiais que juntos dão mais consistência à areia, tal como as suas quantidades.

Seguidamente, a estagiária distribuiu um pedaço de massa de moldar a cada criança e pediu para que construíssem uma escultura tendo como referencia a história lida no início da semana pela educadora cooperante. Sendo assim, o grupo esculpiu bichos (animais) (Figura 28).

Figura 28: Construção da escultura de areia.

É de salientar que, enquanto o grupo estava a construir as esculturas, a estagiária e o pequeno grupo acima mencionado (Quadro 13) foram realizando a apresentação da “receita” ao grande grupo e, por fim, foi realizado o registo da mesma.

Quadro 13: Apresentação da “receita” da massa de moldar de areia.

Em conclusão, a estagiária pôde observar que por meio da acessibilidade, exploração e mistura de diferentes materiais, as crianças exploram aspetos da expressão plástica que estão diretamente ligados com os domínios da LOAE e com o conhecimento do mundo. É de salientar também que, a exploração de diversos materiais alarga as experiencias das crianças como também desenvolve a criatividade e imaginação, tal como é referido das OCEPE (1997).

Estagiária: Que materiais utilizámos?

Todos: “Um balde médio de areia da praia, uma chaleira daquelas cheia (1,5l) de

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