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planeamento, e posterior fase empírica já com o projeto a ser desenvolvido em diversas escolas públicas da RAM no ano letivo 2015/2016.

Um dos elementos utilizados para a justificação da pertinência da implementação do projeto a nível regional, consistiu nos resultados do inquérito por questionário, devidamente autorizado pela DRE (anexo 6 em cd-rom), aplicado a docentes do 4.º ano de escolas públicas da RAM, e realizado em maio de 2015.

Assim, construiu-se um conjunto de questões, estruturadas em três partes: a primeira relativa a identificadores mais pessoais; a segunda respeitante ao desenvolvimento do conceito de educação para a cultura, a importância de estudos culturais e o papel da escola neste contexto e, a terceira parte, que incidiu sobre a utilização das TIC em contexto educativo, associada à implementação de projetos com uma base conceptual, metodológica e empírica como a idealizada para o projeto TICultura. O inquérito por questionário foi igualmente preenchido online, a partir da funcionalidade Google Forms.

130 O universo de professores de escolas públicas da região ao qual foi aplicado o inquérito

foi de 120, tendo-se obtido 85 respostas, perfazendo um total de 71% de respondentes. Foram obtidas respostas de todos os concelhos da RAM, tal como demonstra a tabela 10:

Concelho Nº total de respostas Percentagem Calheta 6 7% Câmara de Lobos 19 22.6 % Funchal 33 39 % Machico 4 4.8 % Ponta do Sol 4 4.8 % Porto Moniz 1 1.2 % Porto Santo 2 2.4 % Ribeira Brava 3 3.6 % Santa Cruz 9 10.7 % Santana 2 2% São Vicente 2 2% Total 85 100%

Tabela 10 – Número de respostas dos docentes e respetivas percentagens, por concelhos da RAM.

Deste modo, apresentamos abaixo, na tabela 11, os objetivos traçados para a sua construção, bem como as respetivas questões.

Objetivos Questões (q) Parte

Introdutória Primeira parte

 Identificar a tipologia de respondentes quanto ao género, idade, antiguidade na carreira docente e concelho ao qual pertence a escola onde desempenham funções.

Secção inicial sem números de questão.  Conhecer a opinião dos docentes relativamente à

importância que conferem às aprendizagens e conhecimentos de questões culturais.

(q.1)  Conhecer a opinião dos docentes relativamente à

função da escola no desenvolvimento do conceito de uma educação para a cultura.

(q.2), (q.3)  Conhecer a opinião dos docentes relativamente a

eventuais dificuldades em trabalhar, em contexto escolar, questões de caráter especificamente cultural.

(q.4)  Conhecer a conceção dos docentes sobre a

necessidade de os programas curriculares poderem abordar, transdisciplinarmente, temas culturais relacionados especificamente com a localidade dos alunos.

(q.5)

 Conhecer a opinião dos docentes relativamente à relevância conferida nos programas curriculares a temas culturais da localidade dos alunos.

(q.6), (q.7)  Conhecer a opinião dos docentes relativamente à

possibilidade de implementação de projetos, e de que forma, que visem trabalhar temas culturais respeitantes à localidade dos alunos.

(q.8), (q.9), (q.10)  Conhecer a opinião dos docentes sobre a possibilidade

de implementação de uma disciplina de enriquecimento curricular para trabalhar unicamente questões culturais.

(q.11), (q.12), (q.13)  Conhecer a considerações dos docentes relativamente

ao interesse e conhecimentos que os alunos detêm sobre assuntos culturais.

131

Segunda parte

 Conhecer a conceção dos docentes relativamente ao interesse que têm em trabalhar assuntos exclusivamente culturais nas suas aulas.

(q.16)  Conhecer a conceção dos docentes relativamente às

competências que detêm no âmbito das TIC. (q.17)  Conhecer a opinião dos docentes relativamente ao uso

de ferramentas TIC em contexto escolar. (q.18), (q.19)  Conhecer a opinião dos docentes relativamente ao uso

das TIC na promoção do interesse sobre temas culturais.

(q.20), (q.21)  Conhecer a opinião dos docentes relativamente à sua

concordância sobre os processos de construção colaborativa de trabalhos multimédia poderem suscitar o interesse dos alunos pelos temas culturais.

(q.22)

 Conhecer a opinião dos docentes relativamente à possibilidade de uma partilha dos trabalhos numa plataforma agregadora, poder suscitar o interesse pelas questões culturais.

(q.23)

 Saber se os docentes conhecem a plataforma SC. (q.24), (q.25)  Identificar nos docentes, processos de trabalho

colaborativo, tanto relativamente à docente das TIC, como em relação aos alunos.

(q.26)

Tabela 11 – Objetivos e respetivas questões do inquérito por questionário aplicado a docentes do

4.ºano de escolas públicas da RAM.

2.5.3.3 – Inquérito por questionário aos coordenadores TIC no final da 2.ª fase

de implementação do projeto.

Após o desenvolvimento do projeto no ano letivo 2015/2016, que constituiu a 2.ª fase da sua implementação, por replicação do ano letivo 2014/2015, consideramos relevante inquirir os docentes TIC responsáveis pelo projeto nas 11 escolas participantes, procurando cumprir com o conjunto de objetivos que abaixo elencamos, subordinados a um objetivo global que pretende avaliar a implementação do projeto TICultura em todas as suas dimensões.

Objetivos Questões (q)

 Conhecer o nível de concordância dos docentes relativamente à afirmação de que os temas culturais propostos no âmbito do projeto foram muito pertinentes.

(q.1)  Conhecer o nível de concordância dos docentes

relativamente à afirmação de que os programas e ferramentas propostos no âmbito das TIC foram os mais adequados para a execução dos trabalhos planeados.

(q. 2)

 Conhecer a opinião dos docentes relativamente à aceitação que tiveram os trabalhos propostos.

(q.4)  Conhecer a opinião dos docentes, relativamente à

interação verificada no uso da plataforma SC, bem como do interesse que suscitou nos alunos.

(q.5), (q.6)  Conhecer a avaliação global dos docentes,

relativamente às aprendizagens dos alunos sobre os temas culturais trabalhados.

(q.7)  Conhecer o nível de concordância dos docentes

relativamente à afirmação de que a partir do TICultura (q.8)

132 se verificou o desenvolvimento do conceito de

educação para a cultura em contexto escolar.

 Conhecer o nível de concordância dos docentes relativamente à afirmação de que o projeto TICultura suscitou nos alunos um crescente interesse em questões culturais.

(q.9)

 Conhecer a opinião dos docentes relativamente à relevância que atrubuíram à associação entre as TIC e a dimensão cultural que foi efetivada no projeto.

(q.10)  Conhecer a opinião dos docentes relativamente ao

projeto, se desenvolvido ou não de acordo com o plano que previamente lhes foi apresentado.

(q.11)  Conhecer a pretensão dos docentes relativamente à

possibilidade de dar continuidade ao projeto no ano letivo 2016/2017.

(q.12), (q.12.1)  Conhecer a avaliação global que os docentes

atribuíram ao projeto TICultura.

(q.13).

Tabela 12 – Objetivos e respetivas questões do inquérito por questionário aplicado aos

coordenadores TIC nas escolas que implementaram o projeto TICultura.

Inquérito por entrevista

A técnica do inquérito por entrevista constituiu também um importante elemento de recolha de dados para a nossa investigação.

Trata-se de uma prática estruturada e norteada para o cumprimento de objetivos específicos (Rosa & Arnoldi, 2008), que possibilita uma aproximação significativa entre o entrevistador e o entrevistado (Freixo, 2012) e que, basicamente, reside na ação desempenhada pelos dois intervenientes num exercício de “conversação intencional e orientado, que implica uma relação pessoal, durante a qual os participantes desempenham papéis fixos: o entrevistador pergunta e o entrevistado responde. É utilizada quando se pretende conhecer o ponto de vista do outro.” (Esteves, 2008, p.92).

Para Coutinho (2013) trata-se simplesmente de um processo obtenção de informação, mediante o questionamento posto em prática pelo investigador, ao qual o inquirido responde. Deste modo, estabelece-se uma interação entre os dois intervenientes, no decurso da qual o entrevistado é levado a expressar as suas interpretações e conceções de um dado acontecimento ou situação

,

“ao passo que, através das suas perguntas abertas e das suas reações, o investigador facilita essa expressão, evita que ela se afaste dos objetivos da investigação e permite que o interlocutor aceda a um grau máximo de autenticidade e de profundidade, cujo conteúdo será objeto de uma análise sistemática …” (Pocinho, 2012, p.96).

A necessidade de se ter adotado este procedimento metodológico prende-se sobretudo com a riqueza da informação que é possível obter na sua efetivação; tratando-se de uma das estratégias metodológicas de recolha de dados mais utilizadas na investigação no

133 contexto educacional (Formosinho & Formosinho, 2008). De acordo com autores como J. Bell (2008) e Silverman (2000), citados por Coutinho (2013), este processo permite a obtenção de informação de um modo mais profundo, explorando ideias, promovendo uma abordagem num plano investigatório de motivos e sentimentos, procurando esclarecimentos adicionais junto do inquirido, e possibilitando inclusivamente o ajuste de questões durante o processo de inquirição; portanto, domínios que, como se percebe, não se verificam através, por exemplo, da aplicação de um questionário.

Estes elementos que caraterizam o exercício da entrevista, associados ao facto de num processo deste género, uma determinada resposta poder ser desenvolvida e clarificada, confere-lhe, segundo J. Bell (2008), uma grande vantagem, que se traduz basicamente na sua considerável adaptabilidade. Um outro dado particularmente relevante que pensamos importante destacar é o facto de os inquéritos por entrevista surgirem associados a processos de observação participante (Hébert et al., 2008), à qual fizemos referência no ponto 2.5.1.

Tal como acontece nos questionários, também a entrevista deve ser cuidadosamente planeada no que respeita ao cumprimento dos objetivos traçados para a investigação, na elaboração de um guião, e na decorrente formulação das questões. (J. Bell, 2008). Nesta lógica, de acordo com Rosa & Arnoldi (2008), há um conjunto de prévias análises que devem ser alvo de uma reflexão, no propósito de justificar a implementação de um processo de inquérito por entrevista, e de conferir um significado à investigação. Assim, de entre um conjunto mais alargado de itens que merecem a referida ponderação prévia, consideramos importante destacar os que respeitam à reflexão em torno da pertinência da utilização da entrevista; do conhecimento do investigador relativamente ao tema sobre o qual inquirirá; da capacidade que o entrevistador terá em ajustar questões sempre que surja essa necessidade no decorrer do inquérito; e ainda à capacidade do entrevistador em analisar as respostas obtidas.

Na perspetiva de Freixo (2012), deve igualmente considerar-se um quadro de recomendações concernente à aplicação de uma entrevista, que, basicamente, se centram na questão do seu planeamento; do conhecimento prévio do entrevistado; do agendamento oportuno da entrevista; de questões relativas à confidencialidade e, ainda, de um planeamento, ao qual já fizemos referência, sobre a necessidade de construção e organização de um guião próprio.

No âmbito da investigação que desenvolvemos, optámos por uma operacionalização de entrevistas do tipo semiestruturada, isto é, construímos previamente um conjunto de questões, elencadas num guião próprio, que permitiram a que aos respondentes pudessem “discorrer e verbalizar os seus pensamentos, tendências e reflexões sobre os temas apresentados” (Rosa & Arnoldi, 2008, p.30). Trata-se de um tipo de entrevista que se situa entre a designada entrevista estruturada ou padronizada, e a livre. Consideramos importante salientar o facto de a entrevista semiestruturada, apesar de se orientar por um guião previamente estabelecido, conferir alguma liberdade ao respondente, não o limitando “a um conjunto de respostas predeterminadas” (Bento, 2015, p. 62).

134 No propósito da construção de um planeamento flexível e respondente às exigências de

uma prática de entrevista bem executada, tivemos em conta um conjunto de aspetos (Bento, 2012), que sintetizamos na seguinte tabela:

Antes da Entrevista a) Definimos o objetivo b) Construímos o guião c) Escolhemos os entrevistados d) Preparamos os entrevistados e) Agendámos a entrevista Durante a

entrevista a) Explicamos quem somos e a finalidade da entrevista b) Procuramos manter uma relação de confiança c) Soubemos escutar

d) Mantivemos o controlo com seriedade e diplomacia e) Evitamos perguntas indutoras

Depois da entrevista

a) Agradecemos às entrevistadas

b) Tomamos nota das observações sobre a postura do entrevistado

c) Tomamos nota sobre as observações relativas ao ambiente no qual decorreu a

entrevista.68

Tabela 13 – Etapas no processo de um inquérito por entrevista. 69

Nas secções seguintes – (2.5.3.4 e 2.5.3.5), far-se-á uma abordagem às entrevistas efetuadas às docentes da Escola EB1/PE de Câmara de Lobos que participaram no projeto TICultura, sobretudo relativa aos objetivos que estiveram na justificação para a sua realização. Foram realizadas duas entrevistas às docentes – uma no início da implementação do projeto TICultura, e outra no final.

2.5.3.4 – Inquérito inicial por entrevista às docentes participantes na 1.º fase

do projeto

De acordo com o que considerámos mais pertinente no quadro da implementação do projeto TICultura, optamos por proceder à realização de um conjunto de entrevistas70, designadas por iniciais, às docentes titulares das turmas do 4.º A e do 4.º B, bem como às das disciplinas de Educação e Expressão Artística, e ainda à das TIC. A idealização, planeamento e construção dos respetivos guiões (anexo 7) foram produzidos com base nos pressupostos teóricos abordados na secção anterior.

Deste modo, depois de uma explicação pormenorizada às docentes sobre o projeto TICultura, que se centrou nas razões da sua conceção, nos objetivos que nos propusemos cumprir e, também, nas questões metodológicas, demos lugar ao processo de inquirição propriamente dito.

Tratando-se da entrevista inicial, o guião foi elaborado com base num conjunto de objetivos específicos que procurou sobretudo enquadrar as temáticas relativas a três grandes domínios: (i) as TIC; (ii) a questão cultural; (iii) os conteúdos programáticos.

68Considerámos que não seria necessário dar cumprimento aos exercícios expressos nas alíneas b) e c).

69Construção própria com base em (Bento, 2012).

135 Tivemos também o propósito de correlacionar as referidas dimensões ao longo das catorze

questões que compuseram a entrevista71 inicial, no sentido de lhe conferir alguma transversalidade temática que julgamos importante na coerência estrutural da entrevista. Posto isto, apresentamos abaixo o conjunto de objetivos específicos traçados para a referida entrevista inicial:

Objetivos

- Identificar conteúdos culturais trabalhados em contexto de sala de aula, constantes ou não da programação curricular da disciplina.

- Identificar conteúdos programáticos passíveis de serem explorados no âmbito do projeto TICultura.

- Recolher a opinião das docentes relativamente aos temas culturais sugeridos no plano TIC-EC a implementar, bem como sugestões de outros temas que considerem importantes.

- Identificar eventuais limitações no desenvolvimento dos temas culturais não constantes nas programações curriculares, bem como formas de as superar.

- Conhecer a opinião da docente das TIC relativamente ao agendamento sugerido para o desenvolvimento do projeto nas aulas TIC.

- Conhecer a opinião das docentes relativamente à metodologia idealizada para introdução das temáticas culturais no desenvolvimento do projeto, bem como a identificação de formas de ultrapassar eventuais dificuldades apontadas.

- Conhecer a conceção das docentes relativamente à forma que consideram mais adequada para a introdução das temáticas culturais a trabalhar.

- Conhecer a opinião da docente das TIC relativamente ao interesse que os alunos, genericamente, manifestam em realizar trabalhos com recurso às TIC.

- Conhecer a opinião das docentes relativamente à utilização da plataforma SC, concretamente sobre a potencial interação, dinamização do espaço e interesse global.

- Identificar a conceção das docentes no que respeita à desejável promoção de um pensamento crítico nos comentários realizados pelos alunos aos seus trabalhos.

- Identificar a conceção das docentes em relação a estratégias que considerem mais adequadas para a promoção de um trabalho colaborativo.

Tabela 14 – Objetivos do inquérito por questionário inicial feito às docentes participantes no projeto

TICultura.

2.5.3.5 – Inquérito final por entrevista às docentes participantes na 1.ª fase

do projeto

Finalizado o projeto TICultura no ano letivo 2014/2015, e de acordo com o planeamento previamente estabelecido, considerámos fundamental auscultar novamente as docentes participantes. Nesse sentido, partimos de uma análise global e reflexão sobre o projeto desenvolvido, e construímos um guião de entrevista (anexo 8), com questões que procuraram sobretudo dar cumprimento a objetivos que nos pudessem fornecer uma noção clara sobre o desenvolvimento global do projeto, numa lógica de avaliação final. Nesse propósito, recuperámos e reajustámos algumas das questões iniciais72.

71 A entrevista feita à docente das TIC teve em consideração as especificidades da disciplina em questão, concretamente a sua planificação programática, pelo que, foram associadas três questões mais específicas em torno das TIC, ficando assim o questionário com um total de dezassete questões. 72 A questão seis foi unicamente direcionada para a docente das TIC.

136 A entrevista final, à semelhança da inicial, foi do tipo semiestruturada, e pretendeu dar

cumprimento aos seguintes objetivos específicos:

Objetivos

- Conhecer a opinião das docentes relativamente à adequabilidade dos temas culturais que foram trabalhados no âmbito do projeto.

- Conhecer a opinião das docentes relativamente à interligação que se operou entre o tempo disponível e a quantidade de temas culturais trabalhados.

- Identificar eventuais influências do projeto TICultura no cumprimento dos programas curriculares. - Conhecer a opinião das docentes relativamente à metodologia usada na introdução teórica dos temas culturais trabalhados.

- Conhecer a opinião das docentes relativamente ao nível de colaboração verificado entre as aulas curriculares normais e as aulas TIC no âmbito do projeto TICultura.

- Conhecer a opinião da docente das TIC relativamente ao tipo de trabalhos multimédia realizados, bem como sobre os programas e ferramentas utilizadas.

- Conhecer a opinião das docentes relativamente à utilização e interesse que a plataforma SC suscitou, tanto numa perspetiva global, como numa mais particular centrada nos alunos.

- Conhecer a opinião das docentes relativamente ao trabalho colaborativo implementado durante o desenvolvimento do projeto.

- Conhecer a opinião das docentes relativamente ao facto de terem sido realizadas atividades práticas na escola que contaram com a colaboração de personalidades ligadas à cultura madeirense.

- Conhecer as considerações das docentes relativamente às aprendizagens dos alunos sobre os temas culturais.

- Conhecer a opinião das docentes relativamente à pertinência da implementação do projeto no ano letivo 2015/2016.

- Recolher a opinião das docentes relativamente ao desenvolvimento do projeto na sua globalidade.

Tabela 15 – Objetivos do inquérito por questionário final feito às docentes participantes no projeto

TICultura.

No próximo capítulo apresentamos em detalhe os procedimentos globais referentes à implementação do projeto TICultura nos anos letivos 2014/2015 e 2015/2016.

138

Capítulo

3

______________________________________________________

IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO TICULTURA

140 Para a implementação do projeto TICultura foram tidas em conta duas importantes

dimensões: a primeira, genericamente, relativa à implementação de projetos, concretamente a perceção da necessidade do cumprimento de diversas fases para a sua viabilidade. A segunda, diz respeito particularmente ao projeto TICultura, que convergiu com considerações da Comissão Europeia, na medida em que esta recomenda a que as escolas possam estabelecer uma colaboração com a parte cultural e artística, promovendo estreitas interligações (Comissão Europeia, 2009), o que constitui um dado relevante, na medida em que também no projeto que se apresenta se propõe essa abordagem, não só sob o ponto de vista das escolas com as instituições culturais mas também entre as próprias escolas.

Deste modo, depois de a ideia fundamental que está na base desta investigação se ter efetivado, concretamente a partir da execução do projeto de tese de doutoramento, foi então momento para se idealizar a sua implementação, no terreno, o que requereu um exercício de ponderação relativamente às implicações desse processo e à forma de o tornar mais exequível. Definimos, desde logo, a função que teria cada um dos participantes no projeto TICultura – dos professores, dinamizadores das atividades em trabalho colaborativo; dos alunos, executantes das propostas de trabalhos e participativos com contributos de ideias e sugestões; e do investigador, participante, colaborador e orientador. Com esta estruturação e sincronização, pretendeu-se promover um planeamento bem estruturado (Durr et al., 2007), assegurando, por outro lado, uma gestão flexível e adaptada às necessidades, atendendo a que num qualquer projeto é sempre muito difícil cumprir inteiramente com o plano inicial (European Regional Development Fund, 2013). Seguidamente esboçou-se um plano de trabalho, dividido em duas fases (Fase 1 e Fase 2), por sua vez compostas por diferentes momentos, que de seguida descrevemos, e representamos também esquematicamente, antes da abordagem mais detalhada sobre cada um deles.

141

Desenho sumário da Implementação do Projeto TICultura no ano letivo 2014/2015 – FASE 1

2014/2015

(Pag. 158)

FASE 1

1.º Momento

Planeamento

2.º Momento

Introdutório

3.º Momento

Implementação e

desenvolvimento

• Seleção da Escola participante • Reuniões de esclarecimentos • Participantes • Horários • Seleção de temas a trabalhar:

• Construção do Plano TIC - Educação para a Cultura • Exploração do SC • Construção de conteúdos multimédia • Utilização do SC: • Publicações • Comentários • Interações Experiência da 1.ª Fase Adaptações/Ajustes/ Melhorias • Objetivos da Investigação • Inquérito por Questionário a docentes • Componente teórica

REPLICAÇÃO

julho setembro outubro 2014 outubro novembro dezembro 2014 dezembro (2014) janeiro a julho 2015 • Exploração do conceito de Cultura • Aprendizagens em

142

3.1 – FASE 1 – ANO LETIVO 2014/2015 – IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

TICULTURA NA EB1/PE DE CÂMARA DE LOBOS

3.1.1 – 1.º Momento – Planeamento

Num primeiro momento desta fase, emergiu a necessidade de um procedimento que desde logo tivemos que pôr em prática, de caráter exploratório e organizador, que consistiu na proposta dirigida a algumas escolas do ensino básico da RAM, para que se constituíssem como “escola piloto” no que respeita à 1.ª fase de implementação do projeto. De entre três73 hipóteses que então se afiguraram como possíveis, declarando um maior interesse na participação no projeto, optámos por aquela que foi a primeira a

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