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5. R EPARTIÇÃO GEOGRÁFICA DAS ESPÉCIES DE FITOSEÍDEOS NALGUMAS

5.3. Implicações práticas

No que respeita à repartição geográfica das espécies de fitoseídeos pelas culturas nas distintas regiões do país, são três os aspectos que

merecem realce:

x De um modo geral, não se pode falar em concreto de uma espécie

mais importante numa dada região ou cultura, mas sim de um complexo de espécies, com particularidades bioecológicas diferentes e por vezes complementares, cujas abundâncias variam consideravelmente do litoral para o interior, podendo nalguns casos ocorrer apenas uma espécie.

x Nalgumas zonas, tanto na cultura da vinha como na macieira,

verificou-se a presença em exclusivo de T. pyri. Uma explicação para este facto pode residir no facto de se tratar de duas regiões com forte tradição fruteira (Douro e Távora e Beira Interior Norte) e Vitícola (Entre-Douro e Minho) e que, ao longo dos anos, foram “fustigadas” com pesticidas de largo espectro de acção, pelo que não se pode pôr de parte a hipótese de ter havido uma pressão de selecção sobre as espécies de fitoseídeos, fazendo com que T. pyri se tornasse mais tolerante. Outra situação prende-se com a ocorrência em exclusivo de T. phialatus, mais concretamente na Beira Interior Sul. Neste caso é mais plausível justificar a sua ocorrência devido ao facto desta espécie ser mais tolerante à secura e às elevadas temperaturas de Verão do que as restantes espécies, o que justifica a sua ocorrência nas regiões de clima tipicamente mediterrânico, em oposição a T. pyri.

x A composição das espécies de fitoseídeos, pode variar ao longo do

tempo. Relativamente à mudança verificada em Braga ao nível do complexo de espécies da macieira, em que A. Andersoni parece ter desalojado T. pyri, vários aspectos podem ter contribuído para tal ocorrência:

i) a adopção de um programa de protecção integrada, com o consequente abandono em definitivo de insecticidas piretróides e de alguns organosfosforados muito tóxicos para os fitoseídeos;

ii) o facto da composição das espécies num dado pomar ter um carácter dinâmico e que da competição inter- específica e da mudança de estratégias de protecção, algumas espécies podem sair beneficiadas em detrimento de outras (Croft et al., 1993).

iii) T. pyri, apesar de ter capacidade de adquirir resistências a diversos insecticidas, é muito pouco competitivo relativamente a outras espécies quando em situações de maior equilíbrio ecológico (Fritzgerald et al., 2003);

5.4.

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