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implicar que era pertinente colocá-la, que podia de ter dúvidas ? (Meyer, 1998:82) O

T.A., partindo do pensamento de Bergson que diz:

90 Murachco (2003:276) afirma: “O particípio construído sobre o tema do perfeito exprime o ato acabado,

terminado (idéia de aspecto e não de tempo)”.

91 O aspecto perfectum é o traço verbal que indica o término da ação, o seu encerramento, e também o

Si je dis : ‘l'objet A n'existe pas’, j'entends par là, d'abord, qu'on pourrait croire que l'objet A existe: comment d'ailleurs penser l'objet A sans le penser existant, et quelle différence peut-il y avoir, encore une fois, entre l'idée de l'objet A existant et l'idée pure et simple de l'objet A ? Donc, par cela seul que je dis « l'objet A », je lui attribue une espèce d'existence, fût-ce celle d'un simple possible, c'est-à-dire d'une pure idée. Et par conséquent dans le jugement « l'objet A n'est pas » il y a d'abord une affirmation telle que : « l'objet A a été », ou : « l'objet A sera », ou plus généralement : « l'objet A existe au moins comme simple possible ». Maintenant, quand j'ajoute les deux mots « n'est pas », que puis-je entendre par là sinon que, si l'on va plus loin, si l'on érige l'objet possible en objet réel, on se trompe, et que le possible dont je parle est exclu de la réalité actuelle comme incompatible avec elle ? Les jugements qui posent la non-existence d'une chose sont donc des jugements qui formulent un contraste entre le possible et l'actuel (c'est-à- dire entre deux espèces d'existence, l'une pensée et l'autre constatée) dans des cas où une personne, réelle ou imaginaire, croyait à tort qu'un certain possible était réalisé. A la place de ce possible il y a une réalité qui en diffère et qui le chasse : le jugement négatif exprime ce contraste, mais il l'exprime sous une forme volontairement incomplète, parce qu'il s'adresse à une personne qui, par hypothèse, s'intéresse exclusivement au possible indiqué et ne s'inquiétera pas de savoir par quel genre de réalité le possible est remplacé. L'expression de la substitution est donc obligée de se tronquer. Au lieu d'affirmer qu'un second terme s'est substitué au premier, on maintiendra sur le premier, et sur le premier seul, l'attention qui se dirigeait sur lui d'abord. Et, sans sortir du premier, on affirmera implicitement qu'un second terme le remplace en disant que le premier « n'est pas ». On jugera ainsi un jugement au lieu de juger une chose. On avertira les autres ou l'on s'avertira soi-même d'une erreur possible, au lieu d'apporter une information positive. Supprimez toute intention de ce genre, rendez à la connaissance son caractère exclusivement scientifique ou philosophique, supposez, en d'autres termes, que la réalité vienne s'inscrire d'elle-même sur un esprit qui ne se soucie que des choses et ne s'intéresse pas aux personnes : on affirmera que telle ou telle chose est, on n'affirmera jamais qu'une chose n'est pas. (...) ce qui existe peut venir s'enregistrer, mais l'inexistence de l'inexistant ne s'enregistre pas92,

92 “Se eu digo: ‘o objeto A não existe’, entendo por isso, de início, que poderíamos crer que o objeto A

existe: aliás, como pensar no objeto A sem pensá-lo existente, e qual diferença pode haver, uma vez mais, entre a ideia do objeto A existente e a ideia pura e simples do objeto A? Por isso, apenas porque digo “objeto A”, eu lhe atribuo uma espécie de existência, tenha sido ela uma simples possível, isto é, uma pura ideia. E, consequentemente, no juízo “o objeto A não é” há, de início, uma afirmação tal que “o objeto A foi”, ou “o objeto A será”, ou ainda de modo mais geral: “o objeto A existe ao menos como o simples possível”. Agora, quando eu acrescento as duas palavras “não é”, o que é que eu posso entender por isso senão que - se formos mais longe, se tornarmos o objeto possível em objeto real - nós nos enganamos e que o possível do qual falo está excluído da realidade atual como incompatível com ela? Os julgamentos que afirmam a não-existência de uma coisa são, portanto, juízos que formulam um contraste entre o possível e o atual (isto é, entre duas espécies de existência: uma pensada, outra constatada), nos casos em que uma pessoa, real ou imaginária, cresse erroneamente que um certo possível estivesse realizado. No lugar desse possível, há uma outra realidade que difere e que o rejeita: o juízo negativo exprime esse contraste, mas ele é expresso sob forma voluntariamente incompleta, porque se dirige a uma pessoa que, por hipótese, se interessa exclusivamente pelo possível indicado e não se inquietará para saber por qual gênero de realidade o possível é substituído. A expressão da substituição é, portanto, obrigada a truncar-se. Ao invés de afirmar que um segundo termo substitui o primeiro, manter-se-á sobre o primeiro - e apenas sobre o primeiro - a atenção que inicialmente se dirigia sobre ele. E, sem sair do primeiro, afirma-se, implicitamente, que um segundo termo o substitui dizendo que o primeiro “não é”. Julga-se, assim, uma opinião em vez de julgar uma coisa. Adverte-se os outros ou alguém se advertirá de um possível erro em vez de trazer uma informação positiva. Suprimam toda intenção desse gênero; deem ao conhecimento seu caráter exclusivamente científico ou filosófico; suponham, em outros termos, que a realidade venha a se inscrever por si só sobre um espírito que não se preocupa senão com as coisas e não se interessa pelas pessoas: afirmar-se-á que tal ou tal coisa é, não se afirmará jamais que uma coisa não é. (...) o que existe pode vir a registrar-se, mas a inexistência do inexistente não se registra (1959:171-2)”.

destaca: la pensée négative... n’intervient que si l’on s’intéresse aux personnes, c’est-à-

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