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Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços –

2 GESTÃO DE COMÉRCIO EXTERIOR

2.11 NORMAS FISCAIS DA IMPORTAÇÃO

2.11.5 Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços –

Criado pela constituição de 1988, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS é de atribuição estadual. Este tributo tem a sua incidência nas operações de importação, sobre a entrada da mercadoria importada no estabelecimento da empresa importadora, sendo esta situação aplicável tanto à mercadoria destinada a revenda ou aos bens que virão compor o ativo fixo do importador.

Nessas operações a base de cálculo será o valor constante na Declaração de Importação – DI, acrescido dos valores de Imposto de Importação e do IPI,

bem como as demais despesas aduaneiras efetivamente pagas à repartição alfandegária.

Sempre que o valor da operação estiver expresso em moeda estrangeira, far- se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador. (ADUANEIRAS, 2000d).

Porém, alguns estados determinam que a taxa de conversão a ser aplicada é a que figura no contrato de câmbio ou na hipótese de seu desconhecimento será a taxa fiscal empregada pela Repartição Alfandegária para fins de recolhimentos dos tributos federais.

Sendo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS um tributo seletivo, as suas alíquotas são fixadas em função do grau de essencialidade do produto. Atualmente, existem três níveis de Alíquota para a incidência do tributo: 12%, 18% e 25%, sendo a primeira e a última incidentes sobre um número restrito de mercadorias. (ADUANEIRAS, 2000d).

As isenções ou quaisquer outros incentivos ou benefícios fiscais serão concedidos ou revogados nos termos das deliberações dos Estados e do Distrito Federal, mediante Convênio ICMS específico. Um exemplo disto é a aprovação pelo Convênio 16/92 da Guia de Informação e Apuração – GIA do ICMS, existindo dois modelos:

• Modelo “A” – para desembaraços feitos na unidade da Federação que tenha competência tributária sobre as operações;

• Modelo “B” – para os desembaraços feitos em outra unidade da Federação.

Será exigido (ADUANEIRAS, 2000d) que, no momento de registro da Declaração de Importação – DI esta documentação seja apresentada devidamente preenchida, sendo responsabilidade da Repartição Federal no local em que estiver sendo feita a nacionalização da mercadoria apor no campo próprio da GIA – I o número e a data do registro.

A 4ª via da Guia de Informação e Apuração – GIA – I, modelo “B”, deverá ser remetido ao Estado destinatário da mercadoria pelo Fisco Estadual que arrecadar a GIA – I, que se compõem de quatro vias:

• 1ª via – SRF para ser remetida a Unidade da Federação; • 2ª via – contribuinte;

• 3ª via – contribuinte, para acompanhar o transporte da mercadoria; • 4ª via – será retirada pelo Fisco Estadual no ato de visado da

documentação.

2.11.6 Adicional ao frete para a renovação da marinha mercante – AFRMM

O Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante – AFRMM – que não se inclui no Sistema Tributário Brasileiro, acrescenta custos ao processo de importação devendo ser considerado no momento de efetuar a estimativa de custo do produto importado. É um adicional calculado sobre o valor total do frete internacional quando a mercadoria for importada por via marítima, o percentual a ser aplicado é equivalente a 25%. O fato gerador é o descarregamento da mercadoria importada no porto de destino. Existem determinadas situações amparadas em lei especifica que isentam as cargas do pagamento do AFRMM. (ADUANEIRAS, 2000d).

Importações realizadas ao amparo de Acordos dentro da Associação Latino- Americana de Integração – ALADI tais como o Acordo de Complementação Econômica Nº 18 ou mais conhecido como Acordo Mercosul estão isentas do recolhimento do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante – AFRMM. A responsabilidade pela cobrança e recolhimento deste encargo é do armador ou seu representante.

2.11.7 Taxas de armazenagem e capatazia

As taxas de armazenagem e capatazia não fazem parte do Sistema Tributário Brasileiro, porém, ao acrescentar custos ao processo de importação, essas

taxas devem ser consideradas no momento de efetuar a estimativa de custo do produto importado.

Na importação por via marítima:

• Capatazia – remuneração devida à Companhia das Docas em função do custo de movimentação das mercadorias pelo pessoal da administração portuária. Este serviço é remunerado em função do tipo de produto e sua embalagem. Cada porto determinará o valor a ser pago; (ADUANEIRAS, 2000d).

• Armazenagem – as mercadorias depositadas em locais pertencentes à administração dos portos estão sujeitas ao pagamento de armazenagem, seja qual for o destino ou procedência. Atualmente, cada porto tem a liberdade de fixar os períodos e percentuais a serem aplicados nas cargas e importação, isso levará a uma provável redução dos custos portuários. (ADUANEIRAS, 2000d).

Na importação por via aérea:

• Capatazia – definida como a taxa devida pela movimentação e manuseio das mercadorias importadas nos Terminais de Carga Aérea – TECA, sendo base de cálculo o valor de USD 0,015 por quilograma e o valor mínimo a ser cobrado equivale a 100 kg; (ADUANEIRAS, 2000d).

• Armazenagem – é devida pela armazenagem, guarda e controle das mercadorias importadas nos armazéns de carga aérea dos aeroportos. A base de cálculo é o valor CIF da mercadoria importada e a natureza da operação. Na via aérea, os dois primeiros períodos correspondem a cinco dias úteis contados o primeiro a partir da entrada da mercadoria no Terminal de Carga Aérea – TECA, sendo o terceiro de dez dias úteis e a partir do 4º período, os períodos são de dias úteis. (ADUANEIRAS, 2000d).

Tanto na via marítima quanto na aérea se a mercadoria não é retirada até o segundo período é conveniente fazer a sua remoção para um depósito alfandegado público. Porém, é importante salientar que essa movimentação

feita através do Despacho de Transito Aduaneiro – DTA terá um custo, o que leva a uma avaliação cuidadosa a respeito dessa possibilidade.(ADUANEIRAS, 2000d).

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