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Impostos diferidos

No documento O nosso desempenho Sonaecom (páginas 35-39)

Risco de Crédito

11. Impostos diferidos

Os activos por impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, no montante de 121.894.677 Euros e 124.862.171 Euros, respectivamente, decorrem, essencialmente, de prejuízos fiscais reportáveis, de diferenças temporárias e da diferença entre o valor contabilístico e fiscal de alguns activos fixos.

O movimento ocorrido nos activos por impostos diferidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 foi como segue:

2009 2008

Saldo inicial 124.862.171 101.118.096

Efeito em resultados:

Prejuízos fiscais exercício 1.838.570 1.936.846

Registo de impostos diferidos não reconhecidos em exercícios anteriores uma vez que não era provável a

existência de lucros tributáveis futuros para os absorver (Mainroad, Miauger e Cape Irlanda em 2008) 621.178 Movimentos nas provisões não aceites fiscalmente e nos benefícios fiscais 1.604.469 (162.949)

Benefícios Fiscais (SIFIDE) (98.000) 1.200.399

Movimentos, líquidos, nas diferenças temporárias entre o valor contabilístico e fiscal dos activos fixos (3.338.628) 4.352.115 Diferenças temporárias resultantes da operação de titularização de créditos (Sonaecom – Serviços de

Comunicações) (3.220.000) 16.100.000

Sub-total do efeito em resultados (Nota 34) (3.213.589) 24.047.589

Outros 246.095 (303.514)

6.2 Anexo às demonstrações financeiras consolidadas (continuação)

EM 31 DEZEMBRO 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

No exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, foram constituídos impostos diferidos activos no montante de 16,1 milhões de Euros, decorrentes da operação de titularização de créditos futuros concretizada em Dezembro de 2008 (Nota 23). Em resultado desta operação, e de acordo com o disposto no Decreto-Lei nº 219/2001, de 4 de Agosto, os 100 milhões de Euros foram acrescidos para efeitos do apuramento do resultado fiscal relativo ao exercício de 2008, gerando assim uma diferença temporária entre o resultado contabilístico e o resultado fiscal, tendo sido registados impostos diferidos activos na extensão em que era provável, com razoável segurança, a sua utilização. No exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, foi revertido um montante de 3,2 milhões de Euros, correspondente à reversão da respectiva diferença temporária no período.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, foi efectuada uma avaliação dos impostos diferidos a reconhecer, de que decorrem, essencialmente, activos por impostos diferidos, tendo os mesmos sido registados apenas na extensão em que era provável, com razoável segurança, que lucros tributáveis futuros estariam utilizáveis e contra os quais pudessem ser utilizadas as perdas fiscais ou diferenças tributárias dedutíveis. Esta avaliação baseou-se nos últimos planos de negócio aprovados pelos respectivos Conselhos de Administração das empresas do Grupo, periodicamente revistos e actualizados.

Os principais critérios utilizados nesses planos de negócio encontram-se descritos na Nota 9.

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a taxa de imposto utilizada para o apuramento dos impostos diferidos activos relativos a prejuízos fiscais foi de 25%. No caso dos restantes activos por impostos diferidos, a taxa usada foi de 26,5%.

De acordo com as declarações fiscais e outra informação preparada pelas empresas que registam activos por impostos diferidos, o detalhe dos mesmos em 31 de Dezembro de 2009, por situação geradora, era como segue:

Situação geradora Empresas incluídas no RETGS Sonaecom Serviços de

Comunicações Praesidium Digitmarket Saphety Cape

W e Do

Brasil Total

Total Grupo Sonaecom Prejuízos fiscais reportáveis:

A serem utilizados até 2010 2.946 – – – – – – – 2.946

A serem utilizados até 2011 31.676 – – 204.470 – – – 204.470 236.146

A serem utilizados até 2012 170.616 300.583 – – – – – 300.583 471.199

A serem utilizados até 2013 126.085 – – – 138.000 – – 138.000 264.085

A serem utilizados até 2014 – – – – – – – –

A serem utilizados até 2015 – 9.903.311 – – – – – 9.903.311 9.903.311

Sem limite de utilização – – 95.880 – – 134.506 – 230.386 230.386

Prejuízos fiscais anteriores à

aplicação do RETGS 331.323 10.203.894 95.880 204.470 138.000 134.506 – 10.776.750 11.108.073

Provisões não aceites fiscalmente

e outras diferenças temporárias – 10.205.077 – – – – – 10.205.077 10.205.077

Beneficios Fiscais (SIFIDE) – 1.716.399 – – – – – 1.716.399 1.716.399

Ajustamentos na conversão para

IAS/IFRS – 34.072.268 – – – – 505.436 34.577.704 34.577.704

Diferenças temporárias resultantes da operação de

titularização de créditos – 12.880.000 – – – – – 12.880.000 12.880.000

Diferenças entre o valor contabilístico e fiscal dos activos

fixos e outros – 51.407.424 – – – – – 51.407.424 51.407.424

Total 331.323 120.485.062 95.880 204.470 138.000 134.506 505.436 121.563.354 121.894.677

Empresas excluídas do RETGS

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os valores de impostos diferidos não registados por não ser provável a existência de lucros fiscais futuros suficientes para os absorver eram como se segue:

2009 2008

Prejuízos fiscais 54.390.654 57.831.938

Diferenças temporárias (provisões não aceites e outras diferenças temporárias) 36.654.708 33.643.567

Ajustamentos na conversão para IAS / IFRS (255.771) (250.600)

6.2 Anexo às demonstrações financeiras consolidadas (continuação)

EM 31 DEZEMBRO 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, os prejuízos fiscais para os quais não foram registados impostos diferidos activos têm as seguintes datas limite de utilização: Limite de utilização 2009 2008 2009 1.013.287 1.787.738 2010 1.635.257 8.383.268 2011 11.743.719 8.093.797 2012 15.411.300 11.051.863 2013 14.927.816 19.758.588 2014 1.326.762 2.533.903 2015 3.556.967 2.280.260 2016 1.204.308 1.204.308 2017 1.771.661 1.771.661 2018 409.870

Sem limite de utilização 1.389.708 966.552

54.390.654 57.831.938

Os anos de 2016 e seguintes são aplicáveis a subsidiárias localizadas em países com um período de reporte de prejuízos fiscais superior a 6 anos.

Os passivos por impostos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 no montante de 106.929 Euros e 605.414 Euros, respectivamente, resultam essencialmente de ajustamentos de consolidação e de ajustamentos de conversão IAS.

O movimento ocorrido nos passivos por impostos diferidos, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, foi como segue:

2009 2008

Saldo inicial (605.414) (284.402)

Efeito em resultados:

Ajustamentos de consolidação 605.414 (605.414)

Ajustamentos na conversão para IAS / IFRS (106.929) 284.402

Sub-total do efeito em resultados (Nota 34) 498.485 (605.414)

Saldo final (106.929) (605.414)

A reconciliação entre o resultado antes de imposto e o imposto registado nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2009 e 2008 é como segue:

2009 2008

Resultado antes de imposto 11.201.295 (14.956.917)

Imposto (25%) (2.800.324) 3.739.229

Activos por impostos diferidos não registados nas contas individuais e/ou resultantes de ajustamentos de

consolidação e outros ajustamentos à matéria colectável, tributação autónoma e derrama (2.724.338) (5.225.707)

Benefícios Fiscais (SIFIDE) (98.000) 1.200.399

Registo de impostos diferidos não registados em exercícios anteriores 621.178

Registo de passivos por impostos diferidos 498.485 (605.414)

Diferenças temporárias resultantes da operação de titularização de créditos 16.100.000

Movimentos nas diferenças temporárias entre o valor contabilístico e fiscal dos activos 4.352.115

Impostos registados no exercício (Nota 34) (5.124.176) 20.181.800

A Administração Fiscal tem a possibilidade de rever a situação fiscal da Empresa e das empresas participadas com sede social em Portugal durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham ocorrido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das

circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais de cada exercício, desde 2006 (inclusive), poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão. É convicção do Conselho de Administração que eventuais correcções àquelas declarações de impostos não produzirão efeitos materialmente relevantes nas demonstrações financeiras anexas.

Conforme convicção do Conselho de Administração do Grupo corroborada pelos nossos advogados e consultores fiscais, não existem passivos materiais associados a contingências fiscais prováveis que não se encontrem provisionadas e que devessem ser alvo de divulgação no Anexo ou de registo de provisões nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2009.

6.2 Anexo às demonstrações financeiras consolidadas (continuação)

EM 31 DEZEMBRO 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

12. Existências

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2009 2008

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 630.975 1.659.166

Mercadorias 26.093.875 39.227.737

26.724.850 40.886.903

Perdas de imparidade acumuladas em existências (Nota 22) (12.690.082) (11.273.207)

14.034.768 29.613.696

O custo das vendas nos exercícios findos em 31 e Dezembro de 2009 e 2008 ascendeu a 153.951.259 Euros e 132.834.084 Euros, respectivamente, e foi apurado como segue:

2009 2008

Existências iniciais 40.886.903 32.700.243

Entradas de novas empresas 36.108

Compras 162.992.321 155.373.698

Regularização de existências (23.203.115) (14.389.062)

Existências finais (26.724.850) (40.886.903)

153.951.259 132.834.084

Os montantes inscritos nas rubricas de “Regularizações de existências”, em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, referem-se, essencialmente, a transferências de terminais de telecomunicações da rubrica “Existências” para a rubrica de “Activos fixos tangíveis” ao abrigo de contratos de comodato celebrados com clientes da subsidiária Sonaecom – Serviços de Comunicações (Nota 6).

As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências reflectem a diferença entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido de mercado das existências, bem como a estimativa de perdas de imparidade por baixa rotação, obsolescência e deterioração.

13. Clientes

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2009 2008 Clientes correntes: Telecomunicações 136.520.597 150.556.821 Sistemas de Informação 16.951.542 16.157.876 Multimédia e outros 5.449.323 6.978.379 158.921.462 173.693.076

Clientes de cobrança duvidosa 67.319.126 75.297.043

226.240.588 248.990.119

Perdas de imparidade acumuladas em clientes (Nota 22) (67.319.126) (75.297.043)

158.921.462 173.693.076

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a composição das perdas por imparidade acumuladas por segmento é como segue:

2009 2008

Perdas de imparidade acumuladas em clientes:

Telecomunicações 63.367.027 71.626.230

Sistemas de Informação 895.183 690.568

Multimédia e outros 3.056.916 2.980.245

67.319.126 75.297.043

A exposição do grupo ao risco de crédito é atribuível antes de mais às contas a receber da sua actividade operacional. Os montantes apresentados no balanço encontram-se líquidos das perdas acumuladas de imparidades para cobranças duvidosas que foram estimadas pelo Grupo, de acordo com a sua experiência e com base na sua avaliação da conjuntura e envolventes económicas. O Conselho de Administração entende que os valores contabilísticos das contas a receber se aproximam do seu justo valor.

6.2 Anexo às demonstrações financeiras consolidadas (continuação)

EM 31 DEZEMBRO 2009 E 2008

(Montantes expressos em Euros)

Em 31 de Dezembro de 2009 e 2008, a antiguidade dos saldos de clientes pode ser detalhada como segue:

Total Não vencido Até 30 dias 30 a 90 dias Mais de 90 dias Até 90 dias 90 a 180 dias 180 a 360 dias Mais de 360 dias 2009

Clientes 226.240.588 57.041.686 26.683.222 11.399.858 44.068.057 2.952.382 3.589.051 5.016.947 75.489.386

2008

Clientes 248.990.119 70.111.069 16.367.744 12.141.828 55.516.141 5.444.802 4.667.974 4.371.783 80.368.778 Vencido e com imparidade Vencido sem imparidade

Em 31 de Dezembro de 2009, do valor total das contas a receber, com antiguidade superior a 90 dias e com imparidade, líquido dos montantes de IVA que o Grupo espera e desenvolve esforços concretos para recuperar, encontram-se provisionados cerca de 95%.

A monitorização do risco de crédito é efectuada de forma contínua e pode ser resumida como segue:

Para os saldos de operadores, os montantes a receber são analisados casuisticamente. Para cada operador é apurada a exposição máxima ao risco e o ajustamento ao activo é calculado com base na antiguidade de cada saldo, na existência de disputas e na situação financeira de cada operador.

Em relação aos agentes, estes são classificados em termos de risco com base na continuidade de prestação de serviços e na sua situação financeira, sendo o ajustamento por imparidade calculado por aplicação de uma percentagem de incobrabilidade, apurada com base em dados históricos.

Para os clientes regulares, a imparidade é calculada pela aplicação de uma taxa de incobrabilidade apurada recorrendo ao histórico de cobranças do Grupo.

Para os restantes activos, a imparidade é calculada com base na antiguidade dos saldos a receber líquidos dos montantes a pagar e do conhecimento da situação financeira do devedor.

As garantias e cauções existentes para alguns operadores e agentes não são materiais.

No documento O nosso desempenho Sonaecom (páginas 35-39)

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