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Impostos Especiais de Consumo (IEC)

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Impostos Especiais de Consumo (IEC)

Consideram-se impostos especiais de consumo:

• Imposto sobre o álcool, bebidas alcoólicas e bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes (IABA);

• Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP); • Imposto sobre o tabaco (IT)

Produtos sujeitos IABA

• Álcool etílico;

• Cervejas, vinhos, outras bebidas fermentadas, produtos intermédios (por exemplo, vinho do porto e vinho moscatel), bebidas espirituosas;

• Bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes (por exemplo,

refrigerantes, concentrados/xaropes destinados à preparação destas bebidas). ISP

Os produtos petrolíferos e energéticos;

• Quaisquer outros produtos destinados a serem utilizados, colocados à venda ou

• Os outros hidrocarbonetos, com exceção da turfa, destinados a serem utilizados, colocados à venda ou a serem consumidos em uso como combustível;

• Gás natural;

• A eletricidade abrangida pelo código NC 2716.

IT

• Tabaco manufaturado, por exemplo, cigarros, charutos e as cigarrilhas; tabaco de mascar; liquido contendo nicotina para cigarros eletrónicos.

Sujeitos passivos

São sujeitos passivos de IEC, nomeadamente:

• O depositário autorizado e o destinatário registado;

• No caso de fornecimento de eletricidade ao consumidor final, os

comercializadores, definidos em legislação própria, os comercializadores para a mobilidade elétrica, os produtores que vendam eletricidade diretamente aos consumidores finais, os autoprodutores e os consumidores que comprem eletricidade através de operações em mercados organizados;

Impostos Especiais de Consumo (IEC)

Facto Gerador

Constitui facto gerador de imposto: • Produção;

• Importação;

• Entrada no território nacional, quando provenientes de outro Estado membro; • No caso da eletricidade e do gás natural o facto gerador só se verifica na fase

da entrega para consumo.

Exigibilidade

O imposto torna-se exigível, em território nacional, nos seguintes momentos:

• Introdução no consumo; ou

• Constatação de perdas que devam ser tributadas.

Introdução no consumo

Considera-se introdução no consumo de produtos sujeitos a IEC, nomeadamente:

• A saída, mesmo irregular, dos bens do regime de suspensão do imposto;

• A detenção ou produção fora do regime de suspensão do imposto desses produtos sem que tenha sido cobrado o imposto devido;

• A importação de bens, a menos que sejam submetidos, imediatamente após a importação, ao regime de suspensão de imposto;

• A entrada, mesmo irregular, de bens no território nacional fora do regime de suspensão do imposto;

• O fornecimento de eletricidade ao consumidor final, o autoconsumo e a aquisição de eletricidade por consumidores finais em mercados organizados.

Formalidades da introdução no consumo:

A introdução no consumo deve ser formalizada através da declaração de

introdução no consumo (DIC).

A DIC deve ser processada até ao final do dia útil seguinte àquele em que ocorra a introdução no consumo. Esta declaração pode ser processada com periodicidade mensal, até ao dia 5 do mês seguinte, para os produtos tributados à taxa 0 ou isentos, ou até ao 5.º dia útil do 2.º mês seguinte, para a eletricidade e para o gás natural.

Impostos Especiais de Consumo (IEC)

Taxas (alguns exemplos)

IABA - Produtos Taxas (Continente)

Cerveja  Superior a 0,5 % vol. e inferior ou igual a 1,2 % vol. de álcool adquirido, € 8,22/hl;  Superior a 1,2 % vol. de álcool adquirido e

inferior ou igual a 7° plato, € 10,30/hl;  Superior a 1,2 % vol. de álcool adquirido e

superior a 7° plato e inferior ou igual a 11° plato, € 16,46/hl;

 Superior a 1,2 % vol. de álcool adquirido e superior a 11° plato e inferior ou igual a 13° plato, € 20,60/hl;

 Superior a 1,2 % vol. de álcool adquirido e superior a 13° plato e inferior ou igual a 15° plato, € 24,71/hl;

 Superior a 1,2 % vol. de álcool adquirido e superior a 15° plato, € 28,90/hl.

Outras bebidas fermentadas,

tranquilas e espumantes € 10,30/hl Vinhos tranquilos e espumantes € 0

Bebidas espirituosas € 1 367,78/hl

Bebidas adicionadas de açúcar ou  € 8,22/hl – bebidas com teor de açúcar

ISP – Produtos Taxas (Continente)

Gasolina (CN NC 2710 11 41 a 2710 11 49)

€ 564,1/1000 l = € 548,95/1000 l (ISP) + € 15,56/1000l (adicional C02) ¹

Gasóleo (CN 2710 19 41 a

2710 19 49) € 354,92/1000l = € 338,41/1000 l (ISP) + €16,95/1000 l (adicional CO2) ¹ Gás natural € 2,87/GJ quando usado como carburante +

€ 0,38/GL (adicional CO2)

€ 0,303/GJ quando usado como combustível + € 0,38/GL (adicional CO2)

Eletricidade € 1/MWh

IT – Produtos Taxas (Continente)

Cigarros Elemento específico — € 93,58 Elemento ad valorem — 16 % Liquido contendo nicotina € 0,3/ml

Charutos Elemento ad valorem: preço de venda ao

¹ A estes valores acresce o montante de € 111/1000 l, no caso do gasóleo, e € 87/1.000 l no caso da gasolina, a titulo de contribuição de serviço rodoviário.

Impostos Especiais de Consumo (IEC)

Isenções (Comuns e Especificas) Isenções Comuns

Os produtos sujeitos a IEC estão isentos sempre que se destinem a: • Embaixadas e Consulados;

• Organismos internacionais reconhecidos pelo Estado Português; • Organização do Tratado do Atlântico Norte;

• Acordos em que se preveja isenção de IVA; • Ser expedidos ou exportados;

• Ser consumidos como abastecimentos.

Isenções Especificas (alguns exemplos) IABA

• Bebidas alcoólicas e álcool quando utilizados:

– No fabrico de produtos não destinados ao consumo humano, desde que tenham sido desnaturados e distribuídos de acordo com a legislação em vigor;

– No fabrico de vinagres abrangidos pelo código pautal 2209;

– Para a realização de ensaios de produção ou para fins científicos ou ainda como amostras para análise;

– No fabrico de medicamentos,

• Bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes: – À base de leite, soja ou arroz;

– Sumos e néctares de frutos e de algas ou de produtos hortícolas e bebidas de cereais, amêndoa, caju e avelã.

ISP

• Sejam utilizados na navegação aérea, com a exceção da aviação de recreio privada;

• Eletricidade utilizada para produzir eletricidade;

• Gás natural utilizado para produzir eletricidade e calor (cogeração);

• Isenção total ou parcial para alguns tipos de biocombustíveis puros, até ao limite global de 40000 t/ano, quando produzidos por pequenos produtores dedicados (PPD).

IT

• Tabaco desnaturado utilizado para fins industriais ou hortícolas;

• Tabaco exclusivamente destinado a testes científicos, bem como a testes relacionados com a qualidade dos produtos;

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Liquidação e pagamento

• A liquidação do imposto é comunicada ao sujeito passivo, até ao dia 20 de cada mês, através do documento único de cobrança (DUC), com menção do imposto liquidado e a pagar, relativamente às introduções no consumo verificadas no mês anterior;

• O imposto deve ser pago até ao último dia útil do mês da liquidação. Reembolso

São situações passiveis de reembolso aquelas que derivam nomeadamente de: • Erro na liquidação;

• Expedição para outro Estado Membro de produtos já introduzidos no consumo; • Exportação de produtos já introduzidos no consumo;

• Retirada dos produtos do mercado; • Perda irreparável dos produtos; • Inutilização dos produtos.

O prazo legalmente definido para a apresentação do pedido de reembolso de IEC é de 3 anos a contar da data da liquidação do imposto.

Entreposto fiscal / Regime Suspensivo

Entende-se por entreposto fiscal o local onde são produzidos, transformados, armazenados, recebidos ou expedidos pelo depositário autorizado, no exercício da sua profissão, produtos sujeitos a impostos especiais de consumo em regime de suspensão do imposto.

Existem duas categorias de entrepostos: os de produção e transformação e os de armazenagem.

Não é possível a produção, transformação e armazenagem de produtos sujeitos a IEC, em regime de suspensão de imposto, fora de entreposto fiscal.

O pedido de constituição de entreposto fiscal e do respetivo estatuto de depositário autorizado deve ser apresentado pelo interessado junto da estância aduaneira competente. As autorizações são atribuídas por subcategorias de produtos.

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Circulação em regime de suspensão

A circulação de produtos sujeitos a IEC em regime de suspensão de imposto inicia-se num entreposto fiscal, tendo por destino:

• Um entreposto fiscal; • Um destinatário registado;

• Um dos destinatários isentos previstos na lei, se os produtos forem expedidos de outro Estado Membro.

Regra geral, a circulação de produtos sujeitos a IEC, em regime de suspensão do imposto, é efetuada a coberto de um e-DA (documento administrativo eletrónico). O e-DA deve ser apresentado no sistema SIC-EU por iniciativa do depositário autorizado ou do expedidor registado (com antecedência máxima de 7 dias relativamente à data da expedição).

Após o preenchimento, validação e submissão do e-DA, o sistema SIC-EU atribui ao documento o código de referência administrativo (ARC) respetivo e comunica-o ao expedidor.

Com a atribuição do ARC, o expedidor pode dar início à correspondente operação de circulação.

A circulação deve ser acompanhada pela versão impressa do e-DA ou por qualquer outro documento comercial que mencione, de forma claramente identificável, o ARC.

Ficam dispensados do e-DA:

• As bebidas adicionadas de açúcar ou outros edulcorantes (IABA), cuja circulação será efetuada a coberto de um documento comercial que permita a correta identificação dos produtos;

• Os produtos petrolíferos e energéticos que circulem em regime de suspensão do imposto por condutas fixas (oleodutos) em território nacional.

No momento da receção dos produtos ou, o mais tardar, no prazo de cinco dias úteis a contar da mesma, o destinatário deve enviar, por transmissão eletrónica de dados, o respetivo relatório de receção (RoR).

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