Professor J Fazer com que o indivíduo participe ativamente das ações escolares e sociais.
Professor K Vejo a inclusão como uma imposição. Se eu tivesse um filho, gostaria de poder escolher o melhor lugar para ele.
Professor L A inclusão é uma imposição legal que veio para agregar, para melhorar a qualidade das escolas.
Fonte: Elaborado pela autora, após dados obtidos pelas entrevistas.
Décimo primeiro questionamento: Você considera sua escola inclusiva?
Quadro 15 - Explanação da questão 11ª da entrevista
(continua) Entrevistado Você considera sua escola inclusiva? Justificativa
Professor A Parcialmente Porque a inclusão depende de muitos fatores e muitas vezes nos vemos de “mãos atadas” sem poder ajudar o nosso aluno como ele realmente precisa.
Professor B Parcialmente Muitas vezes e até na maioria das vezes ficamos
com sentimento de impotência por não
conseguirmos fazer mais pelo nosso aluno. Professor C Sim São muitos os desafios ainda a serem
enfrentados, educação inclusiva é uma prática em construção. Temos muito a avançar.
Professor D De forma geral não
Aliás, nenhuma das escolas em que trabalho e das que tenho notícia. Isso porque tornar o discurso inclusivo uma realidade na prática educativa é um desafio muito grande que não será alcançado por essa, ou aquela gestão, e sim por um trabalho de continuidade por aos. O que percebo são algumas ações de professores, diretores, comunidade, educadores que tentam realizar esse processo.
Quadro 15 - Explanação da questão 11ª da entrevista
(conclusão)
Professor E Sim --- Professor F Sim --- Professor G Sim Temos muito a fazer, mas acredito que estamos
oferecendo e dando o nosso melhor. Professor H Às vezes Ainda há muita coisa a ser melhorada. Professor I De certa
forma sim
---
Professor J Em partes --- Professor K Parcialmente Acredito que não estamos preparados, e temos
muito ainda que aprender.
Professor L Parcialmente Penso que depende muito das pessoas envolvidas, estamos em fase inicial ainda.
Fonte: Elaborado pela autora, após dados obtidos pelas entrevistas.
A partir das respostas, resolvi expressar visualmente através de um gráfico a consideração dos professores entrevistados, se as escolas do município são inclusivas.
Gráfico 1 - Representação do quanto os entrevistados consideram as escolas do município inclusivas
Fonte: Elaborado pela autora, após dados obtidos pelas entrevistas.
A partir do gráfico, pode-se perceber que 50% dos professores entrevistados consideram as escolas do município parcialmente, em partes ou às vezes inclusivas.
42%
8%
50%
Eles relatam que as escolas, de modo geral, precisam de muito avanço e que ainda são muitos os desafios a serem enfrentados, e que a escola e a educação inclusiva são uma prática em construção.
Enquanto 42% dos professores consideram as escolas do munícipio inclusivas, afirmando que apesar de ter muito ainda no que evoluir, estão ofertando o seu melhor atendimento acerca do tema, 8% dos entrevistados disseram que as escolas do município não são inclusivas, porque tornar o contexto escolar inclusivo é um desafio muito grande a ser alcançado, e que, para isso, serão necessários esforços de várias gestões, ou seja, um trabalho de continuidade por anos. O que se percebe, na verdade, são esforços e ações de alguns educadores nesse processo.
Décimo segundo questionamento: O que faz uma escola ser inclusiva?
Pelas pessoas que atuam na escola, pela forma de gestar, educar e ensinar, o tratamento de igual para igual e o amor pelo próximo (PROFESSOR B).
Um bom projeto pedagógico que valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores de cada aluno (PROFESSOR C).
Uma escola inclusiva precisa realizar um trabalho de continuidade com os alunos e com a comunidade, para criar e manter a consciência da aceitação e do pertencimento social, valores que devem estar presentes desde os anos iniciais do ensino fundamental. Assim, somado a isso o dever perante a lei e as políticas públicas fiscalizar e cumprir o que se deve para ao menos minimizar a desigualdade e o preconceito (PROFESSOR D).
Parceria entre família, escola e professores. Buscar convênios com algumas entidades para desenvolver outras formas de ensinar (PROFESSOR H).
Uma escola que estimule o respeito ás diferenças e procure se adequar física e pedagogicamente a elas (PROFESSOR I).
Se percebe que os discursos dos professores acerca de o que faz uma escola ser inclusiva está bastante atrelado às questões ressaltadas nas políticas de inclusão, com argumentos de respeito às diferenças, adequação dos espaços físicos e pedagógicos para que as pessoas com deficiência consigam se sentir parte do contexto.
Dito isto, elucido que, no meu entendimento, a inclusão escolar foi inventada como uma necessidade e nesse sentido, a invenção da inclusão escolar como uma necessidade “[...] pressupõe a operação de práticas de subjetivação para a
produção de sujeitos autogovernados que defendem a obrigatoriedade da inclusão como uma verdade a ser vivenciada” (MENEZES, 2011, p.33).
Neste sentido, Menezes (2011, p.33) corrobora com que venho pensando:
[...] ao visualizar a inclusão sendo consolidada como diretriz de conduta dos indivíduos para a vida em sociedade, visualizei também a necessidade de movimentarmo-nos para que ela aconteça. Mobilizamo-nos em busca de ações, ideias e projetos que possibilitem que todos estejam incluídos nos grupos em que desejam estar precisando, para tanto, mostrar condições de investimento em si mesmos. É preciso autocuidado para se possa perceber o que precisa ser feito e o que deve ser evitado, para que se tenha o direito de fazer parte deste grupo e não daquele, mantendo-se na condição de normalidade.
Décima terceira pergunta: O que você entende por Atendimento Educacional
Especializado (AEE)?
Quadro 16 - Explanação da 13ª questão da entrevista
(continua)
Entrevistado O que você entende por AEE?
Professor A Entendo que venha para somar e agregar ao trabalho desenvolvido na escola e em sala de aula.
Professor B Um trabalho em parceria e conjunto com a professora regente para
que a criança seja favorecida no seu aprendizado e
desenvolvimento como um todo.
Professor C É um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade.
Professor D Entendo como uma ação que especifica seu trabalho com alunos com deficiência, das mais diversas. Cria mecanismos que visam facilitar o ensino e o desenvolvimento desses alunos pelo acompanhamento e orientação da educadora especial.
Professor E Um auxílio para alunos especiais.
Professor F Um apoio para as crianças que necessitam deste atendimento. Professor G São conjuntos de atividades e recursos de acessibilidades
pedagógicas organizadas para atender alunos com necessidades especiais no contra turno.
Professor H É um atendimento desenvolvido com profissionais capacitados para atuar junto com os alunos que necessitam deste atendimento.
Professor I Um atendimento que dá suporte aqueles alunos que apresentam