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A Tabela 4 apresenta os dados descritivos para as variáveis de burnout referentes ao grupo geral de atletas de voleibol e judô. O teste de normalidade apontou para uma distribuição não paramétrica das variáveis de burnout, o que determinou o emprego do teste de Friedman para a verificação de significância na comparação entre os escores nos quatro momentos da temporada para cada uma das medidas de burnout. Por se tratar de um teste não paramétrico, não foram utilizadas as médias dos escores, mas sim as medianas e os ranks. Os dados do grupo geral em termos de mediana de burnout total e de suas dimensões referentes aos momentos M1, M2, M3 e M4 aparecem no Gráfico 1.

Os dados da dimensão exaustão física e emocional apresentaram a frequência raramente nos momentos M1, M2 e M3, ao passo que no momento M4

houve elevação para o intervalo de frequência entre raramente e algumas vezes. Entretanto, o teste estatístico utilizado não mostrou diferenças significativas entre os quatro momentos avaliados (Fr=2,74; p=0,434). A dimensão reduzido senso de realização esportiva apresentou variação de frequência entre quase nunca e raramente em M1, M2 e M3, porém em M4 houve elevação para o intervalo compreendido entre raramente e algumas vezes. O teste de Friedman mostrou diferença significativa nesta dimensão (Fr=21,26; p<0,001). O post hoc de Dunn detectou maiores percepções de reduzido senso de realização esportiva em M2 (p=0,012), M3 (p=0,018) e M4 (p<0,001) quando comparados a M1. Quanto à dimensão desvalorização esportiva, os atletas obtiveram nos quatro momentos medianas indicativas de uma frequência de sentimentos que variou entre quase nunca a raramente. O teste estatístico utilizado encontrou diferenças significativas entre os quatro momentos avaliados (Fr=16,04; p=0,001). O post hoc de Dunn detectou que as percepções dessa dimensão apresentaram elevação em M3 (p=0,020) e M4 (p=0,012) quando comparadas com M1. Por fim, os dados do burnout total apresentaram intervalo de frequência entre quase nunca e raramente nos momentos M1, M2 e M3, ao passo que no momento M4 houve elevação da frequência para raramente. O teste de Friedman detectou diferença significativa (Fr=11,15; p=0,011) entre os momentos avaliados. O post hoc de Dunn detectou que o burnout total elevou de M1 para M4 (p=0,017).

Portanto, em M1, M2 e M3 todas as medianas dos atletas avaliados em relação às dimensões reduzido senso de realização esportiva, desvalorização esportiva e ao burnout total estão contidos no menor intervalo de frequência da síndrome, indicando a reduzida percepção dessas variáveis. Em M4 foram observadas elevações das medianas de frequência para as dimensões exaustão física e emocional e reduzido senso de realização esportiva, bem como para o burnout total.

EFE RSR DES BT

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 2,00 2,00 2,00 2,20 1,80 1,90 1,90 2,20 1,40 1,50 1,60 1,60 1,67 1,80 1,87 2,00 Mín. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Máx. 3,40 4,00 4,60 5,00 3,60 4,20 4,20 4,80 2,40 3,80 3,40 4,00 2,67 3,53 3,40 4,13

Legenda: Md.= Mediana; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; EFE= Exaustão Física e Emocional; RSR= Reduzido Senso de Realização Esportiva; DES= Desvalorização Esportiva; BT= Burnout Total; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 1 - Medianas das dimensões de burnout e do burnout total durante a temporada para o grupo geral (n=74). * p<0,05 (em relação a M1).

Legenda: EFE= Exaustão Física e Emocional; RSR= Reduzido Senso de Realização Esportiva; DES= Desvalorização Esportiva; BT= Burnout Total; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

2.00 2.00 2.00 2.20 1.80 1.90 1.90 2.20 1.40 1.50 1.60 1.60 1.67 1.80 1.87 2.00 1 2 3 4 5 M1 M2 M3 M4 EFE RSR DES BT * * * * * *

Conforme escrito na introdução deste trabalho, as modalidades individuais e coletivas possuem características distintas e a análise isolada de cada classe pode levar a resultados diferentes dos apresentados anteriormente para o grupo geral. Em função disso, a seguir serão apresentados os dados das comparações de cada modalidade isoladamente.

A Tabela 5 apresenta os dados descritivos para as variáveis de burnout referentes aos atletas do grupo voleibol. O teste de normalidade apontou para uma distribuição não paramétrica das variáveis de burnout, o que determinou o emprego do teste de Friedman para a verificação de significância na comparação entre os escores nos quatro momentos da temporada para cada uma das medidas de burnout. Por se tratar de um teste não paramétrico, não foram utilizadas as médias dos escores, mas sim as medianas e os ranks. Os dados do grupo voleibol em termos de mediana de burnout total e de suas dimensões referentes aos momentos M1, M2, M3 e M4 aparecem no Gráfico 2.

A análise descritiva dos dados da dimensão exaustão física e emocional apresentou intervalo de frequência entre quase nunca e raramente nos momentos M1, M2 e M4, ao passo que no momento M3 houve elevação da frequência para raramente. Entretanto, segundo o teste de Friedman, esta diferença não foi significativa (Fr=7,37; p=0,061). A dimensão reduzido senso de realização esportiva apresentou variação de frequência entre quase nunca e raramente em M1 e M2, porém em M3 apresentou frequência referente à raramente e em M4 houve elevação para o intervalo compreendido entre raramente e algumas vezes. O teste de Friedman identificou elevação significativa dessa dimensão (Fr=20,58; p<0,001). O post hoc de Dunn detectou que os atletas de voleibol apresentaram maiores percepções em M3 (p=0,003) e M4 (p=0,002) quando comparados a M1. Quanto à dimensão desvalorização esportiva, os atletas do grupo voleibol obtiveram nos quatro momentos medianas indicativas de uma frequência de sentimentos que variou entre quase nunca a raramente. O teste de Friedman identificou diferença significativa para essa dimensão (Fr=19,83; p<0,001). O post hoc de Dunn identificou que os escores aumentaram do momento M1 para o M3 (p=0,004) e M4 (p=0,025). Por fim, as medianas de burnout total indicaram nos quatro momentos uma frequência de sentimentos que variou entre quase nunca a raramente. O teste de Friedman detectou diferença significativa entre os momentos avaliados

(Fr=15,26; p=0,002). O post hoc de Dunn detectou que o burnout total elevou de M1 para M3 (p=0,006) e M4 (p=0,012).

Portanto, em M1 e M2 todos os escores dos atletas de voleibol avaliados estão contidos no menor intervalo de frequência da síndrome, indicando a reduzida ocorrência de suas dimensões. Em M3 foram observadas pequenas elevações de frequência para as dimensões exaustão física e emocional e reduzido senso de realização esportiva, sendo que essa última dimensão também apresentou elevação de frequência em M4.

EFE RSR DES BT

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 1,70 1,80 2,00 1,90 1,60 1,80 2,00 2,10 1,20 1,40 1,50 1,40 1,60 1,70 1,80 1,93 Mín. 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 Máx. 3,00 3,40 4,60 5,00 3,00 4,00 4,20 3,60 2,40 3,40 3,40 4,00 2,47 3,47 3,33 4,13

Legenda: Md.= Mediana; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; EFE= Exaustão Física e Emocional; RSR= Reduzido Senso de Realização Esportiva; DES= Desvalorização Esportiva; BT= Burnout Total; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 2 - Medianas das dimensões de burnout e do burnout total durante a temporada para o grupo voleibol (n=54). * p<0,05 (em relação a M1).

Legenda: EFE= Exaustão Física e Emocional; RSR= Reduzido Senso de Realização Esportiva; DES= Desvalorização Esportiva; BT= Burnout Total; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

1.70 1.80 2.00 1.90 1.60 1.80 2.00 2.10 1.20 1.40 1.50 1.40 1.60 1.70 1.80 1.93 1 2 3 4 5 M1 M2 M3 M4 EFE RSR DES BT * * * * * *

Em relação à modalidade esportiva judô, a Tabela 6 apresenta os dados descritivos para as variáveis de burnout. Os dados do grupo em termos de mediana de burnout total e de suas dimensões referentes aos momentos M1, M2, M3 e M4 aparecem no Gráfico 3.

A análise descritiva mostrou que, nos quatro momentos, as percepções de exaustão física e emocional estavam associadas a uma frequência de sentimentos que variou entre raramente a algumas vezes. Segundo o teste de Friedman, não foram observadas diferenças significativas para essa dimensão (Fr=2,26; p=0,520). O mesmo intervalo de frequência foi observado em relação à dimensão reduzido senso de realização esportiva, com exceção de M3, que apresentou uma redução da frequência para o intervalo compreendido entre quase nunca e raramente. Entretanto, segundo o teste de Friedman, esta diferença não foi significativa (Fr=6,72; p=0,081). Por outro lado, a dimensão desvalorização esportiva apresentou intervalo de frequência entre quase nunca a raramente em M1, M2 e M3, sofrendo uma elevação em M4 para a frequência raramente. Porém, o teste de Friedman não mostrou diferenças significativas (Fr=2,10; p=0,551). Por fim, os atletas obtiveram nos quatro momentos percepções de burnout total associadas a uma frequência de sentimentos que variou entre raramente a algumas vezes. O teste estatístico empregado não mostrou diferenças significativas entre os momentos da temporada (Fr=2,91; p=0,406).

Portanto, os atletas de judô apresentaram escores moderadamente reduzidos para o burnout total e suas dimensões exaustão física e emocional e reduzido senso de realização esportiva, bem como escores reduzidos para a dimensão desvalorização esportiva. De modo geral, as percepções de burnout foram maiores em M1 e M2, apresentaram leve declínio em M3 e leve elevação em M4. No entanto, como os testes estatísticos utilizados não encontraram diferenças significativas nas dimensões de burnout e no burnout total ao longo da temporada em atletas de judô é possível assumir que estas dimensões se mantiveram semelhantes durante toda a temporada.

EFE RSR DES BT

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 2,50 2,50 2,20 2,30 2,10 2,20 1,80 2,20 1,80 1,80 1,80 2,00 2,17 2,27 2,07 2,17 Mín. 1,00 1,20 1,20 1,00 1,20 1,60 1,20 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,47 1,27 1,20 1,20 Máx. 3,40 4,00 3,80 3,60 3,60 4,20 3,80 4,80 2,40 3,80 3,40 3,80 2,67 3,53 3,40 3,60

Legenda: Md.= Mediana; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; EFE= Exaustão Física e Emocional; RSR= Reduzido Senso de Realização Esportiva; DES= Desvalorização Esportiva; BT= Burnout Total; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 3 - Medianas das dimensões de burnout e do burnout total durante a temporada para o grupo judô (n=20).

Legenda: EFE= Exaustão Física e Emocional; RSR= Reduzido Senso de Realização Esportiva; DES= Desvalorização Esportiva; BT= Burnout Total; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

2.50 2.50 2.20 2.30 2.10 2.20 1.80 2.20 1.80 1.80 1.80 2.00 2.17 2.27 2.07 2.17 1 2 3 4 5 M1 M2 M3 M4 EFE RSR DES BT

A segunda parte dos resultados refere-se às estratégias de coping utilizadas ao longo da temporada, pois elas podem influenciar a percepção do burnout avaliado nas suas diferentes dimensões, principalmente quando são encontrados índices mais altos da síndrome. As Tabelas 7 e 8 apresentam os dados descritivos para as variáveis de coping referentes aos atletas de voleibol e judô (grupo geral). O teste de normalidade apontou para uma distribuição não paramétrica das variáveis de coping, o que determinou o emprego do teste de Friedman para a verificação de significância na comparação entre os escores nos quatro momentos da temporada. Os dados do grupo em termos de mediana das estratégias de coping referentes aos momentos M1, M2, M3 e M4 estão dispostos nos Gráficos 4 e 5, ao passo que as medianas dos recursos pessoais de coping estão no Gráfico 6.

O teste de Friedman mostrou diferenças significativas da temporada para a dimensão confiança/motivação (Fr=8,98; p=0,030). Como o teste de Dunn não identificou as diferenças, foi adotado o teste de Wilcoxon para procedimento de comparação par-a-par. O teste de Wilcoxon detectou que os atletas do grupo geral apresentaram percepções mais elevadas dessa estratégia no momento M3 (p=0,020) em relação a M4. Outra variável que o teste de Friedman identificou diferença significativa foi metas/preparação mental (Fr= 8,13; p=0,043). O post hoc de Dunn e o teste de Wilcoxon não foram sensíveis o suficiente para identificar a diferença nas comparações par-a-par, mas a observação dos dados indica que provavelmente a diferença aconteceu pelo menor índice em M2 em relação à M1 (p=0,101) e M3 (p=0,250). Seguindo na análise, o teste estatístico utilizado não identificou alterações significativas ao longo da temporada para as demais variáveis de coping: lidar com adversidades (Fr=1,24; p=0,745); desempenho sob pressão (Fr=1,41; p=0,7044); livre de preocupação (Fr=1,26; p=0,738); concentração (Fr= 2,16; p=0,540) e treinabilidade (Fr=3,81; p=0,283). Também não foram observadas diferenças significativas para os recursos pessoais de coping (Fr=2,24; p=0,525). De modo geral, os atletas apresentaram comportamento estável ao longo da temporada em relação à maioria das estratégias de coping e aos recursos pessoais de coping, com exceção da confiança/motivação e metas/preparação mental.

LA DP PM LP

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 7,00 7,00 7,00 7,00 8,00 8,00 8,00 8,00 9,00 8,00 9,00 9,00 6,00 6,00 6,00 6,00 Mín. 3,00 1,00 2,00 2,00 3,00 3,00 3,00 0,00 4,00 1,00 4,00 3,00 0,00 0,00 2,00 0,00 Máx. 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 11,00 11,00 12,00 11,00

Legenda: Md.= Mediana; DP= Desvio padrão; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; LA= Lidar com Adversidades; DP= Desempenho sob Pressão; PM= Metas/Preparação Mental; LP= Livre de Preocupação; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Tabela 8 – Dados descritivos para as estratégias de coping referentes ao grupo geral (n=74). Continuação.

CO CM TR RPC

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 6,00 6,00 6,00 6,00 7,00 7,00 7,00 7,00 7,50 7,00 7,00 7,00 50,00 50,00 49,00 50,50 Mín. 2,00 1,00 2,00 3,00 3,00 2,00 4,00 3,00 2,00 4,00 2,00 1,00 29,00 27,00 34,00 28,00 Máx. 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 71,00 69,00 73,00 72,00

Legenda: Md.= Mediana; DP= Desvio padrão; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; CO= Concentração; CM= Confiança/Motivação; TR= Treinabilidade; RPC= Recursos Pessoais de Coping; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 4 - Medianas das estratégias de coping durante a temporada para o grupo geral (n=74). * p<0,05 (em relação a M2).

Legenda: LA= Lidar com Adversidades; DP= Desempenho sob Pressão; PM= Metas/Preparação Mental; LP= Livre de Preocupação; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 5 - Medianas das estratégias de coping durante a temporada para o grupo geral (n=74). Continuação. * p<0,05 (em relação a M4).

Legenda: CO= Concentração; CM= Confiança/Motivação; TR= Treinabilidade; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

7.00 7.00 7.00 7.00 8.00 8.00 8.00 8.00 9.00 8.00 9.00 9.00 6.00 6.00 6.00 6.00 0 2 4 6 8 10 M1 M2 M3 M4 LA DP PM LP 6.00 6.00 6.00 6.00 7.00 7.50 7.00 7.00 7.00 7.00 7.00 7.00 0 3 6 9 M1 M2 M3 M4 CO CM TR * *

Gráfico 6 - Medianas dos recursos pessoais de coping durante a temporada para o grupo geral (n=74).

Legenda: RPC= Recursos Pessoais de Coping; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Em relação ao grupo de atletas do voleibol, as Tabelas 9 e 10 apresentam os dados descritivos para as variáveis de coping. O teste de normalidade apontou para uma distribuição não paramétrica das variáveis de coping, o que determinou o emprego do teste de Friedman para a verificação de significância na comparação entre os escores nos quatro momentos da temporada. Os dados do grupo em termos de mediana das estratégias de coping referentes aos momentos M1, M2, M3 e M4 estão dispostos nos Gráficos 7 e 8, ao passo que as medianas dos recursos pessoais de coping estão no Gráfico 9.

O teste de Friedman não mostrou diferenças significativas na comparação entre os momentos M1, M2, M3 e M4 para todas as dimensões de coping: lidar com adversidades (Fr=0,03; p=0,999); desempenho sob pressão (Fr=2,19; p=0,534); metas/preparação mental (Fr=5,18; p=0,059); livre de preocupação (Fr=0,56; p=0,905); concentração (Fr=3,23; p=0,357); confiança/motivação (Fr=4,83; p=0,185) e treinabilidade (Fr=4,28; p=0,233). Também não foram observadas diferenças significativas para os recursos pessoais de coping (Fr=1,89; p=0,595).

De modo geral, os valores obtidos no teste de Friedman mostraram que os atletas de voleibol apresentaram comportamento estável ao longo da temporada em relação às estratégias de coping e aos recursos pessoais de coping.

50.00 50.00 49.00 50.50 0 25 50 75 M1 M2 M3 M4 RPC

LA DP PM LP

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 7,50 8,00 7,00 7,50 9,00 8,50 8,00 8,50 9,00 8,00 9,00 8,00 7,00 6,00 6,00 6,00 Mín. 4,00 3,00 2,00 3,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00 3,00 0,00 0,00 2,00 0,00 Máx. 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 12,00 11,00 11,00 12,00 11,00

Legenda: Md.= Mediana; DP= Desvio padrão; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; LA= Lidar com Adversidades; DP= Desempenho sob Pressão; PM= Metas/Preparação Mental; LP= Livre de Preocupação; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Tabela 10 – Dados descritivos para as estratégias de coping referentes ao grupo voleibol (n=54). Continuação.

CO CM TR RPC

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 6,00 6,00 6,00 6,00 8,00 7,00 7,00 7,00 7,00 6,50 6,00 6,00 52,00 51,00 49,00 52,00 Mín. 2,00 1,00 2,00 3,00 3,00 4,00 4,00 3,00 2,00 4,00 2,00 3,00 33,00 30,00 36,00 28,00 Máx. 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 71,00 69,00 73,00 72,00

Legenda: Md.= Mediana; DP= Desvio padrão; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; CO= Concentração; CM= Confiança/Motivação; TR= Treinabilidade; RPC= Recursos Pessoais de Coping; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 7 - Medianas das estratégias de coping durante a temporada para o grupo voleibol (n=54).

Legenda: LA= Lidar com Adversidades; DP= Desempenho sob Pressão; PM= Metas/Preparação Mental; LP= Livre de Preocupação; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 8 - Medianas das estratégias de coping durante a temporada para o grupo voleibol (n=54). Continuação.

Legenda: CO= Concentração; CM= Confiança/Motivação; TR= Treinabilidade; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

7.50 8.00 7.00 7.50 9.00 8.50 8.00 8.50 9.00 8.00 9.00 8.00 7.00 6.00 6.00 6.00 0 2 4 6 8 10 M1 M2 M3 M4 LA DP PM LP 6.00 6.00 6.00 6.00 8.00 7.00 7.00 7.00 7.00 6.50 6.00 6.00 0 3 6 9 M1 M2 M3 M4 CO CM TR

Gráfico 9 - Medianas dos recursos pessoais de coping durante a temporada para o grupo voleibol (n=54).

Legenda: RPC= Recursos Pessoais de Coping; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

As Tabelas 11 e 12 apresentam os dados descritivos para as variáveis de coping referentes aos atletas do grupo judô. O teste de normalidade mostrou que os dados das variáveis de coping não apresentaram distribuição normal, o que determinou o emprego do teste de Friedman para a verificação de significância na comparação entre os escores das oito variáveis analisadas nos quatro momentos da temporada. Os dados do grupo em termos de mediana das estratégias de coping referentes aos momentos M1, M2, M3 e M4 aparecem nos Gráficos 10 e 11, ao passo que as medianas dos recursos pessoais de coping aparecem no Gráfico 12.

O teste de Friedman mostrou diferenças significativas da temporada apenas para a estratégia confiança/motivação (Fr=9,23; p=0,026). O teste de Wilcoxon detectou que os atletas do grupo judô apresentaram percepções mais elevadas dessa estratégia no momento M3 em relação a M1 (p=0,014) e M2 (p=0,041). O teste estatístico de Friedman não apresentou alterações significativas ao longo da temporada para as demais variáveis de coping: lidar com adversidades (Fr=2,95; p=0,267); desempenho sob pressão (Fr=0,05; p=0,997); metas/preparação mental (Fr= 5,30; p=0,151); livre de preocupação (Fr=4,70; p=0,195); concentração (Fr= 2,49; p=0,476) e treinabilidade (Fr=2,35; p=0,503). Também não foram observadas diferenças significativas para os recursos pessoais de coping (Fr=4,68; p=0,197).

De modo geral, os valores obtidos mostraram que os atletas de judô apresentaram comportamento estável ao longo da temporada em relação à maioria das estratégias de coping e aos recursos pessoais de coping, com exceção da confiança/motivação. 52.00 51.00 49.00 52.00 0 25 50 75 M1 M2 M3 M4 RPC

LA DP PM LP

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 6,00 7,00 7,00 7,00 7,00 6,00 7,00 7,50 8,00 8,50 9,00 9,00 4,50 5,00 6,00 6,00 Mín. 3,00 1,00 4,00 2,00 3,00 3,00 3,00 0,00 5,00 1,00 4,00 4,00 1,00 2,00 2,00 1,00 Máx. 11,00 9,00 11,00 12,00 11,00 11,00 12,00 11,00 12,00 12,00 12,00 12,00 9,00 10,00 9,00 9,00

Legenda: Md.= Mediana; DP= Desvio padrão; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; LA= Lidar com Adversidades; DP= Desempenho sob Pressão; PM= Metas/Preparação Mental; LP= Livre de Preocupação; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Tabela 12 – Dados descritivos para as estratégias de coping referentes ao grupo judô (n=20). Continuação.

CO CM TR RPC

M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4 M1 M2 M3 M4

Md. 6,00 5,50 6,00 6,00 6,50 6,50 7,50 6,00 9,00 8,00 9,00 8,00 47,00 44,50 49,50 48,00 Mín. 2,00 3,00 3,00 4,00 3,00 2,00 5,00 4,00 5,00 4,00 4,00 1,00 29,00 27,00 34,00 30,00 Máx. 9,00 9,00 8,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 9,00 65,00 57,00 62,00 67,00

Legenda: Md.= Mediana; DP= Desvio padrão; Mín.= Valor mínimo; Máx.= Valor máximo; CO= Concentração; CM= Confiança/Motivação; TR= Treinabilidade; RPC= Recursos Pessoais de Coping; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 10 - Medianas das estratégias de coping durante a temporada para o grupo judô (n=20).

Legenda: LA= Lidar com Adversidades; DP= Desempenho sob Pressão; PM= Metas/Preparação Mental; LP= Livre de Preocupação; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.

Gráfico 11 - Medianas das estratégias de coping durante a temporada para o grupo judô (n=20). Continuação. * p<0,05 (em relação a M1 e M2).

Legenda: CO= Concentração; CM= Confiança/Motivação; TR= Treinabilidade; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4. 6.00 7.00 7.00 7.00 7.00 6.00 7.00 7.50 8.00 8.50 9.00 9.00 4.50 5.00 6.00 6.00 0 2 4 6 8 10 M1 M2 M3 M4 LA DP PM LP 6.00 5.50 6.00 6.00 6.50 6.50 7.50 6.00 9.00 8.00 9.00 8.00 0 3 6 9 M1 M2 M3 M4 CO CM TR *

Gráfico 12 - Medianas dos recursos pessoais de coping durante a temporada para o grupo judô (n=20).

Legenda: RPC= Recursos Pessoais de Coping; M1= Momento 1; M2= Momento 2; M3= Momento 3; M4= Momento 4.