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No âmbito do REH, os indicadores de desempenho são:

• necessidades anuais de energia útil para aquecimento e arrefe- cimento, Nice Nvc, respectivamente, expressas em unidades de

energia térmica por unidade de área interior útil de pavimento (kWh/m2);

• necessidades anuais de energia primária, Ntc, para aquecimento,

arrefecimento, ventilação e águas quentes sanitárias (AQS), expres- sas em unidades de energia primária por unidade de área interior útil de pavimento (kWh/m2).

No âmbito do RECS, o indicador de desempenho é:

• indicador de eficiência energética, IEE, que corresponde à totali- dade de energia primária de num edifício num período de um ano e expressa-se em em unidades de energia primária por unidade de área interior útil de pavimento (kWh/m2).

Método quase-estacionário

O método quase-estacionário segue o estabelecido na EN ISO 13790, em que as necessidades de energia útil para aquecimento (Despacho n.º 15793-I/2013) se calculam, numa base de tempo sazonal, defi- nindo:

• Transferência de calor linear calculada com graus-dia numa tem- peratura de referência de 18◦C em função da região NUTS III de Portugal Continental, corrigida pela altitude local. A renovação do ar, definida em rph, nunca toma um valor inferior a 0.4.

• Transferência de calor não linear calculada com o número de me- ses da estação de aquecimento em função da região NUTS III de Portugal Continental, ganhos térmicos internos médios por uni- dade de superfície iguais a 4 W/m2e ganhos solares calculados

para uma área efectiva de captação solar equivalente a Sul66

. A 66

Para tal recorre-se a um parâmetro que converte a área efectiva de captação solar de uma qualquer orientação na orientação Sul (Xj)

energia solar média mensal incidente numa superfície vertical ori- entada a Sul encontra-se definida por NUTS III de Portugal Con- tinental. Desprezam-se os ganhos solares através da envolvente opaca e as perdas radiativas com o céu.

• Factor de utilização de ganhos, com a definido conforme a inércia térmica do edifício.

Por sua vez, as necessidades de energia útil para arrefecimento (Despacho n.º 15793-I/2013), também numa base de tempo sazonal, calculam-se com:

• Transferência de calor linear calculada com temperatura de refe- rência 25◦C e temperatura média do ar exterior função da região NUTS III de Portugal Continental, corrigida pela altitude local. A renovação do ar, definida em rph, nunca toma um valor inferior a 0.6.

• Transferência de calor não linear calculada para um número fixo de horas na estação de arrefecimento67

, ganhos térmicos internos 67

2928horas.

médios por unidade de superfície iguais a 4 W/m2e ganhos sola- res calculados para uma área efectiva de captação solar definida por orientação. A energia solar média sazonal incidente numa su- perfície com uma dada orientação encontra-se definida por NUTS III de Portugal Continental. Desprezam-se as perdas radiativas com o céu.

• Factor de utilização de ganhos, com a definido conforme a inércia térmica do edifício.

As necessidades de energia primária (Despacho n.º 15793-I/2013) para além das necessidades de energia útil para aquecimento e arre- fecimento, consideram ainda:

• Necessidades anuais de energia útil para preparação de AQS , para um aumento de temperatura de 35◦C de 40 litros de água por dia68

e por ocupante convencional69

, para uma base de utilização 68

Este valor pode ser reduzido para 36litros para sistemas de duche com rótulo A ou superior.

69

Dois ocupantes para tipologias T0 e T1, n+1 para tipologias Tn.

de 365 dias por ano

• Energia elétrica necessária ao funcionamento dos ventiladores, contabilizada apenas para ventilação permanente, excluindo-se os ventiladores de utilização pontual (e.g. exaustores de cozinha, ventiladores de instalações sanitárias accionados por interruptor). • Energia produzida a partir de fontes de energia renováveis e

consumida no edifício.

• As necessidades anuais de energia útil para arrefecimento podem não ser contabilizadas para o cálculo das necessidades anuais de energia primária, desde que o risco de ocorrência de sobreaque- cimentoseja minimizado. A verificação desta condição implica um factor de utilização de ganhos na estação de arrefecimento superior a um valor de referência.

Quando existe mais do que um sistema para um dado uso final (e.g. aquecimento, arrefecimento e AQS) considera-se que cada sis- tema supre uma parcela das necessidades de energia útil, sendo que a soma das parcelas deve ser sempre igual a 1. Deve definir-se a efi- ciência do sistema70

e o factor de conversão de energia primária71

. 70

Eficiência de conversão de energia útil para energia final.

71

Factor de conversão de energia final para energia primária que toma o valor de 2.5 para a electricidade (renovável ou não renovável) e 1 para os combustíveis (renováveis ou não renováveis) e a energia térmica de origem renovável (Despacho n.º 15793-D/2013).

Caso não haja isolamento térmico na tubagem de distribuição de AQS que assegure uma resistência térmica mínima de 0.25 m2K/W, a eficiência a considerar deve ser 90% da eficiência do equipamento, de modo a contabilizar as perdas térmicas na distribuição.

Notar que para a energia útil para aquecimento e arrefecimento, se todos os principais compartimentos forem servidos por um único sistema de climatização considera-se que esse serve toda a fracção.

No caso de existir mais do que um sistema, considera-se que cada um serve uma parcela proporcional à área dos compartimentos que cada um serve.

Caso não existam sistemas de aquecimento, arrefecimento ou AQS existem soluções que devem ser assumidas por defeito. Para o aquecimento ambiente trata-se de um sistema eléctrico com eficiência de 100% e para o arrefecimento ambiente de uma bomba de calor com EER 3.0. No caso de AQS, essa solução dependerá se existe ou não rede de distribuição de gás. Caso exista a solução a considerar é um equipamento de queima com eficiência de 89%, caso contrário é um equipamento eléctrico com eficiência de 95%.

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