Enf. David Centeio
Universidade Católica Portuguesa – Instituto de Ciências da Saúde, Lisboa Mestrado de Natureza Profissional em Enfermagem Médico-Cirúrgica
Dezembro 2014 Comissão de Controlo de Infecção
Condição sistémica resultante de reacção adversa à presença de agente infeccioso ou sua toxina
Decorre como consequência de qualquer acto de prestação de cuidados de saúde …
Deve ser evidente que a infecção não estava presente ou em incubação no momento da admissão na unidade hospitalar.
Principal evento adverso
1,4 milhões de pessoas sofrem de IACS
Causa Major de morbilidade e mortalidade
Aumento do tempo de internamento – 5 a 10 dias
Impacto Económico
São evidência da qualidade dos cuidados de saúde prestados
Prevalência
Inquérito Nacional de Prevalência de Infecção de 2009 a 114 Hospitais portugueses
Inquérito Prevalência de Infecção Adquirida no Hospital e do Uso de
O que fazer ?? Microorganismo? Via de Transmissão? Procedimento a realizar? Precauções Básicas Precauções Adicionais
As mãos são o principal veículo de transmissão de infecção cruzada
Podemos reduzir cerca de 1/3 das IACS com uma correcta lavagem das mãos
Utente Profissional Familiar / Visitas Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde no Bloco
Operatório…Prevenção e Controlo
SABA (Solução Antiséptica de Base Alcoólica) ►Reduz ou inibe o
crescimento de microrganismos
►Acção rápida
►Largo espectro de actividade
►Mais acessível no local de prestação e cuidados
ÁGUA E SABÃO
►Sempre que as mãos
estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com matéria orgânica
►Infecção por Clostridium
dificille
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É tão importante a técnica de execução como os momentos para sua realização.
Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde no Bloco Operatório…Prevenção e Controlo
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Procedimento envolvendo contacto directo ou indirecto com mucosas, pelo com solução de continuidade, dispositivos invasivos. Ex: administração de medicação, aspirar secreções, alimentar doente,
MESMO SEM TOCAR NO DOENTE
Tocar em equipamento, objectos do doente, superfícies inanimados
Exposição das mãos a um fluído orgânico Ex: limpar boca e secreções, despejo de sacos colectores, mudança de fraldas,
Proceder à Higienização das Mãos
ANTESe DEPOISdo uso
de luvas
LUVAS SEM HIGIENE DAS MÃOS
TRANSMISSÃO DE MICRORGANISMOS
=
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ATENÇÃO: O uso de luvas não dispensa a
necessidade de higienizar as mãos !!
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Exposição indirecta ao Utente Exposição directa ao Utente • Telefone • Registos • Terapêutica oral • Oxigenoterapia • Mudança roupa cama
• Sinais vitais • Medicação SC e IM
• Manipulação de acessos venosos na ausência de sangue
• Posicionamento / levante do utente •Transporte de utente • Esvaziamento de recipientes com
fluidos orgânicos • Manipulação / limpeza instrumentos • Manipulação de resíduos • Limpeza de fluidos corporais
• Contacto com sangue, membranas, mucosas e pele não íntegra • Situações de emergência
• Colocação / remoção de acesso vascular • Colheitas de sangue
X
√
O uso de luvas NÃOé sempre necessário na prestação de cuidados ao doente. FONTE: FO – CCI 2012/20132009
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Adesão: Nacional/Hospital
FONTE: FO – CCI 2014 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Nacional HFF 65 6466,368,1 67,361,969,9 77 69,3 72,2 2009 2010 2011 2012 2013 %
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As infecções do trato urinário são as infecções mais frequentes, sendo responsáveis por mais de 40% das IACS
Efeitos negativos da Cateterização Vesical: • Interferências com barreiras anatómicas • Anula a acção de eliminação
• Acesso directo de microorganismos à bexiga
• Substrato para crescimento de biofilmes (reservatório de agentes patogénicos)
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Ligação ao saco colector e zona de refluxo do saco para o tubo Torneira de drenagem Meato urinário e zona envolvente do cateter vesical Junção do cateter com o tubo colector Hospedeiro Técnica Cateterização Tipo de cateter Duração da cateterização Praticas de manutenção
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A limpeza do meato urinário é feita com SORO FISIOLÓGICO
Na inserção do cateter vesical
Procede-se à imobilização do cateter vesical, fixando-o com adesivo:
Região superior da coxa ou região infra-abdominal
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Na manutenção do cateter vesical
Lavar diariamente / SOS região perineal e genital com água e sabão O meato urinário deve ser limpo com SORO FISIOLÓGICO (Técnìca
Asséptica)
Manter o saco de drenagem sempre abaixo do nível da bexiga e em suporte que previna contacto do saco e válvula de despejo com o chão
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Na manutenção do cateter vesical
O despejo do saco realiza-se quando estiver a meioda sua capacidade, para um saco de esvaziamento individual O saco de drenagem SÓ deve ser substituído:
. Aquando da substituição do cateter vesical . Danificado ou com fugas
. Cheiro desagradável
. Acumulação de sedimento e/ou coágulos
. Se houver deconexão acidental do saco
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