• Nenhum resultado encontrado

Influência da dose de energia sobre as propriedades mecânicas e GC

A terceira hipótese deste estudo foi apenas parcialmente confirmada, uma vez que aumentos significantes no GC/base, FM e KHN (topo e base) foram observados mesmo entre 24 e 48 J/cm2. Estes resultados, entretanto, discordam de um estudo prévio avaliando dois compósitos comerciais, no qual não foram observados aumentos em GC e FM entre 6 e 36 J/cm2, enquanto FS se manteve estável acima de 12 J/cm2 (CALHEIROS et al., 2006). Uma possível explicação para esta divergência se refere às condições de armazenamento dos corpos-de-prova. Enquanto na presente investigação os espécimes foram armazenados por 48 h em temperatura ambiente (22 oC), no estudo anterior o armazenamento foi feito por 24 h a 37oC. Estudos anteriores verificaram que compósitos com graus de conversão inicialmente menores são mais favorecidos pelo armazenamento prolongado em temperaturas acima da ambiente. Desta forma, o compósito menos polimerizado apresenta maior polimerização “no escuro” (dark cure) podendo atingir valores de grau de conversão e propriedades mecânicas próximos àqueles obtidos por amostras que receberam doses maiores (LOVELL et al., 2003; LU; STANSBURY; BOWMAN, 2004; TARUMI et al., 1999). No presente estudo, optou-se pelo armazenamento em temperatura ambiente para que fosse verificada a extensão da

polimerização pós-irradiação sem a influência da temperatura. Com base em informações da literatura, no entanto, pode-se supor que em condições de temperatura bucal é possível que o efeito da dose de energia sobre GC e propriedades mecânicas dos compósitos seja menos evidente do que os aqui reportados.

A relação entre grau de conversão e H mostrou um bom ajuste com a função logarítmica, evidenciando a tendência de nivelamento da conversão em altas doses, comportamento este verificado em estudos anteriores (CALHEIROS et al., 2004; EMAMI; SODERHOLM, 2003; HALVORSON; ERICKSON; DAVIDSON, 2002). Existem duas prováveis explicações para essa limitação da conversão em doses elevadas. Uma delas se refere à produção de radicais livres. Em um estudo analisando a geração de radicais livres através de um espectrômetro de ressonância do “spin” eletrônico (electron spin resonance espectrometer), verificou-se que sob irradiância constante, a concentração de radicais livres também apresenta um aumento logarítmico com o tempo de irradiação onde acima de um determinado valor-limite, o aumento no número de radicais livres se torna não-significante (BURTSCHER, 1993). Uma segunda hipótese, mais comumente citada na literatura, se refere à diminuição da mobilidade dos radicais livres durante a reticulação do polímero (BURTSCHER, 1993). Aparentemente, a polimerização rápida proporcionada pela maior concentração de radicais livres reduziria mais rapidamente a mobilidade no meio da reação, anulando a influência da elevada quantidade de radicais livres sobre o grau deconversão.

A influência da dose de energia sobre as propriedades mecânicas dos compósitos é controversa, pois depende de condições específicas de cada estudo (por exemplo, composição do material testado e condições de armazenamento) e do

teste mecânico utilizado. Assim, a comparação de resultados provenientes de diferentes publicações fica dificultada. Por exemplo, alguns autores relataram que o aumento da dose de energia entre 6 e 39 J/cm2 promoveu melhora significante da resistência à compressão, à flexão e dureza Knoop (LEE; GREENER, 1994; VANDEWALLE et al., 2004). Outros autores relatam não terem encontrado diferenças significantes para FS e FM entre doses de 6 e 36 J/cm2 (CALHEIROS et al., 2006). No presente estudo, variações no comportamento do compósito em função do teste realizado também foram observadas, visto que diferenças entre grupos foram menos evidentes para FS em relação à FM e KHN. Estudos recentes observaram uma relação linear positiva entre dose de energia e resistência à fadiga, FS e FM de um compósito comercial (LOHBAUER et al., 2005; PEUTZFELDT; ASMUSSEN, 2005). No presente estudo, seguindo o comportamento apresentado pelo grau de conversão, as propriedades mecânicas aumentaram com H de acordo com funções logarítmicas.

Apesar de alguns autores não terem observado correlação entre grau de conversão e propriedades como resistência à tração diametral e microdureza (CHUNG; GREENER, 1990), outros trabalhos demonstraram que o aumento na conversão promoveu aumento da tenacidade à fratura, resistência ao desgaste, resistência à flexão, módulo de elasticidade e dureza Knoop (COOK; JOHANNSON, 1987; FERRACANE; CONDON, 1992). No presente estudo, a influência do grau de conversão sobre as propriedades mecânicas revelou diferenças interessantes. Com relação à microdureza, a correlação linear positiva encontrada entre GC/base e KHN/base já foi relatada em diversas publicações (BOUSCHLICHER; RUEGGEBERG; WILSON, 2004; FERRACANE, 1985). Porém, na superfície irradiada, observou-se um aumento exponencial do KHN com o grau de conversão.

Como não houve diferenças significantes na conversão entre topo e base, o aumento acentuado na KHN sugere diferenças na estrutura do polímero formado. Diferenças na densidade de ligações cruzadas podem ser resultantes da variação nas taxas de conversão em diferentes profundidades do material (LOVELL et al., 2001). Um estudo avaliando o efeito da espessura do compósito sobre a atenuação da luz emitida por diferentes unidades fotoativadoras observou que existe uma redução da irradiância da ordem de 70-74% por milímetro de profundidade do material (PRATI et al., 1999). Esta atenuação exponencial da irradiância na base da restauração é causada por fenômenos de reflexão, absorção e dispersão da luz na superfície e profundidade da camada de compósito (MCCABE; CARRICK, 1989; WATTS; CASH, 1994; YEARN, 1985). Portanto, é lícito supor que na base do corpo- de-prova o polímero seja mais linear devido à menor quantidade inicial de radicais livres que promovem uma reação de polimerização mais lenta, em comparação à superfície irradiada. Além disso, os tempos de exposição prolongados correspondentes às doses maiores podem ter promovido um maior aumento da temperatura da matriz polimérica no topo (LONEY; PRICE, 2001; NOMOTO; MCCABE; HIRANO, 2004; VANDEWALLE et al., 2005) potencializando a formação de ligações cruzadas pela maior mobilidade das espécies reativas (ASMUSSEN, 1984; ASMUSSEN; PEUTZFELDT, 2001; DOLEZ; MAREK; LOVE, 2001; TARUMI et al., 1999).

Propriedades mecânicas avaliadas através de ensaio de dobramento são influenciadas pelas propriedades do espécime na região onde o mesmo é submetido predominantemente a tensões de tração (ANUSAVICE, 1998). No presente estudo, durante a realização do teste de flexão em três pontos, tomou-se o cuidado de posicionar o corpo-de-prova de modo que a superfície não-irradiada fosse submetida

aos maiores esforços de tração. Portanto, nas regressões envolvendo FS e FM foi utilizada como variável independente valores de GC/base. As correlações logarítmicas encontradas concordam com a teoria de que após a formação da rede polimérica atingir um determinado limite, a resistência mecânica se torna menos dependente do grau de conversão (FERRACANE; GREENER, 1986).

Como observado neste estudo, a utilização de doses de energia mais elevadas promoveram melhor conversão e melhores propriedades mecânicas do compósito experimental avaliado. Porém, nas condições deste estudo e considerando apenas os resultados de GC/topo e FS, bem como a homogeneidade de polimerização (estimada pela comparação de valores de KHN entre topo e base) o uso clínico de doses maiores que 24 J/cm2 não são justificáveis. Na verdade, alguns autores, avaliando diferentes tempos de tratamento térmico em um compósito comercial, observaram que graus de conversão muito elevados podem provocar uma tendência de diminuição de FS devido à maior friabilidade do polímero formado (LOZA-HERRERO et al., 1998). Outros autores, avaliando a influência da temperatura de armazenamento e do tipo e tamanho de carga sobre a tenacidade à fratura de compósitos experimentais, citam existir uma diminuição desta propriedade para os materiais com maior grau de conversão (FERRACANE; MARKER, 1992). Conforme os resultados aqui apresentados, altas doses de energia promovem maior desenvolvimento de tensões de polimerização e, conseqüentemente, podem comprometer a integridade da interface adesiva das restaurações (BRAGA; FERRACANE, 2002; CALHEIROS et al., 2004; CALHEIROS et al., 2006; FERRACANE; MITCHEM, 2003). Portanto, estudos clínicos são necessários para aferir o real benefício da utilização de altas doses de energia no desempenho de compósitos restauradores diretos.

7 CONCLUSÕES

7.1 O aumento da dose de energia promoveu aumento significante da tensão de polimerização e do grau de conversão inicial do compósito experimental estudado. No entanto, não houve diferença na velocidade máxima de reação entre os diferentes níveis de dose de energia. Portanto, a primeira hipótese do estudo foi parcialmente confirmada;

7.2 A hipótese de que a severidade da microinfiltração em restaurações in vitro estaria diretamente relacionada à dose de energia empregada e ao sistema adesivo utilizado foi confirmada;

7.3 Algumas propriedades mecânicas avaliadas (módulo de elasticidade e dureza Knoop) e o grau de conversão na superfície não-irradiada do compósito apresentaram aumentos significantes entre 24 e 48 J/cm2. Por outro lado, grau de conversão na superfície irradiada e a resistência à flexão não foram beneficiados com a utilização de uma dose maior do que 24 J/cm2. Portanto, a terceira hipótese foi parcialmente confirmada.

Considerando-se as limitações deste trabalho, os resultados sugerem que a melhor solução de compromisso entre o máximo grau de conversão e propriedades mecânicas com menor ocorrência de microinfiltração e menor desenvolvimento de tensões de polimerização foi obtida com doses não superiores a 24 J/cm2.

REFERÊNCIAS

1

Andrzejewska E. Photopolymerization kinetics of multifunctional monomers. Prog Polym 2001;26(1):605-65.

Anusavice KJ. Materiais Dentários. 10a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998.

Arias VG, Campos IT, Pimenta LA. Microleakage study of three adhesive systems. Braz Dent J 2004;15(3):194-8.

Asmussen E. Softening of BISGMA-based polymers by ethanol and by organic acids of plaque. Scand J Dent Res 1984;92(3):257-61.

Asmussen E, Peutzfeldt A. Influence of selected components on crosslink density in polymer structures. Eur J Oral Sci 2001;109(4):282-5.

Asmussen E, Peutzfeldt A. Polymerization contraction of resin composite vs. energy and power density of light-cure. Eur J Oral Sci 2005;113(5):417-21.

Ateyah NZ, Elhejazi AA. Shear bond strengths and microleakage of four types of dentin adhesive materials. J Contemp Dent Pract 2004;5(1):63-73.

Bouschlicher MR, Rueggeberg FA, Wilson BM. Correlation of bottom-to-top surface microhardness and conversion ratios for a variety of resin composite compositions. Oper Dent 2004;29(6):698-704.

Brackett WW, Ito S, Tay FR, Haisch LD, Pashley DH. Microtensile dentin bond strength of self-etching resins: effect of a hydrophobic layer. Oper Dent 2005;30(6):733-8.

Brackett WW, Ito S, Nishitani Y, Haisch LD, Pashley DH. The microtensile bond strength of self-etching adhesives to ground enamel. Oper Dent 2006;31(3):332-7.

1

Braga RR, Ferracane JL. Contraction stress related to degree of conversion and reaction kinetics. J Dent Res 2002;81(2):114-8.

Braga RR, Ferracane JL. Alternatives in polymerization contraction stress management. Crit Rev Oral Biol Med 2004;15(3):176-84.

Braga RR, Ferracane JL, Condon JR. Polymerization contraction stress in dual-cure cements and its effect on interfacial integrity of bonded inlays. J Dent 2002;30(7- 8):333-40.

Braga RR, Boaro LC, Kuroe T, Azevedo CL, Singer JM. Influence of cavity dimensions and their derivatives (volume and 'C' factor) on shrinkage stress development and microleakage of composite restorations. Dent Mater 2006;22(9):818-23.

Burtscher P. Stability of radicals in cured composite materials. Dent Mater 1993;9(4):218-21.

Calheiros FC, Braga RR, Kawano Y, Ballester RY. Relationship between contraction stress and degree of conversion in restorative composites. Dent Mater

2004;20(10):939-46.

Calheiros FC, Sadek FT, Braga RR, Cardoso PE. Polymerization contraction stress of low-shrinkage composites and its correlation with microleakage in class V restorations. J Dent 2004;32(5):407-12.

Calheiros FC, Kawano Y, Stansbury JW, Braga RR. Influence of radiant exposure on contraction stress, degree of conversion and mechanical properties of resin composites. Dent Mater 2006;22(9):799-803.

Carmichael AJ, Gibson JJ, Walls AW. Allergic contact dermatitis to bisphenol-A- glycidyldimethacrylate (BIS-GMA) dental resin associated with sensitivity to epoxy resin. Brit Dent J 1997;183(8):297-8.

Cenci M, Demarco F, de Carvalho R. Class II composite resin restorations with two polymerization techniques: relationship between microtensile bond strength and marginal leakage. J Dent 2005;33(7):603-10.

Choi KK, Condon JR, Ferracane JL. The effects of adhesive thickness on polymerization contraction stress of composite. J Dent Res 2000;79(3):812-7.

Chung KH, Greener EH. Correlation between degree of conversion, filler concentration and mechanical properties of posterior composite resins. J Oral Rehabil 1990;17(5):487-94.

Cook WD, Johannson M. The influence of postcuring on the fracture properties of photo-cured dimethacrylate based dental composite resin. J Biomed Mater Res 1987;21(8):979-89.

Correr AB, Sinhoreti MA, Correr Sobrinho L, Tango RN, Schneider LF, Consani S. Effect of the increase of energy density on knoop hardness of dental composites light-cured by conventional QTH, LED and xenon plasma arc. Braz Dent J 2005;16(3):218-24.

Costa Pfeifer CS, Braga RR, Cardoso PE. Influence of cavity dimensions, insertion technique and adhesive system on microleakage of Class V restorations. J Amer Dent Ass 2006;137(2):197-202.

Daronch M, Rueggeberg FA, De Goes MF, Giudici R. Polymerization kinetics of pre- heated composite. J Dent Res 2006;85(1):38-43.

Dauvillier BS, Aarnts MP, Feilzer AJ. Developments in shrinkage control of adhesive restoratives. J Esthet Dent 2000;12(6):291-9.

Dewaele M, Truffier-Boutry D, Devaux J, Leloup G. Volume contraction in photocured dental resins: the shrinkage-conversion relationship revisited. Dent Mater 2006;22(4):359-65.

Dolez P, Marek M, Love BJ. Photopolymerizable acrylic resin: effect of curing time and temperature. J Appl Polym Sci 2001;82(1):546-54.

Emami N, Soderholm KJ. How light irradiance and curing time affect monomer conversion in light-cured resin composites. Eur J Oral Sci 2003;111(6):536-42.

Emami N, Soderholm KJ, Berglund LA. Effect of light power density variations on bulk curing properties of dental composites. J Dent 2003;31(3):189-96.

Ernst CP, Canbek K, Aksogan K, Willershausen B. Two-year clinical performance of a packable posterior composite with and without a flowable composite liner. Clin Oral Invest 2003;7(3):129-34.

Ferracane JL. Correlation between hardness and degree of conversion during the setting reaction of unfilled dental restorative resins. Dent Mater 1985;1(1):11-4.

Ferracane JL, Greener EH. Fourier transform infrared analysis of degree of polymerization in unfilled resins--methods comparison. J Dent Res 1984;63(8):1093- 5.

Ferracane JL, Greener EH. The effect of resin formulation on the degree of conversion and mechanical properties of dental restorative resins. J Biomed Mater Res 1986;20(1):121-31.

Ferracane JL, Condon JR. Post-cure heat treatments for composites: properties and fractography. Dent Mater 1992;8(5):290-5.

Ferracane JL, Marker VA. Solvent degradation and reduced fracture toughness in aged composites. J Dent Res 1992;71(1):13-9.

Ferracane JL, Mitchem JC. Relationship between composite contraction stress and leakage in Class V cavities. Am J Dent 2003;16(4):239-43.

Ferracane JL, Mitchem JC, Condon JR, Todd R. Wear and marginal breakdown of composites with various degrees of cure. J Dent Res 1997;76(8):1508-16.

Fritz UB, Finger WJ. Bonding efficiency of single-bottle enamel/dentin adhesives. Am J Dent 1999;12(6):277-82.

Goodis HE, White JM, Andrews J, Watanabe LG. Measurement of temperature generated by visible-light-cure lamps in an in vitro model. Dent Mater 1989;5(4):230- 4.

Goracci C, Sadek FT, Monticelli F, Cardoso PE, Ferrari M. Microtensile bond strength of self-etching adhesives to enamel and dentin. J Adhes Dent 2004;6(4):313-8. Guzman-Ruiz S, Armstrong SR, Cobb DS, Vargas MA. Association between microtensile bond strength and leakage in the indirect resin composite/dentin adhesively bonded joint. J Dent 2001;29(2):145-53.

Halvorson RH, Erickson RL, Davidson CL. Energy dependent polymerization of resin- based composite. Dent Mater 2002;18(6):463-9.

Hansel C, Leyhausen G, Mai UE, Geurtsen W. Effects of various resin composite (co)monomers and extracts on two caries-associated micro-organisms in vitro. J Dent Res 1998;77(1):60-7.

Hashimoto M, Sano H, Yoshida E, Hori M, Kaga M, Oguchi H, et al. Effects of multiple adhesive coatings on dentin bonding. Oper Dent 2004;29(4):416-23.

Hofmann N, Hugo B, Klaiber B. Effect of irradiation type (LED or QTH) on photo- activated composite shrinkage strain kinetics, temperature rise, and hardness. Eur J Oral Sci 2002;110(6):471-9.

Ito S, Tay FR, Hashimoto M, Yoshiyama M, Saito T, Brackett WW, et al. Effects of multiple coatings of two all-in-one adhesives on dentin bonding. J Adhes Dent 2005;7(2):133-41.

Jorgensen KD, Asmussen E, Shimokobe H. Enamel damages caused by contracting restorative resins. Scand J Dent Res 1975;83(2):120-2.

Kallenos TN, Al-Badawi E, White GE. An in vitro evaluation of microleakage in class I preparations using 5th, 6th and 7th generation composite bonding agents. J Clin Ped Dent 2005;29(4):323-8.

Kanca J, 3rd, Suh BI. Pulse activation: reducing resin-based composite contraction stresses at the enamel cavosurface margins. Am J Dent 1999;12(3):107-12.

Kelly JR. Evidence-based decision making: Guide to reading the dental materials literature. J Prosth Dent 2006;95(2):152-60.

Kemp-Scholte CM, Davidson CL. Marginal sealing of curing contraction gaps in Class V composite resin restorations. J Dent Res 1988;67(5):841-5.

Kemp-Scholte CM, Davidson CL. Complete marginal seal of Class V resin composite restorations effected by increased flexibility. J Dent Res 1990;69(6):1240-3.

Kirkpatrick SJ. A primer on radiometry. Dent Mater 2005;21(1):21-6.

Koliniotou-Koumpia E, Dionysopoulos P, Koumpia E. In vivo evaluation of microleakage from composites with new dentine adhesives. J Oral Rehabil 2004;31(10):1014-22.

Lee SY, Greener EH. Effect of excitation energy on dentine bond strength and composite properties. J Dent 1994;22(3):175-81.

Lohbauer U, Rahiotis C, Kramer N, Petschelt A, Eliades G. The effect of different light-curing units on fatigue behavior and degree of conversion of a resin composite. Dent Mater 2005;21(7):608-15.

Loney RW, Price RB. Temperature transmission of high-output light-curing units through dentin. Oper Dent 2001;26(5):516-20.

Lovell LG, Newman SM, Bowman CN. The effects of light intensity, temperature, and comonomer composition on the polymerization behavior of dimethacrylate dental resins. J Dent Res 1999;78(8):1469-76.

Lovell LG, Newman SM, Donaldson MM, Bowman CN. The effect of light intensity on double bond conversion and flexural strength of a model, unfilled dental resin. Dent Mater 2003;19(6):458-65.

Lovell LG, Berchtold KA, Elliot JE, Hui L, Bowman CN. Understanding the kinetics and network formation of dimethacrylate dental resins. Polym Adv Technol 2001;12(1):335-45.

Loza-Herrero MA, Rueggeberg FA, Caughman WF, Schuster GS, Lefebvre CA, Gardner FM. Effect of heating delay on conversion and strength of a post-cured resin composite. J Dent Res 1998;77(2):426-31.

Lu H, Stansbury JW, Bowman CN. Towards the elucidation of shrinkage stress development and relaxation in dental composites. Dent Mater 2004;20(10):979-86. Lu H, Stansbury JW, Dickens SH, Eichmiller FC, Bowman CN. Probing the origins and control of shrinkage stress in dental resin composites. II. Novel method of simultaneous measurement of polymerization shrinkage stress and conversion. J Biomed Mater Res Part B: Appl Biomater 2004;71(1):206-13.

Manhart J, Neuerer P, Scheibenbogen-Fuchsbrunner A, Hickel R. Three-year clinical evaluation of direct and indirect composite restorations in posterior teeth. J Prosth Dent 2000;84(3):289-96.

Maurin JC, Lagneau C, Durand M, Lissac M, Seux D. Tensile and shear bond strength evaluation of a total-etch three-step and two self-etching one-step dentin bonding systems. J Adhes Dent 2006;8(1):27-30.

McCabe JF, Carrick TE. Output from visible-light activation units and depth of cure of light-activated composites. J Dent Res 1989;68(11):1534-9.

Nomoto R, McCabe JF, Hirano S. Comparison of halogen, plasma and LED curing units. Oper Dent 2004;29(3):287-94.

Odian G. Principles of polymerization. 3rd ed. New York: John Wiley & Sons; 1991. Ogata M, Harada N, Yamaguchi S, Nakajima M, Tagami J. Effect of self-etching primer vs phosphoric acid etchant on bonding to bur-prepared dentin. Oper Dent 2002;27(5):447-54.

Okuda M, Pereira PN, Nakajima M, Tagami J, Pashley DH. Long-term durability of resin dentin interface: nanoleakage vs. microtensile bond strength. Oper Dent 2002;27(3):289-96.

Park JW, Ferracane JL. Measuring the residual stress in dental composites using a ring slitting method. Dent Mater 2005;21(9):882-9.

Pearson GJ, Longman CM. Water sorption and solubility of resin-based materials following inadequate polymerization by a visible-light curing system. J Oral Rehabil 1989;16(1):57-61.

Perdigao J, Gomes G, Duarte S, Jr., Lopes MM. Enamel bond strengths of pairs of adhesives from the same manufacturer. Oper Dent 2005;30(4):492-9.

Perdigao J, Lambrechts P, van Meerbeek B, Tome AR, Vanherle G, Lopes AB. Morphological field emission-SEM study of the effect of six phosphoric acid etching agents on human dentin. Dent Mater 1996;12(4):262-71.

Peutzfeldt A, Asmussen E. The effect of postcuring on quantity of remaining double bonds, mechanical properties, and in vitro wear of two resin composites. J Dent 2000;28(6):447-52.

Peutzfeldt A, Asmussen E. Resin composite properties and energy density of light cure. J Dent Res 2005;84(7):659-62.

Prati C, Chersoni S, Montebugnoli L, Montanari G. Effect of air, dentin and resin- based composite thickness on light intensity reduction. Am J Dent 1999;12(5):231-4. Rueggeberg FA, Hashinger DT, Fairhurst CW. Calibration of FTIR conversion analysis of contemporary dental resin composites. Dent Mater 1990;6(4):241-9.

Rueggeberg FA, Caughman WF, Curtis Jr JW. Effect of light intensity and exposure duration on cure of resin composite. Oper Dent 1994;19(1):26-32.

Ruyter IE, Svendsen SA. Remaining methacrylate groups in composite restorative materials. Acta Odontol Scand 1978;36(2):75-82.

Sadek FT, Goracci C, Cardoso PE, Tay FR, Ferrari M. Microtensile bond strength of current dentin adhesives measured immediately and 24 hours after application. J Adhes Dent 2005;7(4):297-302.

Sadek FT, Calheiros FC, Cardoso PE, Tay FR, Ferrari M. Early and 24-hour bond strength and degree of conversion of current adhesive systems. (accepted 14/08/2006). Am J Dent 2006;

Sakaguchi RL, Berge HX. Reduced light energy density decreases post-gel contraction while maintaining degree of conversion in composites. J Dent 1998;26(8):695-700.

Sakaguchi RL, Ferracane JL. Effect of light power density on development of elastic

Documentos relacionados