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Influência da linhagem de levedura e da adição de nitrogênio na cinética de

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Influência da linhagem de levedura e da adição de nitrogênio na cinética de

A avaliação dos efeitos da suplementação de nitrogênio realizado no presente trabalho foi realizada em amostras coletadas nos períodos 12 horas, 24 horas, 48 horas, 72 horas e 96 horas de fermentação.

Os valores de acidez estão representados nas Tabelas 1, 2 e 3. Estes valores estão expressos em gramas de ácido acético por 100 mL de amostra. A acidez do mosto aumentou com o tempo de fermentação. Usualmente uma grande concentração de ácido acético é conseqüência de má condição do mosto fermentado devido à contaminação por bactérias acéticas que utilizam o etanol em seu metabolismo produzindo o ácido.

Tabela 1- Variação da acidez com a adição de sulfato amônio em três diferentes concentrações nas amostras de cachaça.

Baixa fermentação (Saflager) Alta fermentação (Safbrew) Tempo de fermentação (horas) 0 g/L 5 g/L 25 g/L 0 g/L 5 g/L 25 g/L 12 0,05 0,05 0,05 0,05 0,06 0,07 24 0,11 0,07 0,07 0,16 0,16 0,18 48 0,22 0,26 0,26 0,26 0,26 0,27 72 0,36 0,37 0,30 0,25 0,27 0,32 96 0,37 0,38 0,31 0,25 0,28 0,33

Tabela 2- Variação da acidez com a adição de peptona de caseína em três diferentes concentrações nas amostras de cachaça.

Baixa fermentação (Saflager) Alta fermentação (Safbrew) Tempo de fermentação (horas) 0 g/L 5 g/L 25 g/L 0 g/L 5 g/L 25 g/L 12 0,05 0,05 0,05 0,04 0,05 0,06 24 0,19 0,28 0,41 0,09 0,11 0,19 48 0,22 0,34 0,42 0,22 0,32 0,29 72 0,29 0,42 0,49 0,41 0,51 0,36 96 0,30 0,43 0,50 0,44 0,53 0,37

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Tabela 3- Variação da acidez com a adição de um pool de aminoácidos em três diferentes concentrações nas amostras de cachaça.

Baixa fermentação (Saflager) Alta fermentação (Safbrew) Tempo de fermentação (horas) 0g/L 5g/L 25g/L 0g/L 5g/L 25g/L 12 0,03 0,03 0,02 0,04 0,04 0,05 24 0,16 0,22 0,21 0,07 0,06 0,07 48 0,19 0,29 0,26 0,15 0,21 0,16 72 0,29 0,32 0,32 0,22 0,25 0,18 96 0,30 0,37 0,34 0,23 0,26 0,19

Os valores do teor de sólidos solúveis (°Brix) e do teor alcoólico (°GL) estão representados graficamente nas Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Estão representados na Figura 1 os valores dos sólidos solúveis (ºBrix) e do teor alcoólico produzido por uma linhagem de levedura de baixa fermentação adicionada de uma fonte nitrogenada (sulfato de amônio) em três concentrações 0 (sem adição), 5 g/l e 25 g/L. O maior rendimento, ou seja, maior produção de etanol por consumo de substrato foi na concentração de 5 g/L.

Figura 1- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Saflager e adição de sulfato de amônio.

Na Figura 2 estão representados os valores dos sólidos solúveis (ºBrix) e

do etanol produzido por uma linhagem de levedura de alta fermentação, adicionada de uma fonte nitrogenada (sulfato de amônio) em três concentrações 0

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(sem adição), 5 g/L e 25 g/L. Nesta situação a adição nitrogenada abaixou o rendimento da fermentação alcoólica, ou seja, nas concentrações 5 g/L e 25 g/L de sulfato amônio o rendimento da fermentação alcoólica foi menor.

Figura 2- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Safbrew e adição de sulfato de amônio.

Na Figura 3 estão representados os valores dos sólidos solúveis (ºBrix) e

do etanol produzido por uma linhagem de levedura de baixa fermentação, adicionada de uma fonte nitrogenada (peptona de caseína) em três concentrações 0 (sem adição), 5 g/L e 25 g/L. Nesta situação o rendimento aumentou com o aumento da concentração da peptona da caseína. Já com a levedura de alta fermentação (Figura 4) a situação foi contrária, ou seja, a o rendimento da fermentação alcoólica foi menor com o aumento da concentração da peptona de caseína.

Figura 3- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Saflager e adição de peptona de caseína.

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Figura 4- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Safbrew e adição de peptona de caseína.

Na Figura 5 estão representados os valores dos sólidos solúveis (ºBrix) e

do etanol produzido por uma linhagem de levedura de baixa fermentação e na Figura 6 os mesmos valores para uma levedura de alta fermentação, nas duas com adição de uma fonte nitrogenada (pool de aminoácidos) em três concentrações 0 (sem adição), 5 g/L e 25 g/L. Nas duas situações o rendimento da fermentação alcoólica foi menor com o aumento da concentração do pool de aminoácidos.

Figura 5- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Saflager e adição de um pool aminoácidos.

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Figura 6- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Safbrew e adição de um pool aminoácidos.

O pH desejável em mostos de cana-de-açúcar situa-se normalmente entre 4,0 e 5,0 durante a fermentação do mosto de cana-de-açúcar. Neste experimento o pH variou de 5,4 (máximo) a 3,0 (mínimo), estes valores estão bem próximos aos desejáveis na fermentação. Durante a fermentação o pH do mosto reduziu com o passar das horas até ficar praticamente constante. Os valores de pH estão representados graficamente nas Figuras 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

Figura 1-Variação do pH na baixa fermentação com sulfato de amônio em cachaça.

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Figura 2 - Variação do pH na alta fermentação com sulfato de amônio em cachaça.

Figura 3 - Variação do pH na baixa fermentação com peptona de caseína em cachaça.

Figura 4 - Variação do pH na alta fermentação com peptona de caseína em cachaça.

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Figura 5 - Variação do pH na baixa fermentação com pool de aminoácidos em cachaça.

Figura 6 - Variação do pH na alta fermentação com pool de aminoácidos em cachaça.

4.2. Influência da linhagem de levedura e da adição de nitrogênio na cinética de fermentação para a produção de cerveja

A avaliação dos efeitos da suplementação de nitrogênio realizado no presente trabalho foi realizada em amostras coletadas nos períodos 12 horas, 24 horas, 48 horas, 72 horas e 96 horas de fermentação.

A acidez do mosto para a produção de cerveja aumentou com tempo de fermentação. Os valores foram expressos em gramas de ácido acético por 100 mL de amostra e estão representados nas Tabelas 1 e 2. Os valores de acidez encontrados neste experimento não foram considerados elevados devido a um rigoroso controle de todo o processo fermentativo. Um valor elevado de acidez em

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mostos para a produção de cerveja é conseqüência de má condição do mosto fermentado devido à contaminação por bactérias acéticas que utilizam o etanol em seu metabolismo produzindo o ácido.

Tabela 1- Variação da acidez com sulfato amônio em três concentrações nas amostras de cerveja.

Baixa fermentação (Saflager) Alta fermentação (Safbrew) Tempo de fermentação (horas) 0 g/L 5 g/L 25 g/L 0 g/L 5 g/L 25 g/L 12 0,12 0,15 0,17 0,21 0,21 0,21 24 0,29 0,35 0,34 0,29 0,33 0,52 48 0,31 0,39 0,37 0,34 0,43 0,56 72 0,33 0,43 0,45 0,35 0,46 0,58 96 0,34 0,44 0,56 0,36 0,46 0,59

Tabela 2- Variação da acidez com pool de aminoácidos em três concentrações nas amostras de cerveja.

Baixa fermentação (Saflager) Alta fermentação (Safbrew) Tempo de fermentação (horas) 0 g/L 5 g/L 25 g/L 0 g/L 5 g/L 25 g/L 12 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 24 0,07 0,06 0,07 0,27 0,30 0,36 48 0,07 0,07 0,08 0,31 0,35 0,41 72 0,08 0,07 0,09 0,35 0,36 0,47 96 0,08 0,07 0,12 0,36 0,38 0,48

Os valores do teor de sólidos solúveis (°Brix) e do teor alcoólico (°GL) estão representados graficamente nas Figuras 1, 2, 3 e 4.

Estão representados na Figura 1 os valores do teor de sólidos solúveis (ºBrix) e do teor alcoólico produzido por uma linhagem de levedura de baixa fermentação adicionada de uma fonte nitrogenada (sulfato de amônio) em três concentrações 0 (sem adição), 5 g/L e 25 g/L no mosto de cerveja. O maior rendimento, ou seja, maior produção de etanol por consumo de substrato foi na concentração de 5 g/L nesta situação.

Na Figura 2 estão representados os valores dos sólidos solúveis (ºBrix) e

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adicionada de uma fonte nitrogenada (sulfato de amônio) em três concentrações 0 (sem adição), 5 g/L e 25 g/L. Nesta situação o rendimento maior foi na concentração de 25 g/L de sulfato de amônio.

Figura 1- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Saflager e adição de sulfato de amônio.

Figura 2 – Evolução da fermentação alcoólica com levedura Safbrew e adição de sulfato de amônio.

Estão representados na Figura 3 os valores dos sólidos solúveis (ºBrix) e do teor alcoólico produzido por uma linhagem de levedura de baixa fermentação adicionada de uma fonte nitrogenada (pool de aminoácidos) em três concentrações 0 (sem adição), 5 g/L e 25 g/L em mosto de cerveja. Nas três concentrações os rendimentos da fermentação alcoólica foram bem próximos.

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Figura 3 – Evolução da fermentação alcoólica com levedura Saflager e adição de um pool aminoácidos.

Na Figura 4 estão representados os valores dos sólidos solúveis (ºBrix) e do teor alcoólico produzido por uma linhagem de levedura de alta fermentação, adicionada de uma fonte nitrogenada (pool de aminoácidos) em três concentrações 0 (sem adição), 5 g/L e 25 g/L em mosto de cerveja. Nesta situação o aumento da concentração do pool de aminoácidos influenciou negativamente o rendimento da fermentação alcoólica.

Figura 4 – Evolução da fermentação alcoólica com levedura Safbrew e adição de um pool aminoácidos.

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O pH desejável em mostos para a fabricação de cerveja situa-se entre 5 e 3. O pH do mosto fermentado variou de 4,8 (máximo) a 3,0 (mínimo). Durante a fermentação o pH reduziu com o tempo de fermentação até permanecer constante. Os valores de pH estão representados nas Figuras 1, 2, 3 e 4.

Figura 1 - Variação do pH na baixa fermentação com sulfato de amônio em cerveja.

Figura 2 - Variação do pH na alta fermentação com sulfato de amônio em cerveja.

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Figura 3 - Variação do pH na baixa fermentação com pool de aminoácidos em cerveja.

Figura 4 - Variação do pH na alta fermentação com pool de aminoácidos em cerveja.

4.3. Influência da linhagem de levedura e da adição de nitrogênio na cinética de fermentação para a produção de vinho

A avaliação dos efeitos da suplementação de nitrogênio realizado no presente trabalho foi realizada em amostras coletadas nos períodos 12 horas, 24 horas, 48 horas, 72 horas e 96 horas de fermentação.

A acidez em vinhos é proveniente principalmente de ácido tartárico e ácido acético, provenientes da uva e potencializados no processo de fabricação. Estes influenciam o sabor do vinho produzido. Verificou-se que todas as amostras encontraram-se dentro dos padrões legais para o teor de acidez total, que se situa

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entre 55 e 130 meq/L (BRASIL, 1988). Os valores de acidez das amostras de vinho expressos em meq/L estão representados na Tabela 1.

Tabela 1- Variação da acidez com sulfato de amônio nas amostras de vinho. Baixa fermentação (Saflager) Alta fermentação (Safbrew) Tempo de fermentação (horas) 0 g/L 5 g/L 25 g/L 0 g/L 5 g/L 25 g/L 12 72 102 109 56 94 108 24 81 117 114 68 105 116 48 101 122 124 70 118 123 72 103 125 128 71 124 128 96 106 127 130 71 126 129

Os valores do teor de sólidos solúveis (°Brix) e do teor alcoólico (°GL) estão representados graficamente nas Figuras 1 e 2 .

A Figura 1 representa os valores do teor de sólidos solúveis (ºBrix) e do teor alcoólico produzido por uma linhagem de levedura de baixa fermentação adicionada de uma fonte nitrogenada (sulfato de amônio) em três concentrações 0 (sem adição nitrogenada), 5 g/L e 25 g/L em mosto de vinho. O maior rendimento nesta situação, ou seja, maior produção de etanol por consumo de substrato foi na concentração de 5 g/L semelhante aos mostos de cana-de-açúcar e de cerveja nas mesmas condições.

A Figura 2 representa os valores do teor de sólidos solúveis (ºBrix) e do

teor alcoólico produzido por uma linhagem de levedura de alta fermentação, adicionada de uma fonte nitrogenada (sulfato de amônio) em três concentrações 0 (sem adição), 5 g/L e 25 g/L. Nesta situação o rendimento da fermentação alcoólica foi maior sem a adição do sulfato de amônio.

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Figura 1- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Saflager e adição de sulfato de amônio.

Figura 2- Evolução da fermentação alcoólica com levedura Safbrew e adição de sulfato de amônio.

Os valores de pH estão representados pelas Figuras 1 e 2. O valor situou-se entre 3,4 e 3,6 para a levedura de baixa fermentação e entre 3,2 e 3,5 para a levedura de alta fermentação. Os resultados obtidos estão próximos aos valores descritos por (BENASSI,1997).

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Figura 1- Variação do pH da baixa fermentação com sulfato de amônio em vinho.

Figura 2- Variação do pH da alta fermentação com sulfato de amônio em vinho.

A medida do pH é de fundamental importância na análise de vinhos pelo seu efeito na cor, no sabor e na proporção entre SO2 livre e combinado. Para que

o vinho atinja níveis satisfatórios destas características, o pH deve ficar entre 3,1 e 3,6. Um vinho com pH inferior a 3,4 apresenta uma notável resistência ao

ataque de bactérias, principalmente Bacterium tartareophtorum, promotora de

doenças. Em vinhos com pH superior a 3,6 pode ocorrer o desenvolvimento da

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4.4. Resultados das análises de compostos voláteis na cachaça por

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