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CAPÍTULO 5 – RESULTADOS OBTIDOS

5.6 Informações complementares sobre o PCP

A Tabela 5.9 mostra a distribuição da formação acadêmica do principal responsável pelas atividades de PCP. Ela revela que 93% possuem curso superior, sendo 80% deste total com formação na área de engenharia ou administração. Esta constatação leva a crer que há conhecimento técnico nas empresas analisadas, o que certamente possibilita desenvolver e aprimorar o sistema de PCP.

Tabela 5.9 - Formação acadêmica do principal responsável pelas atividades de PCP

A Figura 5.18 estabelece um ranking para as atividades de PCP consideradas mais importantes para os respondentes. A atividade número 1 é a programação da produção, seguida pela previsão de demanda. As atividades menos votadas são o controle de estoque de produto acabado e controle da produção.

respostas %

Segundo grau 3 7%

Superior 21 48%

Superior com especialização 15 34% Superior com mestrado ou doutorado 3 7%

Figura 5.17 - Opinião sobre o nível de estoque ALTO 17% RAZOÁVEL 48% BAIXO 35% Nível 1 Nível 2/3 ALTO 23% BAIXO 31% RAZOÁVEL 46%

Figura 5.18 - Atividades de PCP em ordem de importância 15 11 10 9 6 4 9 4 4 6 7 11 4 4 8 2 6 3 1 1 1 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Prog.da produção Previsão de demanda Planej.da capacidade Fluxo de info p/ PCP Adm. de materiais Contr.da Prod. Contr. de est.de P.A.

prioridade 1 prioridade 2 prioridade 3

Por fim, a Tabela 5.10 tabula as respostas para a pergunta aberta: “quais os principais problemas enfrentados pelo PCP”. Elas foram divididas por nível 1, nível 2/3 e uma coluna “toda amostra”, que agrega as respostas de todas as empresas da amostra que responderam a pergunta. A tabulação e o agrupamento foram realizados posteriormente pelo autor. Os problemas mais citados foram: “alteração freqüente do programa do cliente” e “falta de confiança no fornecedor”, apesar de que o segundo problema é citado por apenas 9% dos fornecedores de nível 2/3.

Com o objetivo de completar este tópico, que relaciona a alteração constante dos pedidos colocados pelos clientes como principal problema, o questionário foi enviado para duas grandes montadoras e uma entrevista por telefone foi conduzida com o gerente de PCP de uma delas. Especificamente sobre este tópico, o gerente da montadora entrevistada declarou que constantemente se vê obrigado a modificar a programação da linha de montagem, exigindo que os outros fornecedores se adeqüem no menor período possível. Um dos motivos que o levam a tomar a decisão por alterar a programação se refere ao fato de que é comum haver algum tipo de negociação “difícil” com um fornecedor importante, que por sua vez “deixa de entregar” propositalmente, de modo a exercer pressão na negociação. Esta falta gera um desequilíbrio no abastecimento da linha de montagem, obrigando a alterar a programação, o que provoca a alteração de pedidos para vários outros fornecedores. Vale ressaltar que, no quesito “problemas enfrentados pelos PCP´s” do

questionário, a montadora entrevistada destacou como um dos problemas a baixa flexibilidade dos fornecedores em acompanharem as variações de demanda e os fornecedores, por sua vez, destacaram a alteração constante dos pedidos de venda, gerando uma relação conflitante entre as partes.

Tabela 5.10. Principais problemas enfrentados pelo PCP - por nível

NÍVEL 1 NÍVEL 2/3 AMOSTRA

Alteração freqüente do programa do cliente 78% 64% 69% Falta de confiabilidade de entrega de matéria-prima 61% 9% 40%

Sistema de informação ineficiente 17% 18% 17%

Baixa acuracidade dos registros de estoque 13% 27% 17% Atraso de produção/quebra de máquinas 22% 9% 14%

Aumento repentino da demanda 13% 9% 14%

Treinamento profissional do pessoal de PCP 4% 9% 10% Dificuldade de estabelecimento de parâmetros para o MRP 4% 9% 10% Dificuldade de administração de itens importados 13% 0% 7% Dificuldade de avaliar capacidade de produção 9% 9% 7% Dificuldade de administração de alto mix de produtos 4% 9% 7%

Lotes impostos por fornecedores 0% 9% 5%

Dificuldade para formação de lotes de produção 0% 9% 2%

Outros problemas 13% 18% 14%

% de empresas que apontaram o problema

Nota: a coluna “Amostra” se refere aos resultados do nível 1, 2/3, mercado de peças de reposição e exportação

Para finalizar este capítulo, na Tabela 5.11 apresenta-se um resumo com os principais resultados relatados, de modo a facilitar a visualização do resumo da parte de levantamento dos dados através do questionário.

Nota: a coluna “Amostra” se refere aos resultados do nível 1, 2/3, mercado de peças de reposição e exportação

Tabela 5.11 – Síntese dos dados quantitativos da pesquisa

Tópicos Amostra toda Nível 1 Nível 2/3 Previsão de demanda - 76% utilizam técnica de forma sistemática 96% de utilização sistemática 54% de utilização sistemática - visão de médio / longo prazo OBJETIVOS: - definir investimentos/capacidade - negociar com fornecedores Programação da MRP II = 58% MRP II = 68% MRP II = 60% Produção OPT = 25% OPT = 26% OPT = 30% JIT = 14% JIT = 4 % JIT = 10% Fluxo da produção MTO MTS MTO + MTS Produção contínua ATO 43% 26% 77% 7% 9% 0% 30% 39% 23% 13% 13% 0% 7% 0% 0%

Softwares usados 20 tipos diferentes

pelo PCP 23% utilizam solução própria

Grau de colaboração Considerado moderado grau de colaboração com clientes e fornecedores, na média

Cobertura de estoque MP = 15 dias MP = 15 dias PA = 5 dias PA = 8 dias Nível de estoque 20% consideram alto 17% consideram alto 23% consideram alto Acurácia Prod.Acabado: 31% = menos que 95% acuracidade Pontualidade de entrega Mediana 95% 95% 95%

Matéria - prima: 39% = menos que 95% acuracidade Atividades mais - programação da produção

importantes para PCP - previsão de demanda

Atividades menos - controle da produção

críticas para PCP - controle de estoque

Principais problemas 1) alteração freqüente de programação dos clientes

enfrentados pelo PCP 2) falta de confiabilidade de entrega de MP

3) sistema de informação pouco eficiente 4) baixa acuracidade dos registro de estoque Avaliação sobre a

atuação do PCP (nota de 0 a 5)

CAPÍTULO6 CONCLUSÃO

Como fechamento deste trabalho, é feita uma análise das questões de pesquisa, apresentadas no capítulo 1 e das hipóteses, formuladas no capítulo 4, à luz dos resultados apresentados no capítulo 5. Em seguida, apresenta-se um resumo das conclusões e recomendações.