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Informações relativas às Participações Acionárias da Carteira de Não

No documento Relatório de Gestão de Riscos (páginas 36-43)

3. RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ

3.10. Informações relativas às Participações Acionárias da Carteira de Não

Quando inicialmente reconhecidas, as empresas do Sistema BNDES classificam as participações societárias em uma das seguintes categorias: Instrumentos Financeiros (ações), Investimento em Controlada, Investimento em Coligada, ou Outras Participações.

As ações classificadas como Disponíveis para Venda são mensuradas, inicialmente, pelo valor justo na data da negociação, acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à aquisição ou emissão do instrumento. Após o reconhecimento inicial, esses investimentos são mensurados pelos seus valores justos sem nenhuma dedução dos custos de transação em que possa incorrer na venda ou em outra alienação. As mudanças no valor justo das ações são reconhecidas diretamente no patrimônio líquido das empresas do Sistema BNDES, na conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial. Essas mudanças no valor justo correspondem a ganhos ou perdas econômicos ainda não realizados, registrados sob a concepção de resultado abrangente.

Ao determinar e divulgar o valor dos investimentos em participações societárias classificadas como Disponíveis para Venda, as empresas do Sistema BNDES utilizam a hierarquia a seguir:

• Nível 1: aplicado para empresas cujas ações são listadas em bolsa, para as quais o valor justo é baseado no preço médio de fechamento do último pregão em que houve negociação do título, no mês de referência;

• Nível 2: aplicado para (a) empresas com ações listadas em bolsa, mas cujo preço médio de fechamento do último pregão em que houve negociação do título sofreu algum tipo de ajuste para o cálculo do valor justo, devido a fatores como, por exemplo, a baixa liquidez das ações; e (b) empresas de

R$ mil Fatores de Risco Comprada Vendida Comprada Vendida Comprada Vendida

Bolsa 1.206.610 27.882.313 369.152 28.886.154 13.679.104 28.233.843 Balcão 12.932.942 13.698.603 15.085.829 15.404.603 12.510.473 12.871.968 Bolsa - 1.206.610 369.152 - - 13.679.104 Balcão 6.795.958 8.918.324 6.625.718 9.410.709 4.592.611 5.757.113 Bolsa - - - - Balcão 3.947.475 327.984 3.913.902 359.141 6.751.113 2.891.326 Bolsa - - - - Balcão - - - - Bolsa 26.675.703 - 23.994.861 - 14.554.739 - Balcão 30.108 - 90.617 - 13.160 3.864 Demais fatores de risco

Mercado

set/14 jun/14 set/13

Consolidado Econômico-Financeiro Taxa de Juros Taxa de Câmbio Preço de Ações Preços de Mercadorias (Commodities )

participações (holding) cujas ações não são listadas em bolsa, mas o principal ativo é representado por ações de empresas listadas em bolsa, para as quais o valor justo é baseado no preço médio de fechamento do último pregão em que houve negociação das ações integrantes do ativo da empresa, ajustado pelos demais ativos, passivos e por baixa liquidez, se for o caso; e

• Nível 3: aplicado para empresas cujas ações não são listadas em bolsa, para as quais o valor justo é determinado, na data de referência, a partir de modelos de precificação baseados em múltiplos ou em fluxo de caixa descontado.

Adicionalmente, em algumas poucas situações o investimento é mensurado pelo custo (“Valor de Custo”). É o caso de empresas cujas ações não são listadas em bolsa e que apresentam um intervalo amplo de valores justos possíveis de serem aceitos para a data de referência no âmbito do esforço de avaliação estabelecido no Nível 3, sem que se possa determinar a probabilidade associada às estimativas que compõem tal intervalo, para as quais é atribuído o custo de aquisição.

A tabela abaixo apresenta os valores para a carteira do Banco referente às participações classificadas como Disponíveis para Venda9 em fins de setembro de 2014. O valor justo apresentado segue metodologia citada acima, que também é aplicada ao valor contábil. Para o valor de mercado, os dados exibidos seguem as cotações disponíveis na data base do relatório, exceto para empresas não negociadas em bolsa. As informações se referem a um conjunto de 117 empresas de setores diversos, sendo 60 de capital aberto e 57 de capital fechado.

Já os investimentos do BNDES em empresas controladas e empresas coligadas, nos termos da Lei n.º 11.941/2009, são avaliados pelo método de equivalência patrimonial (MEP). Tratam-se de todas as entidades sobre as quais o Banco possui influência significativa, entendida como o poder de participar nas decisões financeiras e operacionais, sem controlar de forma individual ou conjunta essas políticas.

Por este método, os investimentos são inicialmente reconhecidos pelo seu valor de aquisição e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação do investidor nas variações patrimoniais das investidas geradas após a aquisição. A participação do Banco nos lucros ou prejuízos de suas controladas / coligadas é reconhecida na demonstração do resultado e sua participação nos outros resultados abrangentes é reconhecida de forma reflexa diretamente no patrimônio liquido.

Em R$ Mil

Descrição Valor Contábil Valor de Mercado* Valor Justo

Ações Disponíveis Para Venda 66.795.107 67.528.836 66.795.107

Quando a participação do BNDES nas perdas de uma coligada for igual ou superior ao valor contábil do investimento, incluindo quaisquer ativos de longo prazo que na essência constituam parte do investimento na coligada, o Banco não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) de fazer pagamentos por conta da coligada.

Após a aplicação do método de equivalência patrimonial, avalia-se a necessidade de reconhecer alguma perda adicional por redução ao valor recuperável do investimento líquido total em cada coligada, incluindo eventual parcela de ágio, pela comparação de seu valor contábil com seu valor recuperável (valor de venda líquido dos custos para vender ou valor em uso, dos dois o maior). O teste é realizado semestralmente ou sempre que houver indicação de perda de valor do investimento.

Por fim, as demais participações permanentes da instituição são avaliadas pelo custo de aquisição.

Por serem mensurados pelo valor justo, os investimentos em participações do BNDES estão sujeitos a ganhos ou perdas não realizados, decorrentes de ajustes de avaliação patrimonial das ações disponíveis para venda. Estes ajustes são registrados diretamente no patrimônio líquido no âmbito da demonstração do resultado abrangente. Ganhos ou perdas não realizados e não reconhecidos podem ser originados de passivos a descoberto de empresas coligadas, não reconhecidos pelo Banco em razão da inexistência de obrigação legal ou construtiva de honrá-los.

A tabela a seguir apresenta este conjunto de valores para data base de setembro de 2014, assim como os ganhos decorrentes de alienações acionárias. Ressalta-se que os itens 1 e 2 impactam também a apuração do Capital Regulatório da instituição.

Conforme mencionado anteriormente, o BNDES não possui, atualmente, ações classificadas na carteira de negociação. Dessa forma, do ponto de vista regulatório, a necessidade de capital referente à carteira de ações classificadas na carteira de não negociação está incorporada na parcela referente ao risco de crédito (RWACPAD). Em 30/09/2014 o valor do requerimento de capital relativo às participações societárias foi igual a R$ 66.795.107 mil, com aplicação do fator de ponderação de risco de 100%. Dentre as participações societárias mais relevantes encontram-se as empresas Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS, Vale S.A. e Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobrás, dos setores de petróleo, mineração e energia, respectivamente.

Em R$ Mil Valor 142.318 5.388.894 (143.016)

*Os ganhos de partic ipaç ões acionárias se referem ao 3º trimestre de 2014. Para o ac umulado do ano o resultado foi de R$431.747 mil. **Desconsidera efeitos tributários

Descrição

1. Ganhos decorrentes de venda ou liquidação de participações acionárias* 2. Valor total de ganhos (ou perdas) não realizados, mas reconhecidos** 3. Valor total de ganhos (ou perdas) não realizados e não reconhecidos

4. RISCO OPERACIONAL

De acordo com a Resolução CMN nº 3380/06, o risco operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Esta definição inclui o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em razão de descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela Instituição.

4.1.Estrutura

A Estrutura de Gestão de Risco Operacional no BNDES se baseia no compartilhamento de responsabilidades entre a Alta Administração da instituição, o Subcomitê de Gestão de Risco Operacional e Controles Internos (SCGROCI), as unidades fundamentais e a unidade de gestão de risco operacional. Tendo em vista a presença do risco operacional em qualquer atividade do Banco, cabe aos gestores dos processos da instituição a responsabilidade de identificar, avaliar e gerir esse risco.

Compete à unidade de gestão de risco operacional executar as atividades de identificação e avaliação de riscos nos processos críticos e em novos produtos, de gestão da continuidade de negócios, de monitoramento dos eventos de risco operacional,de apuração do cálculo do capital regulamentar e o processo contínuo de comunicação.

4.2.Objetivo

As atividades de identificação e avaliação de riscos operacionais em processos críticos e em novos produtos, assim como o monitoramento dos eventos de risco operacional da Instituição, têm como objetivo minimizar a ocorrência de perdas devido à falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos.

O Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios (SGCN), em fase de implementação, tem como objetivo conferir maior resiliência à Instituição frente a problemas e adversidades que representem ameaças à continuidade das suas operações críticas.

4.3.Política

As Políticas de Gestão de Riscos Operacionais e de Gestão da Continuidade de Negócios, alinhadas aos fundamentos estabelecidos na Resolução CMN nº 3.380/06, formam a base da estrutura e orientam a execução das atividades de gestão de risco operacional nas suas interações com as demais áreas do Banco.

A Política de Gestão de Riscos Operacionais estabelece o conjunto de princípios, ações, papéis e responsabilidades necessários à identificação, avaliação, tratamento e controle dos riscos operacionais aos quais o BNDES está exposto.

A Política de Gestão da Continuidade de Negócios, por sua vez, estabelece o conjunto de princípios, diretrizes, papéis e responsabilidades necessários à Gestão da Continuidade de Negócios no BNDES, de maneira a prevenir e gerenciar interrupções, bem como assegurar o retorno das atividades à normalidade.

Fazem parte das diretrizes que orientam o processo de gestão de risco operacional:

• o registro das informações relativas aos eventos de riscos operacionais, para que possam viabilizar as ações de identificação, análise, avaliação, tratamento e monitoramento desses riscos; e

• a avaliação dos riscos para determinação da modalidade de tratamento a ser aplicada, a priorização das ações, bem como a definição de indicadores para o seu monitoramento.

4.4.Estratégia

As decisões estratégicas da instituição associadas à gestão de risco operacional estão relacionadas à seleção de processos críticos a serem avaliados e à modalidade de tratamento a ser conferida aos riscos operacionais identificados:

• aceitar: decisão consciente de assumir um risco, seja pela sua baixa probabilidade de ocorrência e baixo impacto ou por situações em que a implantação de mais controles implique custo maior do que as eventuais perdas;

• transferir: distribuição acordada do risco com outras partes, de forma total ou parcial;

• mitigar: adoção de medidas que minimizem a probabilidade e/ou o impacto de ocorrência de um evento de risco operacional; e

• eliminar: adoção de medidas que impliquem a exclusão de determinado risco, podendo envolver a mudança, suspensão ou término de uma atividade.

4.5.Processos

4.5.1. Identificação e Avaliação de Riscos nos Processos

Compete ao Departamento de Gestão de Risco Operacional o papel de auxiliar os gestores de processos, provendo o ferramental necessário para que eles realizem a

avaliação e a gestão dos riscos operacionais inerentes aos seus processos. A atividade consiste na captura dos riscos em conjunto com os gestores, por meio de utilização de metodologia que conta com reuniões para identificação dos riscos, análise considerando a medição de probabilidade de ocorrência e impacto do risco e proposição de tratamento mais apropriado. Novos produtos e serviços também contam com a avaliação de riscos operacionais, realizada com base em reuniões com os agentes envolvidos com o novo produto/serviço.

A atividade de identificação e avaliação de riscos operacionais pode ser realizada por iniciativa da Área de Gestão de Riscos, por demanda de gestor de processo, por indicação da Alta Administração do BNDES, ou a partir da identificação de perda operacional.

4.5.2. Gestão da Continuidade de Negócios

O BNDES vem concentrando esforços na implementação de um Sistema de Gestão de Continuidade de Negócios (SGCN) na Instituição, baseando-se nas melhores práticas de mercado e na norma ABNT NBR 15999. O SGCN deve ser capaz de identificar quais são os processos críticos do BNDES e seus requerimentos de negócio por meio da análise de impacto nos negócios e, para esses processos, deve construir planos de continuidade de negócios. Adicionalmente, serão desenvolvidos os planos de gerenciamento de incidentes e de recuperação de negócios. Todos os planos serão objeto de testes periódicos, bem como sofrerão atualizações, de modo a permitir sua aplicabilidade no caso de contingência real.

4.5.3. Monitoramento dos Eventos de Risco Operacional e Apuração do

Capital Regulamentar (Parcela RWAopad)

O BNDES aprimorou o processo de estruturação da base de dados de eventos de risco operacional, utilizando a ferramenta de risco operacional que é atualizada mensalmente. Esta base será fundamental para a apuração do risco operacional de suas atividades de forma mais precisa; e para atuação mais eficaz em estratégias de mitigação ou eliminação de risco.

O cálculo da parcela do capital regulamentar relativa ao risco operacional (RWAopad) é atualmente realizado com base no método do indicador básico, previsto na Circular BACEN nº 3.640/13 e alterações posteriores. Cabe destacar que o atual normativo estabeleceu novos procedimentos para cálculo referente à parcela de risco operacional modificando a fórmula das abordagens padronizada e excluindo a fórmula adicional para consolidados econômico-financeiros.

Maiores informações sobre a parcela RWAopad estão na seção 5, denominada

Paralelamente, o BNDES tem realizado esforços para desenvolver modelo interno para cômputo de risco operacional (Abordagem de Mensuração Avançada – AMA).

4.6.Sistemas

A partir do primeiro semestre de 2014, todas as atividades da unidade de gestão de risco operacional passaram a contar com apoio de ferramentas computacionais de apoio, com módulos específicos para as atividades de identificação e avaliação de riscos, para o sistema de gestão de continuidade de negócios, para o monitoramento de eventos de risco operacional e para a apuração do capital regulamentar, reduzindo riscos e otimizando os processos por elas apoiados.

4.7.Comunicação

A atividade de comunicação compreende a geração de informações para os públicos externo e interno. Além do atendimento a demandas externas, provenientes do regulador e dos demais órgãos de controle externo, os resultados das avaliações e as propostas para o tratamento dos riscos identificados são encaminhados à consideração do Subcomitê de Gestão de Riscos Operacionais e de Controles Internos. As recomendações do Subcomitê quanto ao tratamento dos riscos são, posteriormente, direcionadas às unidades responsáveis, e o seu cumprimento é monitorado pelo Departamento de Gestão de Risco Operacional.

Adicionalmente, são realizadas diversas iniciativas de fomento à cultura interna de gestão de riscos operacionais. Na intranet do BNDES, disponível ao público interno, existe um portal onde estão consolidadas informações referentes à Gestão de Riscos. Também está disponível um endereço eletrônico para relato de eventos e quaisquer outras formas de interação com a unidade de gestão de risco operacional. Ademais, consta do programa de capacitação de novos funcionários módulo específico sobre o tema, que vem sendo regularmente ministrado aos novos empregados.

5. GERENCIAMENTO DE CAPITAL

A partir de outubro de 2013, iniciou-se o processo de implantação no Brasil das novas recomendações do Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, conhecidas como Basileia III. Os novos normativos emanados pelo regulador brasileiro trouxeram diversas mudanças. Os demonstrativos a seguir foram elaborados de acordo com as normas em vigor. Para maior detalhamento das mudanças ocorridas, consultar o Relatório de Gestão de Riscos de Dezembro/2013.

No documento Relatório de Gestão de Riscos (páginas 36-43)

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