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3.3 ESTUDO DOCUMENTAL ACERCA DA REFORMA DA PNH

3.3.2 Informes do Secretário Geral da ONU concernentes à MINUSTAH

A seguir será feita uma descrição dos Informes do Secretário Geral da ONU que se referem à MINUSTAH. A abordagem desses Informes é importante, porque mostram os avanços que foram alcançados e os obstáculos recorrentes para a reforma da PNH. Vale salientar que os Informes utilizados são do período de 2004-2009, e o Secretário Geral da ONU em 2004 foi Kofi Annan (mandato de 1997-2006), e a partir de 2007 até 2009, o

Secretário Geral da ONU é Ban Ki-moon (mandato até 2011).32

S/2004/300 16 de Abril de 2004

Este informe deu-se em virtude da Resolução 1529 de 29 de Fevereiro de 2004, à qual autorizou uma Força Multinacional Provisória no Haiti por um período máximo de três meses, com início em 11 de Março de 2004, para que informações do território fossem recolhidas.

O Secretário Geral aponta que entre os anos de 1994-2001, o Haiti passou por acontecimentos positivos, como por exemplo, o restabelecimento de certo grau de democracia

com a primeira transferência pacífica de governo entre dois presidentes que foram eleitos democraticamente. Contudo, devido à instabilidade interna, as reformas democráticas nunca foram de fato realizadas. A profissionalização da PNH se deu de forma desigual e lenta, o tráfico de drogas e a corrupção aumentaram, bem como os desrespeitos aos direitos humanos. A situação da segurança em geral vem piorando consideravelmente desde fins do ano 2003, culminando em uma insurreição armada e o quase desmoronamento do aparato de segurança em Fevereiro de 2004. A situação piorou ainda mais devido à politização e desintegração da PNH e o aumento dos grupos armados. Além dos grupos armados começaram a surgir grupos organizados pelas comunidades, grupos paramilitares, milicianos e gangues de rua, propagando a violência por todo o país.

Para que se estabeleça o império da lei no Haiti é preciso que seja adotado um enfoque que permita ajudar a PNH através de uma reforma sustentável e que seja implantado um programa de Desarme, Desmobilização e Reintegração para os grupos armados. Para tanto, se faz recomendações para o estabelecimento de uma Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti – MINUSTAH. O Secretário Geral da ONU fez algumas recomendações do

que deve ser composto o Mandato desta missão.33

S/2004/698 30 de Agosto de 2004

A MINUSTAH foi estabelecida em 1 de Junho de 2004 no Haiti, e nesta mesma data policiais civis da missão começaram a montar uma sede da polícia civil em campo, avaliar a estrutura existente, e as necessidades de treinamento, logística e administração, e iniciaram um vínculo de trabalho com a PNH.

Foram estabelecidos centros operacionais regionais para auxiliar a PNH no andamento das suas atividades. No que se refere à situação da segurança em geral, desde a chegada da MINUSTAH e do início das patrulhas em conjunto com a PNH, a violência diminuiu consideravelmente. Contudo, alguns grupos armados continuam dominando partes do território e ainda não existe um efetivo suficiente da PNH que possa realizar tarefas administrativas e de segurança.

O Governo de Transição (Boniface Alexandre) se comprometeu a criar uma comissão interministerial mista sobre desarmamento e adotar um enquadramento legal, o que representaria um passo importante para o desenvolvimento de um programa de DDR.

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Ver essa informações no anexo. Para ver as recomendações gerais acessar http://daccess-dds- ny.un.org/doc/UNDOC/GEN/N04/304/30/IMG/N0430430.pdf?OpenElement.

Contudo, essa comissão não foi criada e a MINUSTAH segue pedindo para que o Governo do Haiti cumpra o prometido.

Até a referida data o efetivo da PNH conta com aproximadamente 3.567 policiais, um efetivo que ainda é pouco para prover a segurança no país. A MINUSTAH começou a ter reuniões regulares com funcionários do Ministério da Justiça, Ministério do Interior e com a PNH, para discutir a assistência em áreas-chave que podem contribuir para a estabilização do Haiti.

Em Julho de 2004 foi realizado um programa de “capacitação dos capacitadores” que seria implantado posteriormente na Academia da PNH em Porto Príncipe. A MINUSTAH também criou uma equipe de treinamento especial que iria avaliar as necessidades e desenvolver um plano de formação para os policiais da PNH.

S/2004/908 18 de novembro de 2004

A situação da segurança tem se deteriorado desde o último informe. Os grupos armados estão se tornando cada vez mais violentos contra o governo transitório. A situação piorou ainda mais com o desastre natural (tormenta Jeanne). Membros do Exército dissolvido começaram a invadir as estações policiais; entretanto, a PNH com a assistência da MINUSTAH começaram a expulsar essas forças.

Em outubro de 2004 foi instituído um Centro de Operações Conjuntas da MINUSTAH e da PNH, com o fim de melhorar a coordenação entre os policiais civis e os militares da MINUSTAH com a PNH, quando estes trabalhassem em atividades comuns. A partir da criação deste Centro, muitas operações de segurança foram realizadas alcançando um resultado relativamente positivo, com prisões e confiscos de armamentos. As patrulhas foram intensificadas proporcionando uma presença de segurança, e foram construídos postos de controle pelas cidades.

O Governo de Transição não estabeleceu a comissão que trataria do plano de DDR como havia sido solicitado, apesar da MINUSTAH demonstrar interesse nesse plano de ação juntamente com a ONU e o PNUD.

S/2005/124 25 de fevereiro de 2005

O Governo de Transição ainda não promulgou um decreto presidencial para estabelecer a comissão nacional de DDR. Contudo, o governo anunciou um programa de compensação para os membros das antigas forças armadas que foram destituídas em 1995, com uma reserva de 2,8 milhões de dólares para este fim. Os ex-militares aceitaram a

compensação, contudo se negaram a desarmar-se e exigiram a criação de uma força de segurança provisória. A MINUSTAH recomendou ao governo provisório que antes de efetuar os pagamentos aos ex-militares dessem a condição deles se desarmarem e participarem do processo de DDR. Mas, as autoridades não deram nenhuma resposta à proposta.

O processo de DDR, apesar das dificuldades, está em execução em algumas zonas. Dentro da missão a MINUSTAH juntamente com o PNUD, trabalham com o intuito de assegurar que o programa de DDR respondesse as necessidades imediatas de manter a paz e estabilizar o território, ao mesmo tempo, buscando soluções em longo prazo. Para que esse fim seja efetivo é necessário do governo e da comunidade internacional apoio financeiro.

A formação de 200 policiais foi concluída em 21 de janeiro de 2005, junto com 193 membros das antigas forças militares que se integraram na PNH. O programa de formação dos cadetes consiste em 4 meses na Academia de Polícia e 2 meses em estações policiais (delegacias).

S/2005/313 13 de Maio de 2005

A situação de segurança segue instável, principalmente na capital Porto Príncipe, pois vários grupos armados passaram a cometer um crescente número de atos violentos. Foram constatados alianças entre membros da PNH com os grupos armados. Foram realizadas várias operações com êxito em relação à segurança do Haiti. A MINUSTAH passou a ser alvo de vários ataques por parte dos grupos armados.

Em 4 de fevereiro de 2005, o Governo de Transição estabeleceu a Comissão Nacional de Desarme, mas seu mandato não foi definido, nem as suas funções e estrutura para o desarmamento, desmobilização e reintegração. O Programa Nacional de DDR foi aprovado pelo Governo Transitório, Programa esse que foi preparado pelo Governo Transitório, a MINUSTAH e PNUD. Porém, a situação jurídica desse programa não está clara e por isso não está em funcionamento. Os armamentos que a MINUSTAH têm recolhido são poucos e devido à isto, a missão tem feito campanhas de sensibilização com os grupos armados.

Em 15 de Março de 2005, o Conselho Superior da Polícia Nacional aprovou um plano de desenvolvimento estratégico para a PNH de 2004-2008. Esse plano foi elaborado em uma mesa redonda setorial de cooperação interina, e definiu as principais metas para a formação da PNH, como por exemplo, a criação de uma homologação de uma nova organização, a formação de oficiais superiores, uma abrangente avaliação da polícia e o fortalecimento do Departamento Penitenciário Nacional. Mas, a PNH não pode exercer tais funções em todo o território.

A MINUSTAH tem fornecido apoio operacional e tem prestado mais atenção à capacitação e criação de capacidades da PNH. Contudo, o pequeno efetivo da MINUSTAH tem dificultado o andamento dessas atividades. Os policiais da MINUSTAH seguem supervisionando e prestando assistência para a Academia de Polícia para a capacitação de dezesseis novas classes, o que compreende 368 novos recrutas para a PNH.

S/2005/313/Add.1 23 de Junho de 2005

Este Informe retrata a dificuldade financeira pela qual a missão está passando e solicita ajuda financeira dos Estados-membros da ONU para que o efetivo da missão aumente. Esse fator atinge o andamento da reforma do setor de segurança de forma negativa, pois a missão depende do auxílio financeiro dos países membros da ONU, bem como da comunidade internacional, para dar continuidade às suas atividades.

S/2005/631 6 de Outubro de 2005

A situação da segurança melhorou no Haiti, mesmo existindo a possibilidade de que a violência volte a se instalar na região. É importante que se continue fazendo o possível para que o Haiti seja capaz de assegurar o Estado de direito. A MINUSTAH abriu um Centro Misto de Análises, o que facilitou muito na sua capacidade de análise no campo e o intercambio de informações.

Novas delegacias da PNH começaram a ser abertas por todo o território haitiano. É destacada a importância de que as próximas operações de segurança aconteçam seguidas por assistência rápida e eficazes de socorro, e de projetos de desenvolvimento como a aplicação das atividades de DDR.

A MINUSTAH ainda se esforça em convencer os grupos armados a se desarmarem de forma organizada. O interesse maior desses grupos é apenas nas pensões e indenizações pagas pelo Governo de Transição, e em empregos no setor público (PNH) ou em um exército reconstituído. Com a assistência da MINUSTAH a Comissão Nacional de Desarme se prepara para um procedimento claro de negociação para o programa de DDR.

A MINUSTAH ajuda a PNH no preparo de um plano de reforma baseado em um memorando de entendimento entre as autoridades do Haiti e a missão que tem por objetivo fomentar a profissionalização e habilidades técnicas, além de incluir a certificação dos agentes da polícia. O Informe apresenta que desde Março de 2004, tem-se formado na academia cerca de 1.546 agentes. O plano de estudo se complementa com a orientação em campo fornecida por mais de 410 policias da MINUSTAH em conjunto com a própria PNH, e

acompanhamento e apoio operacional no desempenho das atividades e na formação especializada prestada nas delegacias locais. Ainda segue precário o funcionamento do sistema judicial e penitenciário, e o desrespeito aos direitos humanos pelos policiais da PNH.

S/2006/60 2 de Fevereiro de 2006

A situação da segurança permaneceu estável na maior parte do Haiti. A MINUSTAH juntamente com a PNH organizou com êxito várias operações de segurança. O Centro Misto de Análises da MINUSTAH tem contribuído para a melhora das operações em campo. É salientada a importância da ajuda internacional para melhorar a capacidade da PNH, e que a mesma aja em coordenação com a MINUSTAH para não colocar em risco suas atividades.

Houve progresso no estabelecimento de um marco institucional para o processo de DDR. As condições para o alcance de um desarme total seguem sem alcance, isso se deve sobretudo à falta de interesse nacional e os escassos avanços na reforma do setor de segurança. A MINUSTAH em conformidade com a Comissão Nacional de Desarmamento tem ajudado a estabelecer comitês comunitários de redução da violência.

A MINUSTAH, em colaboração com a Comissão Nacional de Desarme, formulou um procedimento que rege as negociações com os grupos armados e as condições de admissão ao processo de DDR que se tem apresentado ao Conselho Superior da PNH.

Foram apresentados alguns obstáculos para a reforma da PNH: carências profissionais, técnicas e logísticas, a pouca confiança da população, resistências à certas medidas de reforma. Foram estabelecidos órgãos e equipes da MINUSTAH e da PNH para determinar os aspectos que deveriam ser melhorados, coordenar e orientar as iniciativas de desenvolvimento. Essas iniciativas irão constar em um plano de reforma para a PNH, que se pretende aprovar. Esse plano é baseado em uma proposta inicial de capacidade básica de 7.000 policiais, priorizará o desenvolvimento de instituições, como a Oficina do Inspetor Geral, que podem contribuir na garantia dos valores profissionais dentro da PNH. O plano ajudará também na administração e avaliação da estrutura de segurança do país.

A MINUSTAH sentando as bases para um processo de reforma integral, tem colaborado com as autoridades da PNH no registro dos novos agentes da polícia. A MINUSTAH também promoverá a reforma da PNH através de um programa de certificação de agentes e unidades da polícia nacional. A profissionalização da PNH só será efetiva se acompanhada do progresso do sistema judicial e penitenciário. Ainda é presente o desrespeito

aos direitos humanos pelos membros da PNH. É de extrema importância a colaboração internacional para o fortalecimento da MINUSTAH nesse trabalho.

S/2006/592 28 de Julho de 2006

A situação da segurança se manteve frágil. A MINUSTAH e os funcionários de Governo formularam um plano integrado de segurança que incluía o aumento dos postos de controle e patrulhas. O componente de DDR da MINUSTAH, trabalhando em cooperação com a Comissão Nacional de DDR, tem alcançado progressos consideráveis no desarmamento no Haiti.

Até este período a capacidade da PNH em atuar como força policial eficaz seguiu de forma limitada. O componente policial da MINUSTAH continuou trabalhando com a PNH na introdução das melhorias em sua capacidade profissional, técnica e logística. Até a presente data foram registrados 5.783 policiais em serviço ativo na PNH. Foi elaborado um Plano de Reforma da PNH em colaboração com o próprio pessoal da PNH que ainda espera aprovação do Conselho Superior da Polícia Nacional. Com relação aos direitos humanos, a cooperação da MINUSTAH com a PNH nessa área melhorou.

Para fazer frente às deficiências da PNH foi preparado um projeto de plano de reforma da PNH em conjunto com as autoridades haitianas. Espera-se que, sendo esse plano aprovado, sirva de guia para as atividades nacionais nos próximos anos. De acordo com o plano de reforma, as funções policiais básicas podem ser desempenhadas por uma força de 12.000 policiais bem equipados e qualificados. O plano também prevê a criação de um fórum em que os representantes da sociedade haitiana e internacional possam debater as novas normas em matéria de recrutamento, capacitação e promoção de carreira da PNH. É solicitado em paralelo com a reforma da PNH que o sistema judicial e penitenciário também sejam reestruturados.

S/2006/1003 19 de Dezembro de 2006

Até este período a situação de segurança se manteve estável na maior parte do país. A MINUSTAH segue trabalhando com as autoridades locais para desenvolver um processo de desarme e reinserção adequados para a situação do Haiti. Em 8 de Agosto de 2006 foi aprovado o Plano de Reforma da PNH, plano esse que estabelece um esquema claro e amplo para o desenvolvimento das capacidades policiais da PNH, e que prevê a aplicação de três processos: investigação de antecedentes, capacitação e fortalecimento institucional. De acordo com esse plano, é previsto que o número de efetivo policial da PNH aumente cerca de 1.500

por ano. A MINUSTAH, junto com o PNUD e o Governo do Haiti, está trabalhando para melhorar esse processo.

S/2007/503 22 de Agosto de 2007

Até este período se têm registrado melhoras significativas na área de segurança. Ocorreram operações de segurança bem sucedidas no território em parceria da MINUSTAH com a PNH. Apesar das capacidades da PNH terem melhorado, é necessário que a MINUSTAH continue apoiando suas atividades de segurança para um retorno seguro da segurança.

Policiais da MINUSTAH apoiaram a criação e o treinamento de uma Polícia Marítima dentro da PNH para que as fronteiras haitianas fossem melhor vigiadas. Essas atividades se adéquam à estratégia da missão de transferir de forma gradual suas responsabilidades geográficas e funcionais às autoridades competentes locais.

A MINUSTAH segue prestando apoio operacional para a Comissão Nacional de DDR. Atualmente, cerca de 7.728 policiais da PNH desempenham tarefas policiais. Apesar dos avanços alcançados na reforma da PNH, o nível de aptidão e desenvolvimento institucional ainda é insuficiente e frágil. É preciso alcançar uma estrutura viável de segurança em longo prazo.

S/2008/202 26 de Março de 2008

A área de segurança segue estável. O número dos policiais segue inferior ao número que o Haiti realmente precisa. O trabalho da PNH dispõe de recursos limitados e carece de capacitação avançada, e por isso, a MINUSTAH continua prestando apoio operacional para a PNH. A missão segue prestando auxílio logístico, financeiro e técnico à Comissão Nacional de DDR, objetivando melhorar sua capacidade. É necessário aumentar o efetivo policial da PNH para se chegar a um total de 14.000 em 2011, como previsto no seu Plano de Reforma. Atualmente, aproximadamente 8.444 policiais trabalham na PNH.

S/2008/586 27 de Agosto de 2008

A situação da segurança piorou devido ao ressurgimento de atos violentos pelo território. Como a PNH ainda carece de problemas institucionais, a MINUSTAH segue cumprindo seu papel de assegurar a estabilidade no país. Houve um reajuste no componente policial da PNH que proporcionou um aumento de quase 200 agentes policiais, número que vem aumentando ao longo do tempo. Tendo isso em vista, é previsto que haja um aumento

substancial da capacidade da PNH, criando condições para assumir de forma sistemática e progressiva as responsabilidades gerais no provimento da segurança no Haiti.

Foi prestado apoio logístico, financeiro e técnico para melhorar a capacidade da Comissão Nacional de DDR. Em conformidade com o Plano de Reforma da PNH, durante este período, foram realizados avanços na profissionalização do pessoal da polícia, o fortalecimento de suas instituições e o desenvolvimento da sua infra-estrutura. Em Junho de 2008, foi concluída uma ampliação da Academia da Polícia Nacional, o que representou um aumento nas capacidades das atividades de formação. Houve um fortalecimento da competência técnica da PNH em matéria de polícia judicial, importante para a realização de investigações e prestação de apoio aos processos judiciais.

S/2009/129 6 de Março de 2009

A situação da segurança segue frágil no Haiti, com insurgência de violência em certas áreas do território. O apoio da MINUSTAH para assegurar a estabilidade junto com a PNH é indispensável. A missão segue auxiliando a Comissão Nacional de DDR. Até este período houve um avanço na profissionalização dos oficiais e um aumento de sua capacidade institucional, além do desenvolvimento da infra-estrutura da PNH.

S/2009/439 1 de Setembro de 2009

Durante o período aqui compreendido a segurança no Haiti se manteve delicada. Com a ajuda da MINUSTAH as capacidades institucionais da PNH estão melhorando com o passar do tempo. Foram feitas operações exitosas de segurança em conjunto da MINUSTAH com a PNH. O apoio da missão à Comissão Nacional de DDR continua. Em 18 de Agosto de 2009, a PNH contava com cerca de 9.715 agentes policiais, e a MINUSTAH continua com seu apoio para melhorar suas capacidades institucionais. Vale ressaltar que ainda é presente o desrespeito aos direitos humanos pelos membros da PNH, e que a missão segue orientando os policiais nessa área. É destacada a necessidade do apoio da comunidade internacional para que os resultados já alcançados sejam mantidos e para que a estabilidade no Haiti seja instalada.

O último Informe aqui apresentado data de 1 de Setembro de 2009. Tendo em vista que até este momento a reforma da PNH não foi realmente efetivada, no anexo pode ser visto um plano de consolidação do setor de segurança para um período posterior (Outubro de 2009 até Outubro de 2010). Nas considerações finais que seguem, serão apresentadas as conclusões

do trabalho, ou seja, como a MINUSTAH trabalhou para a reforma da PNH até o ano de 2009.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir de tudo que foi apresentado, ficou claro que o Haiti é um país estruturalmente debilitado e que remonta de uma herança histórica de miséria. Isso acabou gerando conseqüências na sua estrutura estatal, debilitando suas instituições e tornando o ambiente propício à insurgência da violência. O país foi palco de cinco operações de paz, contando com uma ainda corrente no território. Objetivando estabilizar a situação caótica no Haiti, a

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