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3.4 INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE

3.4.4 Infraestrutura Urbana

3.4.4.1 Rede de Drenagem Pluvial

De acordo com Mascaró (1989), o sistema de drenagem de águas pluviais basicamente possui duas partes:

1) ruas pavimentadas, incluindo as guias e sarjetas (escoadouros nas ruas para águas da chuva, bueiros de rua).

2) rede de tubulações e seus sistemas de captação.

Há uma preocupação sobre o escoamento de águas pluviais nas áreas urbanas, pois é necessário afastar as águas das edificações a fim de evitar erosão nas fundações, e ao mesmo tempo estabelecer declividade para impedir a estagnação das águas. ―Em termos econômicos, a preocupação dos projetistas e construtores deve centrar-se na tubulação e em sua participação no custo da rede, pois aí reside a maior parte do custo do sistema‖. (MASCARÓ, 1997, p. 177). Os elementos das vias que participam da drenagem de águas pluviais são: o meio-fio, as sarjetas e os sarjetões.

Os meios-fios são elementos utilizados entre o passeio e o leito carroçável. São dispostos paralelamente ao eixo da rua e construídos geralmente de pedra ou concreto pré-moldado, formando um conjunto com as sarjetas. Recomenda-se a altura do meio-fio de aproximadamente 15cm em relação ao nível superior da sarjeta. Alturas maiores dificultam a abertura das portas dos automóveis, e alturas menores diminuem, sem benefício, a capacidade de conduzir as águas nas rua...

As sarjetas são faixas do leito das vias, situadas junto ao meio-fio, executadas geralmente em concreto moldado ―in loco‖ ou pré-moldados. Formam, com o meio-fio, canais triangulares cuja finalidade é receber e dirigir as águas pluviais para o sistema de captação. O conjunto meio-fio - sarjeta deve ser dimensionado em função da declividade longitudinal e transversal da via, rugosidade e outros detalhes construtivos.

Sarjetões são calhas geralmente construídas do mesmo material das sarjetas e em forma de ―V‖. Situam-se nos cruzamentos das vias e têm a

função de dirigir o fluxo de águas no cruzamento. (MASCARÓ, 1997, p. 179 - 181).

3.4.4.2 Rede de Eletricidade

Rede elétrica, segundo Mascaró (1989, p.122), ―é um conjunto de elementos interligados que se encarregam de captar energia primária, convertê-la em elétrica, transportá-la até os centros consumidores e distribuí-la neles, onde é consumida por usuários residenciais, comerciais, industriais, serviços públicos, etc.‖.

O fornecimento de energia elétrica domiciliar, que antes fora serviço da alçada do município, passou agora para a privativa jurisdição da União, a quem compete, por reserva constitucional, explorar, diretamente ou mediante autorização, permissão ou concessão os serviços e instalações de energia elétrica.

Resta, assim, às municipalidades apenas prover a cidade de iluminação pública, obtendo a energia elétrica da União ou da empresa que detiver a concessão, permissão ou autorização para fornecimento naquela área. (MEIRELLES, 2001, p. 415 - 416).

A característica geral do sistema de fornecimento de energia elétrica é composta com as seguintes estruturas: sistema de geração; sistema de transmissão; estações transformadoras; linhas de transmissão; sistema de distribuição; posteação.

O sistema de distribuição é semelhante ao sistema de distribuição de água, uma rede primária e uma secundária que alimenta os usuários. A falta de estética das linhas aéreas de distribuição de energia desagrada aos urbanistas, os quais propõem sistemas subterrâneos; no entanto, o custo se elevaria consideravelmente. (MASCARÓ, 1989). A posteação, que é a estrutura mais visível do sistema, normalmente utiliza, para sustentação aérea, estrutura de concreto com altura de 9m para redes secundárias e 11m para redes primárias. Na posteação está instalado estrutura para a iluminação pública. A resistência dos postes deve ser capaz de suportar os esforços provocados pela rede e também para incidência de ventos.

Para a rede de telefonia Mascaró (1989) diz que se pode considerar, para os dias de hoje como sistema de comunicações onde também está incluído o próprio sistema de telefonia e a televisão a cabo, por exemplo.

Ainda, neste caso, pode-se enquadrar então, o sistema de rede de internet, que é fruto dos grandes avanços nas questões de telecomunicações.

A Lei no 9.472 de 16 de julho de 1997 (BRASIL, 1997), que dispõe sobre a organização dos serviços de telecomunicações e a criação e funcionamento de um órgão regulador, diz:

Art. 60. Serviço de Telecomunicações é o conjunto de atividades que possibilita a oferta de telecomunicação.

§ 1° Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza.

§ 2° Estação de telecomunicações é o conjunto de equipamentos ou aparelhos, dispositivos e demais meios necessários à realização de telecomunicação, seus acessórios e periféricos, e, quando for o caso, as instalações que os abrigam e complementam, inclusive terminais portáteis. Das redes de telecomunicações.

Art. 145. A implantação e o funcionamento de redes de telecomunicações destinadas a dar suporte à prestação de serviços de interesse coletivo, no regime público ou privado, observarão o disposto neste Título.

Parágrafo único. As redes de telecomunicações destinadas à prestação de serviço em regime privado poderão ser dispensadas do disposto no caput, no todo ou em parte, na forma da regulamentação expedida pela Agência. Art. 146. As redes serão organizadas como vias integradas de livre circulação, nos termos seguintes:

I - é obrigatória a interconexão entre as redes, na forma da regulamentação; II - deverá ser assegurada a operação integrada das redes, em âmbito nacional e internacional.

III – o direito de propriedade sobre as redes é condicionado pelo dever de cumprimento de sua função social.

A evolução das telecomunicações é algo recente e ao mesmo tempo de grande intensidade, requerendo normatização e investimento de ordem estrutural para agregarr o avanço desta tecnologia e consequentemente sua otimização. Ou seja, o sistema de telefonia pode ser considerado dentro do sistema de comunicação que vai muito além do sistema de telefones móveis ou fixos, até mesmo porque no sistema móvel estão inclusos as várias modalidades de internet.