Parte II Projetos desenvolvidos no decorrer do estágio
14. Tema 3 Importância do Ato Farmacêutico
14.6. Inquérito à população
No âmbito do tema “Importância do ato Farmacêutico” realizei um inquérito à população que teve como objetivo principal avaliar se a população reconhece o ato farmacêutico como uma mais-valia para saúde pública e se considera que esta intervenção permite ao Estado obter ganhos na saúde, quer sociais quer económicos. Uma das preocupações foi reunir uma amostra diversificada: respostas de ambos os sexos, de diferentes idades e com diferente grau de formação. O inquérito foi realizado online e partilhado no início do mês de Janeiro no facebook da farmácia Viamial e das restantes farmácias do grupo.
As questões eram:
1. “A farmácia é o primeiro lugar onde se dirige quando surgem sintomas ou dúvidas sobre a sua saúde?”
2. “Quais das situações o levam à farmácia antes de ir ao Hospital/Centro de Saúde?” 3. “Considera que a intervenção dos Farmacêuticos na Saúde Pública permite ao
estado poupar dinheiro?”
4. “Se respondeu "SIM" na pergunta anterior: Acha que o estado devia remunerar os Farmacêuticos por essa intervenção?”
Foram obtidas 177 respostas (Anexo 12). 76,8% Mulheres e 23,2% Homens;
38 Grau de formação diverso:
4ºAno: 0,6% 6º-9º Ano: 5,6% 12º Ano: 22%
Licenciatura: 31,1% Mestrado: 13,6% MICF: 27,1%
“A farmácia é o primeiro lugar onde se dirige quando surgem sintomas ou dúvidas sobre a sua saúde?”
51,4% - “Sim”
32,8% - “Não. Vou ao médico.”
15,8% - “Não. Procuro informação na Internet.”
“Quais das situações o levam à farmácia antes de ir ao Hospital/Centro de Saúde?”
79,1% - Constipação 22% - Dúvidas do funcionamento de DM
77,4% - Tosse 18,1% - Contraceção de emergência
48,6% - Dores Musculares 17,5% - Efeitos secundários de nova medicação
45,2% - Diarreia 14,7% - Ansiedade
44,6% - Febre 14,1% - Dúvidas de alimentos que se pode ingerir
28,8% - Obstipação
“Considera que a intervenção dos Farmacêuticos na Saúde Pública permite ao Estado poupar dinheiro?”
74% - “Sim. Há menos gastos em consultas, internamentos e em urgências.” 21,5% - “Talvez.”
4,5% - “Não. O Estado gasta o mesmo.”
“Se respondeu "SIM" na pergunta anterior: Acha que o estado devia remunerar os Farmacêuticos por essa intervenção?”
89% - “Sim. Se o estado gasta menos na Saúde, é justo remunerar pelo serviço público prestado.”
11% - “Não. O salário pago pelo empregador é suficiente.”
A exploração deste tema permitiu-me conhecer realidades de outros países que estão um passo à frente de Portugal na valorização do farmacêutico. É importante perceber o que está a ser feito em Portugal para atingirmos esse patamar.
Ainda antes de apresentar as conclusões da pesquisa à equipa da farmácia, todos tinham noção que noutros países já havia remuneração para alguns serviços
39 prestados mas não sabiam o modo como é feito. Também ninguém tinha ideia do valor económico que os farmacêuticos representam, apesar de reconhecerem que evitamos muitos gastos ao SNS.
O reconhecimento da importância do ato farmacêutico é definida por muitos como uma questão politica. No entanto, Portugal, como os restantes países desenvolvidos, deve finalmente reconhecer a mais-valia dos farmacêuticos e recompensar pelo serviço público que prestamos ao País.
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Referências
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