• Nenhum resultado encontrado

Para esta pesquisa, em janeiro de 2018, foi enviado um questionário com quatro questões subjetivas e uma objetiva para um grupo de doze profissionais de Relações Públicas em Instituições Públicas de Ensino Superior. Não houve parâmetros para a escolha da amostra entre a população de RPs. Como ferramenta instrumental, enviamos o questionário para um grupo do WhatsApp de RPs das IFEBs, os que concordaram em responder constituíram, então, nossa amostra para o inquérito piloto. Abaixo, as questões elaboradas:

1 - Em qual instituição você trabalha e há quanto tempo está lá?

2 - Há necessidade de um profissional de comunicação social em uma instituição de ensino? Por qual razão?

3 – Qual a importância de um sector de comunicação social em uma Universidade ou Instituto Federal de Educação?

4 – Em sua opinião, dos quatro profissionais a seguir, qual é mais apropriado para trabalhar em uma assessoria ou coordenadoria (ou sector) de comunicação social:

( ) jornalista ( ) relações públicas ( ) designer gráfico ( ) publicitário ( ) cerimonialista / tecnólogo em eventos

Justifique esta escolha.

5 - De acordo com as atividades que você executa na instituição onde é lotado36, e

atribuições do cargo, você acha que seria possível outro profissional de comunicação exercer estas funções? Por quê?

Resultados e análise

A primeira pergunta nos mostra o perfil temporal destes profissionais: foram contratados recentemente pelas instituições onde trabalham, não excedendo a quatro anos de lotação. Onze são servidores de Instituto Federal de Educação e um de uma Universidade.

A segunda pergunta questiona se há necessidade de um profissional de comunicação nestas instituições. Os doze questionados foram unânimes em afirmar que há

necessidade. Em suas respostas, as palavras mais recorrentes foram: comunicar / informação /

organizar eventos / relacionamento / públicos / comunicação integrada / ações de comunicação.

Na terceira questão, procuramos captar a perceção que os próprios profissionais de comunicação têm sobre a existência ou não de uma área de comunicação nas instituições de ensino. Sintetizamos então as respostas coletadas com palavras-chave pelas técnicas de redução de dados, segundo Van der Maren apud Bouti et al., (2005: 109) que diz:

uma interpretação ocorre durante a codificação dos dados, antes do seu tratamento, quando se trata de «formatar» respostas singulares, individuais, num mesmo sistema, por meio de um alfabeto único. Pode-se dizer que, nesse momento, a interpretação consiste numa redução

de particularidades para uma quando geral e manipulável (grifos do autor).

Assim, encontramos estas categorias:

apoio / organização de eventos / divulgação / comunicação de qualidade / estratégia / demandas institucionais / públicos / imagem institucional / transparência / direção / relacionamento / execução / auxílio

A quarta pergunta traz uma lista para escolha, que ficou desenhada em gráfico desta forma:

01 opção para jornalista - 10 para Relações Públicas (83%) - 01 para nenhum (o questionado acredita que deve haver uma equipe e não um profissional), conforme ilustra o gráfico nº 9 abaixo:

108

Gráfico 9 - Profissional para trabalhar num setor de comunicação

(Ilustração de nossa autoria.)

Da mesma forma, coletamos palavras-chave (ou sentenças) para sintetizar as respostas:

apto para produzir / profissional mais abrangente / comunicação integrada / atuação / formação completa / equipa / qualificação / sobrecarregado / todos importantes / fluxo de informação / relacionamento

A última pergunta questiona a possibilidade das atividades de comunicação serem executadas por outro profissional que não o Relações Públicas. Resultado:

7 pessoas acreditavam que sim e 5 outras acreditam que não, conforme o gráfico nº 10:

Gráfico 10 - Poderia outro profissional exercer as funções de RP?

Das respostas extraímos os seguintes conceitos, conforme o quadro nº 4: Quadro 4 - Respostas questão à questão nº 5

SIM NÃO

mas acredito que um profissional de RP tem funções bem amplas

as funções, pois elas são do profissional de relações publicas

pluralização de oportunidades de qualificação profissional

o olhar técnico do profissional de RP é mais pertinente conhecimentos diversos

RP é indispensável mas outras atividades podem ser executadas por outros profissionais

jornalista ações conectadas

outros podem exercer esta função

formação necessária apenas cerimonial

profissional mais completo

Conclusão do inquérito piloto

Diante das respostas coletadas e dos recortes bibliográficos, podemos perceber a singular importância do profissional de Relações Públicas nas instituições públicas de ensino no Brasil, mesmo em um micro experimento. No entanto, são os mesmos dados que nos apontam uma perspectiva de trabalho em equipe, não uma responsabilidade direcionada a apenas um determinado cargo, que é o mais adequado para o bom desempenho das funções e atribuições relativas à comunicação social nestas instituições.

Porém, apesar do apontamento à uma equipe multitarefa, os inquiridos, em quase sua totalidade, indicaram um “mas”, no sentido que nos aponta às multifuncionalidades do profissional de Relações Públicas.

A conclusão final foi que as instituições de ensino ainda precisam de aprimorar seus setores de comunicação social equipando-os com mais recursos humanos, no entanto, é imprescindível a presença de um profissional RP devido à especificidade da comunicação que envolve não sendo uma tarefa apenas de informar, mas também de formular estratégias e

110

planejar, a todo momento, fazeres comunicacionais, e sobremodo, a grande demanda de eventos institucionais que requerem uma atenção especial por parte de uma comunicação bem elaborada. Fator preocupante foi verificar que a maior parte dos inquiridos considerou que o papel dos RP poderia ser desempenhado por outros profissionais. De forma a compreender melhor o que este indicador significa, na verdade, tornou-se fundamental construir um inquérito mais completo, capaz de nos explicar o porquê destas primeiras respostas.

No capítulo 6, que se segue, apresentamos a análise dos dados obtidos pelo inquérito e nossa crítica inserida na apresentação destas informações.

Documentos relacionados