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Inquérito por entrevista

No documento GNR 274 João Romano (páginas 59-66)

Capítulo 6 Trabalho de Campo – apresentação dos resultados

6.2. Inquérito por entrevista

O presente subcapítulo visa apresentar a análise qualitativa que foi realizada às entrevistas que foram concedidas no âmbito deste TIA. Para tal desiderato, e devido à extensão das mesmas, construíram-se grelhas de registo das respostas dos entrevistados, correspondendo cada grelha a cada uma das questões constantes no guião de entrevista. A caracterização da amostra dos entrevistados é apresentada no Quadro nº 1. A caracterização individual e a codificação dos entrevistados encontra-se presente no Apêndice I juntamente com o guião de entrevista.

Quadro nº 1 - Caracterização da amostra das entrevistas

Caracterização da Amostra - Entrevistas

Idade Média de 46 anos

Género Todos do género Masculino

Posto 44% Coronel 28% Tenente-Coronel 28% Capitão Função 1 Oficial da DIC 2 Comandantes de CTer. 4 Oficiais Responsáveis pelo SIIOP

Anos de Serviço Média de 28 anos de serviço

O Quadro nº 2 exibe as respostas dos entrevistados à Questão nº 1 (Q1) do guião de

entrevista “Considera importante a informação criminal disponibilizada através do SIIOP

na sua ação de Comando? E para as suas tomadas de decisão?”

Quadro nº 2 - Quadro de análise qualitativa da questão Q1

Entrevistado Resposta

E1

“Sim, considero importante a informação criminal disponibilizada através do SIIOP na ação de comando (…) sempre que nós temos de realizar estudos de análise de informação criminal, no âmbito de processos em concreto ou de fenómenos criminais mais genéricos, um dos instrumentos ou uma das ferramentas que nós utilizamos é o SIIOP, através da informação que lá está residente (…) esses estudos também se integram naquilo que é a minha ação de comando e aquilo pelo qual sou

responsável em termos de missões e atribuições.”

“No que diz respeito à tomada de decisão, o contributo do SIIOP é mais diminuto, isto porque nós por

vezes temos que fazer pedidos de pesquisa a nível nacional, ou estudos de determinados fenómenos, e aí sim o SIIOP pode dar algum contributo válido, não tanto na tomada de decisão, mas nas opções que nós temos que fazer dentro de determinados processos (…) em termos da gestão normal da Direção, a informação do SIIOP, eu diria que tem alguma utilidade, embora a relevância não seja muito

significativa.”

E2

“Não, porque eu não utilizo o SIIOP (…) para a minha tomada de decisão, seja aquilo que me for

necessário, eu vou buscar a informação ao Núcleo de Análise de Informação Criminal (…) considero que o SIIOP funciona a um nível mais baixo, portanto, para a minha ação de comando no âmbito das

Capítulo 6 – Trabalho de Campo - apresentação dos resultados

E3

“O SIIOP é uma importante ferramenta de consulta e análise (…) A informação criminal é importante

para a ação de Comando, pois vai dando dados atualizados sobre determinados individuos, permitindo associá-los aos locais onde praticaram atos ilegais (...) considera-se o SIIOP como uma mais-valia que permite um melhor balanceamento de meios no combate à criminalidade e na realização de um policiamento preventivo.”

E4

“A informação criminal disponibilizada pelo SIIOP, quando analisada em termos estatísticos

operacionais ou estratégicos, ajuda a tomar decisões ao nível da orientação e a estabelecer prioridades de ação proativa ou interventiva na zona de ação do Comando.”

E5

“Sim. É especialmente importante que toda a produção de serviço efetuada pelas Subunidades e pelos

Núcleos da IC seja correta e integralmente carregada no SIIOP. É em função daquela que, por exemplo, o Núcleo de Análise pode exercer a sua atividade e por sua vez produzir relatórios, posteriormente disseminados pelo dispositivo, que permitirão leituras mais apropriados dos fenómenos criminais e consequentemente mais sucessos no combate à criminalidade.”

E6

Não, o SIIOP não dá informação nenhuma e a pouca que dá, não se consegue utilizar (…) Considero

que a informação que o SIIOP armazena é importante, mas aquela informação que conseguimos retirar do SIIOP não é. Deveria dar mais informação, para podermos tomar melhores decisões baseadas nas

horas do dia, nos locais e direcionar as nossas patrulhas precisamente para esses locais…”

E7

A informação criminal disponibilizada através do SIIOP é importante (…) a guarda precisa de ter uma base de dados que recolha toda a informação ao longo do dispositivo, dada a dispersão territorial da

Guarda (…) para a tomada de decisão, considero que poderia ser mais importante se fosse tratada, se

chegasse aos Comandantes e aos decisores devidamente tratada…”

O Quadro nº 3 explicita as respostas à Questão nº 2 (Q2) “Efetua algum controlo sobre a forma como o SIIOP é utilizado pela estrutura de IC da sua Unidade? Como? Com que frequência?”

Quadro nº 3 - Quadro de análise qualitativa da questão Q2

Entrevistado Resposta

E1

Nós temos analistas de informação criminal e só estes têm acesso ao SIIOP (…) só determinadas

pessoas é que têm perfis de acesso ao SIIOP e essas pessoas têm acesso ao SIIOP por força das

tarefas e funções que desempenham…”

“Não obstante isso, hoje em dia a multiplicidade das bases de dados a que é possível aceder, têm,

elas próprias, mecanismos de controlo, e o SIIOP também o tem, e assim, podemos dizer que o primeiro rastreio, relativamente ao controlo, é feito pelo próprio sistema e por quem gere o sistema

(…) o que nós fazemos com alguma regularidade, é pedirmos determinado processo que esteja sob

investigação e sobre o qual se estejam a elaborar relatórios de análise de informação criminal e depois, com base nesses processos e relatórios, por amostragem e de forma casuística, verificamos quais as bases de dados que foram consultadas e o que é que foi consultado em cada base de dados.”

“Relativamente à frequência, também não temos uma frequência definida, ou seja, fazemo-lo às

vezes com carácter mensal, às vezes bimensal, às vezes quinzenal, até para não criar nas pessoas

uma certa habitualidade do controlo que é efetuado.” E2 “Não, não o tenho feito.”

E3

“O parco controlo realizado, dada a ainda recente implementação do sistema é feito sobre a elaboração de NUIPC e AC, bem como a realização de Ofícios e Notas em SIIOP (...) O controlo feito tem tido uma periodicidade mensal e com o apoio do Sr Oficial responsável pelo SIIOP desta Unidade.”

E4

“O controlo de acesso á plataforma SIIOP já se encontra por excelência garantido. Tendo em conta

que todos os acessos ao sistema; novos registos; alterações; consultas, ficam registados, permitindo

Capítulo 6 – Trabalho de Campo - apresentação dos resultados

E5

“O controlo é feito, na medida do possível, diariamente, controlando expediente, fazendo pesquisas

e dialogando com o efetivo para apurar das eventuais dificuldades que se colocam e aferindo da necessidade de intervenção do help desk da Unidade ou do Gabinete SIIOP.”

E6

“Não, nunca. Primeiro porque a formação que nos foi dada a nível de Comando de Destacamento, nunca visou muito a parte do controlo (…) Depois na parte do controlo poucas são as ferramentas

que nos deram e aquilo dependia muito do tempo que nós despendíamos pessoalmente para tentar

explorar o sistema.”

“Pessoalmente, não fiz nenhuma verificação ao nível da utilização da estrutura IC da unidade. No que diz respeito à “frequência” nunca fiz e quanto ao “como” também não.”

E7

“Enquanto Comandante de Destacamento fazia-o, principalmente na parte da violência doméstica (…) Nas funções de Oficial Coordenador do SIIOP, julgo que não será essa a missão do Oficial

Coordenador do SIIOP, uma vez que existe um Chefe da SIIC e ele é que deverá fazer esta

supervisão.”

O Quadro nº 4 expõe as respostas à Questão nº 3 (Q3) “Quais são os principais problemas/sugestões que lhe são transmitidos pelo efetivo da sua unidade, decorrentes da utilização do sistema?”

Quadro nº 4 - Quadro de análise qualitativa da questão Q3

E1

“O primeiro prende-se essencialmente com a carência de informação. Essa carência de informação

resulta de duas coisas: do facto do SIIOP não ser um sistema que esteja implementado em toda a estrutura da Guarda e portanto a informação que tem é sempre uma informação parcial e não total, por um lado; por outro lado, mesmo nos locais onde há SIIOP, nem toda a atividade de IC é registada no SIIOP.”

“A segunda questão, reside na forma como está organizada a informação no próprio SIIOP (…) O

facto de essa informação não estar organizada duma forma intuitiva, e às vezes até de uma forma coerente, também dificulta as próprias consultas e dificulta às vezes a extração de informação que ali está residente.”

“A dificuldade no tratamento da informação do SIIOP, porque no âmbito do SIIOP, enquanto

repositório de bases de dados, as próprias ferramentas de pesquisa e de coleta de dados que usa, são minimalistas nos resultados que traduzem.”

“A não integração do SIIOP noutras bases de dados traz também aqui uma dificuldade acrescida (…) para ir à procura de determinado item de informação, ter que percorrer várias bases de dados

sucessivas, consequência dessa ausência de integração.”

“Há a necessidade efetiva de criar não só novos layouts de documentos, como também fazer a colheita de outro tipo de informação que o SIIOP neste momento não permite fazer.”

“O SIIOP é uma ferramenta relativamente pesada e que para efeitos de trabalho, às vezes, esse

trabalho vê-se dificultado por alguma morosidade do sistema (…) os seus utilizadores queixam-se sistematicamente de que quando estão a fazer um registo no SIIOP, o sistema vai abaixo ou não responde com rapidez. Isto acarreta-nos dois problemas: um problema de deficiente funcionamento do sistema, e isso obviamente que é mau, mas acarreta-nos um outro problema que é o descrédito das pessoas relativamente ao próprio sistema e portanto quando as pessoas não acreditam num sistema, a tendência é deixar de o utilizar.”

E2

O grande problema do sistema (…) é que não é um sistema intuitivo, fácil (…) não é apelativo, os militares têm alguma dificuldade em saber encontrar aquilo que precisam (…) nem todos os

militares trabalham com o SIIOP no comando de Lisboa e há alguns que não trabalham mesmo porque não têm capacidade.”

“A morosidade, que não tem propriamente a ver com o SIIOP, mas com o próprio sistema (…) os equipamentos não são os adequados.”

Capítulo 6 – Trabalho de Campo - apresentação dos resultados

E3

“Os problemas: lentidão do sistema; o carregamento de dados sem valor para a elaboração do

correspondente expediente; a dificuldade em anexar documentos, e em elaborar croquis de acidentes rodoviários; a falta de permissão para continuar a elaborar novos documentos tendo o original sido elaborado por militares de outros centros de registos, sendo que o primeiro centro de registo tem que enviar um alerta para um militar do outro centro de registos para posterior continuação de elaboração de documentos para que fique agregado ao mesmo processo; dificuldade em carregar moradas e códigos de locais (as moradas já deveriam estar criadas, bem como as entidades); problemas em ter a parte operacional e de Recursos Humanos na mesma base, sobrecarregando o sistema.”

“As sugestões: Ser mais rápido e com menos janelas de interface.”

E4

“Os principais problemas que são transmitidos pelo efetivo residem na lentidão do sistema, que se

materializa e agudiza na inserção de dados com o preenchimento dos modelos, na criação dos objetos e ainda na elaboração da escala de serviço. Um dos problemas ainda mencionados é a possibilidade que o sistema permite de se poder criar várias vezes um objeto para a mesma morada

ou outro dado, dependendo de como se escreve.”

“Sugestões para a melhoria do sistema passam sempre pela maior rapidez, para que fosse intuitivo

para o utilizador o preenchimento dos diversos documentos, bem como a consulta do pretendido. Talvez se deva ponderar se as escalas de serviço, ou mesmo o registo de correspondência devem continuar no sistema ou ser retirados.”

E5

“Dado que o SIIOP está numa fase inicial de implementação (JAN14) nesta Unidade, existem as

dificuldades normais de quem está a dar os primeiros passos. Todavia, com mais experiência e o esforço de todos e a necessária ação de comando para que ninguém esmoreça e os dados no sistema introduzidos possam garantir fiabilidade, o desempenho tende a ter níveis mais apreciáveis. Um grande óbice e fonte de resistência ao sistema continua a ser a sua velocidade, que se encontra aquém do desejável.”

E6

“O feedback que vem da sua utilização, é que é complexo, no início tínhamos muitas queixas

porque os militares que não estavam adaptados ao sistema, e a morosidade das linhas de comunicação, levavam a que muitas vezes o programa acabasse por ir abaixo.

“O SIIOP é muito complexo. (…) tem que ser tornado mais “user-friendly.”

“Uma sugestão clara, era melhorarem os canais de comunicação para que o sistema fosse mais

rápido e eficaz a todos os níveis, não só ao nível do Comando mas ao nível dos Postos também, que é onde o sistema deve ter mais fluidez.”

E7

“O sistema não é amigo do utilizador, a velocidade, o peso do sistema que o torna muito lento, e é a

quantidade de campos que existem que muitas vezes não se percebe a finalidade deles estarem no SIIOP. São os principais problemas apontados pelos militares, se bem que à medida que os militares vão trabalhando e vão entrando na rotina, a complexidade do sistema vai deixando de existir e vão-se habituando a trabalhar no mesmo.”

Relativamente a sugestões, ao nível da velocidade, o aumento da velocidade, aliás muitos dos utilizadores primários, o pessoal da patrulha, quem insere dados, quem carrega dados, o principal

problema apontado é a falta de velocidade (…) Relativamente a quem tem funções de comando,

Comandantes de Posto, Comandantes de Destacamento era importante ter um feedback do sistema, ou seja, estamos a carregar lá os dados dos crimes todos e depois não temos o sistema a fazer-nos por exemplo, os mapas da justiça no final do mês.”

O Quadro nº 5 apresenta as respostas à Questão nº 4 (Q4) “Quais são os aspetos que considera que poderiam ser melhorados no SIIOP, quer ao nível do seu interface quer ao nível do processamento, tratamento e acesso à informação criminal?”

Capítulo 6 – Trabalho de Campo - apresentação dos resultados

Quadro nº 5 - Quadro de análise qualitativa da questão Q4

E1

“Há que reorientar a finalidade do SIIOP, se o SIIOP é para informação policial e informação

criminal essa deve ser efetivamente a orientação do SIIOP e essa reorientação deveria levar a que o SIIOP efetivamente fosse construído ou redesenhado tentando atingir essas finalidades e suprir as

necessidades daqui decorrentes.”

“Depois há todo um conjunto de formatos de documentos e layouts sobre os quais a informação é

recolhida, que parecem estar obsoletos ao nível da informação que recolhem (…) redefinir documentos de forma que a informação que lá esteja seja aquela informação que efetivamente mais falta faz e mais válida seja no desenvolvimento da atividade da Guarda, quer seja a atividade de informações quer seja a atividade de informação criminal.”

“Considero que é importante dar uma nova organização ao SIIOP, uma nova categorização à

informação, criando depois vias ou veios condutores que permitam interligar toda esta informação. Parece-me importante também, como já referi, não só categorizar a informação como classificar a informação, e classificá-la por níveis de importância diferenciados e através desses níveis de

importância diferenciados criar também perfis de acesso diferenciados relativamente ao SIIOP.” “Permitir que o SIIOP seja uma base de dados interligável com outras bases de dados e que permita a exportação de dados e informação (…) seria importante que o SIIOP permitisse exportar

informação georreferenciada, porque pode interessar obter os registos do SIIOP implantados sobre

uma determinada área geográfica.”

E2

“Precisamos de bons equipamentos, mais rápidos (…) a plataforma assenta num canal de condução de dados que devia funcionar também.”

Relativamente ao tratamento da informação, o sistema dá-me informação, mas eu não preciso de ir

ao SIIOP para ter essa informação (…) o NAIC, que além da própria informação que tem, toda a

que está introduzida no SIIOP e toda a outra, faz o tratamento da informação, mediante aquilo que eu necessitar. É isso é que me vai ajudar à decisão.”

E3 O acesso aos NUIPC, pois os que são elaborados fora do nosso centro de registo, apenas é possível

acessar a estes sabendo o número do mesmo, o que dificulta a sua pesquisa e acesso.

E4

“A velocidade de navegação devia ser aumentada, e serem revistos os critérios de atribuição de

perfis de acesso específicos para utilizadores da estrutura de IC, comtemplando uma maior amplitude de pesquisa e consequentemente uma menor restrição de acesso à informação contida no sistema”

E5

“De momento interessava melhorar essencialmente a velocidade do sistema, que não raras vezes desespera os militares e em particular os cidadãos que aguardam impacientes o fim do atendimento.”

E6

“Há dois aspetos que são introduzidos no SIIOP que nós provavelmente não devíamos introduzir

no SIIOP, o SIIOP devia ser um SI que nos permitisse controlar a parte criminal e a parte

contraordenacional (…) a sinistralidade rodoviária, porque são inseridos lá os acidentes de viação,

com todas as dificuldades que isso acarreta (…) Quanto à parte das escalas, carregou-se mais isso

no sistema, é moroso, não funciona ou funciona mal.”

“Portanto deve retirar-se o que é excesso, criar um sistema de informações e operações concreto, os

demais subsistemas, sejam todos interligáveis uns com as outros, que comuniquem bem uns com as outros e que o SIIOP seja um repositório de investigação criminal da GNR, que tenha os registos criminais que são feitos pelos nossos PTer. e que efetivamente ainda consiga coligar também aqui, porque também muitas vezes está relacionada, a parte contraordenacional, de uma forma muito mais simples do que aquilo que é hoje. Considero que é isso que é preciso melhorar.”

E7

Considero que deveriam existir relatórios pré-definidos, que dessem informação aos diversos escalões; estatísticas, tratamento de informação que o sistema poderia fazer e dá-la a determinados utilizadores, principalmente àqueles que têm funções de pesquisa e de comando. Para além disso, poderia deixar que os próprios utilizadores criassem os seus próprios relatórios, o que o sistema neste momento não permite; permite fazer pesquisas, mas não permite fazer muitos relatórios, e os que tem de momento são muito incipientes.”

Capítulo 6 – Trabalho de Campo - apresentação dos resultados

O Quadro nº 6 exibe as respostas à Questão nº 5 (Q5) “Considera importante que a GNR adeque o SIIOP de forma a corresponder às expectativas dos utilizadores?”

Quadro nº 6 - Quadro de análise qualitativa da questão Q5

E1

“Sim, é importante que o SIIOP consagre duas premissas: que tenha informação em termos de quantidade, isto é que tenha muita informação, mas também é importante que essa informação tenha qualidade. Em suma, a informação tem que ser em quantidade para que nós do muito possamos retirar aquilo que efetivamente nos interessa, e tem que ter qualidade no sentido dela ser adequada e responder efetivamente às nossas necessidades. Considero que o SIIOP tem que estar desenhado para que quem o utiliza ou quem a ele acede consiga encontrar a informação que é suposta lá estar e que efetivamente seja disponibilizada de acordo com as necessidades, não faz sentido que o SIIOP seja um mero repositório para que depois as pessoas, quando tenham

necessidade da informação, não encontrem nele aquilo que precisem.”

E2 “Sem dúvida. Neste momento, não vai de encontro à grande maioria das necessidades do

dispositivo, devia ser um sistema simples e adaptado à realidade da Guarda.”

E3

“Sim, o programa é uma mais valia, mas nos tempos de hoje requere-se que seja um programa

simples e de fácil utilização, quer no seu carregamento, quer na sua consulta. Além do mais permite que todo o expediente esteja atualizado e tenha um tratamento homogéneo ao nível das Unidades da Guarda.”

E4

“É da maior importância que o sistema esteja adequado às espectativas dos utilizadores, de modo a

ser encarado como algo facilitador do serviço diário e não como mais um problema a acrescentar aos problemas do dia-a-dia.”

“É essencial que no século XXI uma Força de Segurança tenha disponível um Sistema que lhe

permita a introdução, partilha, gestão e pesquisa de informações de molde a ser possível materializar uma resposta credível aos cidadãos que são o fim último do serviço prestado pelas FFSS.”

E5 “Sim. É essencial que se aborde e resolvam as dificuldades ao nível que se vem referindo.”

E6

“Completamente. O sistema deve evoluir de forma a possibilitar aos Comandantes tirarem

informação do sistema, saberem onde é que o crime ocorre, a que horas é o crime, que tipo de crime é que está a ocorrer e a partir dessa observação, saberem o que é que podem fazer onde, onde

é que devem empenhar o seu esforço, os seus meios, as suas patrulhas. (…) Até nos podia facultar

estatísticas diárias ou semanais do que está a acontecer, sem grandes dificuldades e sem fazer pesquisas, uma espécie de pop-ups, às quais o Comandante, ao abrir o seu perfil, tinha acesso imediato, que lhe diziam o que estava a acontecer e quais eram os principais pontos de interesse. Hoje em dia estamos numa era em que isso é tudo possível, é preciso é haver dinheiro, é preciso é haver capacidade para pensar as coisas e mais, falarem com o terreno, que é quem tem as

necessidades.”

No documento GNR 274 João Romano (páginas 59-66)

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