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3. Instrumentos de recolha de dados

3.5. Inquirição das crianças

As crianças, pela idade que têm não podem responder de forma anónima a um questionário em papel. Tendo isso em linha de conta estruturou-se um jogo, onde através de situações lúdicas eles irão responder a questões que a educadora colocará e que têm a ver com as nossas questões de investigação.

Para tal, de forma quase naturalista, iremos aplicar o questionário com base nos seguintes indicadores:

Categoria Subcategoria Indicadores

Caracterização sócio-demográfica Alunos Ano de escolaridade Género Idade Local de residência Agregado familiar Constituição

Situação profissional (pais e encarregado de educação) Práticas de utilização da Internet Info-inclusão Posse de computador Posse de Internet

Local de acesso à internet Utilização da

Internet

Práticas e frequência de uso do computador e da Internet Ética, normas e percepções ligadas à Internet Mediação parental

Apoio parental na utilização do computador e da internet

Competências digitais

Facilidade/dificuldade no uso do computador e da Internet

- 44 - Estruturação das entrevistas / questionário / conversas informais com as

crianças

Antes das atividades

Para iniciar o questionário (Anexo 1) irei conversar, de uma forma informal, com todas as crianças em grande grupo. Para tal, pensei em criar um “jogo” onde irei mostrar uma cartolina com imagens / símbolos de: um computador, da internet, de número, de uma criança sozinha no computador, dos pais com a criança no computador, de uma cara feliz (para mostrar facilidade), de uma cara pensativa (para mostrar dificuldade), etc.

Depois, irei perguntar quem tem computador, internet, se vão muitas vezes ao computador, o que fazem no computador, se costumam estar sozinhos ou acompanhados, etc. Ao longo do jogo, as crianças irão responder às questões e eu escreverei o seu nome por cima da imagem correspondente à resposta dada.

No fim, poderemos observar a cartolina e analisar, em conjunto, as respostas dadas pelas crianças.

Durante as atividades

Após a conversa informal inicial explicarei que iremos trabalhar no computador e criar histórias. Antes de cada atividade, explicarei, de forma simples, a forma de inventar histórias que iremos realizar e depois darei início à atividade.

Para que as atividades decorram da melhor forma possível pretendo criar pequenos grupos (quatro ou cinco crianças de cada vez) de trabalho.

Ao longo das atividades previstas, pretendo colocar questões, às crianças, de uma forma natural enquanto estivermos a realizar as atividades.

Algumas das questões que pretendo colocar são: - “Gostaram de ver as histórias no computador?”; - “Estão a gostar do jogo (programa)?”;

- “Acham fácil ou difícil mexer neste jogo?”; - “Quem já sabe como funciona este jogo?”; - “Estão a gostar de inventar histórias?”

- 45 - - “Gostaram da história que vocês fizeram?”;

- “Querem mostrar a vossa história aos amigos (e aos pais)?”

E outras mais, que poderão surgir conforme o decorrer das atividades.

Depois das atividades

Após as atividades, realizadas com as crianças, pretendemos entregar um questionário a todos os encarregados de educação (Anexo 2). Através desse questionário pretendemos descobrir quais as opiniões dos pais, sobre as atividades realizadas, com as crianças na escola. Algumas das questões que pretendemos colocar no questionário são:

Categoria Indicadores

Iniciativa - “Após o dia de atividades TIC, as

crianças costumam chegar a casa e falar sobre o que fizeram na escola?”;

Entusiamo - “Se sim, fazem-no com entusiasmo?”;

Correção na descrição da atividade - “Tentam explicar aos pais como é que a história foi feita?”;

- “São capazes de contar a história através da linguagem oral (sem irem ao blogue)?” Solicitação para ver o blogue - “Costumam pedir para ir ao blogue da

sala para ver e mostrar as histórias criadas?”;

Solicitação para criar histórias - “Pedem aos pais para criarem histórias com eles?”

Visualização - “Os pais gostam de ver as criações feitas pelos filhos?”;

Divulgação das atividades - “Acham que o blogue da sala é uma boa fonte de divulgação do trabalho realizado na sala?”;

As TIC na educação - “Acham que as TIC são uma mais-valia na educação dos vossos filhos?”;

- 46 - 4. Procedimentos

Decidimos escolher o Infantário Semi-internato de Santa Clara onde trabalho e a turma com que trabalho, porque queria realizar as atividades com as crianças a quem leciono desde 2010. Após ter decidido que iria realizar a investigação, no meu local de trabalho, solicitei autorização à Direção (Anexo 3) e aos Encarregados de Educação das crianças (Anexo 4). A partir daqui deu-se início à recolha de dados.

O projeto de investigação foi apresentado aos Encarregados de Educação das crianças, onde foi explicado que algumas sessões seriam registadas através de fotografias ou de vídeo. Foi, igualmente, referido que as identidades das crianças seriam mantidas confidenciais e que os registos obtidos seriam utilizados apenas para esta investigação. Depois, foi pedida autorização aos Encarregados de Educação para que as suas crianças participassem neste estudo e todos deram autorização.

Logo que iniciamos as atividades entreguei o endereço do blogue (http://ashistoriasdasovelhinhas.blogspot.pt/) aos encarregados de educação para que pudessem ver as histórias em casa.

Ao longo do estudo formei grupos de crianças para participarem nas atividades, tendo em atenção que algumas crianças não podiam ficar no mesmo grupo, porque entrariam em conflito.

As sessões foram realizadas na própria sala das Ovelhinhas, por isso as crianças mantiveram-se no seu ambiente físico habitual.

Cada sessão teve a duração, aproximada, de 30 a 45 minutos sendo que ao longo das atividades foram feitas algumas perguntas às crianças.

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