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Para a realização da inspeção de rotina teve-se por base o descrito no capítulo 3, tendo sido seguidos todos os pontos nele enumerados, nomeadamente:

 Planeamento

 Inventário

 Inspeção

 Análise de dados

De seguida passa-se a descrever as etapas referidas.

Planeamento inicial

De forma a reunir todas as condições para efetuar a inspeção visual, além de toda a logística necessária, foram ainda identificados os parâmetros definidos no Quadro 4-4.

Quadro 4-4: Parâmetros da via

Dados da estrada Dados gerais EN 17 EN 330 Nome da estrada EN 17 EN 330 Nome da secção C177 C165 Km inicial 106.000 34.000 Km final 112.000 40.000 Extensão 6000 m 6000 m Tipo de via 1x1 1x1 Largura da via 6.00 m 6.00 m

Concelho Gouveia Gouveia

Inventário

Já anteriormente foram identificados os dados relativos à geometria da via, estrutura do pavimento, histórico de intervenções e tráfego. Não foi tido em consideração a existência de infraestruturas na zona.

Inspeção visual

A fase principal deste trabalho é a inspeção visual no terreno, esta foi efetuada seguindo as recomendações enumeradas no capítulo 3, tendo sido inspecionada em primeiro lugar a EN 17 e seguidamente a EN 330.

Os dados recolhidos nas inspeções foram registados nas fichas de inspeção tipo, tendo sido utilizada uma ficha por cada 500 metros, resultando em 12 fichas para cada secção de estrada. O preenchimento das fichas seguiu as instruções sugeridas no procedimento proposto em que, para além de se registarem as degradações, foram identificadas e quantificadas relativamente ao tipo e grau de deterioração. Foi também sugerida a técnica de tratamento

mais adequada para algumas das degradações, efetuados os comentários tidos por convenientes e efetuada a indicação do tratamento a dar a troços contínuos.

De seguida dá-se um exemplo das fichas de campo já preenchidas e de algumas Fotografias exemplificativas das degradações levantadas:

EN 17

Figura 4-1: Ficha 1 do levantamento efetuado

Figura 4-4: Ninho ao km 108+645 Figura 4-5: Berma ao km 110+655

Figura 4-6: Rodeira ao km 110+965 Figura 4-7: Ninho ao km 111+210

EN 330

Figura 4-9: Deformação localizada ao km 34+910 Figura 4-10: Deformação localizada ao km 35+930

Figura 4-11: Berma ao km 36+820 Figura 4-12: Fenda longitudinal ao km 37+720

Figura 4-13: Reparações ao km 37+810 Figura 4-14: Pele de crocodilo ao km 39+810 Por último e após recolha de todos os dados, torna-se necessário a sua análise, para que os mesmos possam ser utilizados na fase seguinte. A copilação dos dados foi efetuada utilizando uma folha de cálculo Excel.

Depois de efetuada uma análise global de cada estrada foram retirados os dados descritos no Quadro 4-5, que servirão de base para algumas das etapas seguintes. Aqui é possível desde já verificar que a EN 17 se encontra em pior estado de conservação do que a EN 330, havendo uma diferença acentuada entre as duas.

Quadro 4-5: Análise global das secções

EN 17 EN 330

Extensão total da secção (m) 6000.0 Extensão total da secção (m) 6000.0 Área total da Secção (m2) 36000.0 Área total da Secção (m2) 36000.0

Total de área afetada (%) 53.9 Total de área afetada (%) 29.7 Total da área afetada com

degradações nível II e III (%) 40.0

Total da área afetada com degradações

nível II e III (%) 15.2 N.º de degradações existentes (un) 9.0 N.º de degradações existentes (un) 7.0 Afetação das degradações

predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC 38.4 Afetação das degradações predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC (II) 14.6

RO 1.8 FL a)

DL 1.1 DL 0.5

a) Tem uma extensão de 997.0 metros, dado medir-se em metros lineares não é verificada a % de afetação em relação à área total.

Importa também fazer uma análise por troços de 500 metros, verificando aqueles em que o inspetor sugere algum tratamento comum, caso contrario apenas será necessário conservar as zonas pontuais. No Quadro 4-6, é possível verificar que para a EN 17 é proposto o reforço estrutural dos primeiros 6 troços, contabilizando um toral de 3000 metros de extensão, e que para a EN 330 é proposta uma intervenção superficial nos últimos dois troços, contabilizando um extensão de 1000 metros de reforço superficial.

Quadro 4-6: Análise por secção de 500 metros

EN 17 EN 330

Solução global apresentada Solução global apresentada

1 Reforço da capacidade estrutural 1 Selagem da junta longitudinal ao eixo 2 Reforço da capacidade estrutural 2 Selagem da junta longitudinal ao eixo 3 Reforço da capacidade estrutural 3 Selagem da junta longitudinal ao eixo 4 Reforço da capacidade estrutural 4 Selagem da junta longitudinal ao eixo 5 Reforço da capacidade estrutural 5 Selagem da junta longitudinal ao eixo

6 Reforço da capacidade estrutural 6 --

7 -- 7 Selagem da junta longitudinal ao eixo

8 -- 8 --

9 -- 9 Selagem da junta longitudinal ao eixo

10 -- 10 --

11 -- 11 Microaglomerado betuminoso a frio ou similar

12 -- 12 Microaglomerado betuminoso a frio ou similar

Do Quadro 4-6 é possível interpretar que a EN 17 apresenta graves problemas estruturais nos primeiros 3000 metros e que na EN 330 existe alguma fissuração nos últimos 1000 metros,

apresentando também fendas longitudinais ao longo do eixo da estrada, muito possivelmente no local da junta de trabalho correspondente à última beneficiação. A reparação das fendas longitudinais deve ser tratada como zonas pontuais, recomendando-se uma selagem de fendas.

Nos quadros quadro 4.7 e quadro 4.8, serão resumidos os dados correspondentes aos troços em que foi proposto um tratamento comum, de forma a obter mais um instrumento que permita adotar a melhor solução nos pontos seguintes.

Quadro 4-7: EN 330, análise resumida por secção de 500 metros EN 330

Troço 11- km 39+000 ao km 39+500 Troço 12- km 39+500 ao km 40+000

Total de área afetada (%) 92.4 Total de área afetada (%) 48.0 Afetação das degradações

predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC(II) 50.0 Afetação das degradações predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC(II) 4.0

PC(III) 20.0 PC(III) 24.0

Quadro 4-8: EN 17, análise resumida por secção de 500 metros

EN 17

Troço 1- km 106+000 ao km 106+500 Troço 2- km 106+500 ao km 107+000

Total de área afetada (%) 45.5 Total de área afetada (%) 90.5 Afetação das degradações

predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC(II) 28.0 Afetação das degradações predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC(II) 67.0

DL(II) 1.0 PC(III) 22.0

Troço 1- km 107+000 ao km 107+500 Troço 2- km 107+500 ao km 108+000

Total de área afetada (%) 92.0 Total de área afetada (%) 78.0 Afetação das degradações

predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC(II) 27.0 Afetação das degradações predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC(II) 61.0

PC(III) 62.0 PC(III) 8.0

Troço 1- km 108+000 ao km 108+500 Troço 2- km 108+500 ao km 109+000

Total de área afetada (%) 70.0 Total de área afetada (%) 87.0 Afetação das degradações

predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC(II) 41.0 Afetação das degradações predominantes para níveis de degradação II e III (%)

PC(II) 28.0

PC(III) 21.0 PC(III) 7.0

Perante os dados até aqui recolhidos, passa-se agora ao passo seguinte, que será a escolha dos tratamentos de conservação corrente a aplicar às degradações identificadas na inspeção visual.

No documento Sistemas de apoio à conservação corrente (páginas 103-109)