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Instâncias Responsáveis pela Política e Execução da Extensão

CAPÍTULO III ANÁLISE DOS DADOS

3.4 Instâncias Responsáveis pela Política e Execução da Extensão

Esse indicador mostra as esferas responsáveis pela decisão, coordenação, planejamento, execução, supervisão e avaliação das ações extensionistas.

Com relação à extensão, ao nível de política e decisão, a UFPE é constituída, em primeira instância, pelo Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão - CCEPE, e, em segunda instância, pela PROEXT, formada pela Câmara de Extensão (instância deliberativa superior); pelos Colegiados de Direção (Pró-Reitora e Diretorias) e Gerencial; e pelas Coordenações Setoriais de Extensão. A execução das diretrizes e outras atividades ficam a cargo da PROEXT com a sua equipe.

Com relação à política de extensão, o Coordenador CSE11 afirma que ela

tem contribuído para o amadurecimento do extensionismo na UFPE e tem estimulado a superação de novos desafios nas ações extensionistas. Ratifica outro

Coordenador CS7:

A política extensionista adotada pela UFPE demonstra uma percepção atual do que seja extensão e sua busca ativa de estratégias para valorização da mesma, no âmbito da Universidade, bem como sua integração com a política nacional, fortalecendo as ações locais.

Constatou-se que 76% dos entrevistados conhecem a política de extensão adotada na Universidade. Gráfico 26.

Gráfico 26: Conhecimento sobre a Política de Extensão

Fonte: elaborada pela autora

Os Centros que mais se destacaram com relação ao exercício da política extensionista, no âmbito da UFPE, foram o CCS e o CCB, com 90% e 88%, respectivamente, conforme o gráfico 27. No entanto, os Centros direcionados para as áreas de ciências exatas e de engenharia foram os que mais se destacaram pelo seu desconhecimento. São eles:

 O Centro de Informática - CIN com 100%;

 O Centro de Tecnologia e Geociências - CTG com 53%; e  O Centro de Ciências Exatas e da Natureza com 50%.

Gráfico 27: Centros X Conhecimento sobre a Política de Extensão

Fonte: elaborada pela autora

Outra questão analisada foi à avaliação dada pelos docentes à política de extensão adotada pela UFPE. Pode-se observar que a Universidade vem dando continuidade à valorização da extensão: além do crescimento em 484% de recursos financeiros distribuídos em editais, bolsas e apoios aos núcleos e cátedras, discriminados no capitulo II, a administração, por intermédio do Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão - CCEPE aprovou, em Resolução de 04/2008, a pontuação para a distribuição de alocação de vagas para docentes nos departamentos, nos quais a extensão tem um peso de 1 a 3 na progressão horizontal e vertical do docente. Essas ações são corroboradas pelos Coordenadores CSE4 e CSE6:

Nos últimos anos, verificou-se um incremento na política de extensão da UFPE, desde o planejamento orçamentário até ao apoio ao desenvolvimento de projeto de extensão. Essa política busca fortalecer o ensino-pesquisa-extensão. Apesar do notório apoio institucional às atividades extensionistas, necessita-se de um Órgão Financiador Nacional e, a meu ver, a Instituição pode contribuir de forma significativa para alcançar este objetivo.

Tenho acompanhado a política de extensão na Universidade, há mais de 10 anos, e uma das coisas que a gente tem notado, é que mesmo com a mudança dos dirigentes tem havido certa continuidade, mesmo que as ações tenham mudado. Houve discussões acirradas no Centro sobre critérios para concurso e sobre a pontuação da extensão, pois muitos acham que devem priorizar a pesquisa. Como se não pudéssemos fazer as duas coisas.

Nas respostas recebidas, conforme o gráfico 28 fica evidenciado que:

 8% do total dos docentes (12) consideram ótima a política de extensão. Centros com maiores percentuais foram; CCS 12%, CCB 12% e CE 11%;  48% dos docentes (73) classificam como boa. Neste item os que mais

pontuaram foram: CAC - CCS 60%, CCB 59%. (gráfico 29)

 22% dos docentes atribuíram a classificação regular. Os centros foram: CCSA 43%, CTG 35%, CAA 40%.

Gráfico 28: Nº de Docentes X Avaliação da Política de Extensão na UFPE

Fonte: elaborada pela autora

Gráfico 29: Nº de Docentes por Centro X Avaliação: ÓTIMO – BOM

O grupo de Centros que chama atenção, nesse item analisado, é aquele formado pelas categorias: RUIM e INDIFERENTE, conforme o gráfico 30. O CIN revela-se constante nas duas categorias, com 25% em cada uma. Ainda se encontra na categoria RUIM o CCSA, com 14%. Os docentes indiferentes à política extensionista estão lotados, principalmente, no CCEN, com 100%, o CE, ainda com 26% e o CFCH, com 25%. Constata-se, mais uma vez, que a atividade extensionista ainda não foi integrada à formação acadêmica, na área de ciências exatas.

Gráfico 30: Centros X Avaliação REGULAR - RUIM - INDIFERENTE

Fonte: elaborada pela autora

Esses indicadores são ratificados pela Coordenação CSE6, ao afirmar que:

De modo geral, não há um distanciamento do que se discute no Brasil com o que a UFPE faz, mas é preciso fazer mais ações, tais como sensibilizar os docentes e os discentes. Muitos alunos não sabem o que é extensão. Falta mais informação e sensibilização para as atividades de extensão e isso precisa ser configurado como uma política da extensão e os coordenadores setoriais de extensão têm que estar abertos para isso.

A Pró-Reitoria de Extensão, destaca o Coordenador CSE5, tem procurado

estimular a participação dos docentes, técnicos e discentes em atividades de extensão. Todavia, mesmo com essa política de estímulo ainda existe uma cultura,

no meio acadêmico, de que extensão é uma atividade de menor importância. Conforme afirma o Coordenador CSE 1:

Apesar do esforço envidado em promover mudanças, no que diz respeito à implementação da extensão. O que dificulta é a estruturação da Universidade, que contribui para aumentar essa percepção social equivocada, desde a avaliação docente até aos recursos destinados para esta atividade, como bolsas e apoios a projetos.

E finaliza:

No entanto, essa mudança de percepção não ocorre tão rapidamente e exige um trabalho consistente destas 3 Pró-Reitorias (PROACAD, PROPESQ, PROEXT), mais fortemente, e das outras (PROPLAN e PROGEST) também de maneira indireta, para demonstrar, por meio de atividades integradas, que esse tripé pode se transformar numa base única.

A última questão referente à política de extensão é alusiva à identificação dos seus instrumentos legais. Foram apresentados aos docentes todos os instrumentos utilizados na Universidade, objetivando conferir se eles realmente conhecem tais ferramentais institucionais que normatizam a extensão.

Gráfico 31: Quantidade de instrumentos citados pelos Docentes X Instrumentos legais

Sem surpresas, os editais, com 76%, e as resoluções, com 44%, foram os mais citados, contudo, mesmo tendo um índice elevado de 76% de resposta positiva em relação ao conhecimento sobre a política de extensão, no âmbito da UFPE, verifica-se que muitos docentes não conhecem os instrumentos normativos utilizados na extensão, pois, dos sete itens mencionados, três não se enquadram dentre os instrumentos extensionistas, que são: o regimento, os estatutos e as portarias; mesmo assim, estes foram citados e tiveram percentuais consideráveis de 26%, 15% e 18%, respectivamente.

Diante de tais resultados, cabe à PROEXT trabalhar mais na divulgação dos instrumentos normativos, através de sua home page, e na elaboração de material gráfico para ampla distribuição, de modo que essas ferramentas possam contribuir para facilitar a compreensão e a sua utilização no cotidiano da comunidade acadêmica da UFPE.

3.5 Facilitadores e Dificultadores para o Exercício das Atividades