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Instalação da amostra para ensaio

LISTA DE SÍMBOLOS

2. A temperatura de funcionamento máximo é de 400ºC.

2.2.9. EN 1634-1 – Ensaios de resistência ao fogo para conjuntos de portas e sistemas de fecho

2.2.9.1. Instalação da amostra para ensaio

A amostra a ensaiar deve ser instalada cumprido a execução usada na realidade. A sua obra de suporte deve representar a efectivamente usada na prática. O projecto do sistema de conexão da porta com a obra de suporte, incluindo qualquer fixação ou material usado na junta entre a amostra e a obra, deve ser igual ao que se utiliza na prática e deve ser considerado como parte integrante do elemento submetido a ensaio.

Relativamente à obra de suporte, a sua resistência ao fogo não deve ser determinada, simultaneamente, com o conjunto da porta ou sistema de fecho e quando for sujeita a avaliação não deve ser inferior à determinada para o conjunto de porta ou sistema de fecho.

A escolha de uma obra de suporte normalizada deve reproduzir as condições de posterior utilização. A obra de suporte normalizada deve ser seleccionada de entre as indicadas na EN 1363-1. Em obras de suporte normalizadas flexíveis e em todas as obras de suporte associadas, esta deve ser edificada de forma a poder deformar livremente na direcção perpendicular ao plano da construção, ao longo dos rebordos verticais, isto é, deve existir um rebordo livre em cada extremo da construção. Enquanto que as obras de suporte normalizadas do tipo rígido não permitem deformações nesse mesmo plano, isto é, deve ser fixada ao interior do bastidor, como na prática.

A obra de suporte é montada no interior do bastidor deixando uma abertura do tamanho pretendido para depois se colocar a porta. A não ser que o método de execução na prática requeira a instalação da porta ou do sistema de fecho simultaneamente com a construção da obra de suporte, utilizando os métodos de fixação pretendidos.

“A construção de suporte deve ter uma espessura mínima de 200mm exposta à fornalha, em cada lado e no topo da abertura à qual é fixado o conjunto da porta e do aro. A espessura da construção de suporte pode ser aumentada fora da zona dos 200 mm. A construção de ensaio pode incorporar mais do que um exemplar de ensaio, desde que

exista uma separação mínima entre cada exemplar e entre os exemplares e a orla da fornalha.

Se na prática a parte inferior do conjunto da porta, ou do sistema de fecho, estiver ao nível do pavimento, então, na base da abertura deve ser simulada a continuidade do pavimento, utilizando um material rígido não combustível, com largura mínima de 200 mm para cada lado do conjunto (isto é, desde a face exposta até à face não exposta). O pavimento da fornalha pode ser considerado como fazendo parte da simulação da continuidade do pavimento, desde que esteja nivelado com a base do conjunto. Se for incorporada uma soleira como parte do conjunto da porta ou do sistema de fecho, esta deve ser inserida na extensão do pavimento, ou colocada no topo deste. Se o conjunto da porta, ou do sistema de fecho, não for concebido para ser utilizado ao nível do pavimento, e desde que tenha um detalhe de aro nos quatro lados da abertura, então pode ser montado simplesmente inserido na espessura da parede, sem a extensão do pavimento.” [2]

Deve ter-se em atenção o seguinte caso, se o conjunto da porta for ensaiado com um pavimento não combustível, esta situação pode não representar a realidade, pois difere da possibilidade de se ter um pavimento combustível, como a madeira ou alcatifa.

2.2.9.2. Folgas

O ajuste das folgas da porta ou do sistema de fecho deve estar dentro dos limites de tolerância dos valores de concepção estabelecidos pelo requerente. Estas folgas devem ser representativas das utilizadas na prática, de modo a que haja um espaçamento adequado entre os componentes fixos e móveis.

Para gerar uma maior amplitude no domínio da aplicação directa dos resultados do ensaio, as folgas devem situar-se entre o valor médio e valor máximo da escala de valores dados pelo requerente. Por exemplo, uma porta com uma escala de folgas estabelecida entre 3 mm e 8 mm ensaia-se com um valor entre 5,5mm e 8mm.

Da Figura 2.10 à Figura 2.13 vê-se alguns exemplos de medições de folgas que devem ser efectuadas nas diferentes posições para diferentes ligações porta/guarnição. Se as aberturas medidas pelo laboratório não estão de acordo com o citado no parágrafo anterior, antes do teste, então o resultado da análise pode restringir o campo de aplicação directa.

Figura 2.10 Exemplo de medição de folgas para portas articuladas ou giratórias (secções verticais). [2]

Porta com uma folha Porta com duas folhas

Figura 2.11 Exemplo de medição de folgas para portas articuladas e giratórias, secções horizontais. [2]

a) Portas deslizantes. 1 – Extremidades de encontro.

b) Portas de enrolar

c) Portas de fole

a) Portas de correr b) Portas de enrolar c) Portas de fole

Figura 2.13 Exemplos de medição de aberturas, secções verticais. [2]

2.2.9.3. Acondicionamento

O acondicionamento da amostra de ensaio com teor de água deve ser efectuado segundo o estabelecido na EN 1363-1. Os requisitos necessários para o período de tempo mínimo de acondicionamento da obra de suporte são apresentados no anexo A da EN 1634-1.

O acondicionamento mecânico da amostra antes do ensaio ao fogo é dado pela norma do produto, como por exemplo um ensaio operacional, ciclos de abertura e fecho da porta ou elemento de fecho. Os requisitos de durabilidade são especificados na norma aplicável ao produto.

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