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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.2 Construção e instalação dos lisímetros de drenagem

3.2.2 Instalação dos lisímetros

No campo nativo, a instalação ocorreu entre os dias 28 e 30 de junho de 2011, iniciando pela demarcação do local com a retirada do solo do entorno do corpo cilíndrico de forma a propiciar o nivelamento do lisímetro (Figura 4a). Após, procedeu-se a escavação manual de uma trincheira no entorno do lisímetro ao mesmo tempo em que foram introduzidos pesos sobre este, facilitando a sua penetração no solo (Figura 4b). Ao atingir a profundidade de 1 m, foi montada a estrutura formada por cantoneiras, que serve de guia para as lâminas de corte do solo (Figura 4c). Em seguida, foram encaixadas as lâminas deslizantes nesta estrutura promovendo o corte do solo sob a base do corpo cilíndrico do lisímetro e formando uma plataforma de sustentação para o solo contido no interior do mesmo (Figura 4d). Após o corte, o bloco de solo foi elevado utilizando-se o guindaste de um caminhão munck (Figura 4e). Foi retirada uma camada de 30 cm de solo, abaixo do local do corte para a colocação da base inferior do lisímetro, contendo em seu interior uma grade metálica para aumentar a área de captação (Figuras 4f e 4g). Após a colocação da base do lisímetro, foi confeccionado o sistema de drenagem em seu interior, constituído de um filtro formado por uma camada de 10 cm de espessura de brita numero 1 envelopada em manta geotêxtil (Bidim), coberta por uma camada de 10 cm de espessura de areia (Figuras 4h e 4i). Em seguida, introduziu-se novamente o corpo cilíndrico contendo em seu interior a amostra de solo não deformado, sobre a base com o filtro (Figura 4j), retirando-se as lâminas utilizadas para o corte e sustentação do solo. Após encaixar as duas partes constituintes do lisímetro, o corpo cilíndrico que envolve o bloco de solo foi pressionado com auxílio do guindaste até os flanges se encontrarem e feita a vedação das junções entre as duas partes constituintes do lisímetro, com silicone e uma pequena camada de concreto envolvendo os flanges em todo o seu entorno. Finalmente, a trincheira aberta para a instalação do lisímetro foi novamente preenchida com o solo original e a superfície do terreno foi nivelada à sua topografia original. Em seguida, procedeu-se a instalação dos tensiômetros utilizados para o monitoramento do conteúdo de água no solo e das tubulações responsáveis pela condução da drenagem e do escoamento superficial do interior do lisímetro até os pluviógrafos instalados para coleta e registro dos escoamentos (Figuras 4k e 4l).

Figura 4 – Etapas de instalação do lisímetro de drenagem na área de campo nativo: a. posicionamento no local escolhido; b. abertura da trincheira; c. montagem da estrutura para elevação do lisímetro; d. introdução das lâminas e corte do solo; e. elevação do lisímetro; f. instalação da base do lisímetro; g, h, i. confecção do sistema de drenagem; j. colocação do

lisímetro sobre a sua base; k. lisímetro com tensiômetros eletrônicos já instalados; l. pluviógrafos utilizados para monitoramento do escoamento superficial e drenagem

resultantes.

a b c

d e f

g h i

A instalação do lisímetro na área de mata nativa ocorreu entre os dias 15 e 28 de agosto de 2011 e seguiu os mesmos passos da operação de instalação no campo nativo. Os procedimentos de preparo e confecção do filtro que forma o sistema de drenagem do lisímetro também foram exatamente iguais aos utilizados no lisímetro instalado no campo nativo. A diferença da instalação no campo nativo é que nesta etapa, devido a não possibilidade de acesso de um caminhão guincho até o local, utilizou-se uma talha com catraca instalada sob uma estrutura de madeira que serviu de apoio para a elevação do bloco de solo contido no lisímetro. Outra diferença foi no processo de retirada das lâminas de corte do solo. Ao invés de utilizarem-se marretas, como anteriormente, utilizou-se um macaco hidráulico para auxiliar a abertura e retirada das lâminas, facilitando o encaixe entre as duas partes constituintes do lisímetro. Finalizando a instalação do lisímetro, foi feita a vedação das junções entre os flanges com silicone e concreto conforme descrito anteriormente, seguida pela instalação das tubulações para o escoamento superficial e drenagem, dos pluviógrafos e dos tensiômetros.

É importante ressaltar que, como no caso do campo nativo, o solo coletado no lisímetro da mata nativa teve sua estrutura original preservada e as mudas de árvores contida em seu interior já estavam presentes no local. Mudas de árvores da mesma mata e com tamanhos variados, foram transplantadas na área de escavação em volta do lisímetro buscando restabelecer as características originais de vegetação.

Na Figura 5 são apresentadas as fases de instalação do lisímetro de drenagem na área de mata nativa, iniciando pela escolha do local de instalação (Figura 5a), abertura da trincheira (Figura 5b), introdução das lâminas e corte do solo (Figura 5c), montagem da estrutura para elevação do lisímetro (Figura 5d), o bloco de solo já coletado no interior do lisímetro sendo suspenso (Figura 5e), a etapa de confecção do filtro (Figura 5f, 5g, 5h e 5i), a retirada das lâminas com macaco hidráulico e junção entre franges (Figuras 5j e 5k) e por fim o lisímetro já instalado, com vegetação interna original, respectivos tensiômetros e pluviógrafo para monitoramento da precipitação interna à mata (Figura 5l).

Figura 5 – Etapas de instalação do lisímetro de drenagem na área de mata nativa: a. escolha do local de instalação; b. abertura da trincheira; c. introdução das lâminas e corte do solo; d. montagem da estrutura para elevação do lisímetro; e. lisímetro sendo suspenso; f, g, h, i. confecção do filtro; j. retirada das laminas com macaco hidráulico; h. união das partes que compõe o lisímetro; l. lisímetro já instalado, com tensiômetros instalados e vegetação interna

original inalterada.

a b c

d e f

g h i