• Nenhum resultado encontrado

2. Aporte Metodológico

4.3 Instituições Financeiras Internacionais: A Participação Como Oportunidade

Os PADs têm grande influência na economia mundial não apenas pelo peso de suas produções e na sua participação no comércio internacional e nos investimentos estrangeiros diretos, mas também por sua influência na governança econômica internacional, por meio, sobretudo, da sua participação em organizações multilaterais, em especial a OMC, o Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI), e foros internacionais de debate menos institucionalizados, como o G20. Observa-se, no entanto, que também os PIDs têm cada vez mais soft power, ganhando poder de influência nessas instâncias internacionais.

O Banco Mundial23, o FMI e o GATT, antecessor da OMC, foram criados em 1944, durante a Conferência de Bretton Woods, realizada entre os países aliados para definir a governança internacional do pós-guerra. “The IMF was set up to lend money to countries in

balance of payments crises so that they can reduce their balance of payments deficits without having to resort to deflation” (CHANG, 2007, p. 14). Já o Banco Mundial, composto

originalmente apenas pelo Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento32, tinha por objetivos, como seu nome já sinalizava, a reconstrução de no pós-guerra e a promoção do desenvolvimento de países pobres, por meio do financiamento de infraestrutura para o desenvolvimento (CHANG, 2007). Finalmente, por questões políticas na época não chegou a ser criada uma organização para regular e fomentar o comércio internacional, de modo que a solução de compromisso a que se chegou foi a sistematização de normas de comércio internacional no GATT.

Inicialmente, essas organizações defendiam, de fato, a promoção do desenvolvimento, incentivando que países adotassem medidas muito semelhantes às propostas, por exemplo, pelos estruturalistas latino-americanos no âmbito da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL). Contudo, com o retorno do liberalismo como mainstream econômico nos países que, em grande medida, as financiavam, essas instituições mudaram expressivamente tanto o conteúdo como o escopo de suas atuações. Desse modo, essas organizações passaram a adotar condicionalidades muito mais restritivas, tendo como principal mecanismo a criação dos Programas de Ajustes Estruturais (SAPs), que agora se relacionavam não apenas ao balanço de pagamento desses países e aos setores relacionados ao empréstimo em si, mas em

All areas of economic policy in the developing world. They branched out into areas like government budgets, industrial regulation, agricultural pricing, labour market regulation, privatization and so on. In the 1990s, there was a further advance in this ‘mission creep’ as they started attaching so-called governance conditionalities to their loans (CHANG, 2007, p. 15).

23 O BIRD é a instituição original da estrutura atualmente conhecida como “Grupo Banco Mundial”, que reúne,

além do BIRD, outras quatro agências afiliadas criadas entre 1957 e 1988, a Corporação Financeira Internacional (CFI), a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), o Centro Internacional para a Arbitragem de Dispustas sobre Investimentos (ICSID) e a Agência Multilateral de Garantias ed Investimento (AMGI). Frequentemente, no entanto, o termo “Banco Mundial” refere-se apenas ao BIRD e à AID, enquanto o termo “Grupo Banco Mundial” é usado para referir-se às cinco instituições de maneira coletiva (COZENDEY, 2013).

Como sabemos, nada obstante, passadas décadas da imposição dessas condicionalidades, não houve desenvolvimento nem redução das desigualdades entre e intra países, o que tem progressivamente promovido um novo redirecionamento das atuações dessas instituições.

Entre reformas ocorridas no âmbito do Banco Mundial, é possível citar a mudança do nome SAPs para “Poverty Reduction and Growth Facility Programme”, como maneira de sinalizar sua preocupação com as questões de crescimento e de redução da pobreza. Além disso, tanto o Banco Mundial como o FMI têm tentando contratar mais representantes locais de modo a responder a críticas relativas à sua tradicional tendência de sugerir políticas do tipo “one size fits all”. Todas essas medidas, porém, têm efeitos efetivamente limitados. Uma mudança que pode de fato trazer benefícios concretos aos PIDs, e que está atualmente em debate, é a eleição de representantes do mundo em desenvolvimento para a presidência dessas instituições, já que, tradicionalmente, o FMI teve diretores europeus e o Banco Mundial, norte-americanos.

Além disso, reformas estruturais atualmente em discussão ou já aprovadas, respectivamente, no FMI e no Banco Mundial, tendem a promover modificações no cenário internacional favoráveis ao PIDs. Em 2010, foi concluída a reforma da governança do Banco Mundial, que transferiu parcela das cotas para os países em desenvolvimento, que passaram a somar 47% em seu conjunto. Em 2010, o G20 chegou a um acordo sobre a reforma do FMI, que, entrando em vigor, fará que Brasil, China, Índia e Rússia, passem a figurar entre os dez maiores quotistas da instituição (COZENDEY, 2013). Essas reformas são fundamentais já que as decisões tomadas no âmbito dessas instituições “are made basically according to the

share capital that a country has (in other words, they have a one-dollar-one-vote system)”

(CHANG, 2007, p. 19).

Já a OMC, criada em 1995, passou a incorporar, progressivamente, não apenas regras sobre comércio de bens previstas no GATT, mas também outros regimes de regulação sobre temas como comércio de serviços, propriedade intelectual e investimentos. Em comparação com o Banco Mundial e com o FMI, a OMC é uma instituição mais “democrática”, no sentido de cada país ter direito a um voto e não existir possibilidade de veto24 (COZENDEY, 2013). Na prática, entretanto, permanece a lógica da desigualdade, já que, por exemplo, muitos países não contam com capital humano e financeiro para competir em situação de igualdade. Além disso, há uma tendência de as grandes decisões serem tomadas na prática por um grupo restrito de países, já que “Only the rich countries and some

24 Existe, na verdade, um mecanismo de veto na OMC, que é um veto consensual, ou seja, só há veto se todos os membros vetarem.

large developing countries that they cannot ignore (e.g., India and Brazil)” (CHANG, 2007,

p. 15) são convidados.

Desse modo, o atual formato institucional da OMC desfavorece pequenas economias, mas pode favorecer os PIDs, que têm poder suficiente para, por exemplo, pressionar que novas temáticas sejam debatidas no âmbito da instituição. Esses países já vêm utilizando esse poder de barganha no âmbito da OMC para defender seus interesses, mas isso tem sido feito de uma maneira errática, já que eles têm priorizado a defesa de, sobretudo, seus setores agrícolas, que não promovem a sofisticação produtiva, quando deveriam defender que novas temáticas, como a questão da política cambial, passassem a ser mais debatidas e regulamentadas no âmbito da organização. Além disso, também poder-se-ia pensar em debater a abertura de capitais, que por conta do carry trade também tem promovido a sobrevalorização das taxas de câmbio desses países.

Finalmente, além dessas tradicionais instituições, uma parte importante das decisões do sistema financeiro internacional tem sido tomadas em foros de debate menos institucionalizados, como o G20, que têm adquirido cada vez mais relevância. Inicialmente, o foro de debates fora das organizações institucionalizadas mais importante era o G725. No entanto, diante da crise asiática em 1999, esse grupo sugeriu a criação do G2026, tendo como objetivo explícito a promoção do diálogo entre economias sistemicamente importantes e do crescimento econômico estável e sustentável, e como objetivo implícito, a busca de convergência de políticas econômicas de todas as economias mundiais “de peso” (COZENDEY, 2013).

Contudo, a crise de 2008, que se iniciou nos PADs deu novo ímpeto às demandas de PEs, que em geral estavam apresentando elevadas taxas de crescimento e foram os países menos afetados pela crise. Assim, houve um deslocamento de poder do G7 para o G20, que passou a assumir, progressivamente, as funções de coordenação e gestão da economia mundial. Apesar de sua representação também ser limitada, o G20 já é muito mais representativo do que o G7, justamente por incluir PIDs (COZENDEY, 2013). É, portanto, um foro fundamental para que esses defendam seus interesses no âmbito internacional.

25 O G7 é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e Reino Unido. 26 Fazem parte do G20, além dos membros do G7, a comissão europeia, a Austrália e os principais países emergentes: África do Sul, Argentina, Arábia Saudita, Brasil, China, Coreia, Índia, Indonésia, México, Rússia e Turquia.

A análise da atual conjuntura internacional evidencia que, em geral, o capitalismo financeiro-rentista, que surgiu nos anos 1980 como resultado da retomada do liberalismo como mainstream econômico, da globalização e da transformação na atuação de instituições internacionais, criou mais desafios do que oportunidades aos PIDs no seu processo de

catching up. Nesse sentido, o predomínio de ideias liberais mostra-se como um primeiro

entrave ao desenvolvimento. Além disso, as globalizações financeira e produtiva também tendem a criar novos e difíceis desafios ao catching up desses países. Isso porque a globalização financeira sem a adoção políticas de controle de capital relativo tem resultado em especulação financeira, o que aumenta a vulnerabilidade de suas economias, e a globalização produtiva tem levado à perda de importância relativa dos mercados domésticos. Já a globalização comercial, que tende a ser mais criticada pela heterodoxia, tem se mostrado nociva ao desenvolvimento, pode deixar de ser se a tendência à sobrevalorização das taxas de câmbio desses for sanada, já que essas economias apresentam setores suficientemente competitivos no cenário internacional. Finalmente, uma oportunidade criada aos PIDs é o uso de seu soft power relativamente grande, que permite a defesa do debate de novas temáticas no âmbito de instituições internacionais, como a questão da política cambial.

5 CONCLUSÃO

Tentamos, por meio do presente trabalho, debater a questão das condições necessárias para que os Países Industrializados em Desenvolvimento (PIDs) possam equalizar suas condições de competição, de modo a se tornarem aptos a completar seus catching ups. Defendemos que, para isso acontecer, esses países terão de contar com Estados Desenvolvimentistas (EDs) que, apoiados por coalizões desenvolvimentistas, promovam políticas industriais e garantam acesso à demanda por empresas nacionais que produzam no estado de arte mundial.

No capítulo “Sofisticação Produtiva e Catching Up”, discutimos, a partir de uma análise histórica, a relação entre os processos de catching up e de sofisticação produtiva. Verificamos que os PADs contaram com EDs que promoveram a industrialização por meio, sobretudo, da adoção de políticas de incentivo à tecnologia e de políticas industriais, em grande medida de cunho protecionista. Contudo, ao analisar o caso dos PIDs, verificamos que a particularidade dessas economias já terem concluído sua industrialização, mas ainda não terem logrado se desenvolver, torna esses países potencialmente competitivos, de modo que seus governos devem priorizar práticas de incentivo à inovação e dispensar práticas protecionistas, desde que mantenham suas taxas de câmbio no seu equilíbrio industrial.

É por isso que no capítulo “Estado Desenvolvimentista e Catching Up”, após definirmos EDs e demonstrarmos a relevância da existência de coalizões de classe pró- desenvolvimento no processo de catching up, evidenciamos como esses Estados devem assegurar as condições para a acumulação de capital. Mostramos que isso deve envolver não apenas as garantias, tradicionalmente apontadas pela literatura, como instituições sólidas, educação e inovação, infraestrutura financiamento ao investimento, políticas fiscal e monetária, mas também, como ensinado pelo novo desenvolvimentismo, do equilíbrio dos preços macroeconômicos, em especial da taxa de câmbio, que garante que empresas que produzam no estado de arte internacional sejam capazes de acessar a demanda.

Finalmente, no capítulo “Capitalismo Financeiro-Rentista e Catching Up”, averiguamos como o cenário internacional impõe não apenas desafios, mas também oportunidades ao desenvolvimento dos PIDs. Como desafios, colocam-se não somente a manutenção do liberalismo como mainstream econômico, que dificulta o fortalecimento de coalizões de classe desenvolvimentistas e, consequentemente, de EDs, mas também pelos efeitos deletérios das globalizações produtiva e financeira, que aumentam a vulnerabilidade

econômica dessas economias. Já como oportunidades relacionadas a essa nova fase do capitalismo, apresentamos uma potencial inserção positiva de PIDs no comércio internacional e uso do seu soft power crescente no âmbito das instituições formais e informais que compõem o sistema financeiro internacional.

Entre as potenciais contribuições teóricas do presente trabalho está nossa tentativa de estabelecer uma relação entre a teoria latino-americana do novo desenvolvimentismo e a literatura hodierna do development economics. Além disso, acreditamos que a análise do caso do alcance específico de Países em Desenvolvimento Industrializados (PIDs) possa ser considerada como relativamente inovadora, visto que, em geral, a literatura internacional sobre catching up venha analisando os países do mundo apenas em termos de Países Atualmente Desenvolvidos (PADs), Países de Menor Desenvolvimento Relativo (PMDRs), Países em Desenvolvimento (PEDs), o que parece problemática dada a heterogeneidade apresentada por este último grupo de países, que abarca tanto economias já industrializadas como por países não plenamente industrializados.

Já como possíveis limitações desse trabalho, identificamos, em primeiro lugar, o fato de tratarmos exclusivamente do desenvolvimento econômico, sem a adoção de uma visão mais sistêmica que inclua os demais aspectos do desenvolvimento humano, a saber, o desenvolvimento social e o desenvolvimento ambiental. Igualmente, não abordamos uma das questões mais latentes em muitos países, que é a existência de profundas desigualdades econômico-sociais. Finalmente, não aprofundamos na análise de quais países comporiam o grupo de PIDs, o que deixa espaço para a formulação de futuros projetos.

REFERÊNCIAS

AMSDEM, Alice. Asia’s Next Giant: South Korea and Late Industrialization. 1.ed. Oxford: Oxford University Press, 1989.

BIELSCHOWSKY, Ricardo. Estratégia de desenvolvimento e as três frentes de expansão no Brasil: um desenho conceitual. Economia e Sociedade, v. 21, Número Especial, p. 729–747, dez. 2012. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ecos/v21nspe/v21nspea02.pdf >. Acesso em: 17 dez. 2017.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Desenvolvimento Econômico e o Empresário. Revista de

Administração de Empresa, v. 2, n. 4, p. 79–91, 1962. Disponível em <

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-75901962000100005>. Acesso em: 17 dez. 2017.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Os dois métodos e o núcleo duro da teoria econômica.

Revista de Economia Política, São Paulo, v. 29, n. 114, p. 163–190, 2009a. Disponível em: <

http://www.bresserpereira.org.br/papers/2008/08.06.DoisMetodos-REP.pdf >. Acesso em: 17 dez. 2017.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Globalização e Catching Up. In: BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Globalização e Competição. 1a Edição. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2009b. p. 19–50.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Estado desenvolvimentista, nacionalismo e liberalismo. REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIÊNCIA POLÍTICA, 2012, Gramado, 2012. Disponível em: < http://www.bresserpereira.org.br/papers/2012/372-Estado- Desenvovimentista-Nacionalismo-Liberalismo-exLilian.pdf >. Acesso em: 17 dez. 2017. BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Estado, estado-nação e formas de intermediação social, Working Papers, n. 409, FGV/EESP, São Paulo, jan. 2016a. Disponível em < http://www.bresserpereira.org.br/papers/2016/361-Estado-estado-nação-intermediação-

TD409.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Modelos de estado desenvolvimentista, Working Papers, n. 412, FGV/EESP, São Paulo, fev. 2016b. Disponível em: <http://www.bresserpereira.org.br/Texto-Discussão/350-Modelos-Estado-Desenvovimentista- TD412.pdf >. Acesso em: 17 dez. 2017.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Desenvolvimento econômico, sofisticação produtiva e valor-trabalho, Working Papers, n. 450, FGV/EESP, São Paulo, mar. 2017. Disponível em < http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/18106/TD%20450-

Luiz%20Carlos%20Bresser%20Pereira.pdf?sequence=1&isAllowed=y >. Acesso em: 17 dez. 2017.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Depois do capitalismo financeiro-rentista, mudança estrutural à vista? São Paulo, 2017b. Disponível em <

http://www.bresserpereira.org.br/papers/2017/310-Capitalismo-Mudanca-estrutural-Novos- Estudos.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Estado, Estado-Nação e Formas de Intermediação Política. Lua Nova, v. 100, p. 155–185, 2017c. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/ln/n100/1807-0175-ln-100-00155.pdf>. Acesso em: 17 dez. 2017. BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; NASSIF, André.; FEIJÓ, Carmen Aparecida. A reconstrução da indústria brasileira: a conexão entre o regime macroeconômico e a política industrial. Revista de Economia Política, v. 36, n. 43, p. 1–76, 2016.

BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; OREIRO, José Luiz; MARCONI, Nelson.

Macroeconomia desenvolvimentista. 1.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2016.

CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada - A estratégia do desenvolvimento em perspectiva

histórica. 1a. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

CHANG, Ha-Joon. Bad Samaritans: The Myth of Free Trade and the Secret History of

Capitalism. 1st. New York: Bloomsbury Press, 2007.

CHANG, Ha-Joon. Industrial Policy: can we go beyond an unproductive confrontation? ANNUAL WORLD BANK CONFERENCE ON DEVELOPMENT ECONOMICS, 2009.

Seul: World Bank, 2009. Disponível em: <

http://siteresources.worldbank.org/INTABCDESK2009/Resources/Ha-Joon-Chang.pdf >.

Acesso em: 17 dez. 2017.

COZENDEY, Carlos Márcio B. Instituições de Bretton Woods : Desenvolvimento e implicações para o Brasil. 1a. ed. Brasília: Editora Funag, 2013.

DILLARD, D. The Economics of John Maynard Keynes: The Theory of Monetary Economy. 1st. New York: Prentice-Hall, 1948.

EVANS, Peter. Estado como problema e solução. Lua Nova, São Paulo, v. 28–29, n. Apr, p.

107–157, 1993. Disponível em: <

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-64451993000100006 >. Acesso em: 17 dez. 2017.

EVANS, Peter. Embedded Autonomy. 1st. Princeton, New Jersey: Princeton University Press,

1995. Disponível em: <

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/583562/mod_resource/content/1/Peter%20B.%20Ev

ans-Embedded%20Autonomy-Princeton%20University%20Press%20%281995%29.pdf >.

Acesso em: 17 dez. 2017.

EVANS, Peter. In search for the 21st century Development State. Centre for Global Political

Economy. Brighton: 2008. Disponível em:

https://www.sussex.ac.uk/webteam/gateway/file.php?name=cgpe-wp04-peter- evans.pdf&site=359. Acesso em: 17 dez. 2017.

FAGERBERG, J.; GODINHO, M. M. Innovation and catching-up, Working Papers - Centre for technology, innovation and culture - University of Oslo. Oslo: 2003. Disponível em:

<https://www.duo.uio.no/bitstream/handle/10852/17733/wp24.pdf?sequence=1>. Acesso em: 17 dez. 2017.

FERRAZ, Lucas; GUTIERRE, Leopoldo; CABRAL, Rodolfo. A indústria na era das cadeias globais de valor. PREMIO CNI DE ECONOMIA, 2014, São Paulo. São Paulo: 2014. Disponível em: < https://static-cms-si.s3.amazonaws.com/media/filer_public/e9/8a/e98aa435- eb32-4a12-96d3-

af2ef12ff032/a_industria_brasileira_na_era_das_cadeias_globais_de_valor.pdf >. Acesso em: 17 dez. 2017.

FLASSBECK, Heiner. Alemanha é a fonte de desequilíbrio na Europa. Folha de São Paulo,

24 mai. 2010. Disponível em: <

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2405201020.htm>. Acesso em: 17 dez. 2017. FONSECA, Pedro César D. Desenvolvimentismo: a construção do conceito. In: BIANCARELLI, André M.; CALIXTRE, André B.; CINTRA, Marcos Antonio M. (Ed.).

Presente e futuro de desenvolvimento brasileiro. 1a ed. Brasília: IPEA, 2014. p. 29–78.

Disponível em: <

http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_presente_futuro_desenvolvi mento >. Acesso em: 17 dez. 2017.

GERSCHENKRON, Alexander. Economic Backwardness in Historical Perspective: A Book

of Essays. Cambridge: Belknap Press of Harvard University Press, 1962.

HELD, David. Et Al. Transformations: Politics, Economics and Culture. In: Cambridge: Polity, 1999. p. 1–31.

HELD, David.; MCGREW, Anthony. Globalization/Anti-Globalization: Beyond the Great

Divide. 2nd. ed. Cambridge: Polity, 2007.

JOHNSON, Chalmets. MITI and the Japanese Miracle. Stanford: Stanford University Press, 1982.

JOHNSON, Simon; OSTRY, Jonathan D.; SUBRAMANIAN, Arvind. The prospects for sustained growth in Africa: Benchmarking the constrains. In: NBER WORKING PAPER

SERIES, 2007. Cambridge, 2007. Disponível em: <

http://www.nber.org/papers/w13120.pdf%0D >. Acesso em: 17 dez. 2017.

KOHLI, Atul. Coping with globalization: Asian versus Latin American strategies of development, 1980-2010. Revista de Economia Política, v. 32, n. 4, p.531-556, 2012. Disponível em: < http://dx.doi.org/10.1590/S0101-31572012000400001 >. Acesso em: 17 dez. 2017.

MARCONI, Nelson. Estrutura Produtiva e Desenvolvimento Econômico. In. BARBOSA, Nelson et al. (Eds.). Industria e desenvolvimento produtivo no Brasil. 1a. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. p. 31–70.

MARCONI, Nelson.; ROCHA, Igor. L.; MAGACHO, Guilherme R. Sectoral capabilities and productive structure: An input-output analysis of the key sectors of the Brazilian economy.

Revista de Economia Política, v. 36, p. 470–492, 2016. Disponível em: <

http://www.rep.org.br/PDF/144-2.PDF >. Acesso em: 17 dez. 2017.

MAZZUCATO, Mariana. The Entrepreneurial State - Debunking Public vs. Private Sector

Myths. 1st. Ed. London and New York: Anthem Press, 2013.

NELSON, Richard.; KIM, Linsu. Tecnologia Aprendizado e Inovação. 1a ed. Campinas: Ed. UNICAMP, 2005.

NELSON, R. R. Economic Development as a Catch-up Process: What is Different About the Current Environment. LEONTIEF PRIZE, out. 2005. Boston: Tufts University, 2005.

PIKETTY, T. A economia da desigualdade. 1. ed. Rio de Janeiro: Intrinseca, 2014.

REINERT, E. How rich countries got rich and Why poor countries stay poor? 1st. London: Constable, 2008.

RODRIK, Dani. Industrial development: Some stylized facts and policy directions. In: O’CONNOR, David; KJOLLERSTROM, Monica (Eds.). Industrial Development for the 21st

Century. 1st. ed. Chicago: ZED Books, 2007, p. 7–27.