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INSTITUIÇÕES VOLTADAS A SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE COLETA E

No documento REV. DATA MODIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO (páginas 91-96)

7. FORMULAÇÃO DE MECANISMOS DE ARTICULAÇÃO E INTEGRAÇÃO

7.1 INSTITUIÇÕES VOLTADAS A SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE COLETA E

No que concerne ao espaço interno do setor saneamento, na maioria dos casos os sistemas e serviços de água e esgotos costumam ser empreendidos pelos mesmos operadores. Sabe-se que, no país, cerca de 80% da população urbana é atendida por concessionárias estaduais, constituídas em meados dos anos 1970, quando do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA).

Com efeito, mesmo contando com a titularidade constitucional destes serviços a cargo das prefeituras municipais, a maioria delas teve contratos de concessão celebrados com empresas estaduais de economia mista – a exemplo da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) –, marcando sua ausência frente às inúmeras atribuições e encargos que são exigidos, quer em relação a investimentos e ampliação da infraestrutura, quer no alcance de maior eficiência na operação e manutenção de sistemas.

Contudo, nos últimos anos cumpre reconhecer que muitas das prefeituras municipais passaram a pressionar as concessionárias dos estados, por vezes retomando a titularidade dos serviços ou exigindo novos perfis para os contratos de concessão que foram renovados, assumindo um maior peso específico e a prerrogativa de cobrar metas para avanços na qualidade e abrangência dos serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos.

Em suma, tanto problemas públicos de saúde, quanto a cobrança por aspectos ambientais têm motivado as prefeituras municipais a conferir atenção e prioridade a serviços de saneamento.

Sob tal contexto, durante as décadas de 1990 e 2000 ocorreram inúmeros debates e negociações no Congresso Nacional, que resultaram, em 05 de janeiro de 2007, na aprovação da Lei Federal nº 11.445, instituindo um novo marco regulatório para o setor de saneamento, com destaques, sobretudo, para a exigência dos planos municipais de saneamento e para o estabelecimento de ações regulatórias sobre os operadores de sistemas e serviços.

Sob este novo contexto jurídico, outras leis de referência devem ser citadas: a Lei Federal nº 11.107/05 (dos consórcios públicos); a Lei Federal nº 11.079/04 (das parcerias público- privadas); a Lei Federal nº 8.987/95 (de concessões); e, no campo da regulação dos serviços, a Lei Estadual Complementar nº 1025/2007, que criou a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP).

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 10 Proposta do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico –

Município: Porto Feliz

ENGECORPS 1063-SSE-GST-RT-P004

Especificamente quanto aos municípios que integram a UGRHI 10, nota-se a presença do perfil descrito, tal como consta no Quadro 7.1.

QUADRO 7.1 – FORMA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E IDENTIFICAÇÃO DO OPERADOR

Município Serviços Administração Operador Observações

Direta Indireta

Alambari

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, não há

informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP.

Esgoto  SABESP

Anhembi Água  SABESP

Para a regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Araçariguama Água  SABESP

Para a regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Araçoiaba da Serra

Água  ÁGUAS DE

ARAÇOIABA

No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP.

Esgoto  ÁGUAS DE

ARAÇOIABA

Bofete

Água  SABESP No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP.

Esgoto  SABESP

Boituva

Água  SABESP No que se refere à regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Botucatu

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Cabreúva

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Capela do Alto

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Cerquilho

Água  SAAEC No que se refere à regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, não há entidade municipal envolvida com tais atribuições, nem existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SAAEC

Cesário Lange

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Conchas

Água  SABESP

No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há entidade municipal envolvida, nem informação sobre convênio entre o município e a ARSESP.

Esgoto  SABESP

Ibiúna

Água  SABESP No que se refere à regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP.

Esgoto  SABESP

Iperó

Água  SEAMA No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SEAMA

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 10 Proposta do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico –

Município: Porto Feliz

ENGECORPS 1063-SSE-GST-RT-P004 Continuação.

QUADRO 7.1 – FORMA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E IDENTIFICAÇÃO DO OPERADOR

Município Serviços

Administração

Operador Observações

Direta Indireta

Itu

Água  ÁGUAS DE ITU A regulação e a fiscalização dos serviços

de saneamento são de responsabilidade da Agência Reguladora de Itu (AR-Itu), criada em 1º de janeiro de 2010, pela lei municipal nº 1115, de 16/12/2009.

Esgoto  ÁGUAS DE ITU

Jumirim

Água  SAE No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SAE

Laranjal Paulista

Água  SABESP No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Mairinque

Água  SANEAQUA No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SANEAQUA

Pereiras

Água  SAMASPE No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SAMASPE

Piedade

Água  SABESP No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Porangaba

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Porto Feliz

Água  SAAE No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SAAE

Quadra

Água  SABESP No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Salto

Água  SAAE

AMBIENTAL No que se refere à regulação e fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SANESALTO

SANEAMENTO Salto de

Pirapora

Água  SABESP No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

São Roque

Água  SABESP No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Sarapuí

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 10 Proposta do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico –

Município: Porto Feliz

ENGECORPS 1063-SSE-GST-RT-P004 Continuação.

QUADRO 7.1 – FORMA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS E IDENTIFICAÇÃO DO OPERADOR

Município Serviços

Administração

Operador Observações

Direta Indireta

Sorocaba

Água  SAAE No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há informação sobre a existência de convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SAAE

Tatuí

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Tietê

Água  SAMAE No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SAMAE

Torre da Pedra

Água  SABESP Para a regulação e fiscalização dos

serviços de saneamento, existe convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Vargem Grande Paulista

Água  SABESP No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há convênio entre o município e a ARSESP

Esgoto  SABESP

Votorantim

Água  SAAE No que se refere à regulação e

fiscalização dos serviços de saneamento, não há entidade municipal envolvida, nem informação sobre convênio entre o município e a ARSESP.

Esgoto  SAAE

Segundo os dados apresentados, 21 dos municípios são operados pela SABESP, com 10 dos quais já apresentando convênios celebrados com a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), como um mecanismo importante de articulação institucional voltado à definição de objetivos e metas para maior eficiência e eficácia na prestação de serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos.

De pronto, pode-se então recomendar que os outros 11 municípios operados pela Concessionária Estadual, que é regulada pela ARSESP, promovam as devidas articulações e entendimentos para a celebração de convênios com a agência reguladora, sob uma perspectiva de bons rebatimentos sobre os serviços prestados na região.

No que tange aos outros 12 municípios que prestam serviços de água e esgotos por meio de empresas locais – na maioria, mediante serviços municipais autônomos, com casos pontuais de operadores privados – verifica-se que 11 ainda não apresentam as devidas iniciativas para regulação de serviços de água e esgotos.

Para estes casos, três alternativas institucionais se colocam:

 a celebração de convênios coma ARSESP, mesmo sem ter a SABESP como operadora;

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 10 Proposta do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico –

Município: Porto Feliz

ENGECORPS 1063-SSE-GST-RT-P004

 a constituição de um consórcio entre municípios – cabem citar Sorocaba, Votorantim, Araçoiaba da Serra, Mairinque, Iperó, Porto Feliz, Cerquilho e Jumirim, com vistas à constituição conjunta de uma entidade reguladora, portanto, buscando uma divisão de trabalho proporcional à escala dos municípios e aos padrões de serviços prestados; ou,

 convênios específicos entre municípios mais próximos, que possam contar com as ações regulatórias de agência constituída por cidade vizinha.

A propósito dessa última alternativa, cabe destaque à cidade de Itu, não somente pela universalização já atingida na prestação de serviços de água e esgotos, como pela recente criação, em 1º de janeiro de 2010, da Agência Reguladora de Itu (AR-Itu), objeto da lei municipal nº 1115, de 16/12/2009. Como exemplo, esta agência poderia atuar na regulação de serviços em Porto Feliz, uma cidade muito próxima a Itu.

Posta a importância de avanços institucionais regulatórios, dois casos específicos da região merecem registro. No município de Porto Feliz, os serviços de água e de esgotos são operados por duas empresas distintas – SAAE Ambiental para água, e SANESALTO Saneamento para esgotamento sanitário. Alternativas similares podem se tornar interessantes, caso avanços na coleta e tratamento de esgotos sejam empreendidos mediante aportes de recursos privados, com a concessão específica de determinados sistemas1.

No que tange a Sorocaba, o SAAE municipal, além da prestação de serviços de água e esgotos, também assume os encargos relativos à drenagem, tratando das redes de escoamento pluvial, na mesma instituição que opera os coletores de esgotos.

Para concluir este tópico, naturalmente que fatores específicos deverão determinar as melhores alternativas para cada município, todavia, mantendo-se como prioridade de pauta a recomendação de que ocorram avanços institucionais nos encargos de regulação sobre a prestação de serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos.

Quanto ao conceito de integração interinstitucional, é importante anotar que:

 as recomendações de institucionalização de agências regulatórias – seja com novas entidades ou mediante a ARSESP – não significam ausência das prefeituras municipais de seus encargos e de uma maior aproximação, com um acompanhamento contínuo dos trabalhos e da atuação das agências reguladoras, tanto internamente às instâncias das prefeituras, quanto em relações com representantes da sociedade, com vistas à promover transparência e vigilância social a todo o processo de prestação dos serviços de água e esgotos;

1

Planos Integrados Regionais e Municipais de Saneamento Básico para UGRHI 10 Proposta do Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico –

Município: Porto Feliz

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 em adição, determinados objetivos e metas regulatórias deverão estar associados a aspectos regionais, notadamente aos padrões de qualidade e disponibilidade dos corpos hídricos, dentre outros fatores, vinculados à eficiência no tratamento de esgotos e à redução de perdas de água, sob uma abordagem que será apresentada em itens à frente.

7.2

ARTICULAÇÕES INTERINSTITUCIONAIS VOLTADAS A SERVIÇOS DE COLETA E

No documento REV. DATA MODIFICAÇÃO VERIFICAÇÃO (páginas 91-96)