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Para esta investigação, foi necessário percorrer diferentes e várias etapas, ao longo deste processo. Inicialmente, abordou-se alguns teóricos no sentido de se justificar o tema da pesquisa efetuada. Durante o estudo realizado foi essencial fazer uma análise documental tendo por base os documentos que fazem parte das Instituições como o Regulamento Interno, Projeto Educativo, Projeto Curricular de turma e Plano Anual de atividades para se compreender a especificidade e os ideais

defendidos pelas instituições. A análise das fichas de anamnese das crianças, conduziram a uma caracterização e a um conhecimento do meio sócio- familiar dos grupos e das crianças. Estas informações foram essências para se construir, no caso da educação pré-escolar, um portfólio reflexivo e um caderno de registos, que serviu de apoio durante toda a intervenção pedagógica, para assim planificar e agir corretamente.

Após a leitura dos documentos acima referidos foi também indispensável recorrer a instrumentos de observação para que se fizesse uma recolha de informações fundamentais para este estudo.

A observação é a “componente inseparável de toda a atividade de conhecimento, é um processo básico da ciência.” (Cristina Parente, 2002:166)

É através da observação direta, no qual, vivenciamos, que se pode retirar informações necessárias para o desenrolar de todo o trabalho realizado, assim como também é fundamental ter-se em conta todos os saberes apreendidos para se realizar uma prática adequada ao contexto. Durante toda a prática pedagógica o método mais utilizado foi a observação direta, e foram vários os instrumentos de observação utilizados mais propriamente na EPE como: Incidentes críticos (ver anexo I), Registo Contínuo, check-list (ver anexo-II) e descrição diária, estes foram sempre aproveitados durante a prática, e foram cruciais para uma intervenção adequada ao grupo em questão, ao qual, permitiu planear com intencionalidade. Ideia de observador participante.

“A observação implica e pressupõe um trabalho de análise das principais componentes de uma perceção, e um trabalho de relação e/ ou integração dessas mesmas componentes; o observador transforma uma perceção num processo mental que não é uma simples reprodução dos elementos percecionados.” (Parente, 2002:170).

O instrumento utilizado para a recolha de dados na EPE foi a entrevista (ver

anexo-III), para esta, foi necessário a construção de um guião (ver anexo- IV), onde foram elaboradas as perguntas para a entrevista de acordo com identificação pessoal, a realização de leituras efetuadas, das observações feitas em contexto sala, expectativas. O guião da entrevista foi realizado tendo como base a entrevista semiestruturada, uma vez que esta, permite criar um diálogo com o entrevistado de forma a obter mais informações e esclarecer eventuais dúvidas nas respostas dadas.

A entrevista foi feita à educadora cooperante da sala dos quatro anos, com o objetivo de perceber as estratégias adotadas pela mesma, para a promoção do envolvimento parental na sua sala.

“ As entrevistas exploratórias têm como função principal revelar determinados aspetos do fenómeno estudado em que o investigador não teria espontaneamente pensado por si mesmo e, assim, completar as pistas de trabalho sugeridas pelas suas leituras” (Quivy & Campenhoudt, 2008:69)

No estágio do 1ºCEB utilizou-se também vários instrumentos de registos, para que assim se percebesse o contexto e o grupo em questão. Para tal, foram realizadas diferentes reflexões escritas (ver anexo- V), grelhas de auto- avaliação (ver anexo- VI), conversas informais com a professora cooperante onde eram analisadas as aprendizagens dos alunos, o comportamento, assim como as dificuldades e limitações dos mesmos, procedeu-se ainda a uma observação pormenorizada no sentido de compreender as características do grupo. Estas observações, reflexões e grelhas de acompanhamento tiveram como finalidade observar e analisar para posteriormente atuar adequadamente e de acordo com as caraterísticas de cada criança, para assim combater eventuais problemas/ dificuldades.

Outros instrumentos essenciais utilizados no processo de investigação durante todo o período de estágio profissionalizante realizado foram: as orientações tutoriais, ao nível das duas valências de ensino, estes eram momentos mediados pelo supervisor pedagógico, com o objetivo de refletir, conjuntamente com o grupo de estagiárias, sobre o trabalho desenvolvido e a desenvolver, orientando-as para a prática pedagógica mais adequada e assertiva.

Na linha de pensamento de Idália Sá-Chaves, o portfólio reflexivo “trata-se de um processo que visa conhecer-se para poder tornar-se, através do esforço próprio, da consciência clara e da coragem maior. E trata-se também de refletir metacognitivamente para, como conhecimento emergente dessa reflexão, poder intervir praxicamente nos contextos e em si próprio estimulando a hipótese de devir.” (2009:22)

De acordo com a citação acima referida pode-se afirmar que durante os dois estágios tornou-se essencial construir um portfólio reflexivo que consistia em reflexões semanais, que permitiam refletir sobre a prática pedagógica, ao nível do desenvolvimento pessoal, indicando pontos fortes, dificuldades/limitações, constrangimentos, mais-valias, e, ainda estratégias para futuras práticas educativas.

Os registos fotográficos foram também instrumentos utilizados com bastante regularidade, na medida em que serviam como registo das evidências sobre as atividades/ momentos significativos, bem como os materiais e recursos pedagógicos utilizados ao longo dos dois estágios.

mesmos e respeitando os seus ideários. Os instrumentos utilizados em ambas as valências, permitiu que se ajustasse a prática aos contextos nos quais estávamos inseridos, pois só através de uma análise e tratamento de dados se pode começar agir no sentido de melhorar a qualidade da ação, como por exemplo ao nível das planificações, realizações de atividades, avaliações.

III – INTERVENÇÃO EDUCATIVA

No decorrer deste capítulo apresenta-se uma reflexão sobre a caracterização do contexto educativo onde decorreu toda a prática pedagógica. A caracterização do contexto educativo deve ser analisada antes da intervenção educativa, pois esta tem como finalidade conhecermos os ideários, os valores e as práticas pedagógicas preconizadas pela instituição, para, desta forma, atuarmos em conformidade com a missão.

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