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Embora funcional, este motor apenas nos d´a os meta-dados RDF que descrevem o recurso, dependendo sempre da pesquisa manual humana, e tamb´em n˜ao oferecendo nenhuma funcionalidade que facilite a navegac¸˜ao destes dados.

2.4

Compara¸c˜ao

No final da pesquisa efetuada, reparamos que existe uma disparidade muito grande entre os navegadores semˆanticos analisados, o factor principal para esta grande variedade em quantidade de funcionalidades ´e o facto que a maior parte destes navegadores s˜ao muito especializados.

De forma a comparar melhor estes navegadores semˆanticos e as suas caracter´ısticas, a tabela na Figura5.2sumariza as funcionalidades principais de cada um deles e compara- as lado-a-lado. A conclus˜ao que podemos tirar desta tabela ´e que estes navegadores semˆanticos s˜ao muito especializados para tarefas espec´ıficas, o que implica terem um con- junto de caracter´ısticas pequeno e espec´ıfico.

Tecnologias e conceitos da Web

Semˆantica

Ao longo desta dissertac¸˜ao, s˜ao mencionados v´arias tecnologias e conceitos relevantes ao desenvolvimento e implementac¸˜ao deste navegador semˆantico, como tamb´em para contextualizar o estado corrente de certas ´areas.

Para uma melhor compreens˜ao das secc¸ ˜oes seguintes, que ir˜ao mencionar bastan- tes detalhes t´ecnicos sobre as diferentes etapas de desenvolvimento e resultados desta dissertac¸˜ao, esta secc¸˜ao que se segue consiste de uma descric¸˜ao detalhada das tecnolo- gias, conceitos e termos utilizados ao longo deste documento.

3.1

W3C

O World Wide Web Consortium ´e uma colectiva internacional, composta por v´arias organizac¸ ˜oes e instituic¸ ˜oes, fundada por Tim Berners-Lee, o inventor da World Wide Web. A W3C foi fundada em 1994, no instituto de tecnologia de Massachusetts (MIT), contando com o su- porte da DARPA (instituic¸˜ao americana que foi respons´avel pela invenc¸˜ao da Internet) e da comiss˜ao Europeia, com o objectivo de atuar como a entidade respons´avel pela regu- ladora de standards da Internet numa escala global.

O objetivo da W3C ´e desenvolver especificac¸ ˜oes e protocolos para serem implementa- dos na Internet, como tamb´em assegurar que estes protocolos s˜ao aceites e seguidos por todas as empresas e instituic¸ ˜oes no mundo, promovendo compatibilidade universal entre todos os servic¸os da World Wide Web.

O W3C ´e respons´avel por quase todos os standards em vigor hoje em dia na Internet, incluindo a web semˆantica e tem como miss˜ao contribuir para o crescimento e evoluc¸˜ao da Internet.

3.2

URI

Um URI (Universal Resource Identifier) ´e um conjunto de caracteres que serve para iden- tificar um recurso web, seguindo uma sintaxe espec´ıfica. ´E o standard universal para poder identificar e localizar recursos na Internet.

Uma das suas vantagens ´e expansividade: o protocolo universal que define a sintaxe dos URIs, o Http, possui um esquema de nomenclatura hier´arquico e estruturado, o que permite organizar recursos numa estrutura l ´ogica, tornando mais f´acil a sua localizac¸˜ao e identificac¸˜ao.

Vamos usar um URI t´ıpico como exemplo:

http://www.exemplo.pt/livro/autor/bob.html

Cada segmento deste URI permite identificar v´arios aspetos deste recurso:

http: - Esta parte ´e designada do segmento Esquema do URI. Esta indica-nos qual ´e o protocolo que este recurso usa, ou seja, qual o tipo de ligac¸˜ao que vai ser estabelecida ao aceder a este recurso.

Neste caso, o URI indica-nos que o protocolo a ser usado ´e o Hypertext Transfer Protocol (http), que ´e o protocolo standard para transferˆencia de p´aginas web.

www.exemplo.pt- Esta parte indica o dom´ınio do recurso: o site ou espac¸o web que armazena o recurso, como tamb´em o dom´ınio de topo a que o site pertence (como o enderec¸o acaba em .pt, sabemos que o site pertence ao dom´ınio correspondente a Por- tugal).

livro/autor/bob.html- Este segmento final representa o caminho para a p´agina bob.html dentro da estrutura do site.

Os recursos web de um dom´ınio est˜ao normalmente armazenados numa ´arvore com- posta por pastas e ficheiros, que permite categorizar e organizar os recursos.

O URI usado neste exemplo n˜ao s ´o permite identificar o recurso, como tamb´em indicar a sua localizac¸˜ao, pelo que pode ser designado um URL (Universal Resource Locator), o tipo mais comum de URI.

Embora estes sejam os componentes b´asicos de qualquer URL, existem certos compo- nentes opcionais que disponibilizam funcionalidades adicionais ao nosso URI:

User Info:- Em certos casos particulares, este campo opcional pode ser utilizado para indicar a identidade de um utilizador a aceder a um determinado dom´ınio, incluindo tamb´em uma palavra-passe (opcionalmente). Este campo pode ser ´util para rapidamente iniciar sess˜ao num site ou para ter acesso a conte ´udo exclusivo a certos utilizadores.

Por exemplo: http://bob:garlicbread@www.example.com aqui temos o utilizador Bob a aceder ao site example.com, usando a sua palavra-passe para se autenticar.

Porta: - Se o dom´ınio a que estamos a aceder tiver certas portas configuradas para servic¸os espec´ıficos, podemos usar o componente opcional port para especificar qual porta queremos estabelecer ligac¸˜ao com este servic¸o. Exemplo: http://www.example.com:88 Neste enderec¸o estamos a estabelecer ligac¸˜ao com a porta 88 do site example.com.

Query:- Este componente ´e normalmente usado para efetuar um pedido ao site a que estamos a aceder, como especificar o valor de certas vari´aveis ou parˆametros.

Exemplo: Se um determinado site tiver uma vari´avel que usa para mudar o idioma da p´agina chamada lang, podemos especificar que pretendemos a vers˜ao em inglˆes de uma p´agina desse site usando o enderec¸o

http://www.example.com/pagina?lang=english

Fragmento: - Se tivermos, por exemplo, uma p´agina web bastante grande, mas que apenas nos interessa uma parte, podemos especificar o fragmento da p´agina que real- mente nos interessa com o componente fragment. Este componente n˜ao elimina o resto do conte ´udo da p´agina, apenas desloca o nosso viewport imediatamente para essa secc¸˜ao mal a p´agina carrega.

3.3

SPARQL

As aplicac¸ ˜oes e programas conseguem tirar partido da web semˆantica atrav´es do SPARQL, uma linguagem constru´ıda para consultar dados RDF.

A raz˜ao principal porque o RDF precisa de uma linguagem n˜ao-convencional para a sua consulta ´e principalmente por causa da sua flexibilidade: Um sujeito ”Bob”pode ter v´arias ”Pessoas”que ”Conhece”, como tamb´em o facto que o tipo de dados presente no objeto muitas vezes ´e apenas implicado pelo predicado.

Exemplo: se o que nos interessa est´a dentro de um elemento com o id “Bob” pode ter v´arias “Pessoas” que “Conhece”, como tamb´em o facto que o tipo de dados presente no objeto muitas vezes ´e apenas implicado pelo predicado.

FIGURA3.1: Uma query SPARQL que procura todos os nomes de sujeitos que tenham

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