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2.3. Estudos de Desempenho de Sinalização

2.3.1. Internacionais

Um estudo realizado nos EUA (BLACK, 1992) fazendo a relação entre a deterioração da retrorrefletividade com o tempo, com a posição solar das placas, com o tipo de área sinalizada e com a limpeza das placas. Foram distribuídos 17 locais de recolhimento de dados por todas as regiões dos Estados Unidos, totalizando mais de 6.275 sinais de tráfego sendo monitorados.

O estudo demonstrou que fatores como a idade das películas, precipitação, elevação do solo e temperaturas muito quentes durante o dia afetam a retrorrefletividade e são fatores a serem levados em conta para a estimativa de vida útil da película. A limpeza das placas não teve grande influência nos valores de retrorrefletividade da sinalização, exceto nos períodos de inverno (BLACK, 1992).

Segundo Harris e Rasdorf (2009), o governo necessita saber com alguma certeza quando deve garantir a troca de películas que não atendam mais os requisitos necessários para garantir a segurança do condutor na via. Para isso, é realizado o ESRMF - Experimental Sign Retroreflectivity Measurement Facility (Unidade Experimental de Medição da Retrorrefletividade de Sinalização).

Essa Unidade é um arranjo de placas de sinalização em um local controlado no qual são realizadas leituras de suas medidas de retrorrefletividade periodicamente. Essas placas são de diferentes tipos e cores e, entre um mesmo tipo e cor existem placas posicionadas de modo diferente em relação ao sol. Dessa maneira é mais fácil relacionar a perda de retrorrefletividade com a ação solar, por exemplo.

Haviam nos Estados Unidos antigos estudos de deterioração de sinalização vertical, que podiam ser divididos em 3 grupos: estudos controlados, estudos não controlados e, em menor escala, os ensaios realizados em laboratório.

Nos estudos controlados, as sinalizações que seriam testadas ficariam em uma área controlada, fora do alcance de vândalos e do choque com carros. Assim, o desgaste que ocorre nas placas é derivado somente da ação de elementos naturais (como chuva, neve, sol).

Carlson e Hawkins (2003) indicam que, posicionando as placas com suas faces retrorrefletivas voltadas para o sul e com uma inclinação de 45° em relação ao solo causam o dobro de deterioração da sinalização em um mesmo tempo. Assim, sinais orientados dessa maneira, quando comparados com sinais colocados da maneira tradicional, apresentarão em um ano a deterioração equivalente a de dois anos de uso.

Já nos estudos não controlados, os elementos estudados não estão em área controlada. Assim, estão expostas tanto às intempéries quanto à ação de vândalos e possíveis choques com veículos.

Ocorreram nos Estados Unidos diversos estudos não controlados financiados por órgãos do Estado e por Universidades, todas elas medindo em sua maioria películas do tipo I (segundo a ASTM D4956-13) que demonstraram que as intempéries não podem ser levadas em conta como fator de deterioração da sinalização desse tipo.

Também foram realizadas pesquisas sobre a relação que a limpeza das placas teria com o ganho de vida útil da sinalização (Harris e Rasdorf 2009, Bischoff e Bullock et. al, 2002). Porém, de acordo com os estudos realizados, a limpeza não traz ganhos significativos de vida útil e, em películas com uma maior qualidade como tipo III e tipo IX (de acordo com a ASTM D4956-13), a chance de haver uma melhora nos valores é ainda menor.

Assim, Harris e Rasdorf propõem através da ESRMF determinar em um ambiente que imita as condições reais o quanto de degradação as películas apresentam em um tempo controlado. Os autores sugerem que, para comparar os resultados de degradação, seria necessária a instalação de uma ESRMF em cada região de macroclima dos EUA. Dessa maneira seria definida precisamente a influência do clima sobre a degradação da sinalização.

2.3.2. Nacionais

No Brasil, existe um projeto de avaliação do desempenho da sinalização vertical atualmente sendo realizado na UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) e outro sendo realizado em uma das praças de pedágio da Ecosul (Empresa Concessionária de Rodovias do Sul), na cidade de Rio Grande-RS.

Na Ecosul, foram posicionadas placas de 8 cores (azul, branco, verde, vermelho, amarelo, marrom, laranja e verde limão) e de tipos variados (IA, III e X). As placas foram posicionadas na saída de uma praça de pedágio para que fiquem expostas às intempéries e ao tráfego pesado ao qual está submetida a BR-392, conforme a Figura 21.

Figura 21 - Posicionamento das placas ao longo da BR-392

Fonte: MEDEIROS, 2015

A pesquisa encontrava-se em seu início, mas os resultados iniciais demonstraram um valor mais alto para as películas que sofrem manutenção em comparação àquelas que não são limpas antes das medições.

A pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria está em andamento, e seus resultados serão o assunto deste trabalho em seu decorrer.

3. METODOLOGIA

3.1. Planejamento da pesquisa

A pesquisa realizada na UFSM foi dividida em duas partes. A primeira parte da pesquisa envolveu placas posicionadas em um trecho experimental localizado na saída da Universidade. A segunda parte da pesquisa envolveu placas com dimensões 10x10cm posicionadas na câmara úmida do laboratório da Universidade.

3.2. Trecho Experimental

A Avenida Roraima está localizada em Santa Maria-RS e apresenta uma importância enorme, pois é o principal local de saída dos estudantes, professores e demais visitantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Por esse motivo, possui uma intensa movimentação, principalmente nos horários de pico da manhã e da tarde. A Figura 22 apresenta a Avenida Roraima.

Figura 22 - Localização da Avenida Roraima

Fonte: Google Maps

O trecho experimental está localizado na saída da UFSM, à direita da Guarita de Segurança. A latitude do trecho foi calculada em S 29°42’37’’, utilizando o aparelho High- sensitivity GPS receiver Garmin eTrex Summit HC no dia 08/08/2015. Esse local foi escolhido porque era necessário que o trecho fosse protegido de vandalismos. Além disso, o local fica próximo aos sensores que captam a quantidade de carros que trafegam na Avenida. As Figuras 23, 24 e 25 apresentam com detalhes o trecho.

Figura 23 - Vista do trecho experimental

Fonte: Google Maps

Figura 24 - Posicionamento do trecho experimental como visto da Guarita de Segurança

Figura 25 - Posicionamento do trecho em relação à Guarita de Segurança

Fonte: Autor

Próximas ao pórtico estão localizadas 24 placas, posicionadas ao longo de 50metros. As placas ficam posicionadas ao lado direito de quem deixa a Universidade, emulando assim a posição real de sinalizações postadas ao longo de vias, e suas faces estão orientadas em direção ao Sul. Dessa maneira, não há incidência direta da luz solar sobre as películas na superfície das placas, evitando o desgaste causado por essa incidência.

A segunda placa de cada par sofre manutenção a cada três meses, de forma a manter um acompanhamento de quanto a retrorrefletividade degrada com ou sem manutenção. As informações de cor, tipo de película retrorrefletivas de cada uma das placas e se esta recebe ou não manutenção estão representadas na Tabela 32.

Tabela 32 - Cor, tipo e manutenção de películas das placas no trecho experimental

Cor Tipo de Película Limpeza da Placa

Vermelha I Não Limpa

Vermelha I Limpa

Vermelha X Não Limpa

Vermelha X Limpa

Vermelha III Não Limpa

Vermelha III Limpa

Amarela I Não Limpa

Amarela I Limpa

Amarela X Não Limpa

Amarela X Limpa

Amarela III Não Limpa

Amarela III Limpa

Verde I Não Limpa

Verde I Limpa

Verde X Não Limpa

Verde X Limpa

Verde III Não Limpa

Verde III Limpa

Branca I Não Limpa

Branca I Limpa

Branca X Não Limpa

Branca X Limpa

Branca III Não Limpa

Branca III Limpa

Fonte: Autor

3.3. Equipamento

O equipamento utilizado para as leituras foi o RetroSign GR3. Este equipamento é fabricado pela empresa DELTA, na cidade de Hørsholm, Dinamarca. Ele realiza a medição do valor RA (coeficiente de luminância retrorrefletida) que, de acordo com o manual do

equipamento, é a medida da visibilidade de sinais rodoviários como visto pelos motoristas de veículos motorizados. O equipamento aplica uma iluminação com ângulo de entrada de -4° e as medidas podem ser realizadas com ângulos de observação de 0,2°, 0,5° e 1°. Esses ângulos representam os valores aos quais o motorista está geralmente submetido, e o mais utilizado é o valor de 0,2°. A Figura 26 demonstra um exemplo deste retrorrefletômetro.

Figura 26 - Retrorrefletômetro utilizado na pesquisa

Fonte: RoadTraffic Technology, 2016

3.4. Tráfego

A primeira parte da pesquisa relaciona a perda da retrorrefletividade da sinalização do trecho experimental com o tráfego de veículos que ocorre no trecho. Para isso, são cruzados os dados de tráfego retirados do programa Ponfac OCR com as leituras realizadas a cada três meses na sinalização do trecho experimental.

3.4.1. Programa Ponfac OCR

O cálculo de tráfego é realizado através do programa Ponfac OCR que, utilizando sensores colocados sob o pavimento na Av. Roraima perto da Guarita de Segurança, relata a quantidade de veículos que trafegam sobre o local. As Figuras 27 e 28 demonstram os sensores colocados na Avenida Roraima na entrada e na saída de carros, respectivamente.

Figura 27 - Sensores na entrada da UFSM

Fonte: Autor

Figura 28 - Sensores localizados na saída da UFSM

Fonte: Autor

Primeiramente define-se o período desejado. Os dados podem ser organizados de maneira semanal, diária ou horária. A Figura 29 apresenta um exemplo da definição do período e da organização dos dados.

Figura 29 - Definição do período e da organização dos dados

Fonte: Autor

Os dados utilizados na pesquisa foram organizados de maneira diária. O programa oferece dados de entrada e de saída de veículos, e foram utilizados os dados de saída. Porém, entre os períodos de 22/02/2016 até 17/06/2016 o sensor localizado na saída da UFSM apresentou defeitos e não gravou nenhum dado. Dessa maneira, foi feito um levantamento da quantidade de carros que saíram em relação aos carros que entraram desde o começo da pesquisa, e essa relação foi aplicada no período em que os dados não estavam disponíveis A Figura 30 mostra os dados sendo retirados do programa.

Figura 30 - Retirada dos dados do programa

Fonte: Autor

3.4.2. Procedimento de avaliação da retrorrefletividade das placas

As placas do trecho experimental foram implantadas em 23/11/2013. A partir da implantação, foram realizadas leituras a cada três meses para acompanhar a degradação da retrorrefletividade e a influência da manutenção das placas nessa perda.

A limpeza das placas nas quais são realizadas manutenção ocorre 24 horas antes das medições, para garantir que as placas estejam secas no momento da medição. A limpeza é realizada utilizando uma mistura de água e detergente neutro, e as placas são deixadas secando livremente até o dia seguinte. O equipamento é calibrado antes da medição e são realizadas as leituras.

São realizadas 5 leituras por placa. Dessa maneira é possível a obtenção de um valor médio confiável, além de garantir que uma leitura em algum ponto danificado não interfira de forma incisiva sobre o valor de retrorrefletividade que irá representar a placa.

As medições são realizadas por 3 operadores diferentes, pois cada pessoa tem uma maneira diferente de posicionar-se, posicionar o equipamento na placa ou manusear o equipamento, o que pode causar pequenas diferenças nos valores de retrorrefletividade. Dessa maneira, obtém-se um valor médio entre os três operadores que será o valor utilizado na produção dos gráficos de degradação da retrorrefletividade.

3.5. Precipitação Pluviométrica

A segunda parte da pesquisa é o levantamento de dados de precipitação que ocorrem na região e a relação dessas chuvas com o aumento ou a perda de retrorrefletividade na sinalização do trecho experimental.

3.5.1. Medições antes e depois da chuva

As medições dos valores de retrorrefletividade ocorrem antes da chuva, 6 horas após o fim da chuva e 24 horas após o fim da chuva. Assim como na medição de três meses são realizadas 5 leituras por placa, porém apenas um operador é necessário. O equipamento é calibrado antes de cada medição, para garantir que os valores estejam corretos. Dessa maneira obtém-se os valores de retrorrefletividade antes de ocorrer a chuva, logo após o fim da chuva e um dia após a chuva, e podem ser criados gráficos relacionando a perda ou o ganho percentual de retrorrefletividade após a chuva.

3.5.2. Dados de Precipitação Pluviométrica

Os valores de precipitação são retirados do site do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Através do site principal (http://www.inmet.gov.br/portal/) acessa-se a aba Estações Convencionais, como mostra a Figura 31.

Figura 31 - Aba Estações Convencionais no site do INMET

Na página das Estações Convencionais localiza-se a estação de Santa Maria-RS e acessam-se os dados, como demonstrado na Figura 32.

Figura 32 - Acesso dos dados da Estação Convencional de Santa Maria

Fonte: Site do INMET

Na página seguinte, digita-se o período de tempo do qual deseja-se saber a precipitação, como demonstrado na Figura 33.

Figura 33 - Exemplo de período de tempo

Fonte: Site do INMET

E são obtidos os dados de precipitação acumulada no período. Os dados são de chuvas acumuladas em 24 horas e as medições ocorrem às 12 UTC, como mostra a Figura 34.

Figura 34 - Exemplo de chuva acumulada no período procurado

Fonte: Site do INMET

Com os dados de chuva acumulada do período, podem-se montar os gráficos relacionando os valores de retrorrefletividade calculados antes e depois da chuva e relacionar o quanto a quantidade de chuva influencia na perda ou ganho de retrorrefletividade.

3.6. Umidade

A terceira parte da pesquisa procura relacionar a influência da umidade em ambiente controlado na degradação da retrorrefletividade e a influência que a manutenção tem no controle da perda de retrorrefletividade.

3.6.1. Placas

As placas utilizadas são chapas de aço com dimensões 10x10cm, nas quais foram aplicadas películas retrorrefletivas de diversos tipos e cores. Antes da aplicação das películas, cada chapa teve sua superfície levemente lixada para garantir uma melhor aderência entre a superfície da chapa e a película. As películas foram então cortadas no formato de suas chapas

correspondentes e cuidadosamente aplicadas sobre a superfície da chapa, para garantir que não existissem bolhas de ar presas sob a película.

Então, as placas foram limpas com uma mistura de água e detergente neutro, secas com um pano suave e foi realizada a primeira medição de seus valores de retrorrefletividade. Assim como na primeira parte da pesquisa, que relaciona o tráfego à degradação da retrorrefletividade no trecho experimental, também são realizadas 5 medições de retrorrefletividade por placa, para que seja garantido um valor médio confiável.

São 20 pares, totalizando 40 placas, e as primeiras placas de cada par, a partir da 5ª medição, foram limpas para considerar a influência da manutenção na perda de retrorrefletividade. As películas estão divididas em nove cores: películas da cor verde, azul, vermelha, amarela, branca, marrom, laranja fluorescente, amarelo fluorescente e verde fluorescente. As primeiras cinco cores estão representadas por películas de três tipos: tipos I, III e X. As películas da cor marrom estão representadas em dois tipos: tipos III e X. E as películas das cores laranja fluorescente, amarelo fluorescente e verde fluorescente estão representadas por películas do tipo X. As informações estão resumidas na Tabela 33.

Tabela 33 – Cor, tipo e manutenção de películas das placas na câmara úmida

Cor Tipo de Película Limpeza da Placa

Verde I Sim

Verde I Não

Verde III Sim

Verde III Não

Verde X Sim

Verde X Não

Azul I Sim

Azul I Não

Azul III Sim

Azul III Não

Azul X Sim

Azul X Não

Vermelho I Sim

Vermelho I Não

Vermelho III Sim

Vermelho III Não

Vermelho X Sim

Vermelho X Não

Amarelo I Sim

Amarelo I Não

Amarelo III Sim

Amarelo III Não

Amarelo X Sim

Amarelo X Não

Branco I Sim

Branco I Não

Branco III Sim

Branco III Não

Branco X Sim

Branco X Não

Marrom III Sim

Marrom III Não

Marrom X Sim

Marrom X Não

Laranja Fluoresc. X Sim

Laranja Fluoresc. X Não

Amarelo Fluoresc. X Sim

Amarelo Fluoresc. X Não

Verde Fluoresc. X Sim

Verde Fluoresc. X Não

3.6.2. Suportes

Para manter as placas na posição vertical, com uma inclinação de 80° em relação à horizontal, foram confeccionados suportes com palitos de churrasco, agindo como material suporte das placas, garantindo a verticalidade delas e impedindo sua queda através do palito vertical e do palito posicionado atrás do suporte, e borrachas escolares, que agem como os pés do suporte e garantem a sua estabilidade, como demonstram as Figuras 35 e 36.

Figura 35 - Vista frontal de um suporte

Figura 36 - Vista lateral do suporte

Fonte: Autor

3.6.3. Câmara úmida

A câmara úmida é o local preparado para que os corpos de prova de concreto atinjam a cura de maneira controlada no laboratório. A umidade média fica em torno de 75%. As placas foram posicionadas na bancada mais alta da câmara, com uma das placas do par de costas para a outra, garantindo que as placas não percam a sustentação caso sejam atingidas por algum manuseamento dos corpos de prova de concreto. O posicionamento das placas está demonstrado nas Figuras 37 e 38.

Figura 37 - Placas posicionadas na câmara úmida

Figura 38 - Placas posicionadas na câmara úmida

4. RESULTADOS E ANÁLISES

O conjunto de dados recolhidos pode indicar quais fatores influenciam a variação do valor de retrorrefletividade ao longo do tempo. Considerando o volume de tráfego e a precipitação pluviométrica como fatores chave para essa variação, foram recolhidos os dados de tráfego e precipitação acumulados mensalmente desde o dia 23/11/2013, dia de início da pesquisa. Os valores estão representados no Quadro 10.

Os meses sem dados de tráfego ocorrem em decorrência de uma avaria no sensor localizado na saída da Universidade. Os dados de precipitação acumulada são liberados somente 60 dias após a data.

Quadro 10 - Acúmulo mensal de tráfego e precipitação Mês Tráfego acumulado Precipitação acumulada (mm) nov/13 288.573 6,3 dez/13 213.520 92,8 jan/14 176.654 132,3 fev/14 152.597 109 mar/14 243.999 226,9 abr/14 251.677 105,1 mai/14 245.854 171,5 jun/14 222.358 278,8 jul/14 212.929 255,1 ago/14 229.945 92,2 set/14 254.223 237,5 out/14 246.812 256,8 nov/14 247.674 59,7 dez/14 213.648 324,3 jan/15 176.065 175,1 fev/15 153.399 84,3 mar/15 258.173 132,4 abr/15 229.920 129,8 mai/15 115.366 136,4 jun/15 235.442 128,2 jul/15 222.602 214,7 ago/15 173.537 85,2 set/15 254.739 168,6 out/15 224.338 428,4 nov/15 257.418 164,3 dez/15 212.835 336 jan/16 119.114 101,9 fev/16 14.062 96,5 mar/16 16.378 200,7 abr/16 - 137,7 mai/16 37.807 0 jun/16 143.725 - jul/16 - - Fonte: Autor

4.1. Resultados da influência do tráfego na variação da retrorrefletividade

Foram realizadas dez leituras, nos dias 26/11/2013, 27/02/2014, 27/05/2014, 18/07/2014, 29/08/2014, 05/12/2014, 29/02/2015, 29/10/2015, 18/03/2016 e 05/07/2016. Os dados de tráfego são acumulativos, começando a contagem a partir do primeiro dia de medição. O Quadro 11 mostra os valores de retrorrefletividade para as cores Vermelha, Amarela, Verde e Branca ao longo das dez leituras, assim como o número de veículos que passaram pelo trecho experimental nesse período.

Quadro 11 - Valores de retrorrefletividade de placas em função do tráfego acumulado

Tráfego e Variação da Retrorrefletividade

Data 23/11/13 27/02/14 27/05/14 18/07/14 29/08/14 05/12/14 28/02/15 29/10/15 18/03/16 05/07/16 Cor Acumulado Tráfego 0 600.681 1.311.926 1.709.432 2.007.806 2.815.959 3.307.352 5.012.668 5.637.849 5.822.808

Vermelha Tipo I Sem manutenção 33,6 29,0 23,9 28,3 25,1 22,9 32,3 26,7 24,5 21,6 Com manutenção 32,4 29,0 24,5 28,4 26,9 27,5 31,0 30,9 27,9 30,5 Tipo X Sem manutenção 174,7 191,1 198,9 176,0 189,9 141,3 158,2 150,0 156,9 164,2 Com manutenção 184,7 197,9 208,9 205,6 222,1 195,3 183,6 201,1 175,7 211,1 Tipo III Sem manutenção 91,4 88,0 72,9 86,7 78,6 74,2 78,9 80,1 87,7 85,5 Com manutenção 91,7 89,1 76,8 92,9 89,2 91,6 97,3 104,3 100,8 112,9 Amarela Tipo I Sem manutenção 61,0 62,9 61,9 57,6 59,1 48,0 66,9 65,1 62,1 61,8 Com manutenção 60,7 66,9 68,0 67,9 71,5 63,6 63,9 71,6 65,9 74,5 Tipo X Sem manutenção 639,3 677,6 688,7 588,6 618,5 620,3 653,1 537,3 507,5 473,9 Com manutenção 613,1 686,6 786,4 687,7 770,9 649,5 654,8 651,8 578,5 702,7 Tipo III Sem manutenção 486,9 487,3 385,6 455,7 444,0 389,6 526,3 481,1 471,7 448,9 Com manutenção 468,2 495,2 416,2 504,5 505,5 491,2 483,7 561,5 538,1 579,7 Verde Tipo I Sem manutenção 23,1 19,5 15,7 16,1 13,1 12,2 20,1 18,0 17,5 17,0 Com manutenção 23,1 21,1 18,5 20,1 17,7 17,7 20,4 21,8 19,5 22,9 Tipo X Sem manutenção 129,9 134,5 136,2 130,9 134,7 106,3 131,2 120,1 101,7 106,3 Com manutenção 138,1 145,8 150,0 148,0 154,6 133,3 139,2 147,6 123,1 151,6 Tipo III Sem manutenção 78,1 72,2 57,0 66,9 64,4 61,2 63,3 57,2 69,8 65,7 Com manutenção 73,9 69,8 54,6 69,7 72,0 72,6 74,4 80,3 77,1 84,3 Branca Tipo I Sem manutenção 93,6 99,6 94,0 83,3 108,0 86,0 92,6 84,5 79,7 77,6 Com manutenção 91,6 102,7 106,6 102,4 113,8 91,7 83,4 100,9 88,6 103,5 Tipo X Sem manutenção 577,5 560,2 581,0 568,2 575,0 487,2 556,7 461,5 428,3 492,0 Com manutenção 563,8 580,7 601,5 588,2 649,0 555,7 566,8 567,1 508,3 630,8 Tipo III Sem manutenção 501,2 469,8 372,5 428,1 390,5 376,5 546,1 480,2 490,5 399,7 Com manutenção 490,7 489,4 401,4 475,5 473,5 504,1 525,3 580,2 578,7 543,2 Valores em cd/(lx.m²) Fonte: Autor

Os gráficos gerados com os dados anteriormente apresentados estão apresentados na Figura 39.

Figura 39 - Gráficos demonstrando a influência do tráfego na variação da retrorrefletividade de placas com película das cores: a)vermelha, b)amarela, c)verde e d) branca

a)

c)

d)

Fonte: Autor

De forma geral, películas da mesma cor apresentaram um comportamento de acordo com seus tipos de películas. As películas X de maior qualidade apresentaram um desempenho superior às películas do tipo III e I.

As películas do mesmo tipo, mas cores diferentes apresentaram um comportamento semelhante durante todo o tempo da pesquisa. As películas do tipo X apresentaram um desempenho melhor devido à sua maior qualidade e ao maior valor inicial de sua retrorrefletividade. A manutenção demonstrou ser um fator chave na garantia de constância da retrorrefletividade ao longo do estudo. O tráfego apresentou influência na variação da retrorrefletividade das placas com películas que não sofreram manutenção.

O Quadro 12 apresenta os valores de retrorrefletividade inicial e final, além da variação desse valor em porcentagem desde o começo da pesquisa. O valor inicial representa o valor medido em 23/11/2013, enquanto que o valor final representa o valor medido em 05/07/2016.

Quadro 12 - Variação no valor de retrorrefletividade desde o início da pesquisa Variação no valor de retrorrefletividade

Cor Tipo Manutenção Valor Inicial Valor Final Variação

Vermelha I Não 33,6 21,6 -36% I Sim 32,4 30,5 -6% X Não 174,7 164,2 -6% X Sim 184,7 211,1 14% III Não 91,4 85,5 -6% III Sim 91,7 112,9 23% Amarela I Não 61,0 61,8 1% I Sim 60,7 74,5 23% X Não 639,3 473,9 -26% X Sim 613,1 702,7 15% III Não 486,9 448,9 -8% III Sim 468,2 579,7 24% Verde I Não 23,1 17,0 -27% I Sim 23,1 22,9 -1% X Não 129,9 106,3 -18% X Sim 138,1 151,6 10% III Não 78,1 65,7 -16% III Sim 73,9 84,3 14% Branca I Não 93,6 77,6 -17% I Sim 91,6 103,5 13% X Não 577,5 492,0 -15% X Sim 563,8 630,8 12% III Não 501,2 399,7 -20% III Sim 490,7 543,2 11% Valores em cd/(lx.m²) Fonte: Autor

As placas que sofreram manutenção tiveram um desempenho melhor que as placas que não tiveram manutenção nesse período. A placa com o melhor desempenho foi a que contém a película da cor amarela do tipo III com manutenção, com um aumento de 24% em relação

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