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Capítulo V: Resultados

5.2 Avaliação Social baseada CIF em pacientes com Paralisia

5.2.1 Interpretação dos Resultados para Atividades e Participação

De acordo com a Avaliação Social, evidencia-se nas atividades e participação que:

Andar: 8 crianças possuem dificuldade completa para andar, utilizando-se de cadeira de rodas. 15 possuem dificuldades, que variam entre leve a moderada. Em contrapartida, 2 caminham sem dificuldades.

Utilização de Transporte: Para o deslocamento do paciente em transporte público ou privado, 12 delas necessitam de auxílio máximo. Todos os pacientes apresentaram dificuldades para este componente. Nas observações

pormenorizadas, 12 utilizam transporte público, 3 carro próprio e 10, o serviço

municipal de transporte ATENDE8.

8 Serviço de Atendimento Especial – ATENDE define-se uma modalidade de transporte gratuito destinado às pessoas com mobilidade reduzida. Em seu artigo 5º define usuários aqueles que não apresentem condições de mobilidade e acessibilidade autônoma aos meios de transporte convencionais ou que manifestem grandes restrições ao acesso e uso de equipamentos urbanos (BRASIL, 1996).

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Frente às dificuldades de mobilidade dos pacientes, tais dados evidenciam a importância do transporte público à inclusão social das crianças com PC.

Comer: Para as refeições, 6 pacientes realizam de forma independente. 9 não possuem autonomia para esta tarefa, necessitando de ajuda máxima. E 10 delas, necessitam de auxílio entre 25 a 50%. Dado que aponta o grau de dependência para esta básica na vida cotidiana.

Interações Interpessoais básicas: Neste item de avaliação, 7 não apresentam dificuldades de interação quando evocadas e com estímulos básicos. Em contrapartida, 3 que não interagem, de forma alguma. 15 pacientes apresentam dificuldades graduadas entre leve, moderada e grave para interagirem socialmente.

Relações Familiares: Nas relações familiares, observa-se aumento das dificuldades nas graduações extremas de leve e grave, com relação às interações interpessoais: no total de 13 pacientes, dados que possam indicar sobrecarga do cuidador. 8 pacientes não possuem dificuldades com interações familiares. Para as dificuldades moderada e completa, houve diminuição, com relação às interações interpessoais. Nesse sentido, RIZZO (1998) afirma que a aceitação social inicia no meio intrafamiliar, facilitando as experiências sociais iniciais da criança com deficiência. Diante do exposto, observa-se a necessidade de atuação nas relações sócio-familiares, de forma a favorecer a inclusão social da criança com PC.

Educação informal: Na educação informal, para 9 pacientes não se aplicam a este componente, pois 6 não estudam, e dos que estudam, 3 relataram não terem tarefas no domicílio, conforme dados pormenorizados. Dos que realizam tarefas, 7 não conseguem realizá-las sem auxilio, para todas as atividades propostas. Aos que necessitam de auxílio, em pelo menos uma das atividades, somam proporção igual: 7. Aqueles que conseguem realizar, de modo independente, totalizam 2 pacientes.

71 Educação Escolar: Como exposto, 6 pacientes não freqüentam escola. Dos 19 que freqüentam, 7 não encontram dificuldades. Aos 12 que apresentam dificuldades, 4 possuem dificuldade completa na participação escolar, nesta graduação houve relato de uma mãe, que acompanha o filho, na escola, diariamente, conforme dados pormenorizados. Outra dificuldade apontada foi à participação do paciente em atividades de educação física. Para Simeonsson et al (2001), o nível de participação de crianças com deficiência não depende de fatores pessoais, mas também da adaptação do ambiente escolar para propiciar o acesso às atividades. Nesse sentido, à inclusão escolar efetiva, depende da capacitação de profissionais no atendimento à pessoa com deficiência.

Recreação e lazer: Para recreação e lazer, todos os pacientes têm freqüência neste quesito, sendo que 5 deles não apresentam dificuldades. Outros 14, embora haja participação em atividades recreativas, relataram dificuldades. Tais dificuldades registradas nas informações pormenorizadas, dada falta de conhecimento acerca das opções culturais existentes, e também, por questões culturais familiares. Dos que relataram dificuldade completa, 6 pacientes, observa-se a questão econômica, sendo um fator que interfere na participação.

Quadro 2 CIF: Fatores Ambientais

Neste momento, apresentam-se os resultados da Avaliação social, com base na CIF, acerca dos fatores ambientais em que vivem as crianças com Paralisia Cerebral. Manteve-se a mesma linha de análise do quadro anterior, em que os resultados foram deixados por números inteiros e a interpretação dos dados a seguir.

72 Fatores ambientais

e115 Produtos e tecnologia para uso pessoal na vida diária

Ele tem alguma órtese no pé, mão, braço ou outras que ajudam no banho, alimentação? Se sim, ajuda ou

atrapalha? Quanto?

- 1 - 1 1 4 11 7

e120 Produtos e tecnologia para mobilidade e transporte pessoal em ambientes internos e externos

Ele possui cadeira de rodas ou muletas para usar dentro e fora de casa? Se sim, ajuda ou atrapalha? Quanto?

- 1 2 1 - 1 2 1 4 13

e125 Produtos e Tecnologias para comunicação

Ele tem algum aparelho que ajuda a comunicar com outras pessoas? Se sim, ajuda ou atrapalha? Quanto?

- - - 1 - 1 - - 1 22

e155 Produtos e tecnologia usados em projeto, arquitetura e construção de edifícios de uso privado

A casa onde o paciente mora, tem adaptações (portas, barras de apoio?) para ele se movimentar, sem ajuda? Se sim, ajudam ou atrapalham? Quanto?

- - 1 - - - - 1 5 18

e310 Família imediata

Os familiares que moram com o paciente apoiam o tratamento? Se sim, ajuda ou atrapalha? Quanto?

1 2 1 21

e315 Família ampliada

Os familiares que não moram com o paciente apoiam o tratamento? Se sim, ajuda ou atrapalha? Quanto?

1 1 1 1 3 2 3 6 7

e320 Amigos

Os amigos do paciente apoiam o tratamento? Se sim, ajuda ou atrapalha? Quanto?

1 1 5 3 1 3 10 1

e355 Profissionais da saúde

Os profissionais de saúde que trabalham com o paciente apoiam o tratamento? Se sim, ajuda ou atrapalha? Quanto?

1 2 4 18

e460 Atitudes sociais

A opinião da sociedade, frente a deficiência do paciente, ajuda ou atrapalha? Quanto?

3 6 11 2 3

e540 Serviços, sistemas e políticas de transporte

O serviço público de transporte ajuda ou atrapalha? Quanto?

1 3 4 1 1 3 12

e570 Serviços, sistemas e políticas da previdência social

O INSS ajuda ou atrapalha? Quanto?

1 3 2 1 2 16

e580 Serviços, sistemas e políticas de saúde

O SUS ajuda ou atrapalha o tratamento do paciente? Quanto?

1 2 1 2 8 11

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5.2.2 Interpretação dos Resultados para Fatores

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