Intervenção Farmacêutica na Farmácia Almeida Cunha

Este projeto visa o esclarecimento do utente sobre a distinção entre gripe e constipação, sendo assim encarado como um momento de educação do utente, abordando vários tópicos importantes sobre as patologias em questão. Para abordar esta temática na FAC, decidi optar por algo que o utente pudesse ler com calma e atentamente, com possível consulta posterior sempre que tivesse dúvidas ou quisesse transmitir a informação a outras pessoas. Como tal, optei por criar folhetos com informação científica, mas com linguagem acessível, para fácil compreensão do transmitido. No final o utente deverá conseguir responder a perguntas como: “O que é a gripe? O que é a constipação? Quais os sintomas

38 característicos de cada? Qual é o meio de transmissão e como a prevenir? Que medidas farmacológicas e não farmacológicas posso usar?”. (ANEXOS 4 e 4.1)

De modo a elucidar a equipa da FAC sobre a informação que consta nos folhetos de modo a ser também incluída no projeto, criei um apresentação dedicada a este objetivo. Nesta «formação», vi também a necessidade de criar um esboço de um guia de dispensa de MNSRM para alívio dos sintomas iniciais de gripe e constipação (abordando os sintomas que mais frequentemente são apresentados pelos utentes ao balcão, como dores de cabeça, congestão nasal, rinorreia, dores de garganta e tosse). Este projeto tornou-se assim também uma oportunidade de desenvolver o meu conhecimento sobre o stock variado de produtos, evitando cair na rotina de indicar sempre os mesmos produtos ou os que se encontram mais visíveis. Esta formação possui um caráter bilateral, isto é, transmissão de informação sobre a temática explorada, mas com o objetivo de troca de experiências, opiniões e até casos clínicos reais, graças à extensa experiência de trabalho e conhecimento da equipa da FAC. (ANEXO 5)

Ao verificar que no início de Outubro as pessoas questionavam várias vezes sobre a vacinação contra a gripe na farmácia, vi aqui uma boa oportunidade de alargar este projeto de modo a incluir esta vertente. Assim, criei cartazes de modo a alertar a população para o início da época de vacinação 19/20 e a possibilidade de vacinação da farmácia. (ANEXO 6)

2.9.2. Discussão de Resultados e Conclusões

Mais uma vez, torna-se impossível a quantificação objetiva dos resultados do projeto, mas foi notável a adesão dos utentes a este projeto. Devido ao início da sazonalidade da gripe e da constipação rondarem outubro e ser neste mês que se inicia a época de vacinação contra a gripe, dediquei este mês ao desenvolvimento do projeto 2, visto haver uma maior atenção por parte da população para este tópico. Quanto à apresentação do projeto à equipa da FAC e discussão das indicações farmacoterapêuticas para os vários sintomas iniciais de gripe e de constipação, foi algo que permitiu uma elucidação muito útil para a minha experiência a nível de dispensa ao utente e uma partilha de noções e experiências entre os profissionais da FAC que completou e complementou todo o projeto.

O utente ao verificar que pode contar com o farmacêutico para esclarecimento deste tipo de dilemas, fortalece a relação de confiança que deposita em nós enquanto profissionais de saúde. Para um estagiário esta sensação de confiança em nós por parte do doente é importantíssima, pois apercebemo- nos do quão imprescindíveis os profissionais de farmácia são na gestão da saúde do utente.

39

Bibliografia

[1] Ordem dos Farmacêuticos- A Farmácia Comunitária. Acessível em: https://www.ordemfarmaceuticos.pt/ (acedido em 1 setembro 2019)

[2] Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 307/2007, de 31 de agosto - Regime jurídico das farmácias de oficina. Diário da República n.º 168/207, série I de 2007-08-31. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 15 junho 2019)

[3] Conselho Nacional da Qualidade (2009). Boas Práticas Farmacêuticas para a Farmácia Comunitária (BPF). 3ª edição. Ordem dos Farmacêuticos, Lisboa. Acessível em: https://www.ordemfarmaceuticos.pt (consultado a 15 junho 2019)

[4] Drugs.com - “Drug Expiration Dates. Are Expired Drugs Still Safe to Take?”. Acessível em: https://www.drugs.com/ (acedido em 17 junho 2019)

[5] Assembleia da República. Lei n.º 25/2011, de 16 de junho - Estabelece a obrigatoriedade da indicação do preço de venda ao público (PVP) na rotulagem dos medicamentos e procede à quarta alteração ao Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de agosto, e revoga o artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 106-A/2010, de 1 de outubro. Diário da República n.º 115/2011, série I de 2011-06-16. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 17 junho 2019)

[6] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (2015). Normas relativas à dispensa de medicamentos e produtos de saúde. Acessível em www.infarmed.pt (consultado a 20 junho 2019)

[7] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (2012). Despacho nº15700/2012, de 30 de Novembro: Aprova os modelos de receita médica, no âmbito da regulamentação da Portaria nº137-A/2012, de 11 de maio. Acessível em www.infarmed.pt (consultado a 20 junho 2019)

[8] Administração Central do Sistema de Saúde, I.P. (2017). Manual de Relacionamento das Farmácias com o Centro de Conferência de Faturas do SNS. Versão 1.25. Acessível em www.ccf.min-saude.pt (consultado a 20 junho 2019)

[9] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (2010). Saiba Mais Sobre Psicotrópicos e Estupefacientes. Acessível em: www.infarmed.pt (consultado a 22 junho 2019)

[10] Ministério da Saúde. Portaria nº 1100/2000, de 17 de novembro - Critérios Técnico-Científicos para a alteração da classificação quanto à dispensa ao público. Diário da República n.º 266/2000, Série I-B de 2000-11- 17. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 22 junho 2019)

[11] Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. Decreto-Lei n.º 74/2010, de 21 de junho - Estabelece o regime geral dos géneros alimentícios destinados a alimentação especial, transpondo a Diretiva n.º 2009/39/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de maio. Diário da República n.º 118/2010, série I de 2010-06-21. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 22 junho 2019)

40

[12] Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. Portaria nº1138/2008, de 10 de Outubro - Aprova os modelos de receita médico-veterinária e vinheta. Diário da República, 1ª série, nº 197. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 22 junho 2019)

[13] Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 189/2008, de 24 de setembro - Estabelece o regime jurídico dos produtos cosméticos e de higiene corporal, transpondo para a ordem jurídica nacional as Diretivas n. os 2007/53/CE, da Comissão, de 29 de agosto, 2007/54/CE, da Comissão, de 29 de agosto, 2007/67/CE, da Comissão, de 22 de novembro, 2008/14/CE, da Comissão, de 15 de fevereiro, e 2008/42/CE, da Comissão, de 3 de abril, que alteram a Diretiva n.º 76/768/CEE, do Conselho, relativa aos produtos cosméticos, a fim de adaptar os seus anexos II, III e VI ao progresso técnico. Diário da República n.º 185/2008, série I de 2008-09-24. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 26 junho 2019)

[14] Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas. Decreto-Lei n.º 136/2003, de 28 de junho - Transpõe para a ordem jurídica nacional da Diretiva n.º 2002/46/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 10 de junho, relativa à aproximação das legislações dos Estados membros respeitantes aos suplementos alimentares. Diário da República n.º 147/2003, série I-A de 2003-06-28. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 26 junho 2019)

[15] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. - Medicamentos à base de

plantas. Acessível em: https://www.infarmed.pt/ (acedido em 26 junho 2019)

[16] Ministério da Saúde. Decreto-Lei n.º 145/2009, de 17 de junho - Estabelece as regras a que devem obedecer a investigação, o fabrico, a comercialização, a entrada em serviço, a vigilância e a publicidade dos dispositivos médicos e respetivos acessórios e transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2007/47/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de setembro. Diário da República n.º 115/2009, série I de 2009-06-17. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 26 junho 2019)

[17] Ministério da Saúde. Decreto-lei nº227/99, de 21 de Junho – Regula o regime jurídico aplicável aos géneros alimentícios destinados a uma alimentação especial. Diário da República n.º 143/1999, Série I-A de 1999-06-22. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 27 junho 2019)

[18] Ministério da Saúde. Portaria nº1429/2007, de 2 de Novembro - Define os serviços farmacêuticos que podem ser prestados pelas farmácias. Diário da República n.º 211/2007, Série I de 2007-11-02. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 27 junho 2019)

[19] Direção-Geral da Saúde. Norma n.º 020/2011. Hipertensão Arterial: definição e classificação. Acessível em: www.dgs.pt (consultado a 29 junho 2019)

[20] Direção-Geral da Saúde. Norma n.º 002/2011. Diagnóstico e Classificação da Diabetes mellitus. Acessível em: www.dgs.pt (consultado a 29 junho 2019)

[21] Direção-Geral da Saúde. Norma nº 019/2011 de 28/09/2011 (atualizada a 11/05/2017). Abordagem Terapêutica das Dislipidemias no Adulto. Acessível em: www.dgs.pt (consultado a 29 junho 2019)

[22] Gibson, T. J. (2013). Hypertension, its treatment, hyperuricaemia and gout. Current opinion in rheumatology, 25(2): 217-222. (consultado a 29 junho 2019)

41

[23] Sistema Nacional de Saúde (SNS) - Programa de troca de seringas. Acessível em: https://www.sns.gov.pt/ (acedido em 29 junho 2019)

[24] VALORMED - Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens e Medicamentos, Lda. Acessível em: http://www.valormed.pt (acedido em 29 junho 2019)

[25] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. - Notificação de reações

adversas/efeitos indesejáveis de medicamentos. Acessível em: https://www.infarmed.pt/ (acedido em 30 junho

2019)

[26] Ministério da Saúde. Decreto-lei n.º 134/2005, de 16 de agosto. Regime da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias. Diário da República n.º 156/2005, Série I-A de 2005-08-16. Acessível em: www.dre.pt (consultado a 5 setembro 2019)

[27] Ordem dos Farmacêuticos - Uso Responsável do Medicamento. Acessível em: http://www.usoresponsaveldomedicamento.com/ (acedido em 10 setembro 2019)

[28] World Health Organization – Rational Use of Medicines. Acessível em: https://www.who.int/ (acedido em 5 setembro 2019)

[29] Bennadi, D. (2013). Self-medication: A current challenge. Journal of basic and clinical pharmacy, 5(1), 19– 23. (consultado a 5 setembro 2019)

[30] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. - Lista de DCI identificadas

pelo Infarmed como MNSRM-EF e respetivos protocolos de dispensa. Acessível em: https://www.infarmed.pt/

(acedido em 11 setembro 2019)

[31] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. - Análise do consumo de

medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias. Acessível em: https://www.infarmed.pt/ (acedido

em 11 setembro 2019)

[32] VOLTAREN®_{. Acessível em: http://www.voltaren.pt/ (acedido em 15 setembro 2019)}

[33] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (Portal INFOMED) - Resumo Das Características Do Medicamento: Voltaren Emulgel 10 mg/g gel. Acessível em: https://www.infarmed.pt/ (consultado a 15 setembro 2019)

[34] Altman, R., Bosch, B., Brune, K. (2015). Advances in NSAID Development: Evolution of Diclofenac Products Using Pharmaceutical Technology. Drugs, 75(8):859-77. (consultado a 15 setembro 2019)

[35] DAFLON®_{. Acessível em: http://www.daflon.pt/ (acedido em 16 setembro 2019)}

[36] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (Portal INFOMED) - Resumo Das Características Do Medicamento: Daflon 500 mg. Acessível em: https://www.infarmed.pt/ (consultado a 16 setembro 2019)

[37] Kakkos, S., Nicolaides, A. (2018). Efficacy of micronized purified flavonoid fraction (Daflon®_{) on improving}

42

meta-analysis of randomized double-blind placebo-controlled trials. International Angiology, 37(2):143-154. (consultado a 16 setembro 2019)

[38] Ramelet, A. (2001). Clinical Benefits of Daflon 500 mg in the Most Severe Stages of Chronic Venous Insufficiency. Angiology, 52(1_suppl), S49–S56. (consultado a 16 setembro 2019)

[39] MICROLAX®_{. Acessível em: https://www.jaba-recordati.pt/ (acedido em 20 setembro 2019)}

[40] INFARMED - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (Portal INFOMED) - Resumo Das Características Do Medicamento: Microlax solução retal. Acessível em: https://www.infarmed.pt/ (consultado a 20 setembro 2019)

[41] CUF - +Saúde: Obstipação. Acessível em: https://www.saudecuf.pt (acedido em 20 setembro 2019)

[42] Ordem dos Farmacêuticos - Código Deontológico da Ordem dos Farmacêuticos. Acessível em: https://www.ordemfarmaceuticos.pt (consultado a 25 setembro)

[43] CUF - +Saúde: Gripe e Constipação. Acessível em: https://www.saudecuf.pt (acedido em 25 setembro 2019)

[44] Direção-Geral da Saúde – A gripe. Acessível em: https://www.dgs.pt/ (consultado a 25 setembro 2019)

[45] CDC - Centers for Disease Control and Prevention – Cold versus Flu. Acessível em: https://www.cdc.gov/ (acedido em 25 setembro 2019)

[46] Passioti, M., Maggina, P., Megremis, S., Papadopoulos, N. (2014). The Common Cold: Potential for Future Prevention or Cure. Current Allergy and Asthma Reports. 14(2):413. (consultado a 25 setembro 2019)

[47] APIFARMA - Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica. (2017). Programa Tratar de Mim: Gripe e Constipação. Acessível em https://www.apifarma.pt (consultado a 26 setembro 2019)

[48] Heikkinen, T., Järvinen, A. (2003). The common cold. The Lancet. 361(9351):51-9. (consultado a 26 setembro 2019)

[49] Peteranderl, C., Herold, S., Schmoldt, C. (2016). Human Influenza Virus Infections. Seminars in Respiratory

and Critical Care Medicine. 37(04): 487-500. (consultado a 26 setembro 2019)

[50] Direção-Geral da Saúde. Norma nº 006/2019 de 07/10/2019. Vacinação contra a gripe, Época 2019/2020. Acessível em: www.dgs.pt (consultado a 9 outubro 2019)

[51] Direção-Geral da Saúde. Orientação nº 007/2015 de 26/01/2015 atualizada a 04/01/2018. Terapêutica e quimioprofilaxia da gripe sazonal. Acessível em: www.dgs.pt (consultado a 28 setembro 2019)

[52] World Health Organization – Antibiotic Resistence. Acessível em: https://www.who.int/ (acedido em 28 setembro 2019)

[53] Mousa, H. (2017) Prevention and Treatment of Influenza, Influenza-Like Illness, and Common Cold by Herbal, Complementary and Natural Therapies. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine 22(1):166-174. (consultado a 28 setembro 2019)

43