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Capítulo III- Intervenção pedagógica nos contextos

5. Intervenções em Contexto de creche e jardim-de-infância

Ao longo da minha prática de Ensino Supervisionada, foram desenvolvidas em ambos os contextos, diversas atividades no âmbito da temática do relatório.

Irei abordar estratégias e alguns momentos de atividades por mim planeadas, sendo algumas delas já faladas anteriormente ao longo do relatório, mas não desenvolvidas.

O planeamento foi suportado por propostas emergentes das crianças (mediante as suas necessidades e interesses) e propostas minhas, valorizando as competências e identidade de cada criança.

Ao longo da PES, em contexto de creche, foram inúmeras as atividades que foram realizadas no âmbito da temática, pois era constante a exploração de materiais e de objetos novos, tenho eu o cuidado de introduzir novos materiais e objetos de semana para semana, de forma a enriquecer o ambiente educativo.

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Através do preenchimento das escalas, foi possível melhorar o ambiente educativo em ambos os contextos. Com base ainda neste preenchimento, consegui perceber que é importante que exista uma progressiva e gradual introdução de materiais novos, para uma gradual aprendizagem das crianças, tendo esta mais significado se os materiais forem introduzidos gradualmente ao invés de serem introduzidos todos ao mesmo tempo, mediante as necessidades e interesses das crianças. A observação direta e o registo de alguns momentos em ambos os contextos permitiu-me averiguar os interesses e as necessidades das crianças em relação a determinados aspetos, e ainda da forma como estas exploravam o ambiente em questão. Com base nas reflexões, e nas reflexões acerca da minha postura consegui também perceber quais os pontos a melhorar. Estas observações e reflexões permitiram-me compreender qual a melhor forma de melhorar e enriquecer os diversos ambientes. No âmbito do projeto desenvolvido nos contextos de creche e jardim-de-infância, no segundo semestre procurei dar continuidade à recolha de informação, realizando pesquisas necessárias para poder concretizar propostas que mostrassem determinada relevância. No último semestre, foram enriquecidas as áreas, e em contexto de jardim-de-infância foram desenvolvidas propostas ligadas a tal, pois pretendia que as crianças começassem a utilizar os materiais introduzidos nas diversas áreas.

Ao longo da prática de ensino supervisionada, em ambos os contextos, de creche e de jardim-de-infância, foram concretizadas saídas, as quais se revelaram importantes ao nível dos momentos de expressão dramática, como a visita à lavandaria, ao bar e à mercearia.

No contexto da creche, tal como tinha proposto, enriqueci a sala com recursos materiais (objetos reais) da área do faz-de-conta e ampliei a área do faz de conta, com a criação do quarto que comtempla uma cama, lençóis, um cesto com adereços, um cesto com roupa, etc. Contruí ainda, em conjunto com as crianças uma casa de papelão, onde as crianças pudessem brincar no seu interior, surgindo esta de uma necessidade das crianças uma vez que quando se encontravam caixas de papelão na sala, as crianças exploravam-nas de diversas maneiras (entravam, saiam, tocavam, cheiravam, etc.). Neste contexto, proporcionei atividades que promovessem a utilização do cavalete que até então não era utilizado para a sua função. Reformulei ainda o mapa das presenças que já não mostrava ter significado para as crianças, que abrange agora as estações do ano, o ano, o dia concreto, o dia da semana e o mês, para que desta forma as crianças se apropriem

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melhor de noções temporais. Acabei também por implementar um mapa de regras, a fim de diminuir os conflitos existentes e de promover a cooperação, interajuda, socialização, partilha, etc. este, foi realizado em conjunto com as crianças, onde conversámos, em grande grupo, acerca do que íamos combinar. Foi ainda neste contexto que, além de relacionar a expressão dramática com a plástica na construção de uma casa de cartão, a qual as crianças puderam pintar, enriqueci, em conjunto com os pais a área do faz-de- conta, com adereços, fardas antigas, caixas de ovos, de cereais, camas, lençóis, onde posteriormente introduzi uma nova área “o quarto”, que ficou composto pela cama, pelo cesto dos adereços e da roupa, do cesto dos bonecos e ainda da mesma com o espelho que as crianças usavam para se pentear. Desta forma, consegui interligar a expressão dramática, com outras áreas de conteúdo, como a expressão plástica, (construção da casa de cartão), com o conhecimento do mundo, (enriquecimento com materiais que as crianças já conhecem) da formação pessoal e social (onde cada um disse o que queria trazer para a sala), linguagem oral e abordagem à escrita (quando escrevemos a carta para os pais), e com a matemática (quando verificámos a quantidade de material novo que tínhamos e os organizámos por grupos- formar conjuntos).

Em contexto de jardim-de-infância promovi a utilização das diferentes áreas, em especial das ciências e matemática, na qual introduzi material novo, tal como uma caixa de areia, a criação de uma horta, jogos de matemática, um animal que incentivasse as crianças a tomar conta dele, etc.. Para tal, participei na utilização das áreas, em especial da referida anteriormente, de forma a incentivar as crianças a frequentar a mesma.

Desta forma, consegui atingir o objetivo pretendido de planificar atividades direcionadas para a promoção da frequência da área das ciências, mostrando que estas tiveram significado para as crianças. Ainda neste contexto, também enriqueci as áreas com materiais reais para a loja como: caixas de ovos, de cereais, chocolate, uma caixa registadora, etc. e ainda enriqueci também o quarto com malas, acessórios, e vestuário e o laboratório das ciências e matemática com jogos matemáticos, uma caixa de areia, cartões com números e letras, construímos uma horta, etc. Ainda para as crianças brincarem contruí uns jogos (andas, um geoplano, para que através dos elásticos as crianças conseguissem desenhar formas geométricas de diferentes tamanhos, e ainda uns jogos de perícia), para que as mesmas pudessem jogar sozinhas ou acompanhadas, de forma a estimular a interajuda e a cooperação entre as crianças. Desta forma, consegui também interligar a expressão dramática com outras áreas de conteúdo, como a matemática (criação de conjuntos, quando lhes apresentei o material que tinha levado para

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a sala e lhes perguntei em que área é o que iríamos utilizar), com a formação pessoal e social (quando as crianças se respeitaram umas às outras quando tinham de falar), área do conhecimento do mundo (quando mostraram que conheciam os materiais que lhes foram apresentados), e ainda a área da expressão e comunicação - domínio da linguagem oral e abordagem à escrita-, (quando lhes foi apresentado a caixa de areia, em que estes poderiam “copiar” para a caixa de areia.). Foi ainda no contexto de jardim-de-infância que, no âmbito do nosso projeto que será referido no ponto seguinte, realizámos uma peça de teatro para a qual convidámos uma outra sala para assistir. Para tal, em conjunto com as crianças realizámos os fantoches (onde cada um realizou o seu), realizámos ainda animais em 3D, e redecorámos o fantocheiro no âmbito deste mesmo projeto.

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