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2.1. A ciência da cor: importância na avaliação do clareamento dental...41 2.2. A química dos peróxidos...44 2.3. A eficácia das técnicas de clareamento...46 2.4. Sensibilidade dental associada ao clareamento...51 2.5. Efeitos nos tecidos duros dos dentes...55 3. PROPOSIÇÃO...59 4. MATERIAL E MÉTODOS...63 4.1. Seleção dos pacientes...65 4.2. Procedimentos para a avaliação da cor...67

4.2.1. Avaliação visual- escala de cor...67 4.2.2. Avaliação quantitativa- espectrofotômetro...69 4.3. Material clareador utilizado...71 4.4. Procedimentos clínicos...72 4.4.1. Regime clareador para os subgrupos 45A, 30A e 20A...73 4.4.2. Regime clareador para o subgrupo 45B...78 4.4.3. Regime clareador para o subgrupo 30B...78 4.4.4. Regime clareador para o subgrupo 20B...78 4.5. Plano de avaliação clínica...78 4.6. Avaliação da sensibilidade dental...79 4.7. Avaliação da satisfação...80 5. RESULTADOS...83

5.1. Avaliação quantitativa da cor realizada com o

espectrofotômetro...85 5.2. Avaliação visual da cor realizada por meio da escala de cores...90 5.3. Análise da sensibilidade dental...93 5.4. Análise da satisfação com o tratamento...95 6. DISCUSSÃO...97 7. CONCLUSÃO...105 8. REFERÊNCIAS...109 9. ANEXOS...121

1 INTRODUÇÃO

Uma série de avanços científicos e tecnológicos ocorridos na odontologia nas últimas décadas propiciou o desenvolvimento de materiais e técnicas que possibilitam realizar tratamentos estéticos cada vez mais previsíveis e minimamente invasivos. A busca por dentes brancos, os quais podem ser associados à saúde e à beleza, tem tornado o tratamento clareador um dos procedimentos estéticos que proporciona maior satisfação aos pacientes. Isso acontece, em grande parte, pela possibilidade de se obter um sorriso com dentes mais claros sem a necessidade de desgastar tecido dental, fazendo do clareamento um tratamento bastante conservador, principalmente quando comparado com restaurações de resina composta, laminados cerâmicos ou coroas.

O clareamento dos dentes é conhecido desde o século XIX, porém sua maior utilização clínica ocorreu após a introdução da técnica do clareamento caseiro com peróxido de carbamida a 10% por Haywood e Heymann (1989). As técnicas de clareamento dental consistem, basicamente, na aplicação de peróxidos sobre a superfície dental, que removem, mediante uma reação oxidativa, por meio de difusão, as macromoléculas responsáveis pela pigmentação.

Desde então, inúmeras técnicas foram desenvolvidas com o objetivo de otimizar o clareamento dental ao longo dos anos. Embora a técnica de clareamento caseiro tenha se mostrado a mais indicada para o tratamento de dentes vitais, podem ser necessárias de 3 a 4 semanas de tratamento para que se perceba o efeito clareador. A busca por resultados imediatos levou ao desenvolvimento da técnica de clareamento em consultório, que, por utilizar peróxidos em uma concentração mais elevada, pode proporcionar um efeito clareador mais rápido. Com o objetivo de acelerar ainda mais o processo clareador, o uso de fontes luminosas (incluindo lâmpada halógena, LED e laser) foi incorporado ao tratamento. Porém, estudos recentes (HEIN, et al., 2003; MARSON et al., 2008) demonstram que o clareamento em consultório com peróxido de hidrogênio a 35% não tem seu resultado melhorado quando associado a qualquer fonte auxiliar de luz. Portanto, a utilização de uma luz ativadora no processo clareador deve ser avaliada criticamente, considerando todas as implicações físicas e fisiopatológicas envolvidas nesse processo (BUCHALLA; ATTIN, 2007).

Historicamente, estudos que buscam entender a sensibilidade ocorrida durante o clareamento têm mostrado uma prevalência de sensibilidade que varia entre 10% e 100% (REINHART et al., 1993; STERRET; PRICE; BANKEY, 1995). Pesquisas recentes têm demonstrado que a intensidade e a frequência da sensibilidade variam de

pessoa para pessoa (BROWNING et al., 2007), e normalmente não impedem a realização do procedimento. Essa sensibilidade tem sido relatada como passageira e geralmente desaparece logo após os agentes clareadores terem sido retirados do contato com os tecidos.

Segundo Dahl e Pallesen (2003), o resultado do procedimento clareador depende principalmente da concentração do agente clareador, da habilidade do agente clareador em alcançar as moléculas cromóforas e da duração e do número de vezes que o peróxido entra em contato com os tecidos. Na técnica de clareamento em consultório, preconiza-se o uso de peróxido de hidrogênio em alta concentração (entre 15% e 38%), com tempo de aplicação de no máximo 15 min, sendo cada aplicação repetida 3 vezes em até 3 sessões clínicas. Porém, não há na literatura comprovação que sustente tal protocolo. Em um estudo com o objetivo de avaliar o tempo de decomposição do peróxido de hidrogênio a 35%, foi possível observar que o peróxido é estável até 45 min após sua aplicação, indicando que o gel não necessariamente precisa ser trocado de 15 em 15 min na mesma sessão clínica, desde que se mantenha seu pH acima do pH crítico (MARSON et al., 2008). O controle do pH dos produtos comerciais e a manutenção de relativa neutralidade podem minimizar os efeitos colaterais aos tecidos (PRICE; SEDAROUS; HILTZ, 2000). Sabe-se que um pH ácido poderia favorecer a desmineralização da superfície do esmalte e causar a erosão desse tecido (SULIEMAN, 2008).

A possibilidade de não realizar trocas de gel clareador durante a sessão de clareamento em consultório torna esse procedimento mais simples de ser realizado. Igualmente, ao permitir que o peróxido seja consumido por mais tempo, visto que ainda está ativo, há economia de gel clareador, o que torna esse procedimento mais barato e, consequentemente, mais acessível aos pacientes. Para isso, entretanto, torna-se necessária uma criteriosa avaliação do comportamento dos materiais clareadores e de sua efetividade em proporcionar clareamento dental sem efeitos adversos nessas condições.

O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de clareamento obtido e a sensibilidade dental ocorrida na técnica de clareamento em consultório quando o gel clareador é utilizado por períodos contínuos de 20, 30 e 45 min em contato com os dentes.

A hipótese nula (Ho) testada é a de que a utilização do gel clareador por períodos contínuos de 20, 30 e 45 min não influencia o efeito clareador, a sensibilidade dental e a reversão da cor obtida no clareamento em consultório.

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