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Diretrizes para a introdução do design industrial Diretrizes para a introdução do design industrial Diretrizes para a introdução do design industrial Diretrizes para a introdução do design industrial Diretrizes para a introdução do design industrial na produçao industrial moveleira

No documento Mobiliário na habitação popular (páginas 157-161)

HABIT HABITAÇÃO POPULAR AÇÃO POPULAR AÇÃO POPULAR AÇÃO POPULAR AÇÃO POPULAR

3.1. PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO MÓVEL POPULAR PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO MÓVEL POPULAR PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO MÓVEL POPULAR

3.1.1 Diretrizes para a introdução do design industrial Diretrizes para a introdução do design industrial Diretrizes para a introdução do design industrial Diretrizes para a introdução do design industrial Diretrizes para a introdução do design industrial na produçao industrial moveleira

na produçao industrial moveleirana produçao industrial moveleira

na produçao industrial moveleirana produçao industrial moveleira

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os mais diversos materiais possíveis de serem usados como matéria prima, os processos produtivos que emprega alta tecnologia, e acima de tudo, que conheça melhor o usuário que precisa deste tipo de móvel.

Seria necessário talvez uma complementação na formação do designer, que além das exigências acima citadas, não poderia estar desligado da realidade empresarial, precisando existir uma articulação entre este designer, com tecnólogos e profissionais de marketing.

“Os novos currículos devem ter uma abordagem multidisciplinar, incluindo o conhecimento básico em administração, marketing, tecnologia de produção e matérias primas, além de fomentar o processo de criação de novos produtos, respeitando as tendências atuais e, se possível, as características regionais de cada um dos pólos moveleiros.” 5

Porém, uma grande deficiência na formação destes designers é o conhecimento das relações que os móveis populares por eles projetados terão dentro de um ambiente de dimensões mínimas. Neste caso deve existir um trabalho conjunto entre designers industriais, arquitetos e eventualmente sociólogos que pudessem interpretar as relações sociais que se desenrolam dentro de uma habitação popular para poder traduzir as necessidades dos equipamentos mobiliários. A princípio parece um trabalho muito complexo para ser implantado por uma indústria, no entanto é um investimento que ela terá um retorno a médio ou a longo prazo, quando então saberá que seus móveis estão respondendo a uma demanda conhecida, e não são simplesmente um “tiro no escuro”. Antes de mais nada é necessário fazer um trabalho de esclarecimento da amplitude e relevância da atividade de design para os empresários da indústria moveleira. Isto serviria para derrubar barreiras e

5 COUTINHO, Luciano et alii.

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preconceitos que ainda existe da parte destes em relação aos designers.

Segundo Michel Arnoult, a massificação do design poderia se dar pela introdução de móveis para magazines populares.

“Mas as lojas alegam que os projetos apresentados não correspondem ao gosto popular – e continuam vendendo produtos feios, desconfortáveis, de baixa qualidade. Além disso, resistem à idéia de móveis desmontáveis, apesar das vantagens que seriam proporcionadas pela economia em transporte, estocagem e mesmo acabamento.” 6

PADRÃO TECNOLÓGICO

É preciso uma reestruturação das empresas para que exista espaço dentro da estrutura produtiva para a introdução do design.

Faz-se necessário um investimento em equipamentos para aumentar o padrão tecnológico em setores que afetam diretamente o trabalho de inovação em design, como equipamentos CAD e seu conseqüente treinamento de pessoal especializado. Máquinas com base microeletrônica e uso de novos materiais são também de grande importância.

Além do padrão tecnológico desenvolvido dentro da própria indústria, não deve-se esquecer que inovações tecnológicas devem abranger toda a cadeia produtiva, desde a origem da matéria-prima até a embalagem do produto final e sua posterior comercialização. Portanto, está se falando de uma reestruturação bem ampla. Como exemplo, pode-se voltar ao tema da madeira reflorestada, que precisa de investimentos nas tecnologias de tratamento e de adequação das espécies de madeira plantada para atender a indústria moveleira.

6 A massificação do design.

Design & Interiores, n.50,

MOBILIÁRIO NA HABITAÇÃO POPULAR 146 146 146 146 146 NORMAS TÉCNICAS:

Para melhorar o padrão tecnológico é indispensável que se fale em normas técnicas. Algumas linhas básicas normatizadas facilitariam o processo de terceirização da produção, garantiriam uma qualidade mínima do produto e estimulariam as exportações, já que produtos para este fim precisam atingir um padrão dito “internacional”. Estas normas abrangeriam diferentes aspectos, como matérias primas, dimensões e resistência. Entre elas estariam também as normas técnicas de caráter ecológico que poderiam estimular, por exemplo, o uso de chapas de madeiras reflorestadas, materiais recicláveis e tintas para tratamento superficial dos móveis que não agridam o meio- ambiente.

MARKETING:

Para se conhecer devidamente a demanda é necessário um estudo das rotinas domésticas da habitação popular, tanto no que se refere às suas necessidades funcionais, quanto aos mecanismos de formação de gosto. A mídia bem como todos os meios de informação urbanos vivem difundindo um padrão que têm sido absorvido pela grande massa da população. O styling norte americano surgido no período

entre guerras, que nada mais era do que criar um invólucro novo para um conteúdo velho, está enraizado na cultura industrial. Isto serve muito bem para quem produz, que com pouco investimento oferece no mercado um mesmo produto com caras diferentes. Resta a pergunta se está correspondendo às aspirações do consumidor. Uma coisa é certa, deve-se tomar o cuidado em querer racionalizar demais as soluções formais, pois o gosto incorpora fatores simbólicos e culturais, que não podem ser desconsiderados.

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Para uma boa elaboração do projeto do produto, MARTUCCI (1990) elaborou os seguintes princípios básicos, que poderiam ser traspostos para o produto móvel da seguinte forma:

· “““““AAAAA tendimento aos Rtendimento aos Rtendimento aos Rtendimento aos Rtendimento aos Requisitos, Condições eequisitos, Condições eequisitos, Condições eequisitos, Condições eequisitos, Condições e P

PP

PParâmetros dados pelas Características Rarâmetros dados pelas Características Rarâmetros dados pelas Características Rarâmetros dados pelas Características Rarâmetros dados pelas Características Regionais eegionais eegionais eegionais eegionais e Capacidade T

Capacidade T Capacidade T Capacidade T

Capacidade Tecnológica Instalada: ecnológica Instalada: ecnológica Instalada: ecnológica Instalada: ecnológica Instalada: Isto é fundamental em um país tão extenso como é o Brasil, onde as características regionais são diferenciadas tanto do ponto de vista cultural e climático como de toda estrutura produtiva instalada.” Deve-se considerar como a população de cada região costuma utilizar seus ambientes e móveis domésticos. Verificou-se no capítulo anterior que as indústrias moveleiras concentram-se mais no sul e sudeste brasileiro com poucos pólos sendo formados por grandes empresas. Mesmo com uma estrutura não tão avançada tecnologicamente é possível criar um sistema de produção racionalizado.

· “““““AAAAA tendimento aos Rtendimento aos Rtendimento aos Requisitos Ftendimento aos Rtendimento aos Requisitos Fequisitos Fequisitos Fequisitos Funcionais euncionais euncionais euncionais euncionais e Ambientais:

Ambientais: Ambientais: Ambientais:

Ambientais: Estes requisitos dizem respeito ao uso dos ambientes, móveis e equipamentos e abrangem tanto os requisitos econômicos (durabilidade, manutenção, flexibilidade, etc.), quanto aos de habitabilidade (conforto, funcionalidade, estético, segurança, higiene, salubridade, etc.).

· AAA tendimento aos PAAtendimento aos Ptendimento aos Princípios de Rtendimento aos Ptendimento aos Princípios de Rrincípios de Rrincípios de Rrincípios de Racionalização doacionalização doacionalização doacionalização doacionalização do P

PP

PProduto quanto à sua Produto quanto à sua Produto quanto à sua Produto quanto à sua Produto quanto à sua Produção: rodução: rodução: rodução: rodução: A racionalização do PRODUTO quanto à sua PRODUÇÃO está extremamente interligada às práticas de projeto que levam em conta, entre outros, os princípios da: Modulação, Padronização, Precisão, Normalização, Permutabilidade, Mecanização, Repetitividade, Divisibilidade, Transportabilidade e Flexibilidade.”7

“ Estes princípios são assim explicitados:

· “Modulação:“Modulação:“Modulação: consiste em estabelecer uma dimensão“Modulação:“Modulação: padrão (Módulo Básico), que possibilite a definição de prática projetual e produtiva no sentido de tornar os dimensionamentos

No documento Mobiliário na habitação popular (páginas 157-161)

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