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j.3) Combate ao Desperdício, Transparência e Qualidade da Gestão

Com finalidade de reduzir os gastos com aquisição de insumos estratégicos em, no mínimo, R$ 140 milhões e de racionalizar o tempo entre a solicitação e a publicação dos registros de medicamentos, reduzindo o tempo dos processos de registros, foi firmada parceria com o Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG). O sucesso das medidas recomendadas resultará em uma economia da ordem de R$ 1,7 bilhão.

Em 2011 foi disponibilizado à população o Portal da Saúde com Mais Transparência, formatado em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). Até abril de 2012 serão tornados públicos os extratos das contas dos Fundos Municipais e Estaduais de Saúde de todos os entes federados.

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Ainda no âmbito do combate ao desperdício, em 2011, importantes providências institucionais geraram resultados concretos, a exemplo da publicação da legislação da incorporação tecnológica e de medicamentos e da intensificação dos ressarcimentos pelos planos de saúde, o que resultou em reintegração ao SUS de R$ 82,09 milhões, montante superior ao realizado nos últimos sete anos.

Para 2012 estão previstas a publicação da normatização do Índice de Desempenho do SUS (IDSUS) e a incorporação dos indicadores nos contratos de gestão firmados com Estados e Municípios. Outra importante iniciativa institucional que está prevista para 2012 é a alteração da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com mecanismos de regulamentação específica para a dispensa de licitação de produtos estratégicos para a saúde. Como também regulamentará a margem de preferência de produtos estratégicos para a saúde.

No sentido de regulamentar aspectos da Lei Orgânica do SUS, no que diz respeito à coordenação interfederativa, a gestão central do SUS coordenou e pactuou, de forma tripartite, a regulamentação da atuação organizada em Regiões de Saúde no SUS, conformada em rede interfederativa de atenção à saúde. Foi também estabelecido, por meio do Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, o Contrato Organizativo de Ação Pública (Coap), com a finalidade de estabelecer responsabilidades individuais e solidárias aos entes federativos com relação às ações e serviços de saúde, aos indicadores e às metas de saúde, aos critérios de avaliação de desempenho, aos recursos financeiros que serão disponibilizados, à forma de controle e fiscalização da sua execução e demais elementos necessários à implementação integrada das ações e serviços de saúde.

Em 2011 foi desenvolvido no âmbito do Ministério da Saúde o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), com finalidade de avaliar o desempenho do SUS nos Municípios, Colegiados Regionais de Saúde, Estados, regiões e no País, demonstrando as condições de acesso e a qualidade nos diferentes níveis de atenção, por meio da análise de indicadores simples e compostos, pactuados entre as três esferas de gestão e atores participantes do controle social. O IDSUS possibilitará traçar um perfil da qualidade da atenção e a geração de subsídios aos gestores municipais, estaduais e federal para o fortalecimento do sistema e a melhoria da qualidade da saúde da população.

As perspectivas para 2012 têm como referência a implementação dos dispositivos do Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, que dispõe sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde, a articulação interfederativa e a celebração dos Contratos Organizativos de Ação Pública (Coap), entre outros.

Com relação à auditoria do SUS, foi possibilitada uma articulação voltada ao desenvolvimento de ações integradas aos componentes estaduais e municipais de auditoria, favorecendo o apoio e a implementação de 119 áreas de auditoria no Sistema Nacional de Auditoria (SNA). Foram encerradas 1.360 ações de auditorias; dessas, 1.001 geraram pedido de recuperação de R$ 210,8 milhões. Atendendo às prioridades de Governo definidas no Planejamento Estratégico do Ministério da Saúde, ano 2011, concluiu-se os seguintes Relatórios de Auditoria das Forças-tarefas: Mamógrafos, Laboratórios de Citologia e Hospitais Psiquiátricos, para os quais foram realizadas as seguintes atividades: visitados 1.959 estabelecimentos de saúde, com 1.762 mamógrafos identificados; visitados 1.316 Laboratórios de Exame de Citopatologia em 600 Municípios; e 134 Hospitais Psiquiátricos em 122 Municípios.

k) Saúde Suplementar

No ano de 2011, foram definidos os quatro pilares da regulação da saúde suplementar: a integração com o SUS, a informação para o cidadão, a sustentabilidade do setor e o modelo assistencial.

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Em relação à integração com o SUS, foram testadas as metodologias para identificação unívoca do beneficiário para a saúde suplementar e aprimorada a forma de ressarcimento ao SUS, com início do desenvolvimento do processo eletrônico. Foram enviados ao Ministério da Saúde R$ 82,9 milhões, arrecadados a título de ressarcimento ao SUS, provenientes de internações hospitalares nos últimos dois anos. Isso representa mais de 80% do que foi partilhado desde 2000, ano de criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Também em 2011, na atuação em informação para o cidadão, foram definidos os critérios para realização de Pesquisa de Satisfação por operadora para apoio ao Programa de Qualificação de Operadoras; bem como procedeu-se à atualização da legislação, à divulgação de súmulas de entendimento e à sistematização dos critérios de atualização do rol de procedimentos médicos. Foi firmado acordo de cooperação entre o Instituto Nacional de Metrologia Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para desenvolvimento de programa voluntário de certificação de Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde (OPS). Esse programa representa uma ação estratégica, pois será capaz de se traduzir em melhoria continuada para os usuários e prestadores de serviços dos planos de saúde, permitindo que as empresas conheçam melhor o seu próprio negócio e os consumidores tenham nítida percepção das diferenças nos níveis de qualidade dos serviços ofertados. A certificação será realizada por um organismo credenciado pelo Inmetro, avaliado com parâmetros e indicadores de qualidade assistencial e de satisfação de contratantes e usuários consumidores do plano de saúde, estimando-se estar disponível para cerca de 1.200 operadoras do Brasil.

A sustentabilidade do setor teve avanços em 2011, com o estabelecimento de medidas administrativas e econômico-financeiras direcionadas às pequenas e médias operadoras de planos de saúde. No que se refere ao incentivo à concorrência, foram ampliadas as regras de mobilidade com portabilidade de carências e fortalecida a articulação como sistema brasileiro de defesa da concorrência para identificação de mercados concentrados. Importante iniciativa concretizada em 2011 consistiu na regulamentação de Regras de Adaptação e Migração dos contratos antigos, ou seja, anteriores à legislação de 1998.

Com referência ao modelo assistencial, especificamente a assistência ao idoso, foram criados indicadores sobre atenção a esse grupo populacional. No que se refere à garantia de acesso e qualidade assistencial, foram determinados prazos máximos para atendimento entre a autorização da operadora para exames e procedimentos e sua efetiva realização.

Dentro das perspectivas para 2012 destaca-se a evolução do processo eletrônico do ressarcimento ao SUS, com maiores possibilidades futuras de resultados relativas ao mecanismo de ressarcimento iniciado em 2011.

A conclusão dos estudos sobre alternativas de oferta de assistência farmacêutica ambulatorial para beneficiários do setor de saúde suplementar que sejam portadores de patologias crônicas de maior prevalência, como forma de reduzir o subtratamento, também é um importante resultado esperado para 2012.

5. Políticas Afirmativas

a) Igualdade Racial

O Censo Demográfico de 2010 registrou, pela primeira vez, a participação majoritária na população de brasileiros que se autoclassificam como negros (50,7%). Esse expressivo contingente experimentou melhorias no acesso à educação, ao mercado

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de trabalho e nos patamares de renda e consumo. No entanto, os ganhos na mobilidade social ainda são acompanhados pela persistência das desigualdades raciais, o que demanda um renovado esforço de articulação de iniciativas capazes de neutralizar seus efeitos deletérios sobre o processo de inclusão social vivido pelo Brasil.

Diante de tais constatações, no ano de 2011, a ação do Governo foi marcada por duas dimensões principais: i) avanço na redefinição de prioridades, abordagem de programas e institucionalização da Política Nacional de Promoção da Igualdade Racial, graças à entrada em vigor do Estatuto da Igualdade Racial, instituído pela Lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010; e ii) estímulo à incorporação de novos agentes sociais e econômicos, públicos ou privados, na agenda de promoção da igualdade racial.

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