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3.2 – Componentes da estratégia

4 Jardim C Grande, Está dio, cinema

LIDL, Comercial Alvalá- xia

Escritórios diversos, Zon Pólis XXI 5 Parque verde de fronteira

com o aeroporto Escritórios diversos a definir p/ alojamento de diversas empresas, Realojamento do bairro S. João de Brito Hotel de apoio ao aeroporto

37 3.2.2 - Redes de mobilidade

Pretende-se a introdução de um novo transporte público ao longo de toda a zona central da via, do tipo eléctrico. Esta área central irá também servir de suporte a uma ciclovia que estará ligada à rede de ciclovias municipal da cidade. Pretende-se deste modo melhorar a acessibilidade a essas áreas multifun- cionais, incentivando o uso do transporte público não poluente, assim como encorajar um estilo de vida saudável ao tornar possível que sejam realizadas

actividades desportivas (bicicleta, corrida, patins) ao longo deste espaço central.

Figura 39 | Localização das novas áreas multifuncionais Figura 38 | Localização dos conjuntos dispersos

Figura 40 | Percursos e Corredores de Lisboa. Fonte: http://www.ciclovia.pt

38 “The tramway has become far more than a simple means of transport. It is also a means to develop sustainable urban mobility, rethink cities, revitalise districts and enhance architectural heritage. “12

Relativamente à escolha do transporte colectivo, o tipo de veículo pretendido é do tipo “LRT” 13. Este tipo de transporte, tendo custos menores do que um sistema de transporte ferroviário convencional utili- zado numa linha de comboio, circulará a uma velocidade máxima de 70-80km/h, e permitindo transportar um maior número de passageiros do que por exemplo um autocarro. Possui também a vantagem de produzir menos poluição e barulho. O tipo de transporte deverá também ser “Low floor train”, pois este tipo de veículo não possui escadas de acesso sendo acedido por rampas nas portas e assegurando total acessibilidade a pessoas de mobilidade reduzida. Este tipo de veículo medirá cerca de 30m de compri- mento, e terá cerca de 2,5-2,6m de largura. Construtores como a Almstom ou a Bombardier possuem alguma variedade deste tipo de veículos “LRT” que se poderá adaptar às exigências de cada cidade e de cada percurso.

Este novo meio de transporte público pretende incentivar a uma menor utilização do transporte priva- do, com consequências óbvias para o tráfego deste eixo. Irá ligar a estação de comboios de Benfica ao aeroporto da Portela e terá paragens intermédias ao longo do seu percurso, para além de ter articulação com outros meios de transporte na área, nomeadamente autocarros, comboios, rede de metro. (ver anexo com plante de articulação com outros meios de transporte)

A mobilidade pedonal ao longo das margens da 2ª circular também irá sofrer alterações, com vista à optimização da circulação de peões. As margens sofrerão um alargamento, pretende-se assim que pos- sam ser aproveitadas pelas pessoas para pequenas ou medias deslocações. Deste modo, a via poderá ser percorrida a pé a maior distância possível, como se pode verificar na figura 44 que identifica os trajec- tos contínuos possíveis pelas margens.

12 Http://www.alstom.com/transport/products-and-services/rolling-stock/citadis-tramways/

13 “Light Rail Transit”, ou veículo ligeiro sobre carris

Figura 42 | “Citadis tramway” da marca “Almstom”, Barcelona 2006

Figura 41 | Veículo do tipo “LRT”, marca “Bombar- dier”, Porto

39 A melhoria das acessibilidades também se verificará ao nível do próprio polo multifuncional, com a afirmação de uma rede de espaços colectivos de qualidade que une os diversos conjuntos, e visa sobre- tudo a preocupação com o peão e o seu espaço para se mover e relacionar. A questão dos espaços colectivos será discutida no próximo ponto.

3.2.3 – Espaço público

O espaço público aqui surge como elemento “ligante”, garantindo uma maior homogeneidade e unida- de aos conjuntos. Também possibilita uma boa acessibilidade (ao nível do peão) aos diferentes usos existentes no mesmo espaço. A qualidade do espaço público é reveladora da importância para com as pessoas e suas interacções com o meio envolvente. No geral, o espaço público foi pensado em três situações distintas:

- Como novo elemento central ao longo do eixo da 2ª circular, para suporte da ciclovia e transporte público

- Espaço público da margem lateral do eixo, que será alargado e repensado de modo a que as mar- gens da 2ª circular possam ser percorridas a maior distância possível com segurança e sem incómodos para o peão;

- Rede de espaços colectivos em locais designados, associados à estrutura ecológica e ambiental e aos usos diversificados.

Relativamente ao novo elemento que ocupa a zona central da 2ª circular, este surge com a redução de uma faixa central de circulação em cada sentido, para colocação de uma área própria para transporte colectivo, ocupando esta uma largura toral de cerca de 10 metros (5 para cada lado a partir do eixo da via). Esta plataforma central será então separada fisicamente das restantes faixas de rodagem por outro tipo de material e estará 15 cm acima da faixa de rodagem. Para além do referido transporte, toda esta área central também irá suportar uma ciclovia como já fora referido.

O espaço público das margens será alargado para uma deslocação mais cómoda do peão. Esse alar- gamento poderá variar entre 1m e 3m, dependendo do troço em questão, possibilitando espaço suficiente

40 para colocação de árvores, candeeiros, mobiliário urbano e um mínimo de 1,5m de largura espaço de circulação para o peão

A junção de várias funções numa mesma área torna-se fisicamente possível através de uma rede de espaços colectivos, como já fora referido, que une estes equipamentos e promove uma maior unidade ao conjunto espacial. Pretende-se assim adoptar uma rede de espaços colectivos ao longo do eixo que visem tornar estas áreas multifuncionais mais facilmente acessíveis para diferentes tipos de mobilidade, assim como uma melhor articulação entre usos multivariados e margens opostas. Permitindo atravessa- mentos entre margens, e conciliando o facto de todo este conjunto de espaços ser interceptado pelos percursos das margens da via (figura 43), isto possibilita uma melhor relação entre este todo o conjunto de espaços colectivos e um maior impacto dos mesmos na estrutura urbana. O peão poderá circular livremente durante grande parte do percurso da 2ª circular sem os constrangimentos provocados por passeios demasiado finos ou escassez de elementos de atravessamento. Este conjunto de espaços colectivos visa atrair mais pessoas para esta área, e de certa maneira torna-la menos motora e mais “humana”.

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CAPÍTULO 04 | PROJECTO URBANO

Este 4º capítulo aborda a caracterização de um projecto de desenho urbano e de espaço público loca- lizado na área em estudo. Tendo como suporte a estratégia elaborada no capítulo anterior, procedeu-se à escolha de um local situado dentro do limite da área de intervenção. Pretende-se assim utilizar uma esca- la mais aproximada de maneira a adaptar a estratégia enumerada no capítulo anterior a um local com determinadas características. Procedeu-se ao desenho (neste caso a escala do projecto urbano e do espaço público (entre 1:2000 e 1/500)

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