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Caracterização geral do jogo

Apresentamos aqui as prevalências de jogo a dinheiro para o total da população, por sexo e grupos de idade, e a comparação com os resultados do III INPG 2012.

A prevalência de jogos de fortuna ou azar (jogos a dinheiro) é de 48,1% na população residente em Portugal. A prevalência é mais elevada entre os homens (51,1%) do que entre as mulheres (45,4%). Comparativamente a 2012 há uma descida de quase 20 pontos percentuais para o total da população.

Encontramos entre a população mais jovem (15-34 anos) uma prevalência de jogadores um pouco inferior (43,1%) à encontrada na população total.

Considerando os grupos decenais de idade, verificam-se prevalências superiores às da população total nos grupos de idade 35-44, 45-54 e 55-64 anos.

Tabela 159. Prevalência de jogos* a dinheiro, por sexo e grupos de idade, 15-74 anos, 2012 (n= 6817) e

2016/17 (n=12033) (%) População total 15-74 Pop. Jovem adulta 15-34 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 Jogadores Total 65,7 48,1 61,7 43,1 50,0 41,0 71,2 44,7 72,8 52,3 70,7 56,2 67,9 48,2 54,8 42,6 Masculino 73,9 51,1 66,3 46,3 54,0 44,5 76,4 47,7 79,5 53,3 79,0 58,2 80,3 50,3 68,9 50,8 Feminino 58,1 45,4 57,2 39,9 45,8 37,4 66,1 41,8 66,3 51,4 63,1 54,3 56,7 46,4 43,2 35,9 * Totobola ou totoloto e/ou lotarias, e/ou jogos de cartas, e/ou jogos de apostas, e/ou jogos em salões de apostas e/ou jogos em casinos e/ou raspadinha, e/ou euromilhões, e/ou jogos de dados, e/ou jogos de perícia, e/ou jogos desportivos e/ou slot machines e/ou corridas de cavalos e/ou placard e/ou poker.

Fontes: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17, CICS.NOVA, FCSH, UNL; Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas Ilícitas na População Geral, Portugal 2012

No conjunto da população, o jogo do euromilhões é o que regista a prevalência mais elevada (36,2%). Em ordem decrescente seguem-se a raspadinha (30,8%), o totobola/totoloto (12,1%) e a lotaria (9,0%).

Figura 33. Prevalência de jogos a dinheiro, 15-74 anos, 2016/17 (% sobre a população total)

Fontes: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17, CICS.NOVA, FCSH, UNL; http://www.emcdda.europa.eu/ 0 10 20 30 40 50 60 Corridas de cavalos Dados a dinheiro Salões de jogos Poker Slot machines Cartas a dinheiro Jogos de perícia Apostas a dinheiro Jogos desportivos Casinos Placard Lotarias Totobola ou totoloto Raspadinha Euromilhões Qualquer jogo

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A prevalência de jogo é superior nos homens, comparativamente com os dados sobre a prevalência nas mulheres. Essas diferenças são mais acentuadas no placard, no poker, nos jogos a cartas entre amigos, nas slot machines, no totobola/totoloto e na lotaria.

A raspadinha é o tipo de jogo que apresenta uma situação inversa: tanto na população geral como nos jovens, são as mulheres que apresentam valores de prevalência superiores.

Tabela 160. Prevalência de jogos a dinheiro, por sexo e grupos de idade, 15-74 anos, 2016/17 (%)

15-74 anos 15-34 anos

Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino

Qualquer jogo 48,1 51,1 45,5 43,1 46,3 39,9

Totobola ou totoloto 12,1 15,1 9,3 11,0 11,6 10,5

Lotarias 9,0 11,1 7,0 4,6 5,3 4,0

Jogos de cartas, entre amigos ou conhecidos, a dinheiro

2,4 3,4 1,5 1,9 2,3 1,5

Jogos de apostas, entre amigos ou conhecidos, a dinheiro 3,9 4,3 3,6 6,9 6,3 7,5 Jogos de apostas em salões de jogos 1,1 1,3 0,9 1,1 1,0 1,1 Jogar em casinos 5,5 5,9 5,2 8,9 8,5 9,3 Raspadinha 30,8 27,7 33,5 28,9 26,5 31,3 Euromilhões 36,2 39,8 32,9 26,1 28,4 23,8 Jogos de dados a dinheiro 1,0 1,2 0,8 0,6 0,7 0,6 Jogos de perícia a dinheiro (bilhar, snooker, golf, etc.) 3,5 3,8 3,2 6,9 6,3 7,6 Jogos desportivos 3,9 4,6 3,3 7,1 7,1 7,2 Slot machines 1,7 2,2 1,3 1,6 2,1 1,1 Corridas de cavalos 0,7 0,8 0,6 0,3 0,4 0,2 Placard 5,5 9,6 1,7 8,2 13,9 2,5 Poker 1,3 2,1 0,7 1,4 2,2 0,6

Fonte: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17, CICS.NOVA, FCSH, UNL

Em qualquer tipo de jogo, o modo mais escolhido é o presencial. Apenas nos jogos de corridas de cavalos e no poker há uma indicação mais expressiva de uma segunda opção de utilização: o modo online.

Tabela 161. Modo de jogo a dinheiro, por sexo e grupos de idade, 15-74 anos, 2016/17 (%)

Online Presencial Ambos

Totobola ou totoloto 0,3 98,5 1,2

Lotarias 0,4 98,3 1,3

Jogos de cartas, entre amigos ou conhecidos, a dinheiro 1,4 96,3 2,3

Jogos de apostas, entre amigos ou conhecidos, a dinheiro 1,1 98,5 0,3

Jogos de apostas em salões de jogos 4,2 90,2 5,6

Jogar em casinos 1,5 96,4 2,1

Raspadinha 0,1 99,4 0,5

Euromilhões 0,7 98,7 0,6

Jogos de dados a dinheiro 3,5 95,5 1,1

Jogos de perícia a dinheiro (bilhar, snooker, golf, etc.) 0,6 99,0 0,4

Jogos desportivos 4,3 94,4 1,3

Slot machines 3,6 95,1 1,3

Corridas de cavalos 12,2 80,8 6,9

Placard 2,8 95,8 1,4

Poker 25,4 61,5 13,1

139 O euromilhões, para além de ser o tipo de jogo que mais prevalece, é também o que

apresenta uma regularidade de jogo maior: 12,3% indicam jogar regularmente uma vez por semana.

Sendo a segunda modalidade mais comum, o jogo na raspadinha é mais ocasional e sem regularidade definida.

Tabela 162. Frequência de jogo a dinheiro, por sexo e grupos de idade, 15-74 anos, 2016/17 (%)

Mais de uma vez por semana

Uma vez por semana

Uma a duas vezes por mês

De vez em

quando Raramente Nunca

Qualquer jogo 1,0 3,4 1,2 2,7 3,8 87,9

Totobola ou totoloto 0,1 0,4 1,2 2,6 4,7 91,0

Lotarias 0,2 0,2 0,1 0,8 1,1 97,6

Jogos de cartas, entre

amigos ou conhecidos 0,5 0,6 0,5 0,9 1,4 96,0

Jogos de apostas, entre

amigos ou conhecidos 0,0 0,1 0,1 0,3 0,6 98,9 Jogar em casinos 0,7 0,5 0,6 1,5 2,3 94,5 Raspadinha 3,6 4,5 3,6 11,0 8,1 69,2 Euromilhões 3,5 12,3 3,9 9,9 6,8 63,6 Jogos de dados a dinheiro 0, 0,1 0,0 0,2 0,6 99,0 Jogos de perícia a dinheiro 0,5 0,6 0,6 0,7 1,1 96,5 Jogos desportivos 0,6 0,6 0,6 0,8 1,3 96,1 Slot machines 0,1 0,0 0,1 0,5 1,1 98,3 Corridas de cavalos 0,0 0,0 0,0 0,1 0,5 99,3 Placard 1,3 1,4 0,4 1,4 1,1 94,5 Poker 0,2 0,2 0,2 0,4 0,5 98,6

Fonte: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17, CICS.NOVA, FCSH, UNL

A maioria dos jogadores (55,3%) aponta valores inferiores a 5€ como quantia máxima de dinheiro gasta num só dia. Cerca de 17% gastaram entre 6 a 9€ e a mesma percentagem entre 10 e 15€. São também esses os valores mais indicados sobre quanto, num mês, costumam gastar habitualmente em jogos.

Cerca de nove em cada dez jogadores afirmam que nunca voltam a jogar no outro dia para recuperar o dinheiro que perdeu. Dos restantes, a maior parte (8,9%) afirma que algumas vezes o faz e alguns afirmam que o fazem na maioria das vezes ou mesmo sempre que perdem (1,6% e 2,0%, respetivamente).

Quase 97% afirmaram que nunca disseram ter ganho dinheiro não sendo verdade. Também 97% sentem que não têm problema com apostas a dinheiro ou com o jogo.

São 13,2% os jogadores que afirmam que já aportaram mais do que pretendiam. 3,6% dizem que já houve pessoas que os criticaram pelas apostas que fazem e ou lhes disseram que tinham problemas com o jogo e que têm a noção de que essas críticas eram verdadeiras. 2,4% já se sentiram culpados sobre a forma como jogam e 1,7% também já

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sentiram que não eram capazes de parar de jogar mesmo se o quisessem. 1,8% já esconderam talões de apostas para que outros não soubessem que tinham jogado. 2,0% dos jogadores já discutiram com as pessoas com quem vivem por causa da forma como lidam com ou gastam o dinheiro, e, desses, para cerca de um terço as discussões deviam- -se às apostas no jogo. 0,7% já teve de pedir dinheiro emprestado para o jogo ou para pagar dívidas de jogo; para a maioria dos que o fizeram, o mais comum foi o recurso ao dinheiro destinado para a casa.

A grande maioria dos jogadores (88,7%) indica não conhecer ninguém que tenha ou tenha tido problemas com o jogo. No caso de haver pessoas nessas situações, o mais comum é ser um amigo.

Verifica-se uma associação (fraca) entre a prática de jogo e o consumo de álcool (V Cramer = 0,232; p < 0,001). Não está estatisticamente confirmada a associação entre a prática de jogo e o consumo de outras substâncias.

Motivações para o jogo

O jogar pelo dinheiro que possa receber/ganhar é, de longe, o motivo mais importante para a prática de jogo.

Como segundos motivos surgem o jogo pelo desafio que é e o jogo como entretenimento.

Tabela 163. Grau de importância de cada uma das razões de jogo a dinheiro, 15-74 anos, 2016/17

(% sobre população jogadora ao longo da vida)

Muito importante Importante Pouco

importante Nada importante

Eu jogo pelo desafio que é 4,2 30,5 24,1 41,2

Eu jogo como um escape ao tédio 1,4 8,7 19,8 70,1

Eu jogo pelo dinheiro que possa receber/ganhar 52,9 31,4 7,8 7,9

Eu jogo pela excitação que provoca 3,1 14,0 20,3 62,6

Eu jogo como um escape à tristeza e à depressão 1,6 6,4 12,1 79,9

Eu jogo como forma de socializar/conviver com os outros 2,4 14,5 15,4 67,7

Eu jogo para relaxar 2,6 10,2 13,2 74,0

Eu jogo como entretenimento 5,6 20,6 17,6 56,1

Eu jogo por outros motivos 2,7 9,4 10,1 77,8

Fonte: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17, CICS.NOVA, FCSH, UNL

Avaliação de jogo patológico através dos testes SOGS

8

e PGSI

9

O teste SOGS – South Oaks Gambling Screen resulta de um questionário com 20 questões com base em critérios do DSM-III para o jogo patológico. As questões foram, no nosso questionário, aplicadas à população jogadora ao longo da vida.

Tabela 164. Pontuação do teste SOGS

Nível de dependência Pontuação do teste

Sem problemas 0

Alguns problemas 1 a 4

Probabilidade de ser jogador patológico 5 a 20

8 Adaptado de Lesieur, H. R., & Blume, S. B. (1987). The South Oaks Gambling Screen (SOGS): A new instrument for the identification of pathological gamblers. American Journal of Psychiatry, 144, 1184-1188.

9 Ferris, J., & Wynne, H. (2001). The Canadian problem gambling index: Final report. Submitted for the Canadian Centre on Substance Abuse.

141 Segundo o teste SOGS, é de 46,2% a população que não apresenta quaisquer

problemas de dependência no que aos jogos de fortuna ou azar diz respeito. Apresentam alguns problemas 1,2% da população, enquanto 0,6% tem probabilidade de ser jogador patológico.

Comparativamente a 2012, as prevalências de jogadores com alguns problemas e com probabilidade de serem jogadores patológicos subiu de 0,3% para 1,2% e de 0,3% para 0,6%, respetivamente.

A probabilidade de ser jogador patológico é superior entre os jogadores do sexo masculino e entre os que têm idades compreendidas entre os 35 e os 44 anos.

O teste PGSI – Problem Gambling Severity Index é composto por 9 questões sobre a relação com o jogo nos últimos 12 meses. Os níveis de severidade dos problemas, avaliados a partir do score resultante do somatório das respostas, são os seguintes:

Tabela 165. Pontuação do teste PGSI

Nível de severidade dos problemas com o jogo Pontuação do teste

Sem problemas de jogo 0

Nível baixo de problemas com algumas consequências negativas (ou não identificadas) 1 a 2 Nível moderado de problemas, com algumas consequências negativas 3 a 7 Jogo problemático com consequências negativas e uma possível perda de controlo 8 ou 27

Considerando os últimos 12 meses, 38,4% da população geral são jogadores e não apresentam problemas com o jogo, 6,3% são jogadores com problemas de baixo nível, com consequências negativas ou consequências não identificadas, 2,1% apresentam problemas moderados e 1,0% corresponde a situações de jogo problemático com consequências negativas e perda de controlo.

A partir de questões e de valores diferentes, as tendências nos resultados do teste PGSI são similares às encontradas no teste SOGS: são os grupos etários dos 35-44, 45-54 e 55-64 anos aqueles que apresentam um registo mais elevado de situações potencialmente problemáticas com o jogo; são também os homens os que se destacam como jogadores com problemas, quando comparados com as mulheres.

Tabela 166. SOGS, por sexo e grupos de idade, 15-74 anos, 2012 (n= 6817) e 2016/17 (n=12023)

(% sobre a população total)

População total 15-74 Pop. Jovem adulta 15-34 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 2012 2016/17 Jogador sem problemas Total 65,1 46,4 61,2 41,9 49,6 39,9 70,6 43,5 72,1 49,8 69,9 54,0 67,4 46,7 53,9 41,0 Masculino 72,9 48,8 65,8 44,7 53,6 42,6 75,9 46,5 78,4 50,6 77,3 55,2 79,7 48,0 67,6 48,5 Feminino 57,7 44,1 56,7 39,0 45,5 37,1 65,3 40,5 66,1 49,1 63,1 52,8 56,4 45,5 42,7 34,9 Jogador com alguns problemas Total 0,3 1,2 0,3 0,8 0,2 0,9 0,5 0,7 0,5 1,7 0,2 1,6 0,4 0,9 0,2 1,1 Masculino 0,4 1,5 0,2 1,1 0,4 1,4 0,1 0,8 0,9 1,6 0,4 2,0 0,3 1,5 0,0 1,7 Feminino 0,2 0,9 0,4 0,5 0,0 0,3 0,8 0,7 0,0 1,8 0,0 1,5 0,2 0,4 0,4 0,7 Probabilidade de ser jogador patológico Total 0,3 0,6 0,2 0,4 0,2 0,3 0,2 0,5 0,2 0,8 0,6 0,6 0,3 0,6 0,7 0,5 Masculino 0,6 0,8 0,2 0,5 0,0 0,5 0,3 0,4 0,3 1,0 1,3 1,0 0,3 0,8 1,2 0,7 Feminino 0,1 0,4 0,1 0,3 0,3 0,0 0,0 0,6 0,2 0,5 0,0 0,3 0,1 0,5 0,2 0,4 Fontes: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17, CICS.NOVA, FCSH, UNL; Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas Ilícitas na População Geral, Portugal 2012

142

Tabela 167. PGSI, por sexo e grupos de idade, 15-74 anos, 2016/17 (n=12023) (%

sobre a população total)

População total 15-74 Pop. Jovem adulta 15-34 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65-74 Jogador sem problemas Total 38,4 34,6 34,7 34,5 40,2 45,5 39,0 34,5 Masculino 38,7 35,0 35,0 34,9 39,6 45,4 37,2 39,4 Feminino 38,1 34,2 34,3 34,1 40,8 45,6 40,6 30,4 Jogador com problemas de nível baixo Total 6,3 5,9 4,3 7,3 7,7 6,1 5,5 6,0 Masculino 7,7 7,4 6,1 8,6 8,1 7,1 8,0 8,6 Feminino 4,9 4,5 2,4 6,0 7,3 5,3 3,3 3,8 Jogador com problemas de nível moderado Total 2,1 1,6 1,1 2,0 3,0 2,5 2,5 1,2 Masculino 3,0 2,6 2,1 3,0 3,9 3,3 3,0 1,6 Feminino 1,4 0,6 0,1 1,0 2,1 1,7 2,0 0,9 Jogador problemático Total 1,0 0,7 0,6 0,7 1,0 1,8 1,2 0,6 Masculino 1,4 1,0 1,2 0,9 1,4 2,2 1,9 0,7 Feminino 0,6 0,3 0,1 0,5 0,6 1,5 0,5 0,6

Fontes: IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17, CICS.NOVA, FCSH, UNL

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