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O jornalista, ele tem que entender de computador, ele tem que ser amigo das novas tecnologias Interagir bem com isso, ter uma formação bacana Porque a gente continua

CONSIDERAÇÕES FINAIS

R.: O jornalista, ele tem que entender de computador, ele tem que ser amigo das novas tecnologias Interagir bem com isso, ter uma formação bacana Porque a gente continua

trabalhando com gente, continua contando histórias. Por mais tecnologias que a gente tenha, eu acho que o nosso furo é informação. Texto, uma boa formação, então a gente precisa disso. Não é porque tem tecnologia que você não precisa dominar a língua portuguesa ou falar um segundo idioma, ou ter cultura geral.

Você, na verdade, vai ter que continuar tendo isso, que é essencial para o jornalismo e sempre foi, e aprender a mexer nas novas tecnologias. Ser uma pessoa integrada com o computador, com o celular, câmeras digitais e com MP4, MP3, operar uma câmera. Ele tem que agregar a parte técnica com o conteúdo. E hoje, cada vez mais, você vai precisar disso, porque ,antes, o que a gente fazia? Tinha a parte do conteúdo que era do jornalista e a parte técnica que era do profissional de rádio e TV. Hoje não, hoje a tendência é convergir isso, em uma coisa só. Então a pessoa tem que saber operar e escrever.

8. Teremos então hiperjornalistas, jornalistas multifuncionais?

R.: É, eu acho que é isso. Não é hiperjornalista, é uma coisa de você. Antigamente, o seu chefe precisava de uma secretária e, hoje, com o e-mail, ele organiza a agenda dele com o Outlook. Eu acho que é você usar essa ferramenta e ter mais profissionais qualificados. É uma

mudança, eu acho que não é uma exclusão, acho que é uma mudança de conceito. São outras qualidades. Quando seu pai se formou, não era obrigatório falar inglês, hoje é. Então é isso, tipo antigamente, as mulheres não precisavam saber mexer com equipamentos eletrônicos. Hoje, a casa toda é com equipamentos eletrônicos; se você sabe usar, você também pode usufruir da tecnologia. Eu acho que é mais ou menos isso, acho que são coisas que vem para facilitar a nossa vida, para ajudar a gente e não para atrapalhar nem para excluir ninguém.

APÊNDICE B

Entrevista com Eduardo Brandini, Coordenador de Tecnologia e Produção da TV Bandeirantes, São Paulo.

1. Quais são as perspectivas da emissora com relação à implementação do sistema digital, o

que pode ser pensado de inovação? Com relação às tecnologias, quais são as previsões da equipe de produção?

Resposta: Uma coisa que a TV digital ajuda muito no jornalismo é que assim. Algumas pessoas têm uma visão, principalmente em relação à classe média. Uma visão um pouco restrita, mas muitos lares no Brasil ainda recebem televisão por antena. E a maioria dos que recebem pelo ar, broadcasting, por radiodifusão. Recebem ainda no TV interno. Ou seja, aquele bombrilzinho em cima da televisão. Acho que a TV digital, a primeira coisa que já é uma inovação muito grande para o telespectador de massa. Pela primeira vez ele vai conseguir ter uma TV de qualidade na sala dele. Sem um custo mensal, sem nada. Apenas com o receptor da TV digital, graças à qualidade de transmissão que a TV digital permite. Isso a gente nem pensando na troca de televisor, por TV de LCD, de Plasma, que aí seria um segundo passo para o cara migrar para uma TV de alta definição. E aí, principalmente, dois fatores que vão favorecer a expansão da TV Digital no Brasil e até o aquecimento de vendas de novos televisores de LCD, FullHD, Plasma etc. etc. Sempre são Copa do Mundo e Olimpíadas ,e ainda mais a gente tendo Copa do Mundo em 2014 aqui e agora Olimpíadas em 2016. Eu acho que 2016 vai ser um ponto assim, que a gente vai estar no auge da TV digital no Brasil. Pensando já nos centros e os municípios que até lá, vão ter TV digital.

Eu acredito que, até agora, já em 2010, vai ter um grande crescimento na venda de televisores que permitam a recepção da TV digital e a TV em alta definição. Mesma coisa para as Olimpíadas de 2012, já vai ser um grande boom. Mas a grande virada de jogo é 2014 e 2016. Mesmo porque os preços começam a cair e ,mesmo em 2010, a gente acaba de sair desse período de crise e poderia ser muito maior. Não que não vai ser, mas em 2016 ,sim!

E aí, extrair tudo que essas novas ferramentas da TV digital venha nos proporcionar no futuro. Hoje, a gente apenas está transmitindo em TV digital, o sinal em HD. Algumas experiências começam com as outras possibilidades que a TV digital nos permite.

Multiprogramação ainda é um negócio que está com um imbróglio judicial, você pode fazer outras transmissões utilizando essa mesma frequência, mas o que pode vir a nos ajudar muito é a interatividade. Que é uma coisa nova na TV, é o que talvez pode. Muitos acreditavam que a TV ia perder para a internet, mas eu acho que é ao contrário. É onde aí, de vez, a internet vai se fundir na internet. Tanto que os novos aparelhos televisores que estão sendo lançados, todos, além da entrada de antena, entrada de HDMI, entrada de vídeo, atrás tem uma entrada de cabo de rede. Ou seja, a sua TV também está plugada agora e ai nos permite ter o que o telespectador nunca teve. Ou que teve de uma forma improvisada. A participação por celular, por telefone ou por sms. Mas, agora, ele vai ter um canal de retorno e o que vai ajudar muito, não só numa visão jornalística, mas numa visão da TV como um todo e o telespectador pode participar da programação. A TV poder comercializar alguns produtos e você ter, poder fazer venda direta, pelo controle remoto, de produtos, de merchandising direto ou não. Abre também outros canais, não só na área de conteúdo, mas comercial como televisão. Eu acho que também é uma sobrevida e é uma coisa que não existe um manual de instruções porque é novo. Alguns países, como os Estados Unidos e a Europa, estão avançados? Até estão, Japão também. Mas é muito novo, mesmo assim. Então, todo mundo ainda vai ter que aprender um caminho.

2. Você, como coordenador de tecnologia e produção, com esse aparato tecnológicode que

está me falando, o que você acha que já pode ser começado a pensar para a inovação? Principalmente no caso do telejornalismo, o Jornal da Band? O que a gente pode começar a pensar em modificar a partir de agora, ou do ano que vem, até 2017?

R.: Eu acho que a forma de você dar a notícia, eu acho que isso não vai mudar! O